terça-feira, maio 31, 2005

Máquinas com emoções

Num jornal diário gratuito é apontado que para o ano 2050 podem ser armazenadas em computadores o conteúdo do cérebro humano, era só o que faltava agora, computadores com personalidade tão gay quanto o Castelo Branco, se este é o futuro que se aponta, não se pode pensar que seja brilhante.
PP
A Azia verde continua

É triste ver como é o adepto típico do Sporting, se bem que cada vez me convenço mais que não existem verdadeiros adeptos sportinguistas, são antes anti-benfiquistas com um ódio tremendo pelo Glorioso que se dão ao luxo das figuras tristes de afirmarem que ganharam a Taça de Portugal, sendo caso para um apurado exame clínico este de confundir listas verdes horizontais e verticais. Afirmam que neste campeonato ninguém merecia ser vencedor, que o Benfica foi levado ao colo, tudo devido ao facto de, pelos vistos, verem todos os jogos do Benfica e não os do seu clube, senão certamente lembrar-se-iam dos dois campeonatos que ganharam recentemente, em que ambos foram frutos de grandes arbitragens como as de Pedro Proença e Duarte Gomes, contra o Benfica e imensos penalties imaginados, alguns deles motivos de verdadeiro riso protagonizados por Acosta, Jardel e João Pinto. Que o Benfica foi beneficiado com um penalty que não foi contra o Estoril, admito, agora que desse jogo se faça querer que o Benfica foi levado ao colo é ridículo, visto que em muitos jogos foi prejudicado, só para citar alguns exemplos, o bem conhecido jogo contra o Porto na Luz, a expulsão de Alcides contra o Sporting na 1ª volta, o penalty inventado na Choupana a favor do Nacional e que poderia ter dado o empate. O Sporting por seu lado ganhou ao Beira-Mar com um golo limpo a ser invalidado, foi-lhe perdoado um penalty em Braga com o jogo empatado a zero, só para citar histórias recentes. O que se pode dizer mais da maior queixa sportinguista, quando o seu próprio guarda-redes após dar um enorme frango e se deixa cair para trás pede mão do adversário e depois em golpe de teatro que apenas os adeptos cegos acreditam, afirma que foi tocado. O campeão nacional pode ter sido achado no mais fraco campeonato nacional de que à memória, mas nunca se pode dizer que não ganhou a equipa mais regular ao nível dos resultados.
PP

segunda-feira, maio 30, 2005

E agora ?

Ontem o eleitorado francês disse claramente Não à Constituição Europeia. Este Não, não deixa de ser, apesar de contrário aos interesses da Europa, caricato. De facto os grandes impulsionadores da Constituição Europeia foram os Franceses. A Constituição Europeia resultou de um projecto aprovado por uma convenção especifica, comandada pelo antigo presidente francês Valery Giscard d´Estaing. Efectivamente, este senhor, muitas vezes com comportamentos autoritários e posições demasiado autistas, tentou a todo o custo, fazer um texto constitucional que privilegia-se os interesses dos grandes, como a França. O que é certo é que apesar do texto ser favorável em muito, para os interesses da França, os cidadãos chumbaram a proposta. Tal comportamento só pode ser intendido como um alheamento dos franceses face a realidade. A um excesso de individualismo, a um olhar excessivo para o umbigo. O projecto de constituição pode não ser perfeito, mas sempre é um mecanismo de tornar governável uma Europa a 25. De facto este chumbo apenas vem dar vantagem aos Estados Unidos, à China e ao Japão.
A França deu um tiro no pé da Europa e de si mesma. Só uma Europa coesa, firme forte, pode resistir como potência económica, política e social no século XXI.
Os franceses num comportamento chauvinista preferiram apenas pensar no momento presente, no comportamento do governo, nos problemas nacionais, esquecendo-se que a resolução desses mesmo problemas nacionais, depende em muito de uma Europa forte.

