quarta-feira, junho 30, 2004

100 Post

È verdade aquilo que começou como uma mera brincadeira, inconsequente com poucas perspectivas de grandes futuros ou continuidade, já ultrapassou os 100 Post e as 500 Visitas.

Há que começar por agradecer todos aqueles que tem tido a paciência de nos ler. A todos bem o meu agradecimento especial.

Igualmente não posso deixar de agradecer os meus dois companheiros desta aventura. Ao António Guimarães que apesar de nos ter brindado com poucos Post, foram apontamento concisos, pragmáticos, inteligentes e que tocaram no cerne das questões. Ao Paulo Pinheiro, detentor de um enorme talento para a escrita, irónico quanto baste, frontal às vezes até em demasia, nos tem deixados Post mais literários idiossincráticos e metafísicos, aqui e ali tocados com uma pitada de crónicas desportivas.
A eles os dois o meu muito obrigado.

António Cipriano
E O Diabo Que Governe

E pronto, Durão Barroso já foi apresentado como Presidente da Comissão Europeia indigitado, já respondeu às perguntas dos jornalistas europeus sobre os seus planos e posições. E nós por cá continuamos a viver uma crise politica provocada por esta situação, uma situação que tenha o desfecho que tiver será sempre algo parecido com um desastre, que poderá ter as mais diversas consequências, mas essas só poderão ser analisadas no futuro. Mas para já temos alguns quadros em que um será certamente aquele que se apresentará nos próximos dias.
Um deles é sem duvida a nomeação do actual Vice-Presidente do PPD/PSD, Pedro Santana Lopes, para o cargo de primeiro-ministro, dizendo quem defende esta teoria, que ela é para o bem do estado, para manter as reformas em curso e a estabilidade do governo. Argumentos um pouco estranhos, visto que é publico que no momento em que for nomeado o novo primeiro-ministro, uma grande quantidade de ministros abandonam o governo, alguns deles com bastante importância a todos os níveis, sendo a principal, aquela que o Presidente do Governo Regional da Madeira chamou no dia 29 de Junho, de idiota, falo da Doutora Manuela Ferreira Leite, que é a ministra das finanças, que aplicou uma série de medidas (boas ou más só o tempo o diria), que correm um sério risco de ficarem a meio, com tudo de mau que isso implica e com todas as outras eventuais saídas, a estabilidade é o ultimo argumento que deve ser aplicado, além de todos sabermos qual a posição de Santana Lopes sobre a coligação e que ela eventualmente estaria a prazo no momento em que ele fosse nomeado.
Outro cenário possível seria, aquele que eu considero mais provável embora tão desejável como o anterior, que é o de eleições legislativas e que de acordo com a lógica teria como vencedores os meninos do P.S. (que já só por si é mau quanto baste), que como é tradição, assim que os novos ministros se sentassem nas secretárias iriam fazer as suas reformas, partindo tudo quanto tinha sido feito, e fazendo tudo de novo e como também é tradição, o mais provável era ficar tudo mal feito.
Entre estes dois tristes cenários possíveis, eu poderia dizer algo como: entre estes dois cenários venha o diabo e escolha, mas não, o que eu digo é mais simples: com estes dois cenários venha o diabo e……….governe.
Termino desejando que todos os políticos em Portugal apoiem Durão Barroso, e as maiores felicidades para o novo cargo que vai desempenhar e que prestigie Portugal na Europa

António Manuel P. S. Guimarães

segunda-feira, junho 28, 2004

Perplexidade

Perplexidade, surpresa, confusão foram os primeiros sentimentos que me surgiram após a noticia da partida de Durão Barroso do governo. Durante toda a semana li diversos noticias prevendo este desfecho, mas confesso que nunca deu muita importâncias às mesmas, especialmente depois de o próprio Durão Barroso ter referido que não era candidato à Presidência da Comissão Europeia. Mas como em política a única certeza é a incerteza, tudo mudou.

