quarta-feira, dezembro 28, 2005


Grito do Ipiranga

Foi lançado no dia de hoje, do cosmódromo de Baikonur no Casaquistão, o primeiro satélite do sistema de navegação Galileu. Este acontecimento só por si, representa o principio da independência Europeia face ao império, nos domínio estratégicos do posicionamento por satélite, com amplos campos de utilização civil e militar.

Graças ao Galileu, qual “guerreiro Jedi” a Europa deixa de estar sob os olhos do Big Brother, do lado negro da força do império, governado pelo tenebroso mas pouco inteligente “
Darth Bush
”.
António Cipriano

domingo, dezembro 25, 2005

Mensagem de Natal

Como Todos os ano, o Cardeal Patriarca de Lisboa emite através dos órgãos de comunicação Social, nomeadamente a RTP um Mensagem de Natal a todos os Portugueses. Este ano não foi excepção. No entanto, este ano as coisas não correram muito bem. D. José Policarpo, dirigiu aos portugueses uma mensagem com um bom conteúdo, que apelava à confiança e ao derrubar dos medos por parte de todos os portugueses. Apesar de ser um homem bastante inteligente e com experiência na área da televisão (foi responsável da TVI, nos seus tempos católicos), endereçou um discurso longo, muito longo, maçudo, muito a lembrar as mensagens de “Fidel Castro”, cheia de passagens e interpretações bíblicas pouco condizente como o mediatismo próprio da televisão. Se é certo que com o prolongar dos minutos da mensagem, a RTP foi certamente perdendo audiência, tal não justificava o seu comportamento. Depois de longos minutos de transmissão e quando já se adivinhava que o discurso do Cardeal Patriarca de Lisboa caminhava para o fim, a RTP resolveu abruptamente cancelar a emissão, deixando o cardeal a falar para o boneco!!!! Afinal a RTP já estava atrasada para a transmissão do cultural e divertido filme Stuart Little II!!!!
António Cipriano


sábado, dezembro 24, 2005

Apostar e ganhar

O site betandwin, que é um dos patrocinadores da liga portuguesa, resolveu meter a colher nas presidenciais portuguesas. Para quem não conhece, trata-se de um site de apostas; são essencialmente apostas desportivas, mas também tem algumas apostas de outros âmbitos. É aí que entram as apostas políticas: para as eleições na Suécia, para o congresso dos EUA, e também para as presidenciais portuguesas. Na realidade, houve 3 candidaturas que ameaçaram processar o site, e o mesmo resolveu terminar essa aposta (suponho que devolveram o dinheiro a quem já tinha apostado).
Mas tudo isto foi divulgado na comunicação social. Agora, o que é que me faz escrever este post? É que cada candidato tinha, segundo o site, determinada probabilidade de vitória. Cavaco em primeiro, Alegre em segundo, Soares em terceiro, Jerónimo em quarto, e Louçã em quinto. Uma aposta em Louçã iria render muito mais dinheiro do que uma igual aposta em Cavaco (desde que o bloquista conseguisse ganhar... ahahahahahah, pronto pronto, já passou), o que é bastante óbvio. Agora, o realmente esquisito/interessante/estranho/outro-adjectivo é que cada 100 euros investidos em Cavaco iriam render 120 euros, ou seja, 20 euros de ganho líquido. Como é demasiado óbvio que Cavaco vai ganhar, esta seria uma forma fácil de ganhar dinheiro. Algo me diz que os senhores da betandwin ter-se-ão apercebido disso.
Enfim, para os mais sonhadores resta sempre o euromilhões.
Feliz natal!

João Pedro

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Feliz Natal

Porque o Natal é uma comunhão e partilha de cumplicidades, desejamos a todos os nossos leitores um santo e Feliz Natal, com muitas prendas !!!!!
António Cipriano
António Guimarães
João Pedro
Paulo Pinheiro

quarta-feira, dezembro 21, 2005


Vencedor

E o Vencedor do Debate de ontem foi..................................................... a telenovela da TVI “Ninguem Como Tu” com uma audiência de 25,9 por cento e uma quota de espectadores de 67,2 por cento.
António Cipriano
Presentes de Natal

Em plena Lapónia, junto à lareira, acompanhado pelo seu fiel cão, S. Nicolau, mais conhecido por Pai Natal, vai ultimando os preparativos para o dia já próximo, da sua jornada anual. Devido ao cada vez maior numero de correspondência dos meninos e meninas deste nosso mundo, o trabalho da abertura das cartas vai-se prolongando até bem próximo do Natal.
De Portugal seguiu um saco de dimensão considerável.
- Vamos lá ver o que me pedem os Portugueses, este ano?
- Emprego, emprego, emprego, fim da crise económica, o Euromilhões, Sporting campeão. Enfim muitos e muitos desejos. Infelizmente aqui o Pai Natal, também está em contenção financeira. No Natal passado, ofereci prendas a mais, e entrei em déficit!!! Ainda para mais o preço do feno para as renas aumentou!!!!
Mas deixa lá ver o que me pediram alguns dos meninos já velhos conhecidos.
- O menino Mário Soares, quer como prenda a Presidência da Republica. Este menino é chato!!! Já lhe dei este brinquedo por duas vezes!!! È um brinquedo caro!! Este ano leva é um CD do Avô Cantigas
- Irmãos Louça e Jerónimo querem este Natal, cada um deles mais votos que o outro. O Pai Natal não gosta de guerras entre irmãos!! O menino Louça leva um Missal e o menino Jerónimo um capacete para brincar na Lisnave
- Já os meninos Alegre e Cavaco, pedem também o brinquedo da presidência. Este brinquedo esta com muita saída. O menino Cavaco tem se portado bem, talvez o leve. Mas para já aqui têm um Bolo Rei. Já o menino Alegre, anda sempre com a cabeça no ar!! A sonhar com quadrados, a brincar às dissoluções, leva este ano é um exemplar de Dom Quixote de Cervantes!!
António Cipriano

sexta-feira, dezembro 16, 2005


Tudo Bons Rapazes!

Para aqueles que me dizem que a opção do nuclear não pode ser aplicada em Portugal, aqui vai umas questões. Quantas marés negras aconteceram desde 1963? Quantas toneladas de hidrocarbonetos são despejados no mar todos os anos, seja por lavagem dos depósitos, seja por acidentes?
Infelizmente desde o acidente com o Ger-Maersk em 1963, que os acidentes se sucedem, não posso dizer quantos foram, mas posso enumerar os mais graves. Além do Ger-Maersk, temos o derrame do Alasca em 1964 que libertou 40.000 toneladas de crude, afectando 1744 Km de costa e matando cerca de 30.000 animais marinhos. O derrame do Torrey Canyon em 1967 que libertou 170.000 toneladas de petróleo e do Almoco Cadix libertando 230.000 toneladas de petróleo. Durante a Guerra do Golfo em 1991 foram libertas 600.000 toneladas de petróleo no Golfo Pérsico, isto para não referir a tragédia do petroleiro Prestige em Novembro de 2002, que levou à maior catastrofe ecológica na nossa península, pelo menos até hoje.
A segunda questão tem uma resposta mais simples, porque existem dados estatísticos que afirmam que todos os anos são largados nos oceanos 3.000.0000 toneladas de petróleo.
Pode o paciente leitor dizer, que também não aprova a utilização de petróleo e que devem ser encontradas medidas alternativas não poluentes, algo que eu concordo em absoluto, mas com pés bem assentes na terra vejo que, no nosso país pouco tem sido feito para contrariar a utilização das nossas centrais termoeléctricas, que consomem rios de petróleo. Feito um moinho aqui e ali, umas placas fotovoltaicas aqui e acolá, algo manifestamente insuficiente. Depois temos ainda que ter em conta outros factores, como o facto de geograficamente não termos um país muito propício à construção de barragens colocando essa possibilidade de parte.
Por fim temos um tratado internacional que é o tratado de Quioto, um tratado que Portugal também assinou e que nos obriga a reduzir as nossas brutais emissões de hidrocarbonetos para a atmosfera, algo que a menos que muito mude não vai ser possível. O que fará com que Portugal tenha que muito provavelmente ter que comprar créditos a outros estados para poder poluir mais do que a cota prevista. E todos sabemos que esses créditos não vão ser baratos. Dirá agora o tolerante leitor, que o nuclear é bem mais perigoso, e de facto não é mais saudável se for utilizado levianamente, tem que ser bastante vigiado para ser utilizado com segurança. Mas é o próprio tratado que não condena a utilização do urânio, devido ao facto do nuclear ser considerado mais limpo do que a utilização de hidrocarbonetos, visto que as suas emissões para a atmosfera se limitam a vapor de água, já para não falar que o urânio existe em quantidades suficientes para não se esgotar nos próximos milhares de anos. E Portugal tem uma grande reserva de urânio, uma das maiores da Europa (se não a maior), o que nos tornaria mais independentes a nível energético. Os detractores desta medida podem sempre dizer que já aconteceram acidentes graves, e é verdade temos o triste caso de Chernobyl em 1986 na actual Ucrânia, mas felizmente eu não conheço mais nenhum e penso que não existem mais, pelo menos registados, ao contrário das várias dezenas de acidentes petrolíferos. Vamos ver ainda outro ponto, nós não somos nem mais nem menos que os outros e temos o direito de usar o que temos, especialmente se é o nosso povo que beneficia deste factor. Ou será preciso continuar a ver o nosso país a flutuar ao sabor do preço do petróleo e a incapacidade do estado de promover decentemente a utilização de energias renováveis, vendendo um bonito engano que pagaremos mais tarde, quando as quotas de Quioto apertarem. Deixemos de nos armarmos em Bons Rapazes, ingénuos e autênticos passarinhos, para passarmos a ter alguma coragem e iniciativa, para que um dia não digamos como de costume que: devíamos ter feito mas… agora é tarde!

