sábado, dezembro 30, 2006


Somália

Porque falar da Somália? Porque falar de um país ingovernável, situado lá no fim do mundo?
A verdade é que se analisarmos com cuidado, a Somália é um país de uma importância capital nos domínios geopolíticos. Convêm olhar devidamente para o mapa. A Somália, Corno de África como é conhecida, país mais oriental de África, tem uma posição estratégica no acesso ao Golfo de Adem e ao Mar Vermelho. Estas vias marítimas dão acesso a países como o Iémen e à Arábia Saudita, potentados petrolíferos. Um regime político anti ocidental, pode dificultar e apresentar entraves ao acesso aos portos desses países, podendo em última análise ser factor para um aumento do preço do crude. Para além da questão petrolífera, na Somália joga-se outra questão – a Islamização Africana. Chade, Sudão, são países de influência islâmica, podendo a Somália com a estabilização do domínio das Forças dos Tribunais Islâmicos acrescentar mais um membro para esse grupo. Ainda mais quando o regime dos Tribunais Islâmicos tem muitas semelhanças com o regime dos talibãs do Afeganistão. Aproveitando a insegurança crónica, a instabilidade e a ausência de um governo central desde a queda do ditador Said Barre em 1991, os Tribunais Islâmicos aproveitaram para impor um princípio de regime fundamentalista (proibição da televisão, da musica, do futebol, foram alguns do sintomas).
È neste contexto de importância geopolítica e de crescente perigo fundamentalista que os EUA pela mão da Etiópia (país cristão) intervêm na Somália. Apesar de ser contrário por principio a ingerência externas, tenho que considerar esta intervenção um mal menor.
Espero apenas que esta seja mais do que uma intervenção anti-islâmica, e que procure auxiliar a Somália na consolidação de uma arquitectura constitucional estável que traga paz e desenvolvimento para um povo já muito sofrido.
António Cipriano

Revista do Ano

A tradição apesar de já não ser o que era, ainda impõe a análise da revista do ano. Este Blog ainda que pouco tradicional não pretende deixar de cumprir tal desígnio.
2006 Foi um ano rico em acontecimentos, económicos e políticos.
A nível interno, no âmbito político, 2006 foi marcado pela eleição de Cavaco Silva. Os oráculos da esquerda apontavam esta eleição como cenário irreal, de consequências imprevisíveis para o estado de direito democrático. No entanto, consequência da eleição de Cavaco, só mesmo o clima de romance e namoro entre Sócrates e Cavaco, sob o pano da “cooperação Estratégica”. Trágico mesmo, a crise económica endémica que separa Portugal, qual jangada de pedra, do resto da Europa.
Já nos domínios do paranormal, o ano foi marcado pelo eclipsar da oposição em Portugal, num qualquer vácuo escuro da memória.
Em termos económicos, 2006 foi o ano das OPA´s, em especial a da Sonae à PT. Após muitos episódios esta foi aprovada pela Autoridade da Concorrência sob o argumento “estranho” de que a OPA vai permitir o aumento da concorrência no mercado das telecomunicações. De facto, o corolário da OPA será o retalhar de uma das maiores empresas nacionais, o despedimento de centenas ou mesmo milhares de trabalhadores e o encaixar de mais-valias por parte de Belmiro.
Internacionalmente, 2006 foi o confirmar do desastre do Iraque, cada vez mais transformado num pântano militar e político, do qual a administração Bush já não sabe o que fazer.

No domínio das artes, em especial no cinema, área de que só mais sensível, o Infiltrado de Spike Lee foi para mim o melhor filme do ano, ao combinar o suspense e a critica mordaz à sociedade americana, assente num bom elenco.
Ainda no domínio das artes, 2006 termina com morte de James Brown, figura indelével da música mundial.
António Cipriano




domingo, dezembro 24, 2006



Feliz Natal

A todos, católicos, protestantes, budistas, muçulmanos, ateus, bem como às testemunhas de jeová, desejamos sem excepção, um Feliz e Santo Natal

António Cipriano

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Pela Paz

Um site na net (Global Orgasm) pediu para o maior número de pessoas ter hoje um orgasmo e pensar na paz quando no momento em que estiverem a libertar a energia. Até aqui tudo bem, mas esqueceram-se de especificar certas e determinadas coisas, como: e se o orgasmo fôr solitário? Também vale? Bem, não queria deixar de me juntar ao rol de sugestões e deixar aqui a minha: quando tiverem no acto, deêm umas palmaditas no rabo do vosso (a) companheiro (a), assim não irão só estar a pensar na paz, como estaram a pô-la em prática...
PP
Voto de Pesar

Apesar da quadra natalícia, o mundo e em especial toda a Ásia central, chora a morte Saparmurat Niazov, o amado líder do Turcomenistão.
Saparmurat Niazov, conhecido pelo seu povo como o “pai do Turcomenistão”, era o líder ideal segundo os modelos humanistas e solidários de Estaline. Líder vitalício desde a independência do país em 1985, era um homem com múltiplas dimensões, sempre preocupado com o seu semelhante. Prova disto, a preocupação que demonstrava com os seus opositores, os quais à menor indisposição de saúde, eram imediatamente internados em clínicas psiquiátricas de modo a poderem recuperar.
Mas Saparmurat Niazov, era também um filósofo de mão cheia. Alias num gesto impar substituiu o “Juramento de Hipócrates” da comunidade médica por um texto filosófico de sua autoria. O povo, amante fervoroso do seu líder exigiu em manifestações espontâneas a construção no centro da capital, de uma estátua de Saparmurat Niazov em ouro maciço, que rodava seguindo o movimento aparente do sol.
Perante tudo isto só nos resta chorar pela alma deste grande homem, só comparável a Fidel Castro ou Kim Jong II da Coreia do Norte.


António Cipriano

quarta-feira, dezembro 20, 2006


Pressões inconstitucionais

Sou autarca, mas apesar disso, sou favorável à nova lei das finanças locais. Penso ser uma boa lei, no sentido de proibir comportamentos menos sérios de alguns autarcas e possibilitar a defesas dos interesses das gerações futuras ao inviabilizar operações de venda de créditos futuros.

Contudo, apesar da minha concordância com a lei, sou um democrata, que acredita e deseja o regular funcionamento dos órgãos de soberania em independência, livres de qualquer tipo de pressão. Pelos visto José Sócrates não leu a constituição, não conhecendo o principio da separação de poderes de Montesquieu.
Ao escrever ao tribunal constitucional uma missiva defendendo (impondo) a nova lei das Finanças Locais, está ilicitamente a pressionar, um órgão de soberania. Trata-se de um comportamento perigoso, antidemocrático que só vem comprovar os tiques “autoritários” de Sócrates, muito pouco socialistas.
António Cipriano

Borat


Não vi, nem pretendo ver o filme “Borat”. Este é um filme que me causa repulsa. Considero que todos os povos e nações mais ou menos desenvolvidas, merecem respeito e consideração. É o caso do Cazaquistão. Apesar de quase nada conhecer deste país da Ásia central, tenho respeito pelas suas gentes. Borat, ou seja o actor inglês Sacha Cohen é desprezível, criticando, ridicularizando um país que não conhece.
António Cipriano

quarta-feira, dezembro 13, 2006


Todos os miúdos querem ser o Batista

Se pensam que hoje em dia as crianças querem ser o Figo, Rui Costa, Simão ou Cristiano Ronaldo, desenganem-se, quem eles querem ser mesmo é o Batista, um lutador corpolento de Wrestling que anda a moldar o (mau) comportamento de muita pequenada. O pior, como os meus alunos me provam todos os dias, é que as crianças não se apercebem da diferença entre pessoas adultas e treinadas a executar uma luta coreografada e miúdos normais que agridem e são agredidos sem perceberem o risco que correm e em que colocam os outros. O programa dá num canal por cabo, mas salvo erro, em breve, irá passar a dar Sábados às 18 da tarde na Sic generalista. É uma má notícia, pois nesse horário será acessível a ainda mais miúdos pelo país fora. Relembro as palavras de Francisco Penim, director da Sic Radical, numa entrevista dada à algum tempo em que respondia que nenhum dos programas da grelha da Sic Radical seria indicado para a televisão generalista e passado algum tempo, soa mais a Pimenta Machado, "o que hoje é verdade amanhã é mentira."
PP

terça-feira, dezembro 12, 2006

Menos um Monstro no Mundo...

Nunca fui apologista de que a partir do momento que uma pessoa morre, passe a ser tratada como um santo, esquecendo todos os erros que fez, como se de um coitado se tratasse. Pinochet foi um ditador maquiavélico, daqueles que faz muitos ditadores parecer amadores ou apenas meninos maus. Fez uma “revolução” contra um governo eleito, um dos únicos governos Marxistas que ganhou eleições democraticamente. Não gosto do Marxismo, mas respeito eleições e a vontade da maioria. Foi uma besta apoiada pelos EUA, que sempre gostaram de apoiar quem maltrata a esquerda, uma atitude extremamente “democrática”, porque para fugir a uma possível ditadura do proletariado, substitui-se por uma ditadura de direita. Este caso é ainda mais especial, porque Salvador Allende nunca chegou a impor nenhuma forma de ditadura, é certo que ele fez reformas e nacionalizações e em 3 anos de governo talvez apenas Allende não tenha tido tempo. O que é certo é que a 11 de Setembro de 1973, Allende era democrático. Mas para os EUA era mais um perigoso comunista às portas (só porque era de esquerda e no mesmo continente) e eles, na prática, substituíram uma democracia de esquerda por uma efectiva e brutal ditadura de direita, não importa quem morre, quem chora, quem sofre… mas esquerda “por perto” é que não!
Mandou matar milhares, outros tantos foram brutalmente torturados e muitos dados como desaparecidos e não espere ninguém que estes apareçam um dia. A justiça não agarrou Pinochet, viveu até aos 91 anos, com uma justiça a dizer que o queria fazer pagar, mas sem coragem para tal. A única justiça que ainda poderia ser feita, seria enterrar este monstro numa qualquer vala comum, daquelas onde ele mandava enterrar todos aqueles que se lhe opunham.
A sua falta não será sentida, a única coisa de que se sentirá falta será da justiça que não foi feita, foi mais um ditador que morreu sem pagar pelos seus crimes.