Durão Barroso durante tanto tempo lutou para ser primeiro ministro, tomando mediadas impopulares mas necessárias, e agora que a retoma já vinha ai............. vai-se embora, deixando o país órfão. E porque? Sim Porque?
Em termos pessoais compreendo, um cargo de muita visibilidade, protagonismo, possibilidade de entrar nos livros de história, 5 anos de estabilidade profissional. Mas e o país? De que necessita o País?
O país precisava de Durão para rumar a bom porto, não de mais um emigrante de luxo que sobre a capa de ir defender Portugal, entregue o leve a marinheiros de segunda. Estou desiludido com Durão.........

E agora? Bem agora, no meu ponto de vista e apesar de tudo aquilo que Portugal não necessitava ser de eleições, penso que estas são inevitáveis e necessárias. Um Governo da parelha de Santana Lopes/Paulo Portas sem ser sufragado sofre de falta de legitimidade pois todos votaram em Durão e não no PSD/CDS. Um governo assim, seria inevitavelmente alvo de criticas constantes, e motivo de instabilidade. A sua queda seria uma questão de poucos meses. Entre dois valores o da Estabilidade e o da Legitimidade Democrática do Poder deve prevalecer a Legitimidade Democrática, logo nada a fazer. Só nos resta Eleições!!!!

António Cipriano
Euro 2004 – Quartos de final


O primeiro jogo dos quartos de final foi, sem dúvida, o melhor jogo dos quartos e do Euro 2004, correndo riscos de ser mesmo o melhor. A Grécia venceu uma sub- França que deu a entender que a sua participação nos quartos de final, foi obra do ocaso, do que algum mérito. Após sofrer o golo grego, só teve uma arrancada através do suplente, Rithen, muito pouco em cerca de meia-hora que tinha para inverter a tendência do jogo. A Suécia, que começou muito bem o Euro, acabou por ir baixando o seu nível exibicional até se mostrar uma equipa receosa durante 105 minutos do seu jogo com a Holanda, fazendo ambas as equipas 15 minutos muito agradáveis durante a segunda parte do prolongamento. Venceu a Holanda, deixando para trás a malapata das grandes penalidades. No derradeiro jogo, a Dinamarca resistiu durante 48 minutos a uma grande selecção checa, que todos esperam ver na final dia 4 de Julho com Portugal, querendo uma vingança portuguesa pela eliminação no Euro 96.

PP

sexta-feira, junho 25, 2004

Portugal

Portugal é um país curioso, de traços atípicos, mas são estas características muitas vezes contraditórias que fazem de Portugal uma grande Nação.

Portugal vive ou numa angustia, numa falta horripilante de autoconfiança ,de descredito em si ou num estado de delírio e euforia.

Hoje Portugal vive mais uma onda de euforia, de patriotismo, de autoconfiança, e tudo devido a um jogo de futebol. Ontem no campo os portugueses demonstraram que quando se unem, trabalham, lutam e acreditam, nada é impossível. Que Portugal é um país capaz de ombrear com os chamados países do primeiro mundo.

Espero que este entusiasmo, esta vontade de vencer, de trabalhar, estravasse os campos de futebol e se torne num sentimento geral da sociedade, que contamine empresas, repartições publicas, escolas, universidades e em ultima analise o mais intimo dos portugueses. Se assim for, os desafios da produtividade, da globalização, do desenvolvimento sustentável serão uma conquista certa.

António Cipriano
Portugal, Portugal, Portugal


É com a voz rouca e o cabelo rapado devido a promessa feita de que se Portugal ontem ganhasse, ficaria com ele a pente um. Mas feliz e satisfeito. Crente de que a época das vitórias morais não tarda a acabar. Portugal ganhou porque foi melhor. Ponto final. Nem o deslize de Costinha tira o brilho ao melhor e mais emocionante jogo do Europeu. Mais uma vez fomos carrascos dos ingleses, algo a que não estamos habituados, mas que urge mudar essa mentalidade. Temos selecção. Temos um apoio fantástico nas ruas. Temos orgulho de sermos portugueses. E, nesta hora, lembrem-se os detractores de que temos um grande seleccionador, que acredita nos seus jogadores e arriscou em termos atacantes, quando o Eriksson, ao invés, trocava o médio Paul Scholes pelo defesa Phil Neville. Sofremos a bom sofrer, é certo, mas é no calor destes jogos que se forja o espírito de campeão. Portugal é um país pequeno, mas ontem teve uma alma do tamanho do Mundo.


