quarta-feira, agosto 31, 2005

Para quê a tristeza, Manuel Alegre?


Manuel Alegre era ontem um homem triste pelo não apoio que recebeu do seu partido e não sei bem porquê, afinal deve ver que é apenas a terceira candidatura de Soares a Belém e Soares já tem 81 anos, Alegre só tem 69 anos, ou seja, até aos 81 anos ainda se pode candidatar não três mas quatro vezes. Sabendo também que Alegre gosta muito de repetir frases nos seus livros e, não tendo querido chamar traição ao que Sócrates lhe fez, deixo aqui algumas sugestões: quebra de fidelidade, feito à revelia, infidelidade política, facada nas costas, deslealdade, sub-reptício. Quanto ao candidato Soares, que ainda no Verão passado achava a sua candidatura um erro, mostra-se um seguidor da máxima: "O que hoje é verdade amanhã é mentira" e sendo assim, o que a canseira dos 80 anos provoca, a juventude dos 81 anos anula.
PP

terça-feira, agosto 30, 2005

Ambiguidade e Fúria

Nunca percebi a razão de pôr nomes femininos aos furacões que é um fenómeno linguisticamente masculino. Seja qual fôr a razão, em Nova Orleães, foram mais do que as pombinhas da Katrina a voar de mão em mão, foram placas, carros, árvores, telhados, literalmente foi uma cidade a voar de mão em mão.
PP

segunda-feira, agosto 29, 2005

Sondagens

Para quem não conhece, os amáveis senhores da Marktest disponibilizam uma página que vai sendo actualizada e que contém todas as sondagens eleitorais para as Autárquicas 2005: http://www.marktest.com/wap/a/p/id~cd.aspx
Para além disso, também existe o blog do Pedro Magalhães, especialista em sondagens da Universidade Católica. Trata-se de um blog que surgiu durante as últimas legislativas mas que continuou, pretendendo analisar a fundo os resultados de sondagens que vão sendo feitas, para além de projectar o que poderão ser os resultados reais. Por estes dias, Pedro Magalhães tem analisado as eleições na Alemanha, as presidenciais e as autárquicas portuguesas.

João Pedro

domingo, agosto 28, 2005


Colómbia

Todos já sabíamos que a Colómbia era um país peculiar
O Vice Presidente do parlamento Colombiano, revelou esta semana que existem no Parlamento Colombiano, deputados e Senadores que compram e vendem cocaína dentro do próprio palácio do Parlamento. Parece que no parlamento Colombiano, não existe verdadeira segurança, tendo mais de 10.000 pessoas passes de acesso, na maioria dos casos falsos. Vendedores de biscoitos, de sapatos, astrólogos e traficantes, todos frequentam o parlamento. No fundo a Colómbia trata-se de uma verdadeira democracia popular e directa, onde literalmente todos os sectores da sociedade estão representados. E num país cuja industria maior é a trafico de cocaína, as associações do sector não poderiam deixar de estar devidamente representadas nos órgãos de soberania.
América Latina , no seu melhor!!!
António Cipriano

sábado, agosto 27, 2005

Porquê já?

Não está em causa o facto de eu ser contra ou a favor da interrupção voluntária da gravidez, porque a minha opinião será manifestada na altura correcta, ou seja, quando estiver em vigor as campanhas do referendo! Mas no que diz respeito à realização do referendo ainda este ano tenho que dizer que estou contra. As razões para a minha discordância são simples: o referendo foi feito à sete anos, logo a acontecer um referendo agora é num espaço muito curto de tempo, e não vejo possibilidade nenhuma de neste curto espaço de tempo se poder tirar qualquer forma de ilações sobre as medidas tomadas no que diz respeito às novas estratégias de planeamento familiar. Depois temos ainda o problema por excelência, que é sobre a efectividade do resultado do último referendo, pode-se dizer que a margem de diferença foi pouca, que o “não” ganhou com uma diferença mínima e eu digo que sim, a diferença foi mínima, mas esta é uma questão de democracia, por mínima que seja a margem da vitória de uma das “facções” nós temos que arcar com a responsabilidade da escolha da maioria. E para quem quer o referendo para agora tenho apenas duas questões, será que se o referendo tivesse dado a vitória ao “sim” estaríamos agora a discutir uma repetição do referendo? E a acontecer essa vitória se algum partido tivesse feito a proposta devido à diferença mínima apregoada, será que o Louçã e a Ana Drago aceitavam essa repetição sem fazer um estardalhaço dos diabos?
Concluo dizendo que se se fizer um referendo no espaço de pelo menos uma geração, não vejo mal nenhum, mas acho absurdo fazer um referendo num tão curto espaço de tempo só porque alguns barufastadores profissionais não aceitam o resultado do referendo anterior. Porque a ser assim temos que nos mentalizar que vamos fazer referendos até a proposta ser aprovada.