António Manuel Guimarães

segunda-feira, dezembro 11, 2006


Estado Social


O conceito do Estado Social é dos pressupostos do Estado de Direito consagrado no nosso projecto constitucional, que visa a realização da democracia económica e social. Quanto falamos em estado social, aludimos à obrigação do estado desenvolver politicas de promoção do bem-estar social, que concretizem a igualdade real entre cidadãos. Devido a esta obrigação o estado tem de manter um sistema de saúde, um sistema de educação, um sistema de segurança social, com carácter universal disponível a todos os cidadãos. O problema é que com o passar dos anos os custos dos sistemas sociais foram aumentado exponencialmente para níveis hoje dificilmente suportáveis. Neste sentido, a dicotomia entre financiamento e obrigações sociais, ganha relevo.
Ideologicamente só um defensor acérrimo do estado social, sendo frontalmente contra a privatização das funções sociais. Todavia, acho aceitável, socialmente justo e necessário, a comparticipação do cidadão nos custos, ainda que limitadamente, dos sectores sociais. Afinal o conceito jurídico-constitucional de igualdade não proíbe distinções. Pelo contrario, obriga que só se trate de forma igual aquilo que seja materialmente igual, e que se trate de forma diferente as situações que de são diferentes. Alguém que tem rendimento mensal de 3.000 Euros deve pagar o mesmo num hospital, do que um cidadão que vive com 403 euros mensais? Acho que não. Tem de existir um sistema de descriminação positiva, apara aqueles que menos têm. Considero que a sobrevivência do Estado Social implica a criação de escalões.
Obviamente que considero que ninguém, mesmo milionário, tem de pagar o custo real dos serviços do estado. Assim por exemplo para os serviços de saúde as taxas cobradas nunca poderiam ser superiores a 40% do custo real do serviço. Vejamos um exemplo: uma cirurgia com um custo real de 1.000 Euros seria comparticipada da seguinte forma:
- Rendimento mensal <500 euros – zero euros
- Rendimento entre mensal> 500 e <800 – 50 Euros (5%)
- Rendimento mensal entre> 800 e <1200 - 70 Euros (7%)
- Rendimento mensal entre> 1200 e <1800 – 150 euros (15%)
- Rendimento mensal entre> 1800 e <2500 – 250 euros (25%)
- Rendimento mensal> 2500 euros - 400 euros (40%)
Mas uma questão operacional se coloca – como distribuir os cidadãos pelos diferentes escalões? Só pode ser pelo IRS de cada contribuinte. Seria necessária a obrigatoriedade de apresentação de declaração de rendimentos, independentemente do nível de rendimentos de cada cidadão. Todos os anos as finanças juntamente com a liquidação do IRS enviariam um “cartão de cidadania” em que vinha indicado em que escalão o contribuinte se situava. Assim sempre que o cidadão utiliza-se um hospital, frequenta-se uma universidade, pagaria uma taxa de acordo com o escalão identificado no cartão.
Garantia-se assim a justiça social, e em última analise a sobrevivência do Estado Social.
António Cipriano

quinta-feira, dezembro 07, 2006


Forças de Suporte

O nosso espectro eleitoral é composto por dois tipos de eleitorados; um de orientação fixa e um de orientação variável, flutuante. De facto, 80% do nosso eleitorado vota por norma sempre no mesmo partido, ou por convicção ou por simples rotina. Ora a esquerda representa à volta de 44% (PCP – 10%; BE – 5%; PS – 29%) e a direita à volta de 36% (CDS – 7%; PSD – 29%). Os restantes 20% compõe o chamado centrão, que conjunturalmente, ora vota PS, ora vota PSD. É este eleitorado que marca a diferença na hora de contar os votos. Nas últimas legislativas votou PS, assim como alguns eleitores tipicamente PSD, que devido ao fenómeno “Santana Lopes” votaram PS, conduzindo a maioria absoluta de Sócrates.

Sondagens e mais sondagens, apesar das medidas impopulares, continuam a dar a maioria ao PS. Afinal qual é o eleitorado que está a suportar este governo?
Na minha análise não é sequer a totalidade do eleitorado do PS, pois existe um subgrupo dentro do PS, a chamada ala esquerda, (na ordem dos 5%) que está descontente com Sócrates. Por muito que custe ao PSD, o eleitorado que de momento sustenta o Governo é em parte o seu próprio eleitorado. Uma franja de 30% ou mais do eleitorado do PSD, identifica-se com o governo, mais do que muitos socialistas. O eleitor PSD deseja reformas profundas, compreende os cortes orçamentais e as politicas restritivas. Este eleitorado, apenas tem pena que estas medidas não tenham sido tomadas pelo PSD, enquanto governo. Ao PSD, como agravante, tem uma liderança fraca, que não entusiasma. Como resultado os eleitores do PSD, mesmo os de sempre, encontram-se desmotivados, dispersos e mesmo um pouco fascinados com a “aparente postura reformista” de Sócrates. Mas atenção, se Sócrates claudicar, se as reformas se tornarem num “flop”, será o fim da “esquerda moderna” Para isto é também necessário o PSD mudar de vida, de liderança, e realizar uma oposição assertiva e dinâmica. Só assim é possível reconquistar o seu eleitorado de sempre, e conquistar boa parte dos 20% eleitorado flutuante.

António Cipriano

domingo, dezembro 03, 2006

O momento "Hã?" do dia

"(Cavaco Silva) tem sido muito bom exemplo de que o chefe de Estado em Portugal tem que agir como um rei".
D. Duarte Pio, "Diário de Notícias", 3-12-2006

PS - Não é nada mau rirmo-nos dos outros (vou parar ao inferno por esta), principalmente quando "os outros" são assim tão... burros.

João Pedro

quarta-feira, novembro 22, 2006


Gato Fedorento

Confesso que era um admirador do Gato Fedorento. Pelo seu humor inteligente, mordaz, inovador, desraizado da actualidade, muitas vezes a ruçar o “non sence”.
Obviamente que esperei com interesse a estreia do novo programa.
Uma desilusão. O Gato Fedorento em vez de continuar o seu caminho de humor alternativo, optou por alienar a sua autenticidade. Optaram pelo caminho mais simples e corriqueiro, do humor com base na agenda mediática da actualidade. Piadas sobre o Sócrates, o Alberto João Jardim, Pinto da Costa, etc. Enfim, um estilo de humor nada diferente do humor dos interpretes de sempre.
È certo que alargam o espectro de possíveis públicos, mas a autenticidade que fascinou um nicho de espectadores de que faço parte, foi marginalizado.
È pena que assim seja, mas no fundo é somente mais um grupo que se aburguesou e acomodou, ao mais fácil.
António Cipriano

sábado, novembro 18, 2006


Morto – Vivo

O cacique socialista Narciso Miranda vem hoje se queixar perante a comunicação social que foi alvo de um a tentativa de assassinato político por membros da federação distrital do Porto por o seu nome não fazer parte dos indicados para a comissão política nacional do PS.
Mas para que assassinar quem já esta morto!!! Quem é Narciso Miranda? Ninguém, nem presidente da câmara de Matosinhos, nem deputado – apenas um traste que teima em não retomar o seu local no esquecimento colectivo.
Narciso ainda não se apercebeu mas deste o episódio da lota de Matosinhos que esta politicamente morto e enterrado!!!!!
Deste então não passa de uma figura fantasmagórica, qual morto vivo que insiste em não fixar definitivamente morada no inferno.
António Cipriano

Pedrocas

Palavras para que, é um grande artista português !!!!
Já tínhamos saudades do Pedrocas.
Afinal quem não gosta de dar uma boas rizadas.
Santana Lopes na grande entrevista de Judite de Sousa, interpretou com perfeição o papel de coitadinho, de vítima injustiçada. Aselhices, incompetências, essas não existiram !!!
Apenas uma tramóia global contra o Pedrocas.
Simplesmente patético!!!!
António Cipriano

domingo, novembro 12, 2006


Congresso

O pavilhão encontra-se cheio, o vermelho rosa percorre as plateias, em faixas, com slogans de vitórias e conquistas. A multidão espera entusiasticamente o líder resplandecente.
À entrada deste, a multidão de jovens, menos jovens, mulheres, levanta-se, agita-se, desfraldam-se bandeiras, gritando-se vivas ao Líder.
Segue-se um interminável número de discursos, todos vangloriando as qualidades do líder, e as suas políticas. Por fim,o momento mais esperado. O líder levanta-se dirige-se ao púlpito para o discurso da noite. Como habitual, discorre sobre a utilidade e inteligência das suas medidas governativas, atacando aqui acolá os inimigos da nação. Variados momento é interrompido por salvas de palmas e vivas entusiásticas. Ao terminar o discurso a multidão em pé aplaude sem parar o amado líder.