PP

quinta-feira, junho 24, 2004

Euro 2004 – Terceira jornada


O grupo A de Portugal abriu as portas da terceira e última jornada. E bem, diga-se. O Portugal – Espanha acabou por ser o melhor jogo depois do Holanda – Rep. Checa. A Rússia veio provar o que eu anteriormente tinha referido, a selecção grega é banal, apesar de ter passado às custas de uma Espanha que já tinha sido relegada para os play-offs pela Grécia na fase de apuramento.
A França ficou em primeiro no Grupo B, com um futebol pouco convicente e que assim sendo terá mais dificuldades perante a defesa grega do que teve até agora. Croácia e Suiça sofreram seis golos, enquanto os gauleses e ingleses sofreram quatro golos, o que é muito para condidatos ao título. Rooney está a ser o goleador, mas não há razões para alarmes para as cores nacionais.
O Grupo C, acabou por ser o grupo da conspiração nórdica que derrubou a Itália, que se apresentou com o seu esquema defensivo habitual, em que nenhum adepto ainda tem paciência de ver. Apesar de tudo, ironicamente, acabaram por fazer os melhores três jogos da primeira fase de que eu tenho memória. O golo nos descontos, ainda fez sonhar, mas muito pouco. Segundos antes a Suécia havia feito o dois igual necessário e acabava o jogo com uma vergonhosa troca de passes entre o seu guarda-redes e defesas, sem que nenhum dinamarquês se aproximasse.
No Grupo D passaram as duas melhores equipas, Holanda e Rep. Checa, que venceram respectivamente a Letónia e a Alemanha, que pelo segundo europeu consecutivo, não passou aos quartos de final.
Hoje é dia de sonho para todos os portugueses, bem mais esperançados na vitória sobre a Inglaterra, do que na de domingo passado sobre a Espanha. E com legítimas esperanças, com mais moral e menos ais.

PP

terça-feira, junho 22, 2004

Reviravoltas

No passado domingo na 2:, talvez devido a ser uma personagem atípica, em vez de ir para as ruas comemorar a vitoria da selecção, isto apesar de ter ficado bastante contente com a vitória, fiquei em casa a ver o programa de entrevistas “Diga lá excelência” na 2: O convidado do dia era o Dr. João Soares.

Ao longo de 45 minutos de entrevista João Soares limitou-se a posições prevísiveis reafirmando a sua candidatura a líder do Ps. Mas a razão deste Post é outra. A certa altura a questão das presidenciais vem ao lume. João Soares reafirmou o apoio a candidatura de António Guterres. No entanto caso este não se candidate, João Soares apresentou um outro nome – Freitas do Amaral.

João Soares justificou que se trata de um homem com currículo, que defende a despenalização do aborto, que é conta a guerra no Iraque, no fundo um homem de esquerda. Um homem que tal como Sousa Franco fez o caminho da direita para a Esquerda.

Quem diria que Freitas do Amaral, de ex-lider do CDS, e ex-candidato presidencial da direita era agora um militante da esquerda, quase BE, e que poderia ser referenciado pela esquerda como possível candidato presidencial.

As voltas que a política dá.


António Cipriano

segunda-feira, junho 21, 2004

Parabéns Portugal


Não escondo que foi um daqueles velhos do Restelo que nunca acredito na selecção e em particular no senhor Scolari. Aliás no Scolari ainda não acredito, já na selecção tudo mudou. De uma equipa apática frente à Grécia passamos para uma equipa confiante batalhadora que joga um grande futebol.

De toda equipa que jogou bem, á que destacar o grande jogo do Deco, do incrível Ronaldo e do Imperador Ricardo Carvalho.