António Manuel P. S. Guimarães

Manuais Escolares

“Fórum do País”, um programa bastante interessante que dá na RTP-N, mas a horas que não permite que o “comum mortal”, possa assistir, isto porque programas que dão para lá das 2 horas da manhã, não se coadunam com o horário de trabalho das pessoas. Mas eu, que estou a entrar em férias de Natal tive o prazer de assistir. E o tema desta semana não poderia ter sido melhor, os manuais escolares e a reforma que o Ministério da Educação pretende fazer. É certo que muitas asneiras têm sido feitas por esta ministra, mas desta vez parece que decidiram fazer alguma coisa bem feita. Em primeiro lugar, é sempre bom saber que o Estado pretende aumentar o período de vigência dos manuais de 3 para 6 anos. Depois também não fere a sensibilidade de ninguém, saber que uma comissão será criada a nível ministerial para avaliar os manuais, uma comissão composta principalmente por, professores universitários, professores do ensino secundário e professores do ensino básico. É também de felicitar a intenção de fornecer manuais ás famílias carenciadas, fazendo a aproximação possível à constituição, quando esta refere o ensino “tendencialmente gratuito”. Por fim, temos que saudar a vontade de por fim às manobras promocionais de manuais pelas editoras, terminando os brindes aos professores e/ou às escolas. Neste programa estavam presentes os representantes das associações de editores, um representante das associações de pais e um secretário de estado. E foi curioso ver que as associações de editores diziam desta medida aquilo que “Maomé não disse do toucinho”. Não foram utilizados termos como fascista, mas o secretário de estado não conseguiu escapara à acusação de estalinista. Para começar, diziam as editoras, que os livros devem continuar a ser feitos de forma “livre”, que deve permanecer a concessão das editoras, de manuais de vigência de 3 anos e que estas comissões de avaliação são ridículas. Pois bem, se eu ganhasse a vida a vender e fazer manuais escolares eventualmente também não estaria muito feliz com estas medidas. Mas a verdade é que estas medidas não põem fim à liberdade, pois sim, fim à libertinagem que é um conceito bastante diferente de liberdade, põem fim também a um período de vigência ridículo, que não tem seriedade, aliás o prazo de 6 anos pode ser alterado se o manual tiver “manifesta desactualização” ou seja, a comissão que avalia o manual ANUALMENTE, pode decidir retirar ou alterar o manual em questão, mas a intenção clara desta medida é pôr fim à pratica de vender manuais num curto espaço de tempo, fazendo com que filhos com curta diferença de idade não possam utilizar o mesmo manual, isto quando a editora não revia e declarava que o manual não estava adequado e o retirava do mercado para forçar a sua substituição, o que era ilegal, mas impossível para o estado interferir, devido à falta de órgãos criados para o efeito. Obviamente a contrastar com as editoras, estava o representante da associação de país, que defendia que estas medidas já deviam ter sido adoptadas antes, e que este negocio escandaloso já devia ter terminado à muito. Lembrando bem, que a simples estratégia de marketing adiciona custos aos manuais, que são os pais que suportam. Espero que estas intenções, sejam mais do que ideais num papel e que sejam postas em prática. Porque se o nosso ensino precisa de uma reforma seria, uma das razões para ela é certamente a atitude arrogante e vergonhosa das editoras.

António Manuel P. S. Guimarães

domingo, dezembro 11, 2005


Campeonato da Competitividade Ibérica

No sentido do reforço da competitividade da industria portuguesa, foi noticiado esta semana que no inicio de 2006 a tarifa da electricidade industrial irá aumentar entre os 8% e os 16%. Mais uma vez Portugal conseguiu uma importante vitória face a Espanha onde os aumentos aos consumidores industriais se situam somente em 2% e os 3%.
Assim, facilmente se explicam as elevadas taxas de crescimento da economia portuguesa!!!!
António Cipriano

sábado, dezembro 10, 2005


Um dia Típico do Candidato Louçã

Ø 9h00 – Acordar, lavar a cara e tomar um guronzan para amortecer a troca de ideias da noite passada com Miguel Portas
Ø 10h00 – Tomar Pequeno Almoço, e aproveitar para fumar um charro com Miguel Portas
Ø 11h30 – Telefonar à filha
Ø 12h00 – Acção de campanha na Zona J
Ø 13h00 – Almoço no restaurante de esquerda Tavares Rico com Ana Drago
Ø 14h00- Acção de campanha numa clinica de Abortos
Ø 15h30 – Palestra na Universidade Técnica de Lisboa subordinada ao tema “Os sete pecados mortais do capitalismo Americano”
Ø 16h30 – pausa para relax (tempo para um charro com o Miguel Portas)
Ø 17h30 – Acção de Rua, pela centro de Lisboa com a distribuição de panfletos e vales de desconto em clinicas de Aborto
Ø 20h00 –Conferência de imprensa. Discurso incisivo, propondo a liberalização das drogas leves, da prostituição e do Aborto.
Ø 21h00 – Jantar no Bairro Alto
Ø 22h00 – Intervenção política versando o imperialismo americano, e o Cavaco opressor
Ø 23h00 – Sangria e charros com Miguel Portas
Ø 03h00 – Chegar a casa, reler o diário de Trotsky ao som de Sérgio Godinho e Mano Chao
Ø 4H00 – fazer ooooooo
António Cipriano

quinta-feira, dezembro 08, 2005


Um dia Típico do Candidato Jerónimo de Sousa

7 H00 – Acordar, vestir-se e cantar a Internacional no duche
8h00 – Pequeno almoço (café cubano e doce de Estremoz)
Ø 9h00 – Visita ao túmulo do mestre Álvaro Cunhal
Ø 10h30 – Bica na casa do Alentejo com os mineiros de Aljustrel
Ø 12h00 – Combinar com a Intersindical as greves do dia
Ø 13h00 – Almoço com a Juventude Comunista (Pescada da recém comuna Peniche, acompanhada de vinho de Borba e doces típicos da democracia da Coreia do Norte)
Ø 14h30 – Reunião com a Brigada do Reumático do Comité Central
Ø 15h30 – Pausa aproveitada para reler Manuel Tiago e cantar o Avante
Ø 16h30 – Acção de campanha na Lisnave
Ø 18h00 – Lanche com os trabalhadores da Lisnave
Ø 20h00 – Conferência de Impressa, versando a exploração dos trabalhadores por parte das grandes famílias capitalistas, e a política do quer posso e mando de direita deste governo
Ø 21h00 – Jantar comemorativo do 10º aniversario da 89º greve da Vidreira Pereira Roldão da Marinha Grande. Inclui discurso, relembrando ao proletariado as características tenebrosas e apocalípticas de Cavaco Silva
Ø 23h00 – Ritual diário do apedrejamento dos renovadores
Ø 24H00 – Reler Marx e cantar a Internacional
Ø 01h00 – Dormir e sonhar com o Alentejo Vermelho e com as grandes conquistas da URSS

António Cipriano

segunda-feira, dezembro 05, 2005


Preocupações Vãs

De facto, se existe uma coisa que nunca me incomodou no que diz respeito às escolas em Portugal, é a existência de crucifixos nas escolas. Honestamente não me incomoda a presença, como não me chateia a ausência. Muito embora eu ache que existem questões muito mais importantes a ser combatidas nas nossas escolas. Este episódio apenas serviu para eu tomar conhecimento de uma associação que defende a laicidade do estado, para reconfirmar a inutilidade do BE e ficar a pensar porque é que não existe nenhuma associação para lutar pela tão necessária qualidade do ensino em Portugal.

Como eu já disse, temos uma associação em Portugal, que eu infelizmente não sei o nome, mas que tem como mote a defesa da laicidade do estado. Foi esta organização que fez o pedido ao Ministério da Educação, para que este ordenasse a retirada dos crucifixos. Dizem estes, que o nosso estado é laico e que por isso esta presença é ilegal e pode ser considerada ofensiva. Isto é tudo muito bonito, e eu sempre achei graça a estas afirmações de posições peremptórias, porque quando vamos ver a sua prática percebemos que elas não passam de afirmações de gente com demasiado tempo livre, algo que se calhar ficava resolvido se eles passassem a trabalhar no dia de Páscoa, no dia de Natal e em todos os outros feriados religiosos. Porque se são tão categóricos no que concerne à laicidade do estado, então deveriam lutar para que estes dias passassem a ser como os outros. Depois gostava que me explicassem como é que um crucifixo pode ser ofensivo?

Depois temos o inevitável costumeiro de todas as questões imbecis em Portugal, a nossa imitação barata de Trotsky, é claro que estou a falar do Professor Doutor Francisco Louçã, que vem dizer que os “crucifixos deviam ter sido retirados das escolas logo na tarde do dia 25 de Abril de 1974”, este ataque é também curioso, porque percebemos que o BE tem ainda a ideia esquizofrénica de que a “religião é o ópio do povo”. E já agora, porque é que o senhor Louçã não aprofunda a questão ao ponto de defender que as pessoas trabalhem nos feriados em dias santos, o fim das festas dos santos populares e o fim do subsídio de Natal, porque caso o senhor professor não saiba o Natal é uma festa religiosa e por isso este subsidio recai sobre uma festa que vai contra a laicidade.

