Evolução ou Oportunismo
Em 1974 Freitas do Amaral, lutando contra a maré de esquerda socializante e numa atitude difícil criou o CDS, Partido da Direita Democrática. Juntamente com Sá Carneiro formou a AD, pelo qual desempenhou os cargos de vice-primeiro-ministro, ministro da Defesa e Ministro dos Negócios Estrangeiros. Nos anos oitenta, ainda líder do CDS, já numa atitude incaracterística formou governo com o PS.
Em 1985, viveu o seu momento de quase-gloria, com candidato presidencial da direita, travando uma luta voto a voto, com Soares, num combate cheio de trocas de mimos, apresentado-se aos eleitores com um homem de convicções, de direita e dos valores conservadores democráticos. Perdeu.
Voltou à licença do CDS, conduzindo o partido ao celebre grupo parlamentar do taxi.
Saiu de cena, por uns bons anos. Pensava-se que estava politicamente morto, enterrado.
No entanto, pela mão de Cavaco Silva, volta à ribalta, ocupando o cargo de Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas. Aos olhos dos portugueses voltou a ser uma figura respeitada, um senador da democracia pós 74.
Nas Legislativas de 2002, apoiou incondicionalmente o PSD e Durão Barroso.
Mas a partir desta altura tudo mudou. Freitas, rapidamente viu que do PSD não poderia esperar nada. Que o PSD não era partido que lhe oferece-se a cadeira presidencial. Resolveu mudar, vestir outra pele. De um momento para o outro passou a ser o melhor amigo de Soares, a andar de braço dado com Louça numa manifestação anti-bush. Nas conversas de café, os portugueses começaram a ver nele o novo guru da esquerda, o judas que abandonou as convicções por trinta dinheiros
Como Corolário em 2004, numa entrevista à Visão apelou à maioria absoluta de Socrates.
Como prémio, obteve o seu saco de moedas – Ministro dos Negócios Estrangeiros
António Cipriano