António Manuel P. S. Guimarães

quinta-feira, agosto 25, 2005

O que foi aquilo??

Estamos no final de Agosto, começa a perder-se o bom tempo e ontem ao responder à chamada telefónica de um amigo, fui ver o concerto na Avenida 1º de Maio de uns tais DZRT, ou melhor, supostamente era para ser um concerto, o que vi pelos pouco mais de quinze minutos do que vi, foi muito, muito mau. Usando e abusando do habitual chavão de gritar o nome da cidade para os aplausos fáceis, cantaram três canções muito fraquinhas e ainda cantaram Black Eyed Peas, Metallica e Evanescence. Para dizer a verdade, existem boys band com canções igualmente fracas mas que ao menos têm coreografias, estes nem coreografias possuíam, pelo menos, no pouco tempo em que consegui aguentar tamanha mer... Depois o anúncio chocante para mim, quando eles agradecem ao público os cem mil exemplares vendidos???!!! Num mundo em que se pode tirar tanta coisa da internet, num país em crise financeira grave, existem que pessoas a comprar aquilo??? Ahh, já agora aproveito para confessar que nunca vi um episódio da novela onde eles actuam, TVI só se fôr para ver a Liga Betandwin.com...
PP

terça-feira, agosto 23, 2005


Coelho da Cartola

Depois de dias e dias de boatos, de expectativas elevadas, de nomes segredados aos ouvidos, o PCP desilude em toda a linha. Afinal a candidatura presidencial inovadora, a pedrada no charco no pântano da política nacional prometida, protagonizada por uma qualquer mulher de esquerda assumida, não passou de um boato. Ou menos Carlos Carvalhas. Mas não!!!! Lá vem de novo o Camarada Cassete Jerónimo de Sousa. É a renovação do PCP no seu auge!!!

António Cipriano

segunda-feira, agosto 22, 2005

Afinal quem esteve de férias ?

Só agora a situação exigiu pedidos de ajuda externa” Esta é a última frase de António Costa sobre os incêndios, o homem que ficou a tomar conta do país quando Sócrates foi de férias. A seguir a esta frase eu tenho apenas que fazer a pergunta: afinal foi Sócrates que foi de férias ou terá sido António Costa? É que parece que quem tem estado fora nos últimos 3 meses é o ministro da administração interna, porque ele acha que só agora é que a situação dos incêndios é grave e que precisa de ajuda para os resolver!

António Manuel P. S. Guimarães

quarta-feira, agosto 17, 2005

Apoio

Foi feito um jantar de apoio a candidatura presidencial de Manuel Alegre. Aquilo não eram socialistas normais. Eram socialistas como ele.

PP
Reforços da pré-temporada

Faltava uma jornada para acabar o último campeonato nacional de Futebol, quando deixei a opinião de que os clubes da SuperLiga deveriam apostar mais nos jovens portugueses, poucos meses volvidos e com mais um clube a ir à falência e deixar as ligas profissionais, vê-se que a aposta foi (segundo indicações recolhidos no jornal Record) em estrangeiros (nomeadamente brasileiros) que dava para formar sete equipas. É bom ver que em tempos de crise os clubes sabem apertar o cinto e dar lugar aos jovens formados no seu clube.
PP
Reforço

Ainda não vi o novo reforço do Benfica a treinar, quanto mais a jogar. Aquele, sabem, que foi recebido com pompa e circunstância pelo Luís Filipe Vieira, de nome João Ribas. Aliás, nem sei em que posição joga...
PP
Tragédia

Na Venezuela, uma queda de avião provocou a morte a toda a tripulação e passageiros. Pode parecer preconceituoso e sei que é errado mas, não posso deixar de dizer que uma tripulação feita com oito colombianos não inspira muita confiança. A primeira coisa que me veio à cabeça foi de pilotos e hospedeiras todos juntos a fumar umas ganzas enquanto o piloto estava automático. Concerteza nada disto se passou e foi tudo uma infeliz tragédia mas, da fama de narcotraficantes e consumidores, infelizmente ninguém livra o povo colombiano.
PP