Força Portugal

António Cipriano

sábado, junho 19, 2004

O Euro 2004 de tanga

Este europeu de futebol, finda a segunda jornada tem sido até agora uma desilusão a nível geral. Três jogos acabaram em nulos, muito por culpa da rigidez táctica que as equipas apresentam e a falta de brilho das suas supostas mais valias. Começando pelo Grupo A, a Rússia e uma sombra ridícula de outras gerações anteriores e é juntamente com a Bulgária, as duas piores selecções. Portugal e Espanha, apesar dos craques foram medíocres, pois ambas foram incapazes de ultrapassar uma Grécia bem organizada, mas rígida de criatividade.
Passando ao Grupo B, lidera a equipa que pelos dois jogos, merecia zero pontos. Só um golpe dos deuses do futebol permitiram a vitória contra a Inglaterra e o empate contra a Croácia e o apuramento quase certo de uma França que é um equívoco, pois jogou pior que os adversários mas ganhou pontos. A Suiça é fraca. Inglaterra proporcionou dois bons espectáculos e a Croácia alternou o mau com o bom.
No Grupo C, a Suécia apresenta um futebol muito agradável, diria quase o melhor futebol, se exceptuarmos o mais espectacular jogo da segunda jornada o Holanda – Rep. Checa. A Bulgária já foi referida com das piores selecções, a Itália apresenta o seu futebol pouco apelativo, jogando com carroceiros como Gattuso e deixando no banco os virtuosos. A Dinamarca é descomplexada e está a fazer um europeu ao nível das suas potencialidades.
No Grupo da morte, a Alemanha não faz jus ao seu passado brilhante em Europeus e Mundiais, com doze finais e seis títulos, três europeus e três mundiais. Apresenta um grupo de jogadores banais, longe da qualidade de Mathaus, Klinsmann, Voeller, Brehme, entre outros. A Rep. Checa fez uma excelente recuperação contra a Holanda depois de estar a perder por dois golos de diferença, devendo ser estas as duas selecções a passar a fase seguinte. A Letónia surpreendeu na sua estreia, mas a Alemanha, como foi dito esta a procurar melhores dias.
Concluindo, este europeu está de tanga, ou seja, nivelado por baixo, mas espera-se que ainda possa melhorar se deixarem a rigidez táctica de lado (apenas três jogos tiveram golos marcados antes dos vinte minutos, a saber: Portugal – Grécia, Portugal – Rússia e Holanda – Rep. Checa) e deixarem a magia dos criativos fluir.

PP

quinta-feira, junho 17, 2004

Portugal -Espanha

Desde a sua fundação até aos dias hoje, Portugal tem vivido em constante luta e competição com Castela primeiro, e agora Espanha. Primeiro pela independência e autonomia política, depois pela colonização dos novos mundos e agora pela independência económica.

Sobretudo a partir de 1986 com a entrada de Portugal e Espanha para a então CEE, e com a consequente abertura dos mercados, os diferentes sectores económicos, nomeadamente a industria, as pescas e a agricultura tem vivido uma autentica guerra, quase sempre favorável a Espanha.

Assim temos vindo a ser invadidos pelos produtos espanhóis e pelas empresas espanholas, de tal forma que em certos casos Portugal parece um província de Espanha. Basta deslocarmo-nos a qualquer centro comercial, para encontramos uma imensidão de lojas castelhanas (Zara, Don Algodon, Mango, etc.) Para completar o cenário, empresas importantes como o Grupo Totta, a Somague, o BNC tem sido adquiridas pelos espanhóis.

Mas a culpas não é de Espanha, mas sim da falta de dinamismo da economia e dos agentes económicos portugueses.

Pois bem, é perante este cenário de competição com Espanha que no domingo vamos ter o confronto futebolístico Portugal-Espanha.

Uma vitória de Portugal seria importante para o reafirmar da confiança e auto-estima nacional e para demonstrar ao mundo e a Espanha que somos fortes e autónomos. É certo que não passa de um jogo de bola, mas o caracter simbólico ultrapassa em muito as fronteiras do futebol.