Temos estas associações mesquinhas e estes caça votos pela ignorância, que preferem atacar aquilo que pode ser polémico em vez de atacar aquilo que deveria ser de facto combatido, porque se acham que os crucifixos são o grande problema das nossas escolas, então sugiro que assistam a um mês de aulas em qualquer estabelecimento de ensino do 1º ciclo para perceberem que esse é o menor dos seus problemas.
Como eu já disse não me chateio por terem tirado os crucifixos das salas de aula, não vejo mal nenhum nisso, aliás, não acho compreensível que sejam colocados nas escolas novas. Mas fico chateado por haver pessoas em Portugal que percam tempo a preocuparem-se com questões mesquinhas em vez de se preocuparem com o que realmente pode prejudicar os seus filhos, que é a falta de qualidade e condições que temos hoje num grande número das nossas escolas do 1º ciclo. Pessoas que pretendam fazer uma “laicização à força”, num país que ainda é, profundamente católico, porque 80% é uma percentagem que ainda significa alguma coisa.
Depois deixo uma sugestão as estas pessoas, leiam algumas coisas de James Fentress, Chris Wicham, Paul Connerton e José Mattoso, para ver se compreendem a utilidade da memória colectiva, mas isso será assunto para outro post…………

António Manuel P. S. Guimarães

domingo, dezembro 04, 2005

Sistema de (In)Justiça

A coesão social de um país deriva dos laços de solidariedade construídos com base num cimento cultural agregado ao longo de séculos. Esta estrutura socio-politica assente num regime politico-constitucional, de raiz democrática implica a obrigatoriedade da assimilação constante de um conjunto de princípios omniscientes e omnipresentes. Igualdade perante a lei, respeito pelo próximo, justiça, legalidade, protecção social e liberdade física e intelectual são os princípios e valores sine quan non da estrutura celular da sociedade democrática.
Ora, o mecanismo sistémico da sociedade democrática funciona com base na lei. Em leis justas, executáveis, ao qual o estado, através de um modelo de sistema judicial garante a sua aplicabilidade. A democracia não o é verdadeiramente um sistema, sem uma Justiça independente e célere.
A Democracia portuguesa apesar de ainda jovem, tem vindo sobretudo ao longo da ultima década a evidenciar vícios e falhas, os quais têm minado a qualidade dessa mesma democracia. O sistema de justiça é o exemplo mais paradigmático.
Processos que de arrastam anos e anos nos tribunais, processos que inexplicavelmente prescrevem, “bandalheira” total no secreto de justiça, corporativismos excessivos, investigações mal conduzidas, muitas com erros grosseiros, a sucessão de casos “Fátima Felgueiras”, a greves de magistrados e juizes, são o triste retracto da Justiça nacional.
Com todo este cenário pantanoso, o vulgar cidadão olha com desconfiança e descredito para o Sistema de Justiça. Mais grave ainda, passa a existir ainda que subliminarmente a sensação colectiva de um sistema de justiça, ineficaz e injusto.

O que esta em causa não é apenas as relações sociais e a liberdade individual. Também a economia, precisa da Justiça. Muitos agentes económicos perante um negocio com algum risco de incumprimento, ou simplesmente não concretizam o negocio, ou praticam preços especulativas como medida preventiva, face às tormentas e à falta de celeridade do Sistema de Justiça.

E perante este cenário calamitoso, que em ultima analise põe em causa a própria democracia, que urge o governo proceder o quanto antes a um reforma transversal do sistema de justiça. Esta reforma não será compatível com lobbies e corporativismos. Também aqui tem de haver uma mão firme, consciente que a sociedade o exige.

A reforma do Sistema de Justiça passa por medidas como, a racionalização e redistribuição de meios, encerramento de comarcas com pouco movimento, reforma do Código do Processo Civil e do Código do Processo Penal, aligeirando e eliminando procedimentos supérfluos e anacrónicos; corrigir a reforma da acção executiva de modo a que esta seja aplicável e executável.

Ao nível das magistraturas, há a necessidade de formar mais membros e estabelecer medidas de avaliação de desempenho qualitativas e qualificativas, de modo a reduzir o tempo médio de resolução de cada processo pendente. Todo o processo de orientação e gestão de carreiras deve ficar na mão de um órgão independente como o Conselho Superior de Magistratura. O Conselho Superior de Magistratura apesar de independente e autónomo deve ser responsabilizado pelo estado da justiça. Anualmente o ministério da justiça deve definir objectivos e prioridade em termos de política de justiça, ao qual o CSM deve dar execução, sendo responsabilizado pelos resultados obtidos.

Algo tem de ser feito, sob pena do colapso do sistema e da própria democracia.

António Cipriano


quinta-feira, dezembro 01, 2005


Lutas de Comadres

Nas pequenas e esquecidas aldeias de Portugal do passado, o mexerico, a pequena grande inveja, o desdizer, o falar baixinho, as quezílias familiares, eram fenómenos geneticamente alimentados e suportados por uma mão cheia de comadres que por terem uma vida vazia e ociosa, eram as guardiãs desta triste tradição nacional.

Tristemente, a pré-campanha presidencial da esquerda tem sido o reafirmar da figura da comadre, sequiosa de mexericos. Manuel Alegre desdiz Socrates e Soares, Soares desdiz Alegre, ao qual este responde em tom crispado. Ambos se reafirmam como os herdeiros da esquerda, deixando-se levar numa luta de partilhas de uma esquerda jacobina e maçónica já defunta e ultrapassada. Com toda esta propensão para o fait-divers, o país vai sendo esquecido nos discursos e acções.

E será que o país quer na presidência uma comadre?
António Cipriano

terça-feira, novembro 29, 2005

Dever Cívico
Não sei se a maioria dos cidadãos europeus já se deu conta, mas a Europa caminha a passos largos para um problema bicudo, com graves consequências. Estou a falar da quebra demográfica. De alguns anos para cá, os europeus talvez devido a excesso de televisão, jogos de vídeo, ou modernices como o “sexo virtual” têm se vindo a esquecer de fazer filhos. Com este esquecimento caminhamos para a ruptura do Sistema de Segurança Social, para o aumento dramático das despesas de saúde via envelhecimento da população, e para uma diminuição drástica da população activa, deixando a Europa dependente da imigração.
Nos dias de hoje nada mais patriótico do que fazer um filho. O leitor deixe a net, e vá é cumprir o seu dever cívico!!
António Cipriano

domingo, novembro 27, 2005


Nova China
Bem certo que a verdade de ontem é mentira hoje. Foi noticiado esta semana que a republica popular da China pátria mãe de Mao Tse-Tung, e da ideologia comunista radical do Maoismo, enviou recentemente 18 camiões de armas e munições para equipar o exercito do Nepal na sua luta contra a guerrilha Maoista.
António Cipriano

quinta-feira, novembro 24, 2005


O crime do Padre Amaro

Vi hoje, com dois dias de atraso (cheguei na segunda-feira ao cinema e qual não é o meu espanto estar a sala esgotada) o filme português, O Crime do Padre Amaro, uma adaptação muito livre da obra de Eça de Queiroz. Primeiro que tudo era bom que no futuro as salas de cinema se enchessem para filmes portugueses, visto que filmes de Hollywood podem ser "sacados" da net vários meses antes de serem lançados, mas vamos ao filme. O crime do Padre Amaro tem 3 coisas muito boas:
1º- Soraia Chaves;
2º- Soraia Chaves e
3º- Soraia Chaves.
A actriz faz um bom papel, sendo capaz de arrebitar o nabo do ser mais homossexual do universo. Sem brincadeiras, o filme tem duas características que muitas vezes não é visto no cinema feito em Portugal que é o ritmo e a continuidade da acção, mesmo sendo uma adaptação muito livre da obra com a devida adaptação aos tempos modernos. Ao cinema português falta muitas vezes estas características assumindo um ritmo lento, perdendo tempo com diversas fases do filme e depois um ritmo mais acelerado rumo ao fim do filme, quiçá por questões orçamentais, criando descontinuidade na acção. Enfim, no geral, um filme de que os portugueses se podem orgulhar de ter sido feito por nós, sentimento reprimido muitas vezes por um sentido de inferioridade nacional exagerado quando comparado ao que se faz no estrangeiro. Que muitas salas de cinema se encham para ver este filme (e não apenas a Soraia Chaves) por todo este país.
PP

terça-feira, novembro 22, 2005


Presidênciais

Por Portugal passar presentemente por um período conjuntural de crise económica, social, e por ser atormentado por uma excessiva dose de anemia colectiva subjacente numa falta de confiança dos agentes sociais, a questão presidencial ganhou importância suplementar. A verdade é que nos últimos meses muitas linhas se escreveram sobre o perfil de presidente que necessitamos. Muitos opinam que Portugal necessita de um presidente intervertido, disciplinador, com um âmbito de actuação que ultrapasse em muito, os limites constitucionais, visando a presidencialização do sistema. Estes advogam que o actual modelo constitucional parlamentar assente na partidização, está esgotado, na medida que os partidos políticos nas últimos anos tem vindo gradualmente a perder qualidade. Advogam mesmo, que a causa principal do adiamento sucessivo das reformas estruturais é a partidocracia do país. Para estes os partidos visam somente responder às necessidades das suas clientelas, esquecendo os deveres ao país. Cumulativamente apontam a instabilidade política endógena como uma das causas do atraso do país ( em Portugal em 30 de democracia já tivemos um sem numero de governos, enquanto Espanha no mesmo período histórico teve menos de metade dos governos), sendo este, mais uma vez, resultado em muito da mesquinhez partidária.
Apesar de reconhecer as falhas e vícios dos partidos não tenho um visão tão negra. Neste sentido considero totalmente descabido a presidencialização do sistema. Acho que o nosso regime semi-presidecialista tem funcionado bem, sendo flexível a interpretações presidenciais minimalistas ou mais intervencionistas, mantendo sempre a esfera da governação no órgão competente – o governo. Isto não quer dizer que em situações extremas o PR não tenha de actuar com medidas extraordinárias. A constituição no artigo n.º 195 n.º 2 estabelece que o PR pode demitir o governo e dissolver a assembleia da republica para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas. Alias, o Presidente Sampaio, de actuação minimalista não se inibiu de utilizar esta prerrogativa para demitir e bem, o governo de Santana Lopes.

Mas então que presidente necessita Portugal?

No meu entender, Portugal necessita de Presidente da Republica assente num perfil de idoneidade pessoal, postura Ética, de perfil humanista, que os cidadãos reconhecem credibilidade, honestidade intelectual, competência, conhecedor em profundidade do país e dos seus problemas, capaz de despertar confiança e entusiasmo aos cidadãos. Um Presidente que saiba actuar sempre que necessário. Que não governe, mas que saiba chamar a razão o governo sempre que for oportuno, que convoque a sociedade civil em torno de uma reflexão sobre desenvolvimento, que saiba dialogar e agregar a todos os homens e mulheres às causas nacionais.