Steven Seagal

Estreou entre nós mais uma película do pseudo intitulado actor Steven Seagal - “Submerged”, brilhantemente traduzido para português com o titulo “Ameaça Biológica”.
Não desta fez não se trata da história de um policia vingador, nem de um ecologista sanguinário, nem de um cozinheiro ex-membro dos serviços secretos. Desta vez Steven Seagal vai mais além. É totalmente inovador!!!!!!!
Submerged, segundo rezam as crónicas, mostra a história de sequestro de um submarino por parte de terroristas e que é levado a Diabo, um suposto porto a 100km da capital do Uruguai. No filme o Uruguai está sob o domínio de um ditador corrupto rodeado de narcotraficantes em que a embaixadora de EUA é assassinada. O quadro se completa com cabines telefónicas com cartazes em francês e cidadãos que falam inglês ou italiano.
O Governo do Uruguai já prometeu processar Steven Seagal, pela imagem transmitida do país. Espero que em vez de qualquer indeminização financeira, o governo do Uruguai exija somente, a garantia que Steven Seagal, jamais volta a fazer qualquer filme.
Por cá, com amante da sétima arte, espero que a acção judicial chegue a bom porto.
Afinal, ninguém já tem paciência para a falta de talento de Steven Seagal.

António Cipriano

terça-feira, agosto 16, 2005


Colonialismo

O Colonialismo foi um processo histórico que existiu durante séculos, segundo o qual as nações europeias, exploraram os recursos naturais e humanos de extensas áreas geográficas.
Com o fim da segunda guerra mundial, brotaram um sem numero de movimentos de libertação, que pugnaram pelo direito à autodeterminação. Graças em muitos casos a longas e difíceis guerras por um lado, e à mudança de posição da opinião publica mundial por outro, o colonialismo terminou nos anos 70.
Bem, de facto não terminou. O colonialismo ainda persiste, no ano de 2005.
Israel em pleno século XXI, ainda é um estado colonizador, opressor de populações autóctones.
Somente no dia de hoje, após 38 anos de ocupação ilegítima, Israel, finalmente abandonou os colonatos da Faixa de Gaza. Trata-se de uma decisão sábia e histórica, fundamental para algum apaziguamento da região. Todavia, na Cisjurdânia, Israel persiste na sua política de colonatos, quer não desactivando os existentes, quer implantando mais.
É certo que Israel é frequentemente flagelada por atentados, que minam a sua segurança interna. Mas, não é menos verdade, que a insegurança do estado Judaico é em muito, uma consequência da sua política agressiva, de ocupação, e desrespeito das resoluções da ONU.
Espero sinceramente que Israel, e os Palestinianos, se entendam de vez, isto apesar de não acreditar muito nisso.

António Cipriano

domingo, agosto 14, 2005

Recordar Aljubarrota

"Olha: por seu conselho e ousadia
De Deus guiada só, e de santa estrela,
Só pode o que impossível parecia:
Vencer o povo ingente de Castela.
Vês, por indústria, esforço e valentia,
Outro estrago e vitória clara e bela,
Na gente, assim feroz como infinita,
Que entre o Tarteso e Goadiana habita?” (Os Lusíadas, Canto VIII)

Hoje comemora-se uma das datas mais importantes da nossa história, a data em que se lembra o início da tomada de consciência de que somos um povo próprio, em suma, que somos portugueses! Faz hoje 620 anos que as tropas comandadas por D. Nuno Alvares Pereira, O Condestável, fizeram o impossível, derrotaram as tropas castelhanas em Aljubarrota. Esta batalha foi um exemplo do que a coragem e audácia são capazes. A conclusão desta batalha foi o início de um dos mais brilhantes períodos da nossa história. Foi na sequência desta batalha que Portugal ganhou condições para se lançar aos mares e começar a sua expansão, foi aqui que Portugal “deu novos mundos ao mundo”! O período em que surgiu a “ínclita geração”! Talvez a única altura em que Portugal fez as coisas por iniciativa própria, sem medo e com coragem, a coragem característica de quem gosta de partir na dianteira!
620 anos depois essa vontade e querer infelizmente estão adormecidos. E curiosamente não se ouve nenhum órgão de comunicação falar sobre esta data tão importante, que merecia ser recordada. Uma recordação que serviria pelo menos para lembrar as pessoas que Portugal já teve vários momentos de crise e que apenas com a vontade real dos portugueses foi possível ultrapassar esses ensejos! E se o conseguimos no passado não será legitimo acreditar que agora, se a vontade imperar, podemos voltar a superar a presente crise? Deixo a questão.