Não, ao contrário do que muitos pensaram, não estou a fazer a discrição de uma qualquer cerimónia da Coreia do Norte de Kim Jong Il.
Trata-se apenas de um relato do congresso socialista.
António Cipriano

quarta-feira, novembro 08, 2006


Presente de Natal Antecipado
Donald Rumsfeld, o arcanjo do satã demitiu-se!!!!!
António Cipriano

domingo, novembro 05, 2006


Grandes Portugueses

Muitas linhas se têm escrito sobre o programa da RTP “Grandes Portugueses”. Este é um programa de verdadeiro serviço público, em que se alia a discussão, o conhecimento histórico e a reflexão sobre o que é Portugal.
Não só daqueles que ficou minimamente melindrado pela inclusão de Salazar na lista dos possíveis eleitos. Afinal, goste-se ou não, de Salazar, este fez parte do nosso passado histórico, tal como D. Sebastião ou outras figuras históricas bem sombrias. Aquilo que de facto me escandalizou, foi o facto de existirem pessoas neste nosso Portugal, que inquiridas sobre a figura que melhor incorpora a história e os valores de Portugal, responderam Cristiano Ronaldo. Só mesmo muita ignorância e falta de sentido patriótico podem explicar tais disparates.

Pessoalmente, considero que o melhor de todos os portugueses, foi sem margem para dúvida, D. JoãoII. D.João II, pela sua inteligência, pela sua capacidade de ver mais além e por ter sido o responsável pelo período mais grandioso da nossa história. Para aqueles mais esquecidos, é devido a acção e inteligência de D. João II que Portugal, ainda que por um período curto, se tornou a nação mais importante, mais poderosa e influente no globo terrestre.
Deste então, alguma vez mais Portugal teve um papel tão grandioso?
É certo que D. João II era um imperialista, um déspota, mas um déspota iluminado.

Isto não quer dizer que em 863 anos de história, não existam outros grandes portugueses. Obviamente que sim. D. Afonso Henriques, pela sua teimosia em criar Portugal. Camões pela sua genialidade. Enfim nomes não faltam! Sinal que Portugal é uma grande nação pelo qual tenho muito orgulho em fazer parte.

António Cipriano

quinta-feira, novembro 02, 2006

A Lenda da Fonte

Confesso que não sou um apreciador de fado, mas entre aqueles que ouvi, um possuí uma letra que acho simplesmente fantástica. O meu pai é um grande fã deste fado, então para ele e para aqueles que também gostam e mesmo para aqueles que não conhecem, cá fica a letra d'A Lenda da Fonte:

Maria do monte, nascida e criada
Na encruzilhada que fica defronte da fonte sagrada
A lenda é antiga, mas há quem a conte
Que descia o monte uma rapariga
P'ra beber na fonte

E áquela hora por ela marcada de noite ou de dia
O Chico da Nora na encruzilhada esperava a Maria
Seguiam depois, bem juntos os dois, ao longo da estrada
Matar de desejos, a sede com beijos
Na fonte sagrada

Mas um certo dia, como era esperada
Na encruzilhada não veio a Maria à hora marcada
Seus olhos divinos p'ra sempre fechou
Aldeia rezou, tocaram os sinos
E a fonte secou

E áquela hora por ela marcada de noite ou de dia
O Chico da Nora na encruzilhada esperava a Maria
Mas oh santo Deus, escureceram- se os céus, finou- se a beldade
E diz- se no monte que a velhinha fonte
Secou de saudade
PP

quarta-feira, novembro 01, 2006

Agenda de Sócrates

Segunda-feira – Cerimonia de apresentação do TGV no Porto
Terça-feira – Cerimonia de apresentação do aeroporto da OTA no CCB em Lisboa
Quarta Feira - Corrigir as mais recentes calinadas do ministro da economia Manuel Pinho
Quinta-feira – Almoço em Belém com o guru Cavaco
Sexta-feira - Cerimonia de apresentação do TGV em Coimbra
Sábado - Cerimonia de apresentação do aeroporto da OTA em Leiria
Domingo – jogging na Avenida da Liberdade com amigos

António Cipriano

terça-feira, outubro 31, 2006

Avenida da Liberdade

Ontem por imperativos pessoais deslocai-me a Lisboa, aproveitando algum tempo morto para observar com atenção algumas das lojas da Avenida da Liberdade.
Avenida da Liberdade, local de excelência da capital, é em termos comercial à semelhança das diferentes urbes europeias, dotada de todas as grandes marcas internacionais (Armani, Burberrys, Gant). Nas montras das lojas mais “in” encontrei “preciosidades” como sejam: cachecol de homem a 365 Euros, malas de mão de senhora a 2.560 Euros, calças de homem a 320 Euros, sapatos a 250 euros, etc.
Perante estes preços, pergunto a que país pertencem estas lojas? Ao Portugal que conheço, dos 450.000 desempregados, das deslocalizações, do salário mínimo de 385,90?
Talvez fosse bom que o ministério das finanças como quem não quer coisa, analisar-se a declaração de rendimentos dos clientes destas lojas. Prevejo que iria encontrar algumas situações interessantes.

António Cipriano

sábado, outubro 28, 2006

M.L. Rodrigues (mas “a coisa” também seria um bom titulo)!

A contestação, por parte dos professores, às medidas da Maria de Lurdes Rodrigues, para aqueles que AINDA não perceberam é simples, não é só por a criatura retirar direitos, retirar regalias, retirar poder. (repare-se que não usei o “de”, “Sr.ª”, ou “Dr.ª”. ou qualquer outro titulo porque não tenho respeito nenhum pela criatura). A contestação é porque tudo o que ela faz é retirar, retira condições de trabalho, ou seja, retira tudo e não dá nada. Para o caso de esta mensagem por qualquer estranha ironia do destino, chegar à fulana em questão, a sugestão que eu lhe dou é, venha dar aulas a sério durante uma semana a qualquer escola, que não seja escola modelo, mas seja uma escola normal, daquelas que ela tem "retirado" as condições trabalho e vai ver o que é “bom”, venha e talvez passe a perceber qual é o problema da educação, depois de uma aula dada e já os alunos certamente lhe teriam “retirado” o juízo.
Esta sujeita anda para ai a dizer que o “ministério não é um centro de emprego”, eu concordo com ela, o ministério não é um centro de emprego, mas ser ministra é um emprego, pago pelos empregadores que são todos os contribuintes, onde se incluem os professores, a quem ela presta um mau serviço e que não a podem avaliar. Para aqueles que dizem que isto são queixas de professor, não se esqueçam, eu digo que ela presta um mau serviço a TODOS os contribuintes, aos professores já prestou e promete continuar, a todos mais tarde, pois lá virá o tempo em que todos vão ver o reflexo na péssima sociedade que está a ser formada, muito devido a muitas medidas desta azémola com poderes de ministra.
A sugestão que eu dou a todos os professores é, façam de vez uma greve, mas a greve para acabar com todas as greves, daquelas que fazem os meninos ficarem em casa durante uma semana inteira, daquelas que fazem os pais não saberem o que fazer, daquelas que fazem o país ficar com a cabeça em água. Mas uma greve inteligente, uma greve de ZELO, para o ministério não se ficar a rir por não pagar ordenados e poupar mais uns milhares. Com uma greve destas talvez se conseguisse retirar a “assombração mor” do poleiro do ministério da educação e salvar o que for possível da educação nacional.

António Manuel Guimarães
O Melhor Português!