De entre os cinco candidatos, no meu entender, claramente o único que encaixa neste perfil é Cavaco Silva. Os Portugueses sabem que podem confiar em Cavaco; na sua honestidade, na sua credibilidade e na cidadania em exigência, que este sempre professou.
António Cipriano

domingo, novembro 20, 2005

Diferentes Guerras

Esta semana, Portugal acordou com a notícia da morte de um soldado no Afeganistão.
Igualmente saiu a noticias de que até ao mês de outubro já faleceram 950 pessoas nas estradas nacionais. Infelizmente com esta guerra civil, ninguem se preocupa.
António Cipriano

quinta-feira, novembro 17, 2005


Parabéns Sub-21s !

Fizeram-me sofrer como o caraças, foi um jogo complicado contra um adversário que mostrou mais do que aquilo que muitos esperavam. Mas a nossa selecção de sub-21 está de parabéns, agora vamos jogar o europeu e vamos ver se os mais novos conseguem bater aquilo que os mais velhos conseguiram em 2004.
Uma nota final para dizer que estou obviamente a torcer para que o Europeu de sub-21 seja em Portugal, quanto mais não seja, porque ainda me recordo daquele mítico jogo para o mundial da categoria no estádio da Luz e daquele golo de penaltie de Rui Costa frente ao Brasil em 1991.

António Manuel P. S. Guimarães

quarta-feira, novembro 16, 2005

Prémio à Mediocridade

Há muito, que os arautos apregoam a necessidade incontornável da economia e da sociedade, incorporem nos seus genes os valores da exigência e do mérito. Efectivamente, o sucesso, a competitividade económica e a diminuição das desigualdades sociais só são possíveis, não pelo facilitismo, da visão do “chico espertismo nacional", mas somente com esforço, dedicação, mérito e exigência.

Todavia, apesar de todos estarem de acordo acerca da necessidade da promoção da cultura de exigência, o ministério da educação volta a dar mais um tiro no pé do futuro do país. Isto porque, o dito ministério emitiu um despacho segundo o qual os conselhos pedagógicos das escolas podem passar um qualquer aluno, independentemente do numero de negativas, num intitulado “sistema de avaliação extraordinária”.
Com esta solução administrativa, para permitir o dito ”sucesso escolar”, Portugal passa a ficar bem nas fotografias das estatísticas comunitárias.
No entanto, o país volta a enganar-se a si próprio. A viver uma realidade irreal, que apenas distorce o futuro das gerações vindouras.
António Cipriano

domingo, novembro 13, 2005


30 anos de Independência de Angola

Comemoraram-se sexta feira, 11 de Novembro, os 30 anos de independência de Angola. Mas será que existem verdadeiros motivos para festejar? Infelizmente, os 30 anos do estado angolano, poucos bons momentos têm. Após 13 anos de luta pela independência, seguiram-se 27 anos de guerra civil, cheia de atrocidades e desrespeitos pelos direitos humanos. Mas se é certo que existe paz à três anos, a democracia, o estado de direito e o desenvolvimento económico tardam a vir. Apesar dos seus imensos recursos naturais e de ser o país do globo com a maior taxa de crescimento anual, tal nem chega para alimentar a totalidade do povo angolano. Isto porque em muita medida, a grande parte dos lucros do petróleo, como por "golpe de magia" evaporam-se para as terras da Suíça ou das ilhas Caymam.
António Cipriano

sexta-feira, novembro 11, 2005

“Imprimatur – O Segredo do Papa”

Para os amantes do Romance Histórico, um livro a não perder será “Imprimatur – O Segredo do Papa” dos italianos Rita Monaldi e Francesco Sorti que chega a Portugal pela mão da editora “Editorial Presença”.
Imprimatur” trata-se de um Thrilher histórico de grande intensidade apimentado por crime, enigmas, conspirações e espionagem ao mais alto nível. A acção decorre em 1683, ano do cerco turco à cidade de Viena e do consequente perigo de uma hecatombe da fé cristã. E perante este cenário que oito personagens aparentemente simples vão percorrer mistérios históricos, envolvendo figuras como Luís XIV (O Rei Sol), o Papa Inocêncio XI, o ministros de Luís XIV Colbert e Fouquet, o cardeal Mazzarino, etc. Um livro a não perder pelos apaixonados da história e do século XVII em particular.
António Cipriano

terça-feira, novembro 08, 2005

Negocios enigmáticos
A Caixa Geral de Depósitos conjuntamente com a Sumolis compraram por cerca de 450 milhões de Euros a Compal. A CGD ficará com 80%, e a Sumolis com os restantes 20%. A verdade é que este negocio repentino e inesperado, me deixou um tanto confuso. A que propósito a CGD (um banco totalmente publico) faz uma aquisição num sector com o qual nunca nada teve a ver? E se o negocio era assim tão atractivo e rentável porque motivo nenhum banco privado mostrou interesse? Se a CGD tem lucros a mais, porque não aumenta os dividendos distribuídos ao seu único accionista (estado) contribuindo assim para este tapar alguns buracos das contas publicas?
Outra perplexidade é o parceiro escolhido. A Sumolis é realmente do sector da Compal, no entanto mais débil e pequena. No ano de 2004 teve um prejuízo de 2,4 milhões de Euros face a um lucro de 25,2 milhões de Euros da Compal. Com a viabilização da CGD o absurdo aconteceu!!!! Uma empresa em dificuldades adquire a sua concorrente que esta numa invejável situação económica.
Confesso não entender, mas deve ser problema meu.
António Cipriano

domingo, novembro 06, 2005

Casos de Sucesso
E, momentos como o actual de apatia, desalento e falta de confiança, nada melhor como tónico para o animo nacional do que exemplos de sucesso. A verdade é que felizmente casos de sucesso não faltam pelo país fora.
Recentemente foi divulgado que a revista Business Week considerou a microempresa tecnológica do Prof. Epifânio França ChipIdea como uma das 500 empresas com maior crescimento do mundo. Mas não é apenas no mundo dos negócios que chegam boas noticias.
Na passada quinta feita Portugal foi agraciado com mais um titulo, não no desporto, mas agora na beleza feminina nacional. Liliana Queiroz, foi a vencedora do concurso Miss Playboy Internacional. Também aqui temos um tónico de animo quer para a classe masculina, quer para a classe feminina, enquanto sinal que as mulheres nacional são das mais belas e sensuais do planeta
António Cipriano

sexta-feira, novembro 04, 2005


Zorro
A razão principal pela qual foi ver a “A lenda de Zorro” não se tratou por este ser um dos heróis do imaginário da minha infância, mas somente devido à participação da Catherine Zeta Jones. Esta, encontra-se ainda mais bela e deslumbrante do que o habitual. Já o filme “A Lenda de Zorro”, nada é mais, do que o esperado. De novo só mesmo pelo preço de um bilhete, o espectador ter direito não a um herói, mas a dois, Zorro e Zorro Júnior. De resto, a película é mormente um festival de espadachins, apimentado por algum humor e um argumento fraquinho, mas suficiente para o género.
António Cipriano

quinta-feira, novembro 03, 2005


Performance

Ontem à noite a maioria dos portugueses entregou-se de corpo e alma, à pratica religiosa da fé Benfiquista. No entanto, por ser um “infiel sportinguista”, não me dediquei à oração na catedral da luz, preferindo ver a entrevista do dr. Mário Soares na TVI.
Esta foi mais uma desilusão, à semelhança daquilo que está a ser a sua pré campanha. O dr. Soares ao longo de 40 minutos penosos, procurou justificar a sua candidatura, caindo muitas vezes em contradição, perante uma jornalista bastante acutilante e agressiva. Do país nada falou. Nada disse do futuro!!! Como mobilizar os portugueses, nada disse? Como reconquistar a credibilidade do país e das instituições, nada referiu!!! Limitou-se a fazer considerações negativas sobre o Prof. Cavaco. Aliás, argumentos bem frágeis!!!!
Por ter admiração pelo dr. Soares, pelo seu papel no reafirmar da democracia, confesso que sinto pena e alguma tristeza por este se andar à arrastar penosamente dando uma imagem nada condizente com o seu percurso histórico.
António Cipriano

terça-feira, novembro 01, 2005


Paradoxos de uma candidatura

A candidatura presidencial de Mário Soares encontra-se num paradoxo existencial. Mário Soares nos últimos anos ao contrário de 74, tem vindo a fazer gradualmente um percurso do centro para a esquerda. Nas suas intervenções publicas ainda sob a capa senatorial, apelava à defesa intransigente do modelo social europeu, criticando asperamente a globalização, a economia de mercado, a guerra no Iraque, o papel dos EUA no mundo, etc. Em muitas situações como na guerra do Iraque ou no papel da Europa no mundo, também eu comunguei das suas posições, apesar de saber que muitas eram utópicas, descontextualizadas de um mundo que infelizmente já não é o mesmo. Soares ainda não percebeu isso. Ainda não compreendeu que o mundo é diferente, mais dinâmico e agressivo economicamente. Hoje, Portugal tem de se adaptar positivamente à globalização, as suas consequências e oportunidades, procurando é certo, a manutenção de um estado social, ainda que menos abrangente, que não quebre os laços de solidariedade intra-classes.
Socrates, líder socialista de um novo tempo, sabe que o mundo é bem diferente da realidade fantasiada de Soares. Sabe que o estado social dos anos 80, já não se coaduna com o novo século. Socrates, apesar algumas ambiguidades e alguns tiques socialistas, conhece que o único caminho possível para Portugal é o da racionalização de recursos, muitas vezes contrário a benefícios sociais anacrónicos. Socrates, perante uma inescapável realidade de crise utiliza medidas de direita. Este por imperativos políticos viu-se na necessidade de apoiar Soares, um candidato bem diferente do seu socialismo.
Como é que Soares pode acusar Cavaco de privilegiar políticas neo-liberais quando é o governo do PS, que as aplica? É este o paradoxo de Soares. Viver uma realidade que não existe, apoiado por um partido que sabe que esse mundo não existe, insistindo nessa negação, meramente por um imperativo de não ficar mal na fotografia presidencial.
António Cipriano

segunda-feira, outubro 31, 2005

Campanha Estranha

Tenho ouvido com algum interesse os projectos de campanha dos candidatos a presidente da república. E cada vez que ouço estes projectos fico agastado, a razão é simples todos os candidatos dizem que vão fazer isto fazer aquilo, resolver este e aquele problema, e assim só falta dizer que vão fazer construções, distribuir cargos e fazer projectos de lei. Penso que aqui existe um problema grave de identidade e ainda ninguém explicou aos candidatos que a candidatura é para a presidência da república e não para primeiro-ministro, ou seja, são candidatos a um poder representativo e não executivo. Assim eu tenho que chegar à triste conclusão que a demagogia no nosso país já chegou até à eleição do presidente da república.