Só me resta desejar: Força Portugal


António Cipriano

quarta-feira, junho 16, 2004

Ainda as Eleições Europeias

O Partido Socialistas conseguiu uma vitória inequívoca e sem margem para questões. Pergunto-me se esta terá sido a vitoria que o PS precisava. Com esta vitória expressiva, a margem de manobra e a força de Ferro Rodrigues saíram reforçadas. No entanto todos sabem, especialmente os socialistas de que com Ferro Rodrigues a secretário Geral será quase impossível vencer as eleições legislativas, só mesmo se Durão Barroso cometer erros patéticos. Aquilo que o PS precisava era de uma vitória à tangente em que Ferro Rodrigues ficasse numa situação periclitante e abrisse alas para novos delfins (José Socrates, Gama ou o António Vitórino)

Com a vitória nas Europeias o PS não se irá livrar da sua peste, e com isso deu mais um trunfo á coligação.

António Cipriano

segunda-feira, junho 14, 2004

VENCEDOR

O Grande vencedor das Eleições Europeias foi o partido da andorinha, o partido da nova democracia de Manuel Monteiro. Manuel Monteiro tinha durante a campanha afirmado por mais de uma vez, que era o lider dos abstencionistas, dos que não acreditaram no sistema. O PND e Manuel Monteiro tiveram assim 61% das preferencias dos eleitores.

Estranho mesmo é o PND não ter eleito nenhum deputado !!!


António Cipriano

domingo, junho 13, 2004

Bandeiras ao vento


Na ultima semana, Portugal foi alvo de um fenómeno curioso. Uma onda de nacionalismo subjacente num mar de bandeiras nacionais percorre varandas, montras alpendres, ruas, carros e cidades. Portugal e os portugueses mobilizam-se, unem-se em torno de um objectivo, uma esperança ainda que ilusória de uma vitória futebolística, como se isso fosse resolver o desemprego ou a crise económica.

Toda esta onda de patriotismo é positiva. No entanto estranho que os portugueses apenas se mobilizem em volta do futebol. Afinal, batalhas mais importantes como a produtividade , o desemprego e a justiça não cativam os portugueses.

Portugal continuam a viver em torno de sonhos de grandeza, de gloria, preferindo-se aliar da realidade.

Deus queira que agora seja diferente. Que a mobilização em torno da selecção seja o primeiro passo para a mobilização de todos, para os reais problemas do país

António Cipriano


quinta-feira, junho 10, 2004

Homenagens

Esta semana fica tristemente marcada pela morte de dois homens de convicções: Sousa Fraco e Lino de Carvalho

De Sousa Franco, que apesar de ter tido um percurso incaracterístico (CDS, PSD, PS), e um feitio especial,era alguém intelectualmente superior, um grande académico, um homem que muito deu a Portugal. Triste mesmo foi as circunstancias da sua morte

Lino de Carvalho, um camarada, um comuna à antiga de convicções fortes, um grande parlamentar, um homem de abril.

A Sousa Franco e a Lino de Carvalho, as minhas homenagens

António Cipriano

terça-feira, junho 08, 2004

Eleições Europeias - 4º Parte
CDU


Sempre que penso na CDU uma duvida me assombra os pensamentos? Que partido é este? Afinal só nas eleições é que se ouve falar dele. Mas mais grave, por algum fenómeno tipo “EX-Files” os seus deputados, no dia seguinte às eleições deixam as cores da CDU e passam-se para o PCP, remetendo a CDU para os esquecimento.


Mas agora mais a serio. Nesta campanha a CDU, continua o seu percurso, traulitando o discurso de sempre, “a Cassete”, vulgo documento histórico, mas que obviamente já não passa de uma ladainha. De novo no discurso só mesmo os cartões vermelhos.