António Manuel P. S. Guimarães

quinta-feira, agosto 11, 2005


Era uma Vez


Era uma vez, um país distante, tropical, de planícies, vales e rios de tamanho sem igual, rico em recursos naturais e habitado por um povo multicultural. Todavia, o seu povo vivia na sua grande maioria, numa pobreza aflitiva, nomeadamente nas regiões do interior e nas periferias das grandes cidades, face uma burguesia de privilegiados que ostentavam riqueza sem igual.
Os governates, esquecendo os seus deveres de lealdade ao povo, viviam fechados no seu individualismo, procurando pela via da corrupção somente sugar às riquezas do país.
Até que num dia, dos campos do sertão, um torneiro mecânico, com nome de molusco, resolveu que os dias de desigualdade tinham forçosamente de mudar. Peões, camponeses, plebe, pequenos operários, sem terra, embrenhando-se nas palavras e ideias de igualdade e justiça social do torneiro mecânico, foram gradualmente criando um mar de desalinhados que acreditavam no sonho de um país novo. Empurrado por um oceano de esperança, o torneiro mecânico, como num conto de fadas, virou presidente.
Todos pensavam que um novo tempo iria começar. A esperança dos descamisados era muita. Todavia, em poucos meses a esperança foi perdendo fulgor. O Torneiro mecânico, com nome de molusco, enquanto presidente, não apresentava uma política social muito diferentes dos anteriores presidentes. Dizia-se que a culpa era dos lobbys, dos americanos, que não deixavam o presidente cumprir a sua missão
Até que o pesadelo surgiu!!! De repente, o governo do presidente com nome de molusco, é envolvido num terrível escândalo de corrupção, e trafico de influências. O descredito, a tristeza, o desespero, invadiram todos. Afinal o presidente com nome de molusco, e todos os seus colaboradores que apregoavam a justiça social, a honestidade, a igualdade, eram iguais aos outros. O dito partido dos trabalhadores, apenas se interessava em negociatas rentáveis e gordas.
O Presidente com nome de molusco, apregoa a sua inocência, argumentando ser somente uma vitima da sua ingenuidade. Pode até ser verdade. Mas o que também é verdade, é que o sonho, a utopia, de um presidente que veio do povo para lutar pelo povo, visando a igualdade e a justiça social, esse terminou.
E quando se acaba o sonho, nada resta.............
António Cipriano

terça-feira, agosto 09, 2005


Sin City


Este filme, baseado num comic homónimo de Frank Miller que retrata estórias de diversas personagens a viver em comum numa mesma cidade (Basin City), uma cidade sem heróis, sem pessoas imaculadas mas, com umas personagens maníacas, complexas e muito, muito escuras. A realização, a cargo de um realizador referência da actualidade, Robert Rodriguez está muito bem feita, recriando uma atmosfera sombria e fascinante, repartindo os louros com o criador Frank Miller (uma preciosa ajuda para recrear a complexidade psicológica (psicopata talvez?) das personagens, donde destaco Marv, um vilão forte e feio, esquizofrénico que procura vingar a sua amante de uma noite, personagem esta interpretada por Mickey Rourke e, claro o realizador convidado Quentin Tarantino. Este filme está cheio de actores conhecidos, além do já citado Mickey Rourke, Bruce Willis, Elijah Wood, Rutger Hauer, Brittany Murphy, Benicio del Toro, Michael Clarke Duncan e Clive Owen. Programadas já estão outras duas sequelas de Sin City para os dois próximos anos, ficando eu a aguardar que este trio produza outro filme de qualidade como é o caso.
PP

sábado, agosto 06, 2005


Poção magica


No seguimento das ideias peregrinas do Benfica e Sporting, de venderem o nome do seu estádio, a empresas nacionais ou internacionais visando a obtenção de elevadas somas para amortização de passivo, o governo de José Socrates, prepara-se para aprovar em conselho de ministro uma medida similar.

Segundo fontes próximas, Socrates prepara-se para leiloar o nome do País visando assim, eliminar o déficit de vez. Interessados não faltam, entre os quais a multinacional do terrorismo Al Qaeda, o Presidente Angolano José Eduardo dos Santos, e em especial o Rei de Espanha.