António Manuel P. S. Guimarães

Clube do Poeta Encolerizado

Francisco Louçã fez este domingo a apresentação da sua campanha. Nessa apresentação decidiu disparar em todas as direcções. Afirmando que os outros candidatos falam sempre mal de algum outro candidato, falando mal da campanha dos adversários. Diz ele que Jerónimo de Sousa ataca Soares e o ataca a ele, que Alegre ataca Soares, que Soares ataca Alegre e Cavaco, Cavaco por sua vez ataca Soares. Diz também que isto é um mau exemplo das campanhas dos adversários e que eles são o “clube dos poetas zangados”. Por fim diz depois que ele está fora deste clube, bem se ele o diz quem sou eu para o desmentir, aliás eu acho que ele é de facto diferente porque ao contrário dos outros ele ataca todos os outros candidatos sem excepção. Eu acho que Louçã para marcar a sua diferença vai fundar um novo clube, que deverá ter o nome de “clube do poeta encolerizado”, devido à sua dimensão totalitarista ao nível dos ataques.

António Manuel P. S. Guimarães

domingo, outubro 30, 2005

Notícia Verídica

Esta notícia é verdadeira e aconteceu esta semana na Austrália. Um senhor chamado Rudolf Stadler, de 51 anos, em Mooloolaba (não perguntem), resolveu abater uma vaca "problemática" (não sei explicar esta parte). Levou a vaca até um barracão e resolveu abatê-la com a sua espingarda (este senhor tem licença de porte de arma através da licença de caçador, ao que parece). Falhou o primeiro tiro (como? como é possível?). Resolveu disparar novamente (persistente, hein?). O segundo tiro não só falhou, como atravessou o barracão e também um carro que circulava ali perto, na estrada. Foi assim que a senhora Tunning, que regressava com o seu marido de férias, viu a sua perna a ser alvejada.
A vaca não se ficou a rir, foi abatida mais tarde.

João Pedro

sábado, outubro 29, 2005

Governo de Aparências

Este é um governo que vive apenas e só das aparências. Não consegue tomar uma medida em que o primeiro-ministro não venha para a praça pública dar exemplos que justificam as suas decisões. Diz coisas contra quem se manifesta, como se todos estivessem errados e ele fosse o único iluminado capaz de ver a razão. Ele ataca os professores dizendo que têm demasiado tempo livre e que têm que passar mais tempo nas escolas, dando a ideia que é apenas por isso que os professores se manifestam, quando todos sabemos que há mais umas quantas razões. Ele ataca os juízes, que segundo Sócrates têm que ter os mesmos direitos que o cidadão comum, com as mesmas férias e com o mesmo regime de pensões, como se os tribunais fechassem para férias, ou os juízes tivessem mais tempo de férias que qualquer outro funcionário público (sim porque o governo fala de forma a “vender” essa imagem). Ele é critica os policias que segundo ele têm que se reger pelos sistemas de saúde igual ao contingente geral, quando o problema maior para os manifestantes é o aumento da idade da reforma. Ele é contra os enfermeiros, contra os médicos, ao fim e ao cabo contra tudo o que é funcionário público. Enfim, vende a imagem que mais lhe convém da função pública, por vezes imagens falsas, por vezes meio falsas, ou seja, como convém que o público ouça.

Ninguém pode acusar o primeiro-ministro de falta de coerência, pois o homem quando ganhou as eleições disse que não ia atacar os governos anteriores e de facto ele não tem partido muito por ai. Sócrates inovou quando começou a falar da função pública como “Maomé fala do toucinho”, a fazer da função pública a mãe de todos os males.

É fácil esquecer erros graves cometidos por quase todos os governos que se seguiram ao 25 de Abril. Pois cada vez que viam o desemprego a aumentar, o governo fosse qual fosse, abria logo uma quantidade de vagas na função pública, ou seja, o problema começou quando se pensou que a função pública podia servir de tapa buracos, criando problemas a longo prazo, surpresa….o longo prazo é agora.

As coisas de facto têm que mudar, têm que ser feitos muitos ajustes, muitos cortes e repensar sistemas como o sistema de pensões, porque as coisas estão insustentáveis. Mas não podem ser feitas à força, nem com base na mentira, nem em todo o lado ao mesmo tempo, especialmente quando os governantes se recusam ouvir quem vai sair prejudicado e se recusa a admitir qualquer concessão, numa atitude autista ou como dizia Cunhal “a politica do quero, posso e mando”. Vendendo o “seu peixe”, mas não sei até quando é que Sócrates vai poder fazer a sua venda, porque a continuar com os ataques sucessivos “os compradores” vão deixar de existir.

Porque a continuar assim este governo arrisca-se muito seriamente a encontrar situações insuportáveis como nos idos inícios da década de 80, em que as greves gerais se sucediam e embora eu ache que as greves de falta ao trabalho sejam erradas (viva à greve de zelo), começo a pensar que as condições óptimas estão a ser criadas para que isso aconteça e prevejo para breve uma greve geral da função pública, uma greve de vários dias capaz de deitar abaixo qualquer governo, por mais que seja a sua maioria absoluta, que este primeiro-ministro infelizmente confundiu com absolutismo.

António Manuel P. S. Guimarães

quarta-feira, outubro 26, 2005


Ameaça biológica

Segundo foi possível apurar, o Serviço de Informações e Segurança (SIS) encontra-se presentemente em alerta vermelho. Todos os agentes de campo foram mobilizados repentinamente para uma missão de máxima importância para a segurança nacional. A mobilização visa a protecção do país face a uma perigo de ameaça biológica. A agitação, o stress dos operacionais esta ao rubro. Os agentes do SIS encontram-se estrategicamente colocados em sítios chaves como sejam: praias, parques naturais, reservas biológicas, explorações aviárias e galinheiros. À mesmo noticia de escutas telefónicas a galos, patos e gansos, visando a intelligence nacional, obter planos de voo dos suspeitos.
Aguarda-se a todo o momento desenvolvimentos.

António Cipriano

segunda-feira, outubro 24, 2005

Brincando Com a Justiça

O foragido à justiça internacional por crimes de guerra, genocídio, atropelos ao direitos humanos, e atrocidades variadas, Rodovan Karadzic, lançou na semana passada o livro de poesia “Sob o seio esquerdo do século”. O livro conta com poemas como “ A cidade arde como pau de incenso”; “Conto de fadas negro”; “Até à vista assassinos” ou “Bomba Matinal”.
Segundo nota da editora, Karadzic continua vivo e na sua fase mais criativa.
A procuradora do Tribunal Internacional de Justiça, Carla Del Ponte, a bem da literatura deseja o quanto antes juntar Karadzic à Milosevic, em Haia de modo a que estes possam em comum escrever mais um livro, neste caso intitulado “Noites na Prisão”
António Cipriano

quinta-feira, outubro 20, 2005

Coincidências

Sabiam que João Paulo Velez, ex-assessor principal de impresa de Santana Lopes, exerce agora as mesmas funções para Mario Soares?
António Cipriano

A Lenda da Galinha


Esta fábula é da autoria do antigo presidentes dos EUA, Ronald Regan, mas penso esta adaptação à realidade portuguesa está muito bem conseguida, peço que tenham paciência e leiam até ao fim.

Uma galinha achou alguns grãos de trigo e disse aos vizinhos:
- Se plantarmos este trigo, teremos pão para comer. Alguém me quer ajudar a plantá-lo?
- Eu não, estás parva ! Disse a vaca.
- Nem eu, tenho mais que fazer ! Emendou o pato.
- Eu também não. Retorquiu o porco.
- Eu muito menos. Completou o bode.
- Então, eu mesma planto, disse a galinha. E assim o fez. O trigo cresceu alto e amadureceu, com grãos dourados. - Quem me vai ajudar a colher o trigo? Quis saber a galinha.
- Eu não, já tenho o rendimento mínimo garantido. Disse o pato.
- Não faz parte das minhas funções. Só se pagares algum sem recibo. Disse o porco.
- Não, depois de tantos anos de serviço! Exclamou a vaca.
- Eu arriscava-me a perder o fundo de desemprego. Disse o bode.
- Então, eu mesma colho. Disse a galinha, e colheu o trigo, ela própria.
Finalmente, chegara a hora de amassar o pão.
– Quem me vai ajudar a cozer o pão? Indagou a galinha.
- Eu fugi da escola e não aprendi essas “merdas”! Ganho bem com a passa! Afirmou o porco.
- Eu não posso pôr em risco o meu subsídio de doença. Continuou o pato.
- Caso seja sozinho a ajudar, é discriminação. Resmungou o bode.
- Só se me pagarem horas extraordinárias! Exclamou a vaca.
- Então, eu mesma faço. Disse a pequena galinha. Cozeu cinco pães e pô-los a todos numa cesta para que os vizinhos pudessem ver. De repente, toda a gente passou a querer pão, e pediu um bocado. A galinha disse simplesmente:
- Não! Vou comer os cinco pães sozinha.
- Lucros excessivos, sua agiota! Gritou a vaca.
- Sanguessuga capitalista! Exclamou o pato.
- Eu exijo direitos iguais! Bradou o bode.
O porco grunhiu: - A Paz, o Pão, Educação, são para todos! Direitos do Povo! Pintaram faixas e cartazes dizendo “injustiça, fascista, direitos iguais e pão para o povo” e marcharam em protesto contra a galinha, gritando obscenidades.
Chamado um fiscal do governo, disse à pobre galinha:
- A senhora galinha, não pode ser assim tão egoísta. A senhora ganhou pão a mais e por isso tem de pagar muito imposto.- Mas eu ganhei esse pão com meu próprio trabalho e suor! Defendeu-se a galinha.
- E os outros não quiseram trabalhar! Retorquiu sentida.
- Exactamente! Disse o funcionário do governo.
- Essa é a vantagem da livre iniciativa. Qualquer pessoa, numa empresa, pode ganhar o que quiser. Pode trabalhar ou não trabalhar. Mas, de acordo com a nossa moderna legislação, os trabalhadores mais produtivos têm que dividir o produto do trabalho com os que não fazem nada. Além disso há as mais valias, o IRS, a ex- Sisa, o desconto para a CNP, o IRC, o aumento dos combustíveis, o imposto automóvel, o selo do carro, o perdão aos clubes de futebol, que têm de ser pagos para garantir a nossa saúde, a nossa educação e a nossa justiça!
Todas elas as melhores do mundo!
E todos viveram felizes para sempre, inclusive a pequena galinha, que sorriu e cacarejou:
- Eu estou grata, eu estou grata.
Os vizinhos é que passam o tempo a perguntar porque é que a galinha nunca mais fez um pão.
Esta fábula deveria ser distribuída e estudada em todas as escolas.
Talvez, assim, decorridas uma ou duas gerações, a mensagem central pudesse tomar o lugar de toda essa papagaiada pseudo-igualitária que insiste em deprimir um país e condená-lo ao eterno miserabilismo.