António Cipriano

sábado, maio 28, 2005

Descubra as Diferenças

Em 2001 o recém eleito governo de Durão Barroso, contrariando as promessas eleitorais, aumentou os impostos, no caso, o IVA dos 17% para os 19%. Igualmente “ abalroou a função publica” congelando os aumentos salariais
Em 2005, o novo governo de Socrates, contrariando as promessas eleitorais, aumentou os impostos, no caso, o IVA dos 19% para os 21%. Simultaneamente avançou com um conjunto de medidas restritivas na função publica como a suspensão das promoções automáticas.
Ai estão as diferenças entre a Direita e a Esquerda!!!
António Cipriano

sexta-feira, maio 27, 2005

História do Déficit

Nos últimos anos, Portugal habituou-se a viver em torno de conceitos económicos como déficit, crise orçamental e despesismo publico. Aparentemente, pode parecer que Portugal enquanto país, sempre se caracterizou pelo equilibro orçamental e por políticas acertadas, com total ausência de despesismo. Nada mais errado. A História de Portugal é uma sucessão de momentos permanentes de déficit financeiro. Foi assim na Monarquia e na Republica. Em termos de descalabro financeiro publico, não existem donzelas virgens do pecado.
Durante séculos e séculos, os diferentes monarcas coleccionaram dividas publicas e déficit bem gordos. Alias, foram muitos os reis que viveram graças aos “balões de oxigénio” de banqueiros italianos e da Flandres que cobravam aos estados juros especulativos. No fundo, o despesismo e o déficit sempre foram um modo de vida em Portugal. E quanto a história nos recheou de momentos de gloria, como a expansão marítima dos séculos XV e XVI, e com os consequentes rios de dinheiro, não os aproveitamos correctamente. Efectivamente, no século XV durante cerca de 30 anos fomos a maior potência militar, política e económica do mundo. No entanto, envés de investirmos esse dinheiro na modernização do tecido produtivo nacional, no apoio às manufacturas da época, limitamo-nos ao papel de meros intermediários no comercio das especiarias, entregando os grandes lucros aos mercadores da Flandres. Mesmo assim os elevados lucros obtidos, foram desbaratados na boa vida, no luxo e em monumentos grandiosos. Mais tarde com o ouro do Brasil, D. João V, deu largas a sua imaginação, gastando montanhas de dinheiro em igrejas, palácios e no luxo ofuscaste da corte.
Tristemente nada aprendemos com a história, e com o novo mar de fundos comunitários ao contrário de outros, não os aproveitamos devidamente. Adiamos mais uma vez, as reformas estruturais.

Todavia, se o cenário económico não é risonho, tal não é motivo para derrotismos ou angústias extremas. No passado, Portugal viveu momentos ainda mais difíceis e soube sempre os ultrapassar. E desta vez não será diferente. Compete a nos, cidadãos exigir da classe política, um comportamento responsável, um política verdadeira e de verdade, que resolva por uma vez por todas, os problemas das contas publicas. Aos cidadãos compete trabalhar com afinco e sentido cívico, para o aumento da riqueza e a consequente eliminação do déficit.
Portugal tem passado e terá obviamente um grande futuro, para o bem de todos.
António Cipriano

terça-feira, maio 24, 2005

Nova História do Seculo XX

Numa das ultimas edições do Jornal Avante, o seu responsável, editorial, Leandro Martins a pretexto das comemorações do fim da segunda guerra mundial afirmou e passo a citar que “Estaline tratou-se de um revolucionário, que esteve sempre ao lado do povo”. No fundo aos olhos do PCP, o Camarada Estaline qual madre Teresa de Calcutá da Sibéria deixou ao mundo um legado de paz,, fraternidade e amor ao próximo.
Só cá faltava mesmo esta !!!!

António Cipriano

segunda-feira, maio 23, 2005

6,83

Podia ser 6,82 ou mesmo 6,99 mas não, o anti-cristo das finanças publicas nacionais teve de ser 6,83. E esse o numero mal fadado, que numa sombra obscura de um buraco dantesco nos envolve e martiriza. Agora, vão se pedir mais uma vez sacrifícios aos portugueses. Contenção salarial, corte nas despesas sociais, agravamento dos impostos indirectos, com o IVA e os Imposto sobre os Produtos Petrolíferos à cabeça. Pior de tudo é que os nossos ouvidos já ouviram esta mesma estória. Esperemos ao menos, que desta seja de vez. Que as reformas estruturais que tanto se fala sejam realizadas de uma vez por todas, para que daqui a quatro anos, não voltemos a estaca zero do combate ao déficit.