Está aberta a eleição na RTP, para decidir qual é o português mais importante de sempre. Este jogo é engraçado, porque além de ser uma brincadeira, permite tirar algumas ilações sobre o pensamento da sociedade portuguesa e sobre algumas personagens da nossa história. Permite além disso tirar algumas conclusões sobre alguns pseudo pensadores em Portugal.
Uma das questões lançadas que tem vindo a causar mais escândalo, nesses pseudo pensadores é o facto de Salazar fazer parte da proposta aberta da RTP. Segundo alguns é um escândalo, um erro, uma abominação. “Se esse homem for o mais votado então deve-se repensar a sociedade portuguesa”, estas foram as declarações de Joana Amaral Dias, a carinha laroca da política nacional, dizendo ela ainda que “Salazar foi o ditador que deixou o país num estado miserável". Honestamente nenhuma destas declarações infelizes, cheias de meias verdades, me surpreende, não só por denotar uma valente dose de ignorância, mas também por outros motivos, se não vejamos, Joana Amaral Dias é militante de um partido que gosta de se mostrar como anti-salazarista e anti-direita, quando ao fim e ao cabo é um partido que defende ditadura ou seja, o mesmo que os outros mas com outro “cheiro”. Outro “cheiro” pois é um partido que defende a ditadura do proletariado, do mesmo modo que aqueles países chamados Republicas Populares e Republicas Democráticas, que de democracia e popular nada têm, porque têm sempre um líder que se julga um semi-deus e pai, que considera todo o seu povo inculto e que têm que ser levados como ovelhinhas ignorantes. Eleições não são necessárias porque já se atingiu a perfeição e certamente as pessoas não irão votar contra. E dentro deste quadro, o mundo já nos deu carismáticos democratas e amantes da liberdade, homens como Lenine, Estaline, Khrushchev, Brezhnev, Andropov, Chernenko, Fidel Castro, Kim Il Sung, Kim Jong Il, Pol Pot, Mao Tsé-Tung, Ceausescu, José Eduardo dos Santos, entre outros.
Eu não me acho um iluminado pela razão suprema, até porque eu tirei a minha licenciatura numa humilde universidade estatal portuguesa, ao contrário de Joana Amaral Dias que foi tirar o seu curso aos Estados Unidos, país que aliás, tem o líder do seu partido como membro da sua mais prestigiada associação de economistas. Curiosamente os membros do BE têm uma aversão monstra aos EUA, mas a avaliar pelos seus líderes deve ser só aos dias de semana, porque no fim-de-semana devem gostar, quando vão a Nova York fazer compras. Isto é ponta do iceberg que demonstra bem o que são os lideres do BE, uma cambada de meninos “bem”, “betos”, que se revoltaram contra os seus paizinhos, muitos deles ocupavam bons cargos dentro do regime, lembrando que o pai de Francisco Louça podia ter levado o 25 de Abril para a guerra civil, não tivesse ele sido impedido pelos seus marinheiros e pela peça de artilharia instalada no Cristo Rei. Meninos que são adolescentes irreverentes, que acham giro brincar à política do lado do comunismo irreverente. Burgueses que lutam contra a burguesia, ricos comunistas que lutam contra a pobreza e desigualdade com roupas de marca, mas atenção eles não usam gravata . Defendem a liberalização das drogas leves, para se favorecerem visto que nada mais irreverente que fumar marijuana, e melhorar as condições de vida dos pobres traficantes, que teriam carta branca para envenenar a juventude portuguesa. Democratas absolutistas, assim bem ao estilo de Vasco Gonçalves “não há segunda via, ou se está pela revolução, ou se está contra a revolução”. Quando alguém se lhes opõem, não ouvem as razões dos outros, mas “democraticamente” partem para o insulto e viram as costas como qualquer menino mimado e mal educado, nem que a pessoa a quem viram as costas seja um octogenário e se chame José Hermano Saraiva. Isto porque os argumentos deles são perfeitos, impossíveis de contestar e é inconcebível que algum ser humano não veja que eles são brilhantes. Conseguem congregar à sua volta alguns “livre pensadores”, sonhadores bem intencionados, idealistas, e muitas minorias, que não vêem que para o BE são meros instrumentos e que se um dia o BE vencesse, o sonho tornar-se-ia pesadelo, especialmente para os “livre pensadores”.
É certo que Salazar era um ditador cruel e a sua lição não deve ser esquecida para que não se repita, todos nós devemos ter isso sempre presente. Mas Salazar também não deve ser visto como o BE e o PCP o pintam. Estes gostam de mostrar o Salazar pós-1948. O velho cinzento sedimentado, que conduz “cantando e rindo” o país para a estagnação e consequente atraso, este Salazar existiu de facto. Curiosamente nunca falam no desconfortável Salazar do pré-1948, “esquecem-se” sempre desse homem, que num período de instabilidade mundial consegue estabilidade para Portugal, que faz o país não participar activamente na II Grande Guerra, que dá o primeiro super havit a Portugal. Aquele homem que tinha uma PVDE que tinha pouco trabalho porque os portugueses desconfiavam da esquerda, porque até 48 estes eram ideologicamente fracos e muitos ainda se lembravam de 46 governos entre 1910 e 1926. Pois é, este também existiu, mas para falar deste deve-se sussurrar.
Salazar nunca faria parte do meu voto para melhor português, esse voto foi para outro ditador que hoje é visto como um grande homem e o melhor Rei de Portugal, o meu voto foi portanto para D. João II. Estive em dúvida entre ele e outro grande homem e ditador, um tal de Sebastião José de Carvalho e Melo, mas para mim, D João II mostra uma vontade e um crer em Portugal maior que o Conde de Oeiras e por isso foi o meu eleito.
Mas de longe Salazar também não receberia o meu voto para pior português, para esse papel votaria nos desonestos que no 25 de Abril pretendiam desvirtuar a liberdade trocando uma ditadura por outra. Poderia também votar nestes desonestos de hoje, que vestem a pele de um cordeiro democrático para tentar, qual lobo ditatorial, impor uma ditadura que um PREC e um COPCON, não conseguiram e querem isto só porque são adolescentes irreverentes de 40 e tal anos.

António Manuel Guimarães

sábado, outubro 21, 2006

Justiça à Portuguesa

Os arguidos da queda da ponte de Entre os Rios foram todos absolvidos. Os engenheiros afinal não tinham como saber que os pilares degradados poderiam ruir, apesar de esse ser um conhecimento tão básica para a sua profissão quanto o respirar é para viver. Já noutro aspecto, a Federação Portuguesa de Futebol castigou os juniores do Gil Vicente com um ano de suspensão. Os jogadores profissionais já andam a correr atrás do esférico e os juniores, jovens que não serão certamente remunerados não podem praticar o desporto que tanto gostam, sem terem o mínimo de culpa. É a justiça à portuguesa.
PP

quarta-feira, outubro 18, 2006


Noivos/Noivas Precisa-se


Com o agravamento de impostos para os solteiros, os classificados dos jornais são inundados por uma enxurrada de anúncios pessoais. Muitos procuram noivo/noiva com urgência para fins matrimoniais de modo a escaparem a espada de Teixeira dos Santos.
Em vez de olhos azuis, corpos esculturais, ou curvas bem delineadas, procuram-se noivos/noivas, com PPR´s, despesas de saúde, despesas de educação, juros em crédito à habitação, seguros, etc.
Se é solteiro, não perca tempo!!! Procure noiva sob pena de ser depenado por Sócrates e a matilha socialista!!!!!!


António Cipriano

domingo, outubro 15, 2006


Fim da Crise!!!!!!!!!!

Todo o Portugal vibra de alegria e êxtase!!!
A crise terminou!!! A crise Terminou!!!
Os cerca de 500.000 mil desempregados, dirigem-se de imediato para a sede do Ministério da Economia para pessoalmente agradecerem ao Ministro Manuel Pinho e solicitarem o emprego a que tem direito.

António Cipriano

sexta-feira, outubro 13, 2006


Poder Local

Em 32 anos de democracia, um dos seus braços mais fortes foi o poder autárquico. A descentralização administrativa, o aproximar das decisões aos cidadãos, o fomento da autonomia participativa, foram algumas das grandes conquistas do poder autárquico. De facto, muito do desenvolvimento do país se deve à acção das autarquias. Mas este papel crucial das autarquias, não pode, nem deve servir, para branquear alguns desvios e abusos que este consagrou. Abuso de poder, clientelismos locais, obras de fachada, relacionamentos pouco saudáveis com a construção civil, eleitoralismo, endividamento sem limites, são alguns dos pecados do poder local.

Faz todo o sentido uma reforma das normas que regulamentam o poder local. A limitação de mandatos, e a reformulação das finanças locais são necessárias.
Tudo isto a propósito da nova lei das finanças locais proposta pelo governo Sócrates. A nova lei, em discussão na Assembleia da Republica, é francamente positiva. Os municípios passam a ter limites ao endividamento, deixa de ser possível a vergonhosa venda de créditos futuros, passa a ser necessário a certificação das contas das autarquias por revisores oficiais de contas, e a distribuição anual das verbas pelo governo passa a estar dependente do número de eleitores de cada município.
Curiosamente mais de 2/3 dos autarcas (muitos socialistas) estão contra esta lei.

António Cipriano


sábado, outubro 07, 2006

A Direita Actual

Dizia no outro dia um dos comentadores do Público, que a direita em Portugal está moribunda e que Sócrates é o responsável pela agonia da direita. Infelizmente não registei o nome deste comentador. Mas mesmo sem saber o nome, posso dizer que é uma mente que sofre de muitas confusões. Porque a direita em Portugal está de boa saúde e recomenda-se, se não veja-se, a direita está no governo com maioria absoluta e com grande popularidade, provavelmente nas próximas eleições repete a dose e como é tradição da extrema direita, consegue enganar as pessoas fazendo-se passar pelo antigo Partido Socialista, que segundo se diz no passado terá sido de esquerda.

Com o mais que provável desaparecimento do PP, acho que actual PS poderia muito bem ocupar aquele lugar, que é seu por direito, pois neste momento é o partido mais à direita em Portugal.


António Manuel Guimarães

sexta-feira, outubro 06, 2006


Comemorações do 5 de Outubro

As comemorações do 5 de Outubro este ano, ficaram marcadas pelo brilhante discurso do Presidente Cavaco Silva, alertando a sociedade para esse problema dilacerante das democracias, que é a corrupção. A corrupção é um mal que inunda e perturba os sistemas económicos, e que conduz invariavelmente a injustiça e a trapaça económica. Infelizmente a nossa classe política, insiste em “assobiar para o lado”, deixando o combate à corrupção na gaveta. Os governos passam, mas poucos se lembram desta doença degenerativa.
Não tendo simpatia pessoal pelo deputado João Cravinho, tenho que lhe dar o mérito de ser um dos poucos membros da classe política a ter demonstrado preocupação com a questão. O deputado João Cravinho apresentou na Assembleia da República um projecto pessoal sobre o combate à corrupção. Estranhamente ou talvez não, ninguém na sua bancada, o acompanhou nesta proposta.
Cavaco Silva rompendo com o “status-quo” trouxe a problemática da corrupção para a ribalta. Pela coragem, e inteligência está de parabéns, estando a incorporar por inteiro o fato de "Presidente de todos os Portugueses”.
António Cipriano

sábado, setembro 30, 2006

Deixamos o medo vencer?