António Manuel P. S. Guimarães

terça-feira, outubro 18, 2005



Asterix – “O céu cai-lhe em cima da cabeça”

Se houve banda desenhada que me acompanhou bem de perto por toda a infância e adolescência, foi inevitavelmente Asterix e Obelix. Ainda hoje, muitas vezes me perco pelos quadradinhos de álbuns como “Asterix – Gladiador” (o meu preferido), “Asterix e os Belgas”, ou “Asterix e os Godos”.

Asterix, personagem criada pelos franceses René Goscinny e Albert Urdezo em 1959, numa altura em que a França ainda cicatrizava as feridas da segunda guerra mundial, faz nas entrelinhas, uma homenagem à resistência gaulesa à ocupação nazi, apelando a um nacionalismo talvez excessivo, inspirado talvez na figura lendária de Vincingetorix (gaulês tornado escravo de Júlio César após ter liderado uma rebelião contra Roma), combinando na perfeição, a criatividade, o elemento histórico e o humor, encontrando-se publicado em 107 línguas, entre as quais, desde há pouco o mirandês.

Urdezo, autor ainda vivo, brinda-nos com mais um álbum, intitulado “O céu cai-lhes em cima da cabeça”, inspirado com toda a certeza, no pesadelo autárquico socialista do passado de dia 9 de outubro.
Brincadeiras à parte, Asterix é sem duvida uma das grandes Bandas Desenhas do nosso tempo.

António Cipriano

domingo, outubro 16, 2005


Vitórias do Bloco

Na minha cidade (Caldas da Rainha), com cerca de 30.000 eleitores inscritos nos cadernos eleitorais, o Bloco de Esquerda reivindicou um grande vitória nas autárquicas de domingo passado. Nas palavras da candidata à autarquia, o “BE mais do que duplicou a votação, passando de 228 votos em 2001, para 648 em 2005. Tendo em algumas freguesias obtido resultados excelentes. Na freguesia da Serra do Bouro, em 2001 não tinha apresentado candidatos, tendo agora obtido oito votos.”
São estas as grandes vitórias do Bloco!!!!!!!!!!

António Cipriano

sexta-feira, outubro 14, 2005

Jerusalém

Recentemente atribuído o Prémio José Saramago a este livro, foi com curiosidade que o li, por acaso dias antes da atribuição, sendo uma surpresa a conqui~sta deste prémio. Confesso que não li mais nenhuma obra de Gonçalo M. Tavares mas Jerusalém foi dos piores livros que eu li nos últimos tempos. Um livro que tenta fazer uma colagem ao estilo de Milan Kundera no pior sentido possível; um médico que faz uma tese sobre o horror humano e traça toda a história futura da humanidade, sabendo quem vão ser os povos invasores e os povos invadidos? É muito esforço para tentar personificar Kundera, mas Kundera é único...
PP

Naturalização


Charlie Manson, quiçá o serial killer mais conhecido em todo o Mundo, requeriu a cidadania portuguesa. Apesar de nunca ter sequer estado sequer no nosso país, logo nem possuindo residência no nosso país e de estar preso, notícias recentes do país fascinaram-no ao ponto de ter tomado esta decisão. Manson vêm-se como um candidato perfeito a uma Câmara Municipal, encontrando-se indeciso sobre qual escolher, sendo certo no entanto que a Câmara Municipal de Felgueiras está na dianteira, a pouca distância de Oeiras, Gondomar e um pouco mais afastado aparece Amarante.

PP

quarta-feira, outubro 12, 2005


Libéria

Libéria é um país africano típico. Situado um pouco acima do golfo da Guiné, entre a Serra Leoa e a Costa do Marfim, foi fundado em 1847 por antigos escravos norte americanos que procuravam criar em África, uma nação ausente da exploração do homem pelo homem, justa e solidaria. No entanto, este anseio não passou disso mesmo. A história da Libéria um pouco à semelhança de muita da África subsariana, é um somatório de instabilidade, guerra civil, déspotas, atropelos aos direitos humanos e muita miséria. Esta instabilidade política é bem patente no destino típicos dos presidentes do país. A maioria termina a sua carreira política em cenários muito a lembrar alguns filmes de Tarantino ou Robert Rodriguez. Casos dos presidentes Willliam Tolbert (desferiram-lhe três tiros na cabeça, arrancaram-lhe o olho direito e estriparam-no) Samuel Doe (cortaram-lhe as orelhas, comeram-no parcialmente e exibiram o corpo dentro de um carinho de mão ,pelas ruas da capital Monróvia) ou mais recentemente Charles Taylor (forçado ao exílio na Nigéria após uma guerra civil que custou cerca de 250 mil mortos).

Mas a razão de trazer a Libéria hoje, advém de do facto do antigo jogador de futebol do Milan, George Weah ser o candidato favorito às eleições presidenciais que se realizaram ontem. Weah, que tem por habito passear pelas ruas da capital no seu simples Porche Boxster metalizado, enfrenta nestas eleições Ellen Johnson-Sirleaf, antiga economista do Banco Mundial. Mas é claro, Weah apresenta qualificações e conhecimentos superiores face a sua adversaria, nomeadamente graças ao seu mestrado em Fair Play atribuído pela UEFA em 1996, (após ter agredido Jorge Costa nesse mesmo ano).
António Cipriano

segunda-feira, outubro 10, 2005

Candidatura
Segundo fontes seguras, João Soares após protagonizar as candidaturas autárquicas a Lisboa em 2001 e a Sintra em 2005, prepara-se para anunciar publicamente as suas próximas candidaturas autárquicas. Em 2009 João Soares apresenta-se como a voz da mudança em Pedrogão Grande, em 2013 é candidato em Fornos de Algodres, e em 2017 é concorrente à autarquia do Corvo nos Açores, tendo como mandatário de campanha o seu pai com 93 anos.
António Cipriano

Homenzinho

A dignidade, a honradez, a capacidade de liderança, o espirito democrático, o apego ao sentido cívico, são valores que destinguem os grandes cidadãos, da vulgaridade mediana da mediocridade. Manuel Maria Carrilho demonstrou ontem, ao não assumir frontalmente a derrota, que não passa de um homenzinho, cheio de soberba, vaidade e psedo-intelectualidade, indigno de representar as mulheres e homens de uma cidade como Lisboa. Para completar a sua falta de classe e educação, ao contrário do que é usual, teve de ser Carmona (o vencedor) a telefonar, para o cumprimentar.
E queria isto ser presidente da câmara de Lisboa!!! Felizmente os lisboetas sabem distinguir o trigo do joio.
António Cipriano

quinta-feira, outubro 06, 2005

Últimos Trunfos de Campanha

Manuel Maria Carrilho candidato do Partido Socialista à câmara de Lisboa, prepara-se para lançar no ultimo dia de campanha um conjunto de propostas políticas inovadoras e enérgicas que decerto podem convencer os indecisos.
As propostas emblemáticas, agregadoras de vontades, cruciais aos futuro de Lisboa são;
- Bárbara Guimarães em Biquini no Comício da Tarde
- Bárbara Guimarães em Top Less no Comício de Encerramento

António Cipriano
Campanha ou pré-campanha?

Esta é uma campanha que podia ser como todas as anteriores, com propostas e falta delas, com ideias novas e com insultos velhos, enfim podia ser uma campanha como de costume.
Mas esta campanha tem um facto novo, um acontecimento que eu nunca tinha visto em eleições autárquicas, que é o aproveitamento feito para elas servirem de pré campanha presidencial, se não vejamos, fala-se mais nos candidatos e nos candidatos a candidatos a Presidente da República do que nos actuais candidatos a presidentes de câmara, exceptuando aqueles casos particulares em que os candidatos a presidente de câmara são noticia por estar envolvido em processos judicias como arguidos.
António Manuel P. S. Guimarães
A Insustentável permanência de Peseiro

Muito se tem falado de Peseiro,especialmente se ele é o único culpado da situação actual do Sporting! Eu muito sinceramente acho que ele, de facto, não é único culpado. Mas infelizmente para Peseiro, ele é a face dos problemas, foi ele que perdeu totalmente o parco controlo que ainda tinha no balneário. E se alguém tem dúvidas sobre isso então que veja um jogo do Sporting para ver 11 jogadores a jogarem para si, sem pensarem no colectivo, sem obedecer às instruções do treinador e depois a “levarem na cabeça” da forma mais indigna possível. As únicas razões que consigo encontrar para a ainda não demissão de Peseiro são: a direcção ainda não encontrou quem o possa substituir e portanto deixam-no estar até haver um substituto (embora eu ache que até o dedicado roupeiro Paulinho faria melhor trabalho que ele); ele e a direcção ainda não terem percebido que a anarquia no balneário não é saudável, ou ainda, a direcção acreditar que Peseiro é o “homem certo”. A ser este o caso, bem então acho que não deverá ser apenas o Peseiro a se demitir, porque se alguém acha que ele ainda vai ganhar alguma coisa no Sporting é demasiado incompetente. Infelizmente eu acho que a direcção ainda acredita no “milagre” e só vai acordar tarde de mais.