António Cipriano

domingo, maio 22, 2005

Opinião

Hoje decide-se a SuperLiga 2004/05. E antes que essa decisão aconteça e tendo em vista tudo quanto se passou durante as 33 jornadas anteriores, queria deixar a opinião do que deveria acontecer na (s) próxima (s) época (s). Como é do conhecimento geral, Portugal classificou-se em segundo lugar o ano passado no Campeonato da Europa de futebol, sendo assim, deveria ser legítimo que o nosso país, visto que possuí dificuldades económicas, apostar num campeonato nacional virado para as jovens apostas nacionais, afinal, um segundo lugar, não vem mostrar que em termos de jogadores, não temos que olhar para os outros países, pois temos bons jogadores a serem formados aqui mesmo? No entanto, vemos uma importação massiva de estrangeiros de qualidade baixíssima como Claúdio Pitbull, Luís Fabiano, Paulo Almeida, Everson, Pinilla e Tello. O futuro não são estrangeiros assim, são o Manuel Fernandes e o João Moutinho que conseguiram o seu espaço logo na primeira oportunidade que possuíram e que certamente não serão casos únicos. Uma outra boa decisão e esta sim, olhando para o que se faz lá fora, era rever o estatuto de jogadores vindos das antigas colónias como se faz em França. Jogadores nascidos em diversas ex-colónias francesas como os camaroneses, malianos, senegaleses, entre outros, conseguem facilmente jogar sem serem considerados estrangeiros, possuindo mesmo a nacionalidade francesa. Porque razão isso em Portugal só acontece com os brasileiros? Quantos miúdos provenientes dos Palop's não evoluiriam no nosso futebol com a magia de futebol africano, a fazer as delícias dos adeptos, se tivessem a facilidade do estatuto de iguladade equivalente aos brasileiros? Eu sei que muitas vezes, os adeptos dos grandes querem é grandes trutas mas, não sendo possível, contrata-se e mal, um craque de valor equivalente à carteira, sem capacidade financeira, esse craque é de um nível semelhante ao despendido, de baixo valor futebolístico. Cabe a todos os dirigentes mudar a mentalidade, ter coragem de querer mudar os adeptos, pois muitas das atitudes dos cidadãos comuns, partem do clima de guerrilha que os dirigentes criam. Acima de tudo, espero que a SuperLiga para o ano, seja melhor do que a mediocridade deste ano.

PP
Os sorrisos da SuperLiga

Sem tempo para escrever muitos post, pelo mais pequeno que sejam, só escrevo umas linhas sobre a morte de um grande jogador, João Manuel. No ano passado, a SuperLiga ficou tristemente marcada pelo sorriso de Fehér, este ano foi o sorriso de João Manuel, um atleta que em poucos meses passou de jogador de alta competição a pessoa necessitada de terceiros, sem no entanto, perder o seu sorriso na terrível doença. Em civilizações antigas, o cavalo era o símbolo do desejo mas, como tudo neste mundo evoluí, a partir do nosso tempo, o cavalo bem pode ser o símbolo da doença, tal é a maneira como ela atinge galopantemente as pessoas. Morreu um exemplo de pessoa e pior do que isso, morreu um pai de um menino menor.
PP

sábado, maio 21, 2005

Tanga ou Fio Dental

Se repararem, nas ultimas semanas um conjunto sintomático de afirmações do Governador do Banco de Portugal, do Presidente da Republica, de alguns membros do governo, e mais recentemente de Jorge Coelho, acerca do défice, vem preparando os portugueses agora não, para o Discurso da Tanga, mas sim para o Discurso do Fio Dental.
Coisas totalmente diferentes.