No nosso mundo vive-se neste momento uma situação no mínimo estranha! Existe no mundo uma comunidade censória, que tem a capacidade de decidir o que se deve e pode dizer e o que não se pode dizer. Uma comunidade que é supra tudo, com grande poder, que condena à morte supra-nacionalmente, que não aceita a diferença, que ou se é a favor deles, ou então não tem sequer o direito à vida. Falo da comunidade islâmica e desta vez sinto vontade de ser um bocadinho radical e partir para o geral, porque a verdade é que começo a deixar de perceber onde estão os moderados islâmicos, se é que afinal eles existem, porque cada vez vou acreditando menos nisso. Vejo indivíduos a falar em entrevistas em documentários a dizer que se deve respeitar as outras religiões e depois vejo nos mesmos documentários, os mesmos indivíduos a proclamar “Intifadas”( Intifada é o correspondente a cruzada no mundo ocidental) em comícios e em mesquitas. Bem sei que os documentários podem ser mais ou menos tendenciosos, mas a verdade é que cada vez mais é essa imagem que passa. Outro ponto é que não vejo nenhum islâmico em Portugal ou em qualquer outro lado do mundo a condenar os abusos, os actos de violência e as mortes de missionários , de cada vez que alguém diz algo de que eles não gostam e este ponto é outro que me começa a levar a crer que já não existem moderados naquela fé, ou se existem têm medo e estão escondidos.
Sempre fui a favor do bom senso, disse na altura que os jornais não deviam ter publicado aqueles desenhos e condenei acima de tudo a republicação em jornais franceses, porque na altura me pareceu provocação típica da arrogância francesa. Condenei também o aproveitamento de alguns líderes islâmicos que usaram as imagens como mote para actos de barbárie como resposta aos Cartoons.
Ouvi, como todos, as declarações do Papa e sinceramente no princípio achei que ele, mais uma vez, não tinha sido feliz. Mais parecia o George Bush nas suas bacoradas mal pensadas. Mas entretanto, acabei por tomar conhecimento de toda a declaração e não apenas daquela parte que os telejornais teimava em mostrar e percebi que aquilo foi uma frase no meio de um texto mais vasto e embora continue a achar que não foi muito feliz, percebo que muita da interpretação foi retirada do seu contexto, porque ao fim e ao cabo é uma frase, uma simples frase de um texto medieval mais vasto de que não se fala. Acho muito bem que o Papa lamente a má interpretação e o facto de ter sido “mal entendido”, mas também acho bem que ele não peça desculpa, porque nada tem porque pedir perdão. Mas continuando, parece-me a mim que cada vez mais o terrorismo poderá ter vencido, porque agora cada vez que se diz algo de que eles não gostam, eles fazem barulho e ameaças e todos nós deste lado ocidental, achamos que é melhor pedir desculpa, não vá cair para ai uma bomba, numa atitude “de baixar as calças” citando Clara Ferreira Alves. Mas não nos esqueçamos que em Espanha já fizeram um partido perder eleições, influência que foi uma vitória, remarcada com a saída dos militares espanhóis do Iraque.
Tal é a visão das coisas, que hoje em dia há pessoas que confundem todas as matérias neste caso, acontecendo vários factos curiosos, por exemplo, o número de pessoas que se converteram ao Islão desde o 11 de Setembro é recorde, acredito que alguns encontraram uma fé em que realmente acreditam, mas muitos converteram-se apenas por um motivo, porque são anti-americanos e esta é a forma de poderem mostrar a sua distorcida faceta de rebeldes.
O meu conhecimento do Islão é basicamente aquele que aprendi no segundo ano de universidade e posso dizer que é uma religião que acredita na paz e no respeito pelas outras religiões, em especial as outras duas religiões do livro, entenda-se que falo da religião Católica e a religião Judaica. Infelizmente quem lê o Alcorão, pode-lhe dar a interpretação que lhes convém (o mesmo também pode e foi feito com a Bíblia), dizendo que ele admite a guerra para impor a religião, quando ele diz que a violência deve ser apenas usada para a defender, e que apenas se converte quem quiser. São homens perversos, instruídos, com sonhos de grandeza e vingança, mal intencionados que levam muitos menos instruídos, humildes e que muitas vezes vivem na miséria, que não se importam de perder o seu bem mais precioso, a sua “miserável” vida, a cometer actos de loucura, por acreditarem na recompensa no além. Mas é curioso como nunca são Imans e outros lideres a encomendar a alma ao seu criador em busca da tal recompensa. Das duas uma, ou não gostam de mulheres e 70 virgens não lhes diz nada, ou então se calhar não acreditam na religião que apenas serve para convencerem e se justificarem aos olhos de incautos.
Falando agora mais a sério (mas este último aparte deu-me gosto), eles contam com a nossa tolerância para nos atacar, esse é um facto. Fazendo da nossa tolerância a nossa fraqueza. Até quando é que nós conseguiremos aguentar a nossa liberdade? Será que ainda somos livres? Será que quem vive condicionado pelo medo consegue ser livre?

António Manuel Guimarães

quarta-feira, setembro 27, 2006


Incongruências Americanas


No último ano a administração americana tem sistematicamente chamado a atenção da comunidade internacional para o programa nuclear iraniano. De facto, a argumentação iraniana de que o seu programa nuclear se destina exclusivamente a fins civis, é no mínimo ridícula, quando o Irão dispõe de uma das maiores reservas mundiais de crude. O regime iraniano, precisa do nuclear como instrumento de afirmação regional. Os ayatolas acreditam que a arma nuclear será uma mecanismo de dissuasão contra eventuais tentações americanas, bem como um meio necessário e importante para o aumento do poder, e influencia do irão no quadro geopolítico do médio oriente.
Os EUA e Europa, tem procurado controlar, o regime iraniano. Esta não tem sido uma tarefa fácil, podendo mesmo num futuro próximo levar à imposição de sanções económicas e mesmo militares ao Irão.
Mas se controlar as ambições nucleares do Irão não é tarefa fácil, os EUA não podem abrir brechas na sua argumentação. No final da semana passada a administração Bush afirmou apoiar a concretização de um programa nuclear para “fins civis” no Egipto.
Confesso que não compreendo!!! Com que cara o EUA ficam!!! O Egipto, governado à uma vintena de anos pelo “democrático” Mubarak, pode ter energia nuclear, e o Irão não?
Querem maior tiro no pé do que este? O Irão agradece tamanha falta de inteligência política dos EUA!!!

António Cipriano

sexta-feira, setembro 22, 2006

O teatro de Hugo Chavez

O presidente venezuelano, anda a procura de um novo actor para interpretar o ex-papel de George W. Bush. O Presidente dos EUA, anteriormente interpretava o papel de "Señor Dunky", passando a fazer agora o papel de Diabo, na peça "O Diabo e o Burro". Com a iminente saída de Tony Blair do governo inglês, fica a pergunta quem é o novo burro. Eddie Murphy foi contactado, mas preteriu o convite em prol do Shrek 3...
PP

quinta-feira, setembro 21, 2006

Traição do Estado Novo

A guerra colonial foi um período conturbado, que deixou marcas profundas, físicas e psicológicas na sociedade portuguesa. Talvez por isso continua envolta em silêncios, como que um trauma nacional que se insiste em esquecer, mas que continua bem vivo na mente de muitos portugueses. A verdade é que muitos milhares de portugueses foram mobilizados para um guerra que não compreendiam nem desejavam. Ainda que por uma ideia errada de um Portugal “de Trás-os-Montes a Timor”, milhares de portugueses abdicaram das suas vidas para lutaram pelos valores do Estado Novo. De Portugal, dos governantes do Estado Novo em especial, esperava-se o respeito por aqueles que tombaram pelas suas ideias. Ontem no programa da RTP1 – “Em Reportagem”, ficou-se a saber que muitos dos soldados que faleceram nas colonias, não tiveram direito a uma última morada respeitável e merecida. O governo da metrópole exigia a quantia de 11 contas às famílias para realizar a transladação dos corpos. Obviamente que para a maioria das famílias, pobres de um Portugal rural, atrasado, sem recursos, 11 contos eram uma fortuna. Como resultado os corpos ficaram espalhados por África, abandonados. Que Portugal era este, que não respeita aqueles que davam o sangue por si?
Trinta anos passados, devemos honrar ao contrário do Estado Novo esses soldados. Pelo menos o estado português deve cuidar, limpar, arranjar os cemitérios militares portugueses em África, de modo a que esses portugueses tenham o descanso e a dignidade, que todos lhe devemos.

António Cipriano

segunda-feira, setembro 18, 2006

Equívocos Papais

Devo esclarecer que sou católico não praticante. Sendo-o mais por tradição familiar do que por convicção. Contudo, apesar das minhas desconfianças e diferenças de opinião face à fé católica, acredito profundamente em Deus. Da mesma forma, apesar de nem sempre defender as ideias de João Paulo II, este foi uma Papa pelo qual tive um enorme respeito e admiração.