António Manuel P. S. Guimarães

terça-feira, outubro 04, 2005


Época de Contratações

Terminou no passado dia 13 de Setembro a época de transferências da política brasileira. Assim como no futebol, os partidos políticos brasileiros têm um período anual destinado a contratações. Só nesta legislatura, pelo menos 163 dos 513 deputados (um terço) já tinham trocado de partido. No total já foram contabilizadas 251 mudanças, isto porque muitos mudam mais do que uma vez. No caso, o campeão das trocas foi o deputado Zequinha Marinho, o qual nesta legislatura já mudou seis vezes de partido.
Mas não pensem que Portugal é virgem no assunto. Apesar de não ser usual, também temos algumas contratações na política portuguesa. Caso das contratações milionárias de Zita Seabra do PCP para o PSD e de Helena Roseta do PSD para o PS.

António Cipriano

sexta-feira, setembro 30, 2005


Canadá


O Canadá é um país estranho. Apesar de ser um monstro em dimensão geográfica, e uma das economias mais saudáveis e desenvolvidas do globo, não tem qualquer peso ou importância na cena internacional. Quantas vezes se lembram de ouvir uma noticia, ou um apontamento sobre o Canadá na imprensa escrita ou televisiva? Alguém sabe o nome do primeiro ministro, e qual a sua orientação ideológica? De facto uma noticia sobre Canadá é quase um acontecimento.
Mas esta semana o mundo foi surpreendido, por uma noticia sobre este gigante adormecido e invisível. Foi nomeado, após a aprovação do primeiro ministro em funções, Paul Martin (partido liberal), a nova Governadora-Geral do Canadá. O cargo de Governador-Geral, tem um função essencialmente protocolar, visando promover a unidade do estado, divulgar a cultura canadiana, ocupando igualmente o cargo de comandante em chefe das Forças Armadas. Mas em ultima analise, o Cargo de Governador-Geral nada é mais, do que o representante do Chefe de Estado, no caso a Rainha da Isabel II da Inglaterra,
Michaelle Jean, 48 anos, ex-jornalista, negra, francofona, nascida no Haiti, país em que viveu até aos 11 anos ( detentora de dupla nacionalidade francesa e canadiana até à poucos meses), tendo passado variados anos na Europa(em especial em Itália), licenciada em Literaturas Italiana e Hispânica, foi a pessoa nomeada para Governadora-geral, e assim unir e promover a identidade do Canadá.

António Cipriano

quinta-feira, setembro 29, 2005

Manuais Escolares

Porque é que quando alguém defende manuais escolares unificados a nível nacional, é insultado de todas as formas e feitios? Dizem logo que isso são ideias ditatoriais, fascistas, salazaristas e o diabo a sete. Ou seja, só porque na altura do Estado Novo isto acontecia, quem pensa assim tem que ser um adorador do Diabo. Parece que as pessoas preferem continuar a ouvir dizer que os manuais estão mal feitos, aquilo que ouvia em todas as disciplinas quando andava no secundário e como ainda agora ouço nas cadeiras pedagógicas na universidade, preferem também continuar a queixarem-se dos preços dos livros escolares, que todos os anos são magicamente actualizados a um currículo nacional que é o mesmo e permanece normalmente inalterado durante alguns anos. Preferem ter que gastar mais dinheiro porque os livros do filho mais velho não servem para o irmão que é mais novo 1 ano.

Parece-me insano chamar proto-ditador a quem pretende acabar com o jogo sujo feito pelas editoras que ganham rios de dinheiro à custa das pessoas que são exploradas porque os governantes preferem fechar os olhos.A quem acha que certas promiscuidades que acontecem são nefastas para a sociedade, como os livros feitos por professores que curiosamente têm parte na decisão de na “SUA” escola adoptar o "SEU" manual, sabendo que os seus colegas não vão votar contra.

Ninguém gosta de ditadores, nem de ditaduras e devemos sempre recusar esse cenário, mas não devemos recusar as ideias que possam ter sido positivas só porque foram utilizadas na ditadura. Eu não digo que os manuais devam ser feitos na “casa da moeda”, nem por qualquer outro órgão governamental, mas sim pelas editoras, mas através de concurso público para cada disciplina e depois serem obrigados a durar por pelo menos 4 anos, sempre com equipas prontas para corrigir qualquer erro no ano seguinte. Sempre com a entrega de alguns manuais para o estado para serem entregues às famílias desfavorecidas.

Se isto é ser proto-ditatorial, então eu não sei o que é democracia, porque a ser como está actualmente, então uma democracia é um conjunto de ditaduras autónomas baseadas na economia de mercado, cujo único objectivo é roubar os desgraçados que menos têm! Este é mais um exemplo dos muitos que existem que dá para fazer pensar sobre a nossa “crise permanente”

António Manuel P. S. Guimarães

terça-feira, setembro 27, 2005

Gripe Política

Todos sabemos que o país enfrenta dificuldades, restrições orçamentais, e uma boa dose de pessimismo. No entanto qualquer forasteiro, que visite o nosso país, duvidará de tal cenário de recessão económica. Afinal, inaugurações constantes, frenéticas, de chafaricas, piscinas, complexos culturais, fontes luminosas, túneis, ruas e ruelas, acontecem um pouco por todo o país, como se de um vírus contagioso se tratasse. Efectivamente uma pandemia ocorre em Portugal de quatro em quatro anos, sem vacina ou tratamento conhecido. Um dos sintomas da actual estirpe do vírus é o uso desenfreado da palavra “mudança”. Todos os agentes do vírus, que a ciência medica denomina de “Candidatos” empregam sistematicamente e quase patologicamente o termo mudança. Milhares de cartazes, info-mails, autocolantes, apregoam a dita “mudança” aos quatro ventos - “Continuar a Mudança”; “ O Rosto da Mudança”; “Onda de Mudança”; “Vencer em Mudança”, são slogans usados paradoxalmente pelos agentes biológicos já empregnados no sistema imunitário (actuais presidentes de câmara) e pelas novas variantes do vírus (candidatos da oposição).
Fiquem descansados!!! Ao contrário da gripe das aves, este vírus nacional tem um período de actuação de apenas mais 12 dias, não havendo o risco de expansão.
António Cipriano

sexta-feira, setembro 23, 2005


Patrocínio
Esta decidido!!! A Associação Portuguesa de Municípios já escolheu a bebida oficial da campanha para as autárquicas. Após algum período de indecisão entre o "Licor Beirão", a “Vodka Eristoff” e a “Cachaça Brasileira Cacique”, a associação optou pela ultima.
Em alguns concelhos, nomeadamente em Felgueiras, Gondomar, Amarante, Oeiras e Braga já foram encomendados milhões de litros da “Cachaça Brasileira Cacique”, para que os eleitores bem bebidos e adormecidos num pesadelo cor de rosa, laranja ou azul elejam respectivamente Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, Avelino Ferreira Torres, Isaltino Morais e Mesquita Machado.
António Cipriano

quinta-feira, setembro 22, 2005

Tempo de antena


Amigo, pretende cometer algum crime e tem medo de ir parar à cadeia? Deixe-se disso! Aproveite já a excelente oportunidade de adquirir imunidade diplomática através de eleições! Cumprir penas por crimes passionais, homicídios, tráfico de estupefacientes, evasão fiscal ou desvio de fundos? Em que país de terceiro mundo é que vive para ter de cumprir pena? Mais informações através da Câmara Municipal de Felgueiras.

Oferta limitada ao stock existente

PP

Crimes que Compensam

O que se passa com o nosso país? Estará tudo doido? Que raio de leis são estas que fazem com que pessoas comuns sejam por vezes condenadas por um simples descuido, mas que permitem que outras pessoas, indiciadas por crimes graves além de andarem por ai impunes possam também ser candidatas à presidência de autarquias, só porque são mais influentes? Pessoas suspeitas de terem cometido o grave crime de corrupção, crime que não só mostra a desonestidade diante o estado, mas também perante os eleitores que atestaram confiança quando os elegeram para governar os municípios. A lei não só permite que estas pessoas se candidatem como acaba por as proteger, fazendo com que estas pessoas para além de suspeitos de serem criminosos, sejam também intocáveis para continuarem “supostamente” a praticar os seus “supostos” crimes e a prejudicar as pessoas que os elegem.

Isto torna-se ainda mais bizarro quando uma pessoa foge de Portugal, porque sabe que lhe foi decretada prisão preventiva, passando a ser uma fugitiva. Enquanto está fora é organizada uma lista candidata a uma câmara, cujo candidata a presidente é a foragida, o que a torna imune e que permite que esta pessoa, que antes tinha alguma coisa a esconder, regresse sem que ninguém a obrigue a sentar no banco dos réus. Demonstrando que o crime quando praticado por alguém com responsabilidades compensa.
Mal anda a credibilidade da política em Portugal e a continuar assim, com Majores Valentões, Tios de sobrinhos taxistas ricos na Suiça e fugitivas à justiça candidatos a presidentes de autarquias, pior irá ficar.
O que mais me assusta no meio de tudo isto é que existe a séria possibilidade de estes senhores poderem vir a ser eleitos para a presidência.