António Cipriano

sexta-feira, maio 20, 2005

Esperanças Vãs

Muito se tem discutido sobre a entrada da Turquia na União Europeia. O debate roda muitas vezes no eixo do choque de culturas e na alimentação, por parte da União, de falsas esperanças sobre a entrada da Turquia na União Europeia. Dentro deste quadro há ainda muitas opiniões, uns são a favor por um universo de razões, lideradas pelo medo de que a frustração turca resulte em terrorismo, outros por razões de honestidade e para recompensar os esforços dos turcos para aderirem à União Europeia. Os que são contra agarram-se com “unhas e dentes” a razões práticas, como o choque e as convulsões na U.E. que a entrada de um país com uma população tão vasta iria provocar na União Europeia.
Mas todas estas ideias são puramente fait-divers, razões de quem tem uma visão demasiado objectiva e livre de qualquer sentimento, contra ou a favor, devido ao simples facto de nós os portugueses não termos nenhuma relação histórica com os turcos e por isso, não termos as razões subjectivas, que têm tanto impacto nestas situações. Porque se nós pensarmos um pouco lembramo-nos certamente de uma quantidade de países dentro da U.E., que irão recusar permanentemente a entrada da Turquia. Países como a Grécia e Chipre, que como todos sabemos estiveram em guerra com a Turquia nos anos em que nós andávamos a proclamar a democracia. A Grécia tem ainda mais umas quantas razões particulares que se prendem actualmente com os recursos minerais do mar Egeu, e porque não esquecem facilmente cinco séculos de domínio Otomano. Depois a adesão na U.E., mais do que prevista, da Bulgária e Roménia faz cresce um pouco mais o rol de países com sentimentos anti-turcos, que tal como os gregos, remontam aos tempos do avanço do Islão na Europa após a queda de Constantinopla em 1453, e à consequente emergência do Império Otomano que subjugou estes países por quase cinco séculos.
Por isso penso que devemos pensar um pouco e lembramo-nos que qualquer país que pertença à União Europeia tem o poder de referendar sobre a entrada de um novo membro e em caso de a população votar contra a entrada desse país, essa pretensão, fica vetada por um indeterminado período de tempo. Claro que podemos pensar que se pode negociar esse referendo e de facto isso poderia acontecer, se fosse apenas um país. Mas o simples facto de serem quatro os países que estão contra a entrada da Turquia (com principal incidência para o Chipre que ainda reclama uma ocupação por parte dos turcos) aumenta substancialmente a complexidade do problema.
Ou seja, a União Europeia tomou uma opção, optando por recusar a entrada da Turquia de uma forma indirecta, a partir do momento em admitiu no seu seio a Grécia e mais tarde o Chipre. E confirmou essa opção a partir do momento em que iniciou a adesão da Bulgária e Roménia.


António Manuel P. Silvério Guimarães

quinta-feira, maio 19, 2005

Fado do Sporting

Ser do Sporting, é ser dono de um caracter peculiar, assente num carisma especial, misto de uma essência de esperança e de um querer sebastianico. O Sportingista é altivo, solidário, humano, sonhador, leal, vaidoso da sua condição. Mas é igualmente um sofredor nato. Gosta de sofrer, sabe sofrer e vive esse sofrimento como uma pele entrelaçada na sua alma. No Ano que passou o Sportiing sonhou alto, viveu a ilusão de um sonho de vitórias. Todavia, o Sporting voltou a claudicar às portas do paraíso, preferindo ante a gloria, a solidariedade com o Benfica e com os Czares Russos.
O Sporting é assim, ainda agora limpa as lagrimas, e já sonha como as glórias futuras.
Afinal para o ano há mais campeonato e competições europeias!!!!
Viva ao Sporting!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
António Cipriano
Novo símbolo

No início das comemorações do seu centenário, o Sporting em homenagem aos seus adeptos está a pensar levar a cabo uma Assembleia Geral Extraordinária, com vista à aprovação da alteração do símbolo do clube, o leão, para um sapo em honra de todos os adeptos, sócios e simpatizantes do clube. A razão prende-se com o facto de nunca ter sido visto um clube em que os adeptos inchassem tanto mas esvaziassem logo de seguida, numa questão de 180 minutos.
PP

quarta-feira, maio 18, 2005

United Colors Of Benetton

A Benetton ao longo de anos apresentou-se aos consumidores como uma marca preocupada e consciente dos problemas que afectam o mundo. Muitas vezes com campanhas publicitarias fortes, arrojadas, a luta contra o racismo, a exclusão social eram temas sempre presentes. De facto aos olhos dos consumidores a Benetton é vista como uma marca dos novos tempos, solidaria, preocupada com um desenvolvimento sustentável, e não apenas com a cultura do lucro.