Já por Joseph Ratzinger (já repararam que raramente é nomeado por Bento XVI), desde o primeiro minuto que uma desconfiança e alguma indiferença cresceram na minha alma.
Tudo isto a propósito da polémica em torno do discurso de Joseph Ratzinger na Alemanha. De facto, se analisarmos o discurso na sua totalidade, este apela à negação do uso da violência em nome da fé. Todavia, alguns trechos do discurso, nomadamente as citações do imperador bizantino podem levar polémica e crispação. Joseph Ratzinger que é um homem inteligente, sabe, que mais do que nunca, tem de ter muito cuidado e atenção nas palavras que pronuncia. O Papa, demonstrou impreparação, falta de sensibilidade, tendo sido vítima de um excessivo narcisismo que denota. Tenho a certeza que com João Paulo II, isto nunca tinha acontecido. Perante o cenário de celeuma religiosa, Joseph Ratzinger devia pedir desculpa de uma forma clara sem rodeios ou floreados, de modo a não dar armas ao fanatismo radical de alguns sectores do islão.
O cardeal Joseph Ratzinger se de facto quer assumir o papel de Papa Bento XVI tem de abdicar de alguma prepotência intelectual seguindo de perto o modelo de João Paulo II, assente na humildade, amor e no respeito pelo próximo.

António Cipriano

sábado, setembro 16, 2006


Procura-se
Procurador-Geral da Republica M/F

- Alguns conhecimentos de direito
- Boa audição
- Gosto por ouvir as conversas dos outros
- Experiência em cabalas, conspirações e afins
- Gosto pela polémica
- Personalidade mesquinha e pouco sentido de responsabilidade,
- Capacidade para alimentar uma relação conflituosa com a imprensa
- Subserviência genética
- Nunca ter participado em nenhum concurso televisivo apresentado por Carlos Cruz
- É factor preferencial ter experiência em alpinismo de processos judiciais
- Gostar de realizar tarefas calmamente, devagar, sem pressas.
- Experiência musical na execução de partituras musicais com apitos dourados
É necessário apresentar referências. É factor preferencial, referências no mundo da política ou do futebol.

Oferece-se contrato por sete anos, com salário compatível com o perfil do candidato, com possibilidade de progressão na carreia na UE, bem como a obtenção de reforma interessante.
Os interessados devem enviar as suas candidaturas para o Largo do Rato em Lisboa.

António Cipriano

segunda-feira, setembro 11, 2006


11 de Dezembro


Há exactamente 5 anos estava sossegadamente a almoçar, quando repentinamente o jornal da tarde da RTP anunciava o choque de um avião com o WTC. Toda a informação era confusa. O próprio Bush em curtas declarações à imprensa referia-se a um acidente. Pouco tempo depois dá-se a segunda colisão, em directo para o mundo inteiro. Fiquei perturbado, sem palavras, perplexo, com tamanho acto de terror e desumanidade. Na noite seguinte mal preguei olho. Não sabia o que esperar do futuro próximo. Temia uma escalada do terror, o fim do mundo tal como até então o conhecia.

Cinco anos passados, as imagens dos aviões a embaterem no WTC ainda me arrepiam. O mundo esse, esta diferente mais inseguro, mais instável, refém de um medo sem local ou hora marcada.

A resposta a este medo colectivo por parte dos EUA consistiu em duas intervenções militares mal conduzidas e frustradas, em especial no Iraque, agravando ainda mais o clima de tensão internacional, e os ódios e ressentimentos face ao Ocidente. Em paralelo, os EUA apostaram numa política securitária, necessária, mas que em muitos pontos extravasou o aceitável, em prejuízo das liberdades individuais. Já a Europa também psicologicamente martirizada com o 11 de Setembro, vitima nos atentados de Londres e de Madrid, respondeu de modo diferente, não abdicando das liberdades individuais.

O terrorismo é uma doença crónica que não se cura, mas que é possível controlar e minorar os seus efeitos patológicos. O remédio a administrar pela comunidade internacional passa pelo não abdicar dos valores da democracia e do respeito pelos direitos do homem. Bin Laden será vencido pelos valores, pela ética, pela democracia e não tanto pelas armas. Há que abraçar os países árabes como irmãos no desenvolvimento económico, como parceiros e actores globais de pleno valor, respeitando a sua cultura milenar. Al-Queada será vencida não pelo ocidente mas sim pelo mundo islâmico, que na sua maioria repudia e ostraciza o terror e o fanatismo.

O futuro será conturbado, e turbulento, mas também o passado o foi. O 11 de Setembro marcou as nossas vidas. Não como monumento à derrota do ocidente, mas como princípio indestrutível da força da democracia e do homem.
António Cipriano

domingo, setembro 10, 2006


Encerramentos

Depois do encerramento da maternidade de Barcelos e do fim do “Gil Vicente”, a recente reforma da justiça preconiza o encerramento de diversas comarcas judiciais, esperando-se que a primeira a encerrar seja a comarca de Barcelos. Gilberto Madail e as forças ocultas da FIFA tem previsto para Barcelos mais alguns encerramentos, como sejam: o fim do concelho de Barcelos e o encerramento de Fiúza numa qualquer ilha deserta da polinésia francesa.

António Cipriano

quarta-feira, setembro 06, 2006


Liberalização do mercado eléctrico

A ciência económica nos ensina que a abertura à concorrência de um mercado, antes alvo de um monopólio, conduz a uma diminuição dos preços dos produtos ou serviços para o consumidor, por via do aumento da oferta, e da própria agressividade daqueles que agora entram no mercado.

Desde 4 de Setembro o mercado eléctrico nacional foi liberalizado, ou seja, o consumidor doméstico passa a poder escolher/mudar de fornecedor eléctrico.
Esperava-se que os preços da electricidade diminuíssem. Nada mais errado. Em Portugal, a concorrência no mercado eléctrico determina ao contrário do que seria lógico e academicamente correcto - um aumento das tarifas na casa dos 5% a 6% previsto para o início de 2007.

Para isso, mais valia deixar estar tudo como esta!!!

António Cipriano

segunda-feira, setembro 04, 2006

Paul Auster

A Trilogia de Nova Iorque... A noite do oráculo... O livro das ilusões... Leviathan... Inventar a solidão... Timbuktu...

Leiam qualquer um destes livros, o importante é mesmo conhecer este escritor...
PP

domingo, setembro 03, 2006


Providências Cautelares

Num momento em que as Providências Cautelares são o ultimo fenómeno de verão, já instrui o meu advogado no sentido de solicitar ao tribunal administrativo do circo mediático da endemol politica portuguesa, as seguintes providências cautelares:

Ø Providência cautelar de efeitos imediatos no sentido de proibir Alberto João Jardim de falar em público pelos próximos 100 anos
Ø Providência Cautelar sobre o governo de José Sócrates, suspendendo de imediato a suas funções
Ø Providência Cautelar sobre Marques Mendes por este não ter altura política mínima para poder ser líder de alguma coisa
Ø Providência Cautelar reforçada por uma petição de milhares de sportinguistas para garantir a permanência do treinador do Benfica Fernando Santos até ao fim da presente época
Ø Providência Cautelar solicitando que o Jornal 24 Horas passei a ser distribuído em exclusivo nas regiões inóspitas da deserto do Saara.

António Cipriano

sexta-feira, agosto 25, 2006


Equivoco Economico

Às vezes penso que há um desfasamento entre a realidade económica do país e visão do Ministério da Economia. O governo, e o ministro da economia passam os dias a pensar, a estudar os dossiers, a preocuparem-se com as questões decorrentes das OPA´s, com os problemas da EDP; com os acordos accionistas da GALP, da BRISA, da PT. etc.
No entanto, o governo esquece, que a economia portuguesa, ao contrario dos seus sonhos, não é um somatório de grandes empresas, de dimensão multinacional, mas sim, um conglomerados de pequenas e medias empresas, (sobretudo de microempresas familiares), que quais formigas, trabalham, produzem riqueza e emprego, pondo em risco patrimónios particulares, em prol do país. Em troca, os governos nas suas visões megalómanas esquecem as formigas, privilegiando o apoio com subsídios e benesses fiscais às cigarras. Todavia, as cigarras, ao primeiro revês abandonam o barco. Opel, Rodhes, são exemplos paradigmáticos do comportamento das cigarras multinacionais
António Cipriano

segunda-feira, agosto 21, 2006

"Jobs for the Boys" em todo o seu esplendor!

O governo anunciou hoje que as nomeações por escolha vão continuar a ser publicadas em Diário da República. Mas este anúncio não me deixa mais descansado, antes pelo contrário, deixa-me muito preocupado porque começo a temer pela parca transparência que ainda existia nas nomeações.
A lógica desta lei que põem fim às publicações em Diário da República é a seguinte, como as empresas privadas podem nomear quem quiserem sem ter que prestar contas, o estado que pretende funcionar dentro da lógica empresarial, acha que deve fazer o mesmo em nome da praticabilidade. Esta lei vem dentro do pacote do Simplex que pretende por fim ao peso burocrático que existia e ainda existe em Portugal. O único senão no meio de tudo isto é que o governo pode de facto funcionar dentro da lógica empresarial, mas num enquadramento público, porque acima de tudo é isso que o governo é. É impossível pensar que nomeações para cargos públicos podem ser feitas, sem que os eleitores saibam, é uma porta aberta para a protecção dos “Jobs for the Boys” e do consequente despesismo.
Não me deixa nada descansado o anúncio do senhor Secretário de Estado da Administração Pública por outro motivo, a lei está aprovada, está promulgada por sua excelência o senhor Presidente da República, ou seja, pronta a ser posta em prática. Assim a afirmação não implica que amanhã as publicações sobre as nomeações por escolha não deixem de acontecer. E assim que cessar toda a discussão e que já todos se tenham esquecido, a lei é posta em prática e mais ninguém fala nisso.
Como se já não bastasse condenar os info-excluidos à incapacidade de conhecer as leis aprovadas, agora condena-se todos os portugueses a desconhecer os favores que os governos querem fazer.
Isto nem no tempo de Salazar!