P.S.: eu não disse os nomes reais das pessoas em questão, nem que eram criminosos de facto, nem tão pouco utilizei fotos destas pessoas, porque a justiça do meu país além de permitir que estes bandidos andem por ai, permite também que eles me processem por difamação e como eu não sou nem rico nem poderoso o mais certo era ser preso e não me apetece ver o resultado das eleições na cadeia.

António Manuel P. S. Guimarães

quarta-feira, setembro 21, 2005


(In)Justiça

Ouvi dizer hoje numa qualquer radio, que existe um país, (o qual não consegui, perceber o nome) em que uma senhora detentora de um cargo político, após ser envolvida num escândalo de corrupção, e apesar da existência de um mandato de captura ,conseguiu fugir para o Brasil.
Mas o insólito é que essa determinada política, após ter fugido à justiça por mais de dois anos, regressou ao seu país de origem, sendo recebida como uma heroina, tendo o sistema de justiça deixado a referida senhora em liberdade, pronta para ser reeleita e voltar a roubar o erário publico. Concerteza trata-se de um qualquer país do terceiro mundo, da África ou da Ásia.
António Cipriano

segunda-feira, setembro 19, 2005


ONU

Comemoram-se presentemente os sessenta anos da Organização das Nações Unidas. Ao longo de sessenta anos, o caminho percorrido pela ONU enquanto organização responsável pela guarda da paz, e pela mediação de conflitos regionais e globais, apesar de alguns altos, e baixos é francamente positivo. Durante o período da “Guerra Fria” foi o palco por excelência, para as altas jogadas de política internacional. A verdade é que o mundo mudou. E se o mundo mudou, também a ONU tem de mudar .
Reformas são prementes, evidentes e necessárias. Com o passar das décadas e com o consequente aumento de campos de acção, a ONU foi sendo minada por uma montanha de procedimentos e cargas burocráticas, que reduzem a sua eficácia e diminuem a transparência financeira e operacional da organização. Neste sentido, uma reengenharia de procedimentos, métodos e recentramento dos objectivos, é fulcral para uma organização virada para os desafios do século XXI. Mas em paralelo com a reforma administrativa, é necessário a reforma institucional da organização. Já não faz sentido um conselho de segurança com uma estrutura herdada da segunda guerra mundial, assente somente nos cinco estados vencedores da mesma. Tem de se dar uma representação global, a um órgão que se quer representante da humanidade. Estados como o Japão, e a Alemanha, segundo e terceiro maior contribuinte liquido para a ONU, devem de ter a consequente representação no conselho de segurança. Mas a representação global implica uma real representação das diferentes áreas do globo. África o eterno continente adiado, tem de estar representado, com pelo menos dois estados, um da África sub-sariana, e outro da África do Norte e muçulmana. Também a Índia e o Brasil, enquanto colossos geográficos, e estados em desenvolvimento acelerado, devem representar os seus povos e regiões que integram, de forma permanente.
Ao falarmos da ONU temos de mencionar os seus objectivos. O combate a SIDA, a defesa intransigente dos direitos humanos, a protecção dos recursos ambientais, o respeito pelos patrimónios culturais, o combate ao terrorismo são objectivos cruciais. No entanto, o mais importante objectivo é o combate à fome e a pobreza. E para este objectivo nem é preciso muito, basta uma contribuição de 0,7% do PIB dos países mais ricos, para a se conseguir a redução da pobreza mundial para metade até 2015.
Os desafios da ONU são muitos. Oxalá existam homens e estados suficiente grandes e generosos para abraçar os desafios do mundo.
António Cipriano

sábado, setembro 17, 2005

20 anos depois….tudo na mesma!

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.”

Este excerto é de um magnifico poema de Camões, que significa que tudo o mundo muda e com ele mudam as pessoas. Em Portugal porem, infelizmente isto não é verdade. Hoje estava eu a fazer zapping, quando de repente vi o Herman José de antigamente na RTP Memoria, num programa de 1985 que era o “Hermanias”, em que muitas das sátiras eram sobre a “crise” e a criticar os políticos da altura, que faziam politica atabalhoada e sem nexo que apenas retirava cada vez mais credibilidade e confiança na politica.
Este programa foi emitido originalmente à 20 anos, são muitos anos e deveria ser para recordar como o humor era nesta altura, mas a única coisa que me ocorreu foi que os políticos de agora aprenderam bem a lição com os antigos, pois fazem exactamente as mesmas asneiras.
Nunca uma critica com 20 anos foi tão actual.


António Manuel P. S. Guimarães

quinta-feira, setembro 15, 2005


A poderosa selecção Chilena

A ver um jogo da selecção Chilena, de qualificação para o mundial da Alemanha, uma coisa salta logo à vista, mais propriamente os nomes de quatro titulares da equipa, que são nossos conhecidos: Pinilla (na foto), Tello, Contreras, Rojas. São todos titulares. "Isto não pode ser boa coisa", pensei eu. Se 4 dos 11 titulares são estes... bom, para atalhar a história, digamos apenas que eles foram massacrados e goleados.

João Pedro

quarta-feira, setembro 14, 2005


Mr. Bean no Tribunal de Contas


Estreia esta quinta feira o filme “Mr. Bean no Tribunal de Contas”, do realizador José Socrates, com Guilherme de Oliveira Martins no papel principal. Com este filme, encerra-se a trilogia das aventuras de Mr. Bean iniciada com os filmes: “Mr. Bean no Ministério da Educação” e “Mr. Bean no Ministério das Finanças”, os dois do malogrado realizador António Guterres desaparecido em 2001 no pântano.

Se as duas primeiras sequelas, foram aplaudidas pela critica como exemplos maiores da comédia negra, cheias de melodrama e humor non sense conquistando mesmo o prémio do festival de Bruxelas (o déficit de Ouro); a ultima película é talvez o ex-libris da obra, onde o terror, o masoquismo, combinado com um toque artístico de azenhice, dá um tom neo-cosmopolita à trilogia.
António Cipriano

terça-feira, setembro 13, 2005

Desaparecimento


O Primeiro Ministro José Socrates, apresentou hoje uma queixa na Policia Judiciaria relativa ao desaparecimento do seu Ministro da Economia, Manuel Pinho. Segundo Socrates, a ultima vez que Manuel Pinho foi visto, foi na cerimonia de tomada de posse do governo. As conclusões preliminares da PJ apontam para que Manuel Pinho se terá perdido ou nas teias do Plano Tecnológico, ou mesmo nos supostos planos económicos de relançamento da economia, também eles desaparecidos.

António Cipriano

domingo, setembro 11, 2005


Democracia do Faraó

Realizaram-se esta semana as primeiras eleições presidenciais no Egipto, num período de vinte anos, que resultaram na eleição do Faraó Mubarak para o seu quinto mandato consecutivo. Estas, no bom espirito democrático Africano e Árabe, foram mais uma homenagem à Democracia. Como o importante é inovar, criar novos hábitos e tradições, o acto eleitoral foi marcado por alguns acontecimentos que apimentaram a democracia egípcia. Ameaças, publicidade eleitoral à boca das urnas, utilização dos transportes públicos para transporte dos eleitores do actual presidente, agressões, detenção de observadores internacionais, e compra de votos, foram algumas das salutares inovações.
Segundo foi possível apurar, Mubarak após o devido aconselhamento com Avelino Ferreira Torres, e visando como este, a sua constante preocupação com o povo, optou por distribuir às massas populares 9 USD por voto na sua candidatura bem como viagens a Meca.
António Cipriano

sábado, setembro 10, 2005


Boa noite Sócrates

Será que José Sócrates passou esta noite em S. Bento? Porque se passou deve ter tido uma noite muito “agradável”, proporcionada pelos manifestantes que passaram a noite a fazer barulho com panelas, telemóveis, despertadores, apitos e buzinas. Esta manifestação serviu para protestar contra a pobreza, numa iniciativa que tem o nome de “acordar” os governantes para a pobreza. É assim, quem não pode fazer greve manifesta-se de outras maneiras e esta acredito que Sócrates (se ficou em S. Bento) nunca mais vai esquecer!

António Manuel P. S. Guimarães

quinta-feira, setembro 08, 2005


A Múmia

Portugal vai fazer o primeiro remake da sua história, em vez de contar com os actores Brendan Frasier e Arnold Vosloo nos principais papeis, vamos ter Mário Soares a fazer o papel de múmia, um papel a que Mário Soares um ano antes havia recusado dizendo que escolhê-lo para Múmia era um "erro brutal". Pelos vistos, a sua condição mental deteriorou-se significativamente durante este ano, permitindo o natural ajuste ao papel. Caso venha a ser um sucesso de bilheteira, Soares pretende em seguida fazer uma versão portuguesa do filme de Harrison Ford, Air Force One.
PP

quarta-feira, setembro 07, 2005


Duelo ao Entardecer

Numa pradaria, de vegetação quase nula, aqui e acolá povoada por laranjeiras um pouco murchas, e ao som de um vento constante que remexe as areias e as transporta pelo ar, encontram-se dois Cowboys prontos para um duelo de morte
De um lado o Pistoleiro Marques Mendes. Apesar da sua baixa estatura, detém um bom golpe de rins, é rápido no gatilho, especialista na intriga, discípulo do Mestre Marcelo, tendo no currículo aniquilado num tiro só o lendário Santana Lopes. Desde à alguns meses é o líder do Bando Laranja.
Do outro lado, uma figura temível. O veterano Pistoleiro Valentim Loureiro, de charuto na ponta direita da boca e ao peito o seu apito dourado, amuleto da sorte, ex. major do exercito Boavisteiro, perito nas artes do desdizer e do assassínio à traição, sendo responsável por muitas conquistas do Bando Laranja. Amado pelo povo pela seu habito de compartilhar electrodomésticos, domina à muito as células mafiosas do norte, tendo mesmo escapado a diversas tentativas de ser engavetado pela justiça, fazendo mesmo sombra ao Magnifico Padrinho Pinto da Costa. De algum meses para cá tem um ódio de morte ao seu adversário, visto este ter ousado usurpar o seu território.

Quem sairá vivo do duelo? Quem atira mais rápido?

António Cipriano