Nada mais errado!!! Toda esta mascara de sensibilidade, humanidade, não passa de uma simples pele de víbora. Recentemente veio a lume que a Benetton utiliza peles de animais na produção de vestuário. Esta semana, foi igualmente noticiado que a Benetton, que subcontratava empresas portuguesas para a produção do seu vestuário, vai deslocalizar essas unidades para Tunísia, visto no Norte de África as regalias sociais e económicas dos trabalhadores serem muito inferiores. É esta a Preocupação social da Benetton!!! Faz como Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz.
No fundo a Benetton não passa de mais um cacique económico, que visa o lucro pelo lucro.
António Cipriano

terça-feira, maio 17, 2005

O pior dia

Depois desta segunda-feira o meu professor de Pedagogia ter marcado uma ficha a cerca de hora e meia de uma frequência, na próxima segunda e tendo frequência na sexta-feira anterior, pensei logo que este seria o pior dia que alguma vez terei na Universidade. Não poderia estar mais enganado, o pior dia foi hoje. Ao chegar a uma aula, vi-me confrontado com uma notíca terrível, um colega tinha-se suicidado com a idade de 23 anos. Não posso dizer que o conhecia, pois estou sempre a mudar de turmas e de caras, nem me recordo muito bem da cara mas, ver as raparigas da turma a chorarem convulsivamente, homens cabisbaixos e um professor que consegue estimular os alunos em silêncio afecta-nos e faz-nos pensar. Afinal ter uma ficha e uma frequência no mesmo dia não é assim tão mau. É sinal que estamos a evoluir, que estamos vivos, que temos razões para viver. O mais difícil não será não ter razões para viver aos 23 anos de idade? Como referi, não o conhecia muito bem e mesmo que conhecesse não o julgaria mas decerto não lamentaria menos o facto.
PP

segunda-feira, maio 16, 2005

Dinastias

O artigo nº1 da Constituição da Republica Portuguesa estabelece Portugal como uma republica. No entanto, confesso que com o passar dos anos tenho cada vez mais duvidas se não se tratará de uma monarquia, ainda que pouco convencional. Nestes vinte seis anos de vida em variados cargos políticos executivos, ainda só conheci um único titular, nomeadamente no poder autárquico. Em Portugal existe verdadeiros feudos medievais de meras oligarquias de nobres de tradições duvidosas, que se mantém no poder ano após ano. E se pensava que já tinha visto tudo, fiquei recentemente surpreendido!!
Em Marco de Canaveses, quando todos já respiravam de alivio pela partida de Avelino Ferreira Torres para Amarante, subitamente fomos confrontado com a triste noticia de que o filho de Avelino Ferreira Torres é o candidato a Câmara de Marco pelo CDS/PP. Palavras apara que? Portugal no seu pior!!!

António Cipriano

quinta-feira, maio 12, 2005

Reviravoltas

Ontem o Ministro das Finanças, Campos e Cunha, numa conferência organizada pela revista Exame, afirmou de forma categórica que o país precisa de apertar o cinto. De cortar pelo menos anualmente, um valor próximo a 1% do PIB no valor da despesa publica.
Mas disse mais. Referiu que a consolidação orçamental é vital, mesmo que tal signifique algum sacrifício em termos de crescimento económico.
Afinal qual é a diferença entre o discurso de Campos e Cunha e o discurso de Manuela Ferreira Leite?

António Cipriano

quarta-feira, maio 11, 2005

Fim do Sonho

Decorreu este fim de semana a convenção do Bloco de Esquerda. Por estranho que pareça, nem se deu por isso. Tradicionalmente, as iniciativas, as conferências de imprensa, as intervenções das figuras de proa do BE, eram sistematicamente alvo de total atenção por parte da imprensa, sendo esta muitas vezes acusada de acarinhar excessivamente os desengravatados. Desta vez foi diferente. E tudo isto porque o BE perdeu a piada!! Perdeu a sua essência, a sua identidade.
Efectivamente a convenção do BE no ultima fim de semana, marca um fim de ciclo.
Na sua génese, o BE era um aglomerado muitas vezes explosivo de Estalistas, Marxistas, Trotskistas e libertários de esquerda, que constituíam um estrutura política atípica, flexível, um tanto anarca, sem estruturas bem definidas e sem um real aparelho. Simultaneamente apresentava um discurso vivo, cheio de slogan fortes, cheio de ideologia, apostando em temas de rupturas. Era esta composição distinta, que fazia do BE uma esquerda desalinhada dos modelos tradicionais.
No entanto, com o exponencial crescimento das ultimas legislativas, os dirigentes do BE sentiram o perfume de poder, compreenderam que a possibilidade de fazerem parte de uma solução governativa num futuro próximo, passou a ser um cenário plausível.
Com tudo isto o Bloco de Esquerda aburguesou-se!!! Assim, nesta ultima convenção do Bloco, essa estrutura política inovadora deu lugar a um partido como os outros, com direcção efectiva, com aparelho, caciques, estatutos, código disciplinar com as consequentes medidas punitivas a militantes que saiam do rumo traçado pela direcção.
Perdeu a graça!!
António Cipriano