António Manuel Guimarães

sábado, agosto 19, 2006


Super-Homem – O Regresso

Se existe super herói que sempre povoou o meu imaginário, esse herói foi o Super-homem. A primeira vista um homem de pijama com uma capa vermelha esvoaçando pelos céus, combatendo o mal e as injustiças, pode parecer um conceito um pouco ridículo e caricato. Mas a verdade é que funciona. Quem nunca desejou ser o Super-homem?

Mas talvez mais do que a personagem “Super-homem”, o que mais me cativou neste conto da DC comics, foi o lado mais humano da personagem – Clark Kent. Clark Kent, nos seus conflitos interiores, na sua timidez intrínseca, na sua não relação assumida por Lois Lane, conjugado com a sua vontade de libertar o mundo dos males, conduz a um “melting pot” profundamente humano, com que todos se identificam.

Obviamente que não pode deixar de ir ver a nova adaptação do Super-homem de Bryan Singer. A película não me surpreendeu, limitou-se a ser o esperado. O argumento é fraquinho, banal e totalmente previsível. Do filme sobressai as cenas de voo do super-homem e a qualidade da interpretação de Kevin Spacey, que mesmo com um argumento trivial consegue recriar um Lex Luthor consistente e com personalidade.

Apesar de tudo, vale a pena ir ver “Super-Homem – O Regresso”, nem que seja pela carga mítica da personagem.

António Cipriano


sexta-feira, agosto 18, 2006

Solar da Paz

Anteontem, madrugada de quarta-feira para quinta, após mais uma noite de trabalho na discoteca Green Hill, eu e um amigo que também trabalha comigo decidimos passar pelo Solar. Antes de entrarmos estivémos à porta a conversar um pouco com o porteiro, orgulhoso da enchente da noite anterior, em que as pessoas pagavam 15 € à entrada e que tinham tido cerca de 1700 pessoas e que uma boa parte delas não tinha conseguido consumir sequer uma bebida (para quem não sabe refiro que a discoteca estava a fazer uma festa em que se pagavam 15€ e tinham direito a 15 (!!!) bebidas) porque o stock a meio da noite tinha terminado (muito ético referir isto da casa onde trabalha, revelando todo o seu carácter). Como eramos conhecidos, deixou-nos entrar a ambos, onde refiro, não fui fazer qualquer acção de má-fé, antes fui cumprimentar conhecidos e amigos que trabalharam connosco, coisa normal, pois não é a primeira, nem certamente será a última vez que elementos do staff do Solar da Paz se dirigem à Green Hill no final da noite. Depois de cumprimentarmos um ex-barman do Green Hill, para quem se lembra dos três elementos que trabalhavam no bar do 1º andar no Green Hill, que iam de kilt, que virou gerente do Solar. Fomos a outro bar e cumprimentámos o irmão do gerente do Solar que ofereceu de pronto um shot a cada um de nós. Qual não é o espanto, na altura em que estamos a preparar para beber um segurança da discoteca pede para falar connosco (segurança que é bem conhecido pelo staff da Green Hill, onde inclusivamente esteve em amena cavaqueira antes de ir trabalhar no Solar da Paz nessa mesma noite) e nos informou que tinhamos de sair, pois estávamos a fazer publicidade. Seria melhor ver a reacção do segurança quando nos reconheceu, riu-se e referiu que pensou que tivesse alguém a distribuir flyers, nunca pensou que fossemos nós, nem nunca pensou que o "gerente" fosse embirrar com 5 cm2 a dizer Discoteca Green Hill nas costas da t-shirt, mais propriamente no canto inferior direito. O segurança ainda achou que fosse um engano e pediu ao gerente para vir à porta. Este veio e acusou-nos de falta de ética (perante os sorrisos sarcásticos do porteiro e do segurança). Assim, fomos expulsos, num momento de glória de quem pensa que por ter um auricular no ouvido já é gente. Nada tenho contra outra pessoa do staff da citada discoteca, mas o "gerente" dessa noite, esse não merece a mínima consideração.

PP

segunda-feira, agosto 14, 2006

Ah, o cessar-fogo

Este post pode parecer esquisito. Ou então é mesmo esquisito.
É que eu sou "pró-palestiniano", "anti-israelita", "anti-bush" e tudo o mais que queiram inserir neste registo.
Hmm, Líbano, perdão, Hezbollah e Israel. Isto é um filme um bocado gasto. Teoricamente, eu deveria estar a defender o Líbano, perdão, Hezbollah. Na realidade vou tentar ser isento, perdão Hezbollah (quando começar a cansar, avisem):

- Isto tudo começou (e "como começou" é importante??? façam-me o favor e vamos fingir que siiiiiiim) quando o Hezbollah resolveu atravessar a fronteira e raptar soldados israelitas;

- Israel resolve usar isso como um pretexto e lançar uma resposta desproporcionada. Afinal, trata-se da própria sobrevivência de Israel enquanto estado-nação! (hmm, a fina ironia do médio-oriente reaparece em todo o seu esplendor)

Deixem-me aqui parar para fazer uma observação (eu posso, afinal o post é meu!)... quem começou isto, DESTA VEZ, foi o Hezbollah. Israel defendeu-se. Exageradamente? Sim, claro. Mas se eu fosse um soldado ou cidadão israelita (credo!), gostaria certamente que o meu governo desse todos os sinais correctos, que desse uma resposta dura. Afinal, um cidadão israelita é um cidadão israelita.

- Rockets para cá, rockets para lá (não confundir com "Roquette", antigo presidente do Sporting). Diferenças militares à parte, é interessante como o Hezbollah tem, neste momento, poder militar suficiente para atingir várias cidades israelitas com alguma facilidade.

- E as coisas, em geopolítica internacional, são muito claras: há que derrubar o máximo do Hezbollah que seja possível, enquanto os EUA "atrasam" a ONU e o resto do mundo. Conselho de Segurança da ONU, mais uma vez, extremamente eficaz!

- Sinceramente desvalorizo os bombardeamentos de Israel sobre civis e até sobre funcionários da ONU. Os funcionários da ONU tinham um quartel-general de terroristas (perdão, do Hezbolla) a 150 metros. Por outro lado, o Hezbollah nunca teve problemas em usar civis como escudos humanos. Não estou a desculpabilizar Israel pela morte de civis. Por outro lado, se o Hezbollah tivesse o mesmo poderio militar que tem Israel, se calhar o número de civis mortos teria sido mais "equilibrado" (tipo um jogo de futebol equilibrado, só que sem acabar zero a zero).

- Criticável sim é a forma como o exército israelita resolve, horas antes do cessar-fogo, acelerar as operações, tentar levar as coisas o mais longe possível. "Até aos 90 minutos, mais compensações, ainda há jogo para fazer".

- Bush diz "Hezbollah foi derrotado". Nasrallah diz "Israel foi derrotado". Como é possível ver, é como a política portuguesa em dia de eleições, toda a gente ganha, nem que seja moralmente.

E não, não sinto "carinho" (que coisa mais gay!) por Israel... nenhum mesmo. E sou pró-palestiniano, a sério... até sou de esquerda, juro!

A saúde (a quê?!?!?!) de Ariel Sharon piorou. A de Fidel Castro é uma incógnita. E por cá o país arde!

João Pedro
Porque é que não se comemora Aljubarrota?

Faz hoje 621 anos que se deu a batalha de Aljubarrota! Um dos marcos mais importantes da nossa história. È depois desta batalha que Portugal conhece o seu período de maior glória. O período que nos deu a ínclita geração, símbolos de um Portugal vencedor, que partia na dianteira. O Portugal que deu novos mundos ao mundo, que partia em busca da riqueza e não esperava por subsídios, que lutava para triunfar. Enfim o Portugal do fim da época medieval, inicio da modernidade!
Portanto pergunto, não será este dia digno de ser comemorado?


E não seria mais lógico que aquele(s) partido(s) populista(s) que se dizem a favor da laicização, dito(s) de esquerda, daquela esquerda aos blocos, luta-se para que o 14 de Agosto fosse um feriado? Em vez de andar a lutar para tirarem os crucifixos das escolas. Mas claro, isto não é polémico, não chama as televisões, ninguém liga. Porque cada vez mais me parece que no Portugal contemporâneo ninguém liga ao que importa, como por exemplo à nossa história. Só interessa o que causa indignação barata e que pode servir para mostrar ideais mascarados e , perdoem-me a expressão, fazer “peixarada” por questões hipócritas, sem consequências práticas.