Facto Positivo – A postura lutadora da cabeça de Lista, Ilda Furacão, desculpem, Ilda Figueiredo, que desde há 3 meses vem fazendo campanha por todo o país

Facto Negativo – Discurso anacrónico, ultrapassado, agravado nestas eleições pela estratégia dos cartões vermelhos

António Cipriano

segunda-feira, junho 07, 2004

Eleições Europeias – 3º Parte
Partido Nacional Renovador


Poucos saberiam que existe o Partido Nacional Renovador (PNR). Alias só descobri a existência de tal partido, após ter visionado o sempre pedagógico tempo de antena.
Pois bem o PNR, caracteriza-se a si próprio por ser um partido defensor de Portugal, da independia nacional, que defende o encerramento das fronteiras e a expulsão dos imigrantes.

O PNR apresenta como principal imagem de marca da sua campanha, a imagem do seu líder dando um vigoroso abraço na figura “democrática” de Jean Marie Le Pen.

Com o PNR, partido Racista, de extrema–direita entramos no pelotão europeu dos países desenvolvidos como a Áustria, a França, a Holanda.

Por que será que só temos as coisas más da Europa ?

António Cipriano

domingo, junho 06, 2004

Eleições Europeias – 2º Parte
Partido Socialista


Ao analisarmos a lista socialista encontramos nomes como Sousa Franco, António Costa, Capoulas Santos, Elisa Ferreira e outros como Jamila Madeira e Edita Estrela, o que facilmente nos traz à recordação o período guterrista e os seus efeitos patológicos (défice, despesa publica desvairada, descontrolo, etc). A impressão que dá é que os ex-ministros de Guterres não acreditando na volta do PS ao poder para breve, procuram um “Tacho” nas galerias sempre simpáticas de Estrasburgo.

Relativamente a campanha propriamente dita, esta tem sido marcada pela futebolização, pela ausência de ideias sobre a Europa e mesmo sobre os país resumindo-se aos apitos e aos cartões amarelos. Sousa Franço, Pai do Défice, personagem de elevados créditos intelectuais tem vindo a fazer um campanha tradicional de mercados e feiras limitando-se a ser mais uma personagem do Show-off, sem trazer algo de novo.

Facto Positivo: A luta constante contra a abstenção
Facto negativo: Discurso vazio, entrada na corrida pelos insultos e argumentação baseada no Cartão Amarelo

António Cipriano

sábado, junho 05, 2004

Morreu um Senhor


Foi com tristeza que há poucos minutos vi a notícia no Jornal 2 da morte do ex-Presidente dos EUA, Ronald Reagan. Este foi o primeiro presidente que me lembro de ver na televisão, quando eu era ainda uma criança, resaltando-me na memória o atentado à sua vida na década de oitenta. Fiquei sempre com a imagem de que seria um grande senhor, pelo menos é a imagem com que ficarei dele.

PP

sexta-feira, junho 04, 2004

Eleições Europeias

Vai bonita a campanha eleitoral para as europeias. Tem sido curioso ver como os cabeça de lista tem sido combativos, especialmente nas apresentações de propostas e iniciativas no caso de ganharem, tal como a cordialidade que tem sido o mote das campanhas, o alto nível dos intervenientes e tudo o resto.... curioso, muito curioso, especialmente porque ainda não vi nada disto! Que campanha... que tristeza, onde o insulto, a baixeza de nível, os ataques pessoais, as afirmações infundadas sobre os outros candidatos e a utilização do futebol como meio de caça ao voto como se a política portuguesa fosse como o Big-Brother ou tivesse a importância de um jogo de futebol. O pior é que no meio de tudo isto, o que vai acontecer, é que os portugueses, que ao contrário do que alguns acreditam não são burros nenhuns, vão dar aos nossos políticos a resposta que eles merecem, e essa resposta será dada no dias das eleições, com uma das maiores abstenções de sempre em Portugal. Tenho pena que assim seja, porque eu sou contra a abstenção, porque decididamente essa é a pior solução, mais vale a pena votar em branco, mas marcar presença, do que não aparecer e deixar que os outros decidam por nós. Mas este é o triste caminho que a nosso jovem democracia leva. E percebam que estas eleições são demasiado importantes para Portugal, porque se nós ainda somos hoje uma democracia, então devemo-la à União Europeia, porque se não fosse a U.E. já hoje teríamos caído no abismo, um abismo de onde levaríamos mais 48 anos a sair.