segunda-feira, maio 09, 2005

Albert Einstein

Comemoram-se este ano 50 anos sobre a morte do génio da Física Albert Einstein.
Albert Einstein foi talvez o primeiro cientista mediatico, sendo ainda hoje ao olhos da opinião publica, sinónimo de genialidade e excentricidade. Devemos a ele uma visão totalmente diferente dos conceitos de tempo e espaço. E todas estas descobertas no inacreditável ano de 1905 de Einstein. Em 1905 Einstein, publica a Teoria da Relatividade Restrita, a Teoria da Relatividade Geral e o Efeito Fotoeléctrico, pelo qual venceu o Prémio Nobel da Física, no ano de 1921. Graças às suas descoberta a variável Tempo, deixou de ser aquela entidade mística, absoluta, invariável e imutável, que até ai se pensava. Mas sim algo, que dependia de cada observador, da sua situação, e do seu movimento no espaço. O tempo é sempre um conceito pessoal, e se o observador se deslocasse no espaço a grande velocidade, correria mais lento. E tudo isto definido numa simples equação matemática - E=mc² (a Energia é igual à massa multiplicado pela velocidade da luz ao quadrado). Numa forma simples tal significa que a Matéria e energia se convertem uma na outra.
Ao contrario do que se poderia pensar, Einstein, acreditava profundamente em Deus. Einstein sempre pensou que Deus criou o mundo e o universo de uma forma perfeita, baseado numa simples equação matemática que explicava a essência do universo. Albert Einstein, passou as ultima décadas da sua vida, em busca dessa formula magica que tudo explicava, na sua Teoria Unificada, nunca concluída.

Como legado de Einstein, para além das suas descoberta e teorias, temos como herança maior, o dever ser nos questionarmos continuamente sobre o universo, mantendo sempre uma atitude curiosa, e persistente face à vida e tudo aquilo que nos rodeia.
António Cipriano

domingo, maio 08, 2005

Fim da Segunda Guerra Mundial

Há Precisamente 60 anos, a 8 de Maio de 1945, a Alemanha Nazi capitulava finalmente.
Para trás ficavam 50 milhões de Mortos, escombros e destruição sem igual na história da humanidade. Da guerra nasceu uma Europa dividida numa cortina de ferro, até à queda do muro de Berlim em 1989 e a consequente reunificação Alemã.
Estranho mesmo, existirem ainda hoje, na Europa e em Portugal grupos de seguidores da doutrina racista e destrutiva do Nazismo Mas o homem é mesmo assim. Existem sempre, ainda que residualmente grupos marginais que procuram no radicalismo, no terror e no anti-cristo uma desculpa para as suas vidas insuportáveis de fraquezas e fracassos.

António Cipriano

sábado, maio 07, 2005

Adeus Jorge

Ontem a rádio em Portugal ficou mais pobre com a morte do jornalista, redactor e relatador de futebol da TSF, Jorge Perestrelo. Os relatos de futebol nunca mais serão os mesmos, não mais se ouvirá aquele “Ripa na rapaqueca”, ou “ Mas o que é que é isso ó meu”, ou mesmo “Vai fazer isso lá para a tua terra ou meu”, sem esquecer as suas famosas “reviengas”. Alguém que festejava os golos de uma forma tão efusiva que conseguia contagiar de emoção qualquer pessoa que ouvisse os seus relatos.
Quando partia alguém do mundo de Jorge Perestrelo, ele dizia que esperava que essa pessoa continuasse a vibrar e a praticar a sua arte no outro mundo, e por isso eu hoje digo: - Jorge espero que lá no céu continue a fazer os seus relatos, de forma a por o paraíso a vibrar com o futebol, da mesma forma como fazia aqui na terra! “E Ripa na rapaqueca ò meu"!