António Manuel Guimarães

terça-feira, agosto 08, 2006


Verão Quente no CDS

Equivoco e Castro, com habitualmente, sozinho e entrincheirado no largo do Caldas, procura montar uma estratégia para combater os seus inimigos. Não, não falo do socialismo. Deste, Equivoco e Castro nada teme. Os seus grandes fantasmas são os elementos da banda de música do parlamento. Em especial o betinho Nuno Mello, o Compal de Lima, o Telmo Sombra e a besta negra do Portas. Equivoco e Castro, tomando mais um xanax para os nervos, libertando as energias num saudável jogo das setas, tendo como alvo o rosto de Portas, subitamente num ápice, dá um salto na cadeira. Pensa que descobriu a arma ideal.
Por que não se aliar ao Manuel Escuteiro????? Afinal se existe alguém que detesta o Portas mais do que ele, só mesmo o Manuel Escuteiro? E Porque não um congresso das direitas? Equivoco e Castro sente-se orgulhoso de si!!! Desta ainda ninguém se tinha lembrado.
Qual cordeiro pronto para a imolação sagrada, Equivoco e Castro num acto de desespero procura-se aliar ao diabo. Mas é tarde. Este diabo já não tem poderes, a não ser para sugar as ultimas energias de Equivoco e Castro!!!
António Cipriano
Lei da Paridade

E pronto, lá foi aprovado o diploma mais machista dos últimos anos. Machista porque transmite a imagem errada de que as mulheres não têm capacidade de estar nas listas dos partidos por mérito próprio, tendo que estar protegidas por uma lei para conseguirem ter cargos políticos Porque agora, aumentasse o número de mulheres no parlamento por decreto e não por mérito.
O que virá a seguir, certamente a próxima batalha será criar uma lei que faça com que as listas tenham que ter um determinado número de idosos ou então levam com uma multa, tal como terá que ter um determinado número de jovens, um número de imigrantes e porque não um número de ex-toxicodependentes, que precisam tanto de trabalhar e de reconquistar respeito, nada melhor do que estar no parlamento para verem que o país acredita neles.
Seria também interessante que o senhor PM fosse dar um passeio até qualquer universidade do país, olhasse para os números e visse que há mais mulheres do que homens a estudar nas nossas universidades (desde 1991), que qualquer mulher que queira fazer investigação tem os mesmos direitos que os homens e por haver mais mulheres nas universidades, neste momento há mais mulheres a fazer investigação do que homens. Mulheres que fazem trabalhos louváveis em todos os campos científicos e que não precisaram de nenhum decreto para avançar com a sua vida e lhes ser reconhecido mérito. Algumas delas consideram que esta lei insulta a sua inteligência e capacidade.
Uma lei injusta e um verdadeiro tropeção na democracia, mais um bom exemplo do “trabalho” deste governo de imagens folclóricas. Muito sinceramente já não sei qual seria a diferença entre ter o Bloco de Esquerda a governar com maioria absoluta ou este governo, bem talvez aquela minha "ideia" dos ex-toxicodependentes já estivesse em marcha.

António Manuel Guimarães

domingo, agosto 06, 2006

O Rato Sócrates

Achei este cartoon simplesmente fabuloso! Especialmente porque o rato tem uma atitude perante a crítica, em tudo igual ao nosso Primeiro-ministro José Sócrates!

António Manuel Guimarães

domingo, julho 30, 2006


Nicho de Mercado

Os bons negócios fazem-se de oportunidade.
Há um nicho de mercado de escala planetária absolutamente por explorar. Como é de conhecimento geral, existem milhões de muçulmanos em países como a Síria, Líbano, Iraque, Irão, Afeganistão, Paquistão, ente outros, em que uma das necessidades pessoais de cada cidadão é ter uma bandeira dos E.U.A ou de Israel e assim poder aliviar o ódio. Quem nunca viu as imagens das festas que se fazem em volta da imolação de uma bandeira americana?
Querem negócio mais rentável, e com um mercado potencial mais elevado, do que uma fabrica de bandeiras dos E.U.A e de Israel para exportação para o mundo Muçulmano?
Querem enriquecer? Depois não digam que não avisei !!!!

António Cipriano

quinta-feira, julho 27, 2006



Ilusões Caras

Compre agora, aquilo que sempre quis!!! Dinheiro já!! Crédito fácil, sem demoras ou preocupações!!! São alguns dos slogans que nos invadem todos os dias em jornais, rádios e televisões.

Os mais incautos, incapazes de resistir as solicitações constantes da sociedade de consumo, caiem na esparrela. Constituem pirâmides de créditos sucessivos, para as férias, para o carro, para o plasma, para o portátil, para o colchão ortopédico, para a casa, chegando mesmo a constituir créditos para pagar créditos.

Num ápice, o sonho admirável, passa a pesadelo bem negro. De corda na garganta, com o rendimento disponível insuficiente para dar vazão aos compromissos assumidos, vive-se a pobreza envergonhada da ilusão capitalista.

Não pretendo diabolizar o crédito. Pelo contrário este é um instrumento valido, mas que deve ser usado com ponderação. A maioria dos utentes do crédito pessoal, nem repara nas taxas de juros na casa dos 30% que este crédito cobra. Igualmente, aquando da concretização de um crédito há que não deixar de ter em atenção as outras despesas associadas como sejam: taxas, seguros, impostos, muitas vezes parcialmente omitidas pelas instituições financeiras.

Por fim convêm relembrar que a tendência presente e futura será o aumento das taxas de juro.

O corolário do uso e abuso do crédito está consubstanciado nas notícias que esta semana vieram a lume, do aumento dos lucros do BCP e do BES, no primeiro semestre, em 30% face ao mesmo período do ano anterior.

António Cipriano



sexta-feira, julho 21, 2006

Ministra no Parlamento

Hoje foi o dia em que Maria de Lurdes Rodrigues foi ao parlamento justificar o injustificável. Ou seja, foi explicar o porque do regime de excepção facultado aos alunos que pretendiam repetir o exame de física e química. E a única razão que os Socialistas conseguiram encontrar para a sua incompetência foi culpar o governo anterior. As razões, segundo a deputada socialista Manuela Melo, estão na reforma curricular aprovada pelo anterior governo, reforma essa que foi introduzida em 2004. Devido a esta reforma coexistem os programas antigos e os novos, que levam a que os alunos tenham algumas dificuldades acrescidas. Estas razões até podiam ter tido algum fundo de verdade se primeiro, todos os alunos pudessem ter repetido as provas e não só alguns, porque para, citando a ministra "mitigar as desigualdades a que os alunos estavam sujeitos", criaram-se novas desigualdades, pois todos os alunos estão dentro do barco da nova reforma curricular. A ideia que sobressai é que estes exames foram repetidos porque vão contra aquele “ponto de honra” do 1º ministro em resolver o crónico problema da Física e Química. E depois se não estivéssemos a Julho de 2006 e este governo já esteja em funções num período que compreende 1 ano lectivo e meio. Levando a que não se compreenda porque é que o ministério diz que a culpa é do governo anterior, se já teve mais do que tempo para “corrigir” aquilo que poderia estar potencialmente mal, aliás poderia até ter alargado o período de exames de forma a dar mais tempo de estudo aos alunos. Mas a incapacidade desta ministra em compreender a educação torna-a incapaz de tomar a medida correcta, seja ela qual for. Um exemplo dessa incapacidade é o tempo que a ministra está a demorar para se demitir.
A ministra concluiu a sua “actuação” no parlamento, afirmando que "genericamente, os exames correram bem", afirmação que é a cereja em cima do bolo, porque ter uma das maiores taxas de reprovação em Português dos últimos anos, ter exercícios irrealizáveis nos exames de Matemática e ter uma das maiores taxas de reprovação em Física e Química de que haverá memória, é próprio de alguém que está muito confuso e que ainda não percebeu que as escolas funcionam muito para além da teoria dos manuais sociológicos que a ministra terá estudado e redigido.
Em suma, todo o processo dos exames e justificações posteriores, vêm apenas reafirmar aquilo que é por demais evidente, esta ministra é incompetente no que diz respeito à educação, e assim o seu tempo à frente do ministério da educação está esgotado.

António Manuel Guimarães

terça-feira, julho 18, 2006

Condenável

Porque será que os povos que um dia foram vitimas de violentas perseguições, tenham que um dia fazer igual ou pior aos povos dos quais eles não gostam? Os Judeus terão sido eventualmente, o povo que mais foi perseguido durante a História do mundo Ocidental! Perseguições que atingiram o auge na primeira metade do século XX, na Alemanha Nazi. Agora, depois de ter ganho direito a ter um estado, acham-se no direito de fazer os outros sofrer aquilo que eles sofreram no passado. Condeno e sempre condenarei Hitler pelos seus crimes contra a Humanidade, mas parece-me igualmente condenável aquilo que os Israelitas estão a fazer aos estados à sua volta, que não é nada mais do que também crimes contra a Humanidade. Pior se torna quando usam o argumento do que sofreram no passado para justificar fazer sofrer os outros no presente, mais parecendo, de uma estranha perspectiva, que “aprenderam bem a lição”. Tal como é condenável a atitude da comunidade internacional, que pactua com estes actos, por parecer viver um remorso cego! Bem sei que nos E.U.A, quem está no poder tem que responder a quem lhes paga a campanha eleitoral. Mas a Europa já pagou a sua divida, (se é quem tinha algo a pagar pois todos sofreram um pouco do mesmo na 2ªG.G) e já não deve nada aos Israelitas, não sendo portanto compreensível o seu comportamento de inoperância, que se manifesta em apelos ocos que não são mais do que o silêncio de consentimento. Assim ficará sim, a dever ainda mais aos Palestinianos e agora também aos Libaneses! E um dia terá que pagar com juros pelo seu silêncio de hoje.

António Manuel Guimarães

domingo, julho 16, 2006

Terrorismo de Estado
O comportamento de Israel na recente crise é inaceitável, execrável e condenável em todos os sentidos. Obviamente não nego o direito de Israel se defender