António Manuel P. S. Guimarães
Eleições Europeias – 1º Parte
Coligação Força Portugal


Começo hoje uma serie de posts sobre as diferentes listas ao Parlamento Europeu.

A lista do PSD/CDS-PP começa necessariamente por resultar de um equivoco, de uma não vontade, fruto das circunstancias. Todos conhecemos as diferenças de opiniões e de posições face a Europa do PSD e do CDS.

O PSD é e sempre foi, um partido defensor do projecto europeu, o qual teve presente em todos os momentos cruciais (adesão a CEE, apoio ao alargamento, defensor da moeda Única) . Já o CDS-PP de adversário do projecto Europeu, critico constante da Europa passou agora para uma posição dúbia de eurocalmo. Mas afinal o que é um partido Eurocalmo? Duvido eles próprios saibam. No fundo o CDS continuo o mesmo partido radical e populista de sempre. De resto a coligação “Força Portugal” tem, ficado negativamente associada à estratégia de insultos e baixa política que Paulo Portas e seus muchachos tem realizado. Mas também o que se poderia esperar de tais figuras.

Quanto ao PSD propriamente dito, nomeadamente o Prof. Deus Pinheiro tem feito uma campanha correcta, com algumas tentativas de chamar as questões europeias para o debate, numa postura integra e demonstrado facilidade no contacto com as massas, apelando constantemente à não abstenção

Facto Positivo: Postura aberta e responsavel do cabeça de lista, qualidade humana da lista

Facto negativo: Política de insultos dos membros do CDS e excessiva futebolização da campanha


António Cipriano

quarta-feira, junho 02, 2004

Bush

Segundo declarações publicadas no Público de hoje, Bush terá dito: “Eu não tive qualquer papel, zero”, quando se referia à escolha do governo do Iraque. Não se preocupe Sr. Bush, ninguém acredita que tenha algum papel no que quer que seja, excepto nas casas de banho da Casa Branca.

PP
Nalgum lugar

A transpiração corre pela minha fronte. A minha garganta seca repentinamente, amarrotada num nó invisível de tensão. Quero falar-te e não consigo. Dizer-te por palavras, o que és. Mas és mais do que palavras. És tudo para mim. Gabriel Garcia Marquez dizia podes ser o mundo de alguém. E és. Todo o meu mundo. O amor colorido a arco-íris, pintado na tela que é a minha alma. Se a alma é imortal, então deves ser a minha. Congela o tempo nas asas da saudade que sinto. Saboreio o momento como o vento que toca os meus lábios. Simplesmente adoro-te. E tu não sabes. Não desconfias. Não mostras sentimento algum por mim. Eu voo no teu pensamento, mais rápido que um Concorde. Também andas triste, mas és cega. Eu aqui ao teu lado suando de emoção e tu dizes que te sentes só. Eu gosto de ti. É apenas o que me sai da boca. Tu sorris e beijas a minha face rubra, como se eu fosse teu irmão. Interpretaste mal as minhas palavras, vagas e vãs, enfim. E partiste. Até à próxima.

PP

terça-feira, junho 01, 2004

Léxico de campanha

Todos já conhecemos o pouco interesse que as eleições europeias suscitam nos portugueses. Assim era de esperar por parte da classe um política, um comportamento proactivo, que visasse debelar o mal da abstenção, através do esclarecimento cabal da importância da Europa e das questões europeias para o quotidiano de todos.

Mas ao envés, temos assistido a um espectáculo triste , de picardias sem sentido, de um discurso vazio de ideias e cheio de futeboles (cartões amarelos, vermelhos), acabando mesmo nos últimos dias na mera troca de insultos.

Que grande exemplo que as nossas pseudo-elites estão a dar.

E depois admiram-se que as pessoas pensem mal da política e dos políticos

António Cipriano