António Manuel Pinto S. Guimarães

sexta-feira, maio 06, 2005

Viva ao Sporting

Palavras para que? Quais heróis mitológicos da Eneida de Homero, donos de uma vontade e quer sem igual, ultrapassaram os muros do castelo da Trapobana de Alkmar com sagacidade, sacrifício, conscientes que eram merecedores dessa vitoria imemorável.
Viva ao Sporting!!!!!!!
António Cipriano

quarta-feira, maio 04, 2005

Direita

A Direita enquanto doutrina ideológica política, não acredita na visão cor-de-rosa da natureza humana da Esquerda. A direita, tem plena consciência das fragilidades da sociedade e do indivíduo em si. A Direita parte do pressuposto que o homem tem uma predisposição para o conflito, que é um ser imperfeito, cheio de defeitos, e pecados capitais. Para a direita tem de existir um mão superior assente no poder do estado que regule e ordene a vida social. Thomas Hobbes, pensador do sec. XVIII, considera que o “Homem é totalmente egoísta, um lobo para os seus semelhantes, e como tal, o estado natural é a guerra de todos, contra todos.” Pese o exagero, a Direita por não se basear em utopias sobre a condição humana é pragmática, pratica, reflectindo sobre os problemas com os pés bem assentes no chão. Mas a Direita apesar da visão uma tanto pessimista, acredita que regulando o sistema com regras, princípios e incutindo nas massas um sistema de valores, é possível a vida em sociedade, apostando claramente no paradigma da Liberdade face ao Paradigma da Igualdade da Esquerda.
Se a esquerda com o seu idealismo representa a irreverência e desprendimento da juventude, a direita representa o bom senso, a experiência, o savoir fair da meia idade.
A verdade é que a vida não é fácil, que as incertezas, os problemas e as dificuldade são muitas. A Direita aceitando a imperfeição do mundo de um modo pragmático, procura resolver os problemas sem rodeios, com rapidez, optando sempre pelo caminho mais fáci,l ainda que traga algum amargo de boca.
A Direita pode não seduzir, não cativar à primeira vista, mas é como aqueles medicamentos que apesar de amargarem, vão curando as doenças.
António Cipriano

domingo, maio 01, 2005

Esquerda

Sociologicamente e filosoficamente a Esquerda enquanto movimento ideológico caracteriza-se pela sua crença absoluta na natureza boa do Homem. Para a esquerda o homem procura a vida em comunidade, hamonicamente estabelecida, em que cada elemento busca a felicidade respeitando e procurando o reforço da identidade dessa mesma comunidade. A esquerda vive então subjacente em ideais, em utopias de sociedades ausentes de invejas ou impurezas humanas. A Esquerda defende o paradigma da Igualdade, da procura do social ainda que para isso tenha de sacrificar em parte a liberdade individual Para a esquerda, as disfuncionalidades da sociedade são somente um reflexo de fenómenos externos ao homem, criados pela dialéctica da história que distorcem a natureza verdadeiramente optimista e boa do ser humano. É Talvez com o livro “Utopia” de Thomas More em 1518, que a esquerda é sistematizada. Na “Utopia” de Thomas More, é nos relatado pelo autor, a viagem imaginária de Rafael, um navegador português, a uma ilha do Novo Mundo. Na ilha da Utopia, existe um sociedade idílica em que as injustiças, a pobreza, as desigualdades não existem. Esta foi a resposta de Thomas More à crescente banalização da pobreza e das discrepância sociais do seu tempo.
No entanto é no sec. XVII como reflexo contradições sociais da revolução Industrial, que surge os primeiros pensadores socialistas ou anarquistas como Saint- Simon, Robert Owen, Proudhon. No entanto é com Engels e Marx, e como os inconfundíveis “Manifesto do Partido Comunista”, e o “Capital “, e com a consequente formalização do materialismo dialéctico que a esquerda atinge a pureza ideológica. È certo que as aplicações praticas desta doutrina quer no bloco soviético, quer na china ou em Cuba, vieram demostram as enorme fraquezas do modelo, pois quer se queira quer não, o Homem é demasiado imperfeito e facilmente seduzível aos pecados capitais do orgulho, do individualismo cego e da inveja. A esquerda é sedutora, pelo seu idealismo genético pela sua propensão para o sonho. No entanto por lhe faltar o pragmatismo e a consciência da realidade, não é verdadeiramente praticável apesar da sua beleza endémica.
A esquerda é a Utopia, mas o que é a vida sem utopias??
António Cipriano