António Cipriano

sexta-feira, agosto 05, 2005

Os Estudos para o Aeroporto da OTA

Mas porque razão é que o governo não disponibiliza os estudos que foram feitos para tomar a decisão de construir o Aeroporto neste local? Será que têm receio de disponibilizar os estudos por estes terem sido feitos “em cima do joelho”, ou será que é porque os estudos simplesmente não existem e eles não querem mostrar os vários negócios de imobliarias que pesaram na decisão?!

António Manuel P.S. Guimarães
Aniversário

Nada mais desagradável do que acordar pela manhã e apesar da implícita tentativa de esquecimento, ser sucessivamente relembrado de que mais um ano passou, que no caso, já são 27 primaveras. Ainda me lembro do tempo em que ansiava pelo aniversario, pelas suas prendas, mas sobretudo, como momento de afirmação, afinal, estava cada vez mais perto das emoções dos adultos.
Já hoje, comemorar 27 anos não me parece motivo para demasiadas alegrias. Como um amigo me relembrou nos últimos dias, já só faltam 3 anos para os trinta e 13 anos para os quarenta.
A idade de 27 anos é uma idade confusa própria de uma terra de ninguém. Já não somos jovens (já se foi o cartão jovem ao 25), mas também não somos velhos. Vinte sete, encaixa com a ideia que já é hora de deixar as loucuras mundanas da juventude, de abraçar as responsabilidades, de ter já uma carreira profissional em marcha, de ser o momento propicio de desenvolver um vida familiar assente nos valores do casamento. Que fardo pesado este dos 27 anos!!!!
Acho que vou preferindo pensar que ainda estou nos vinte e poucos, ou em alternativa, se for mesmo obrigado a encarar a realidade, que sou a excepção à regra, que permite uma juventude mais longa, comprida e divertida.
António Cipriano

quarta-feira, agosto 03, 2005


Política Dançarina


Foi fundado no dia de ontem, por Gilberto Gil e Carrilho, o conceito inovador de “Política Dançarina”. Segundo palavras de Gilberto Gil, Carrilho deveria seguir na Presidência do Município de Lisboa uma “Política Dançarina".
Mas o que raio será uma “Política Dançarina” ?
Será reeditar, os antigos bailes das cortes europeias do século XVIII, como política cultural?
Será apostar em obras de fachada, que iludem os cidadãos que algo está a ser feito?
Será semanalmente Carrilho e a sua Baba percorrerem os bairros de Lisboa e suas colectividades ao som do Tango ?
Será exercer a presidência do município sem rumo, ou fio condutor, como se estivesse sistematicamente a mudar do estilo de dança?

António Cipriano

segunda-feira, agosto 01, 2005


Os Corvos

Sábado, aproveitando a belíssima noite que estava, foi assistir a um concerto do grupo musical “Os Corvos”. Dos “Corvos” apenas conhecia o nome. Na verdade, fiquei agradavelmente surpreendido com a qualidade musical, e vivência do grupo em palco. “Os Corvos” são uma banda instrumentista portuguesa, que através de instrumentos clássicos (violoncelo, violino) conjugados com uma bateria, reinventam temas do universo do rock e da pop.
No concerto deram uma alma diferente a temas dos Nirvana, de Jim Morrison e dos Xutos, que entusiasmaram um publico musicalmente nada homogéneo, que por cerca de 90 minutos se deixou levar nas asas dos Corvos.
Os Corvos, para a além de excelentes interpretes souberam utilizando recursos pirotécnicos e técnicas de palco, impor um ambiente um tanto gótico, negro, mas cheio de energia vibrante. Quem quiser conhecer um pouco mais sobre o grupo aqui fica o site: http://novascenas.pt/corvos
António Cipriano
O Fim da Companhia de Bailado da Fund. Calouste Gulbenkian

Ontem foi a última actuação da Companhia de Bailado da Fundação Calouste Gulbenkian. Companhia que terminou a sua actividade devido à reestruturação da fundação, muito foi dito, mas eu sinceramente ainda não percebi como é que uma “reestruturação” serve de desculpa para terminar com uma das poucas coisas de que o país se podia orgulhar. Como é que é possível acabar com um marco cultural tão importante e que tanta falta faz ao nosso país?
Mas uma coisa eu sei, o fim da Companhia de Bailado é a caricatura perfeita do caminho que leva a cultura em Portugal, pois enquanto ela cessa funções, as “ervas daninhas” das novelas e “big-brothers” vão invadindo os espaços que se vão abrindo. Estamos a morrer culturalmente e a continuar assim o nosso espírito crítico apenas servirá um dia, para discutir as faltas do futebol e nada mais.

António Manuel Pinto Silvério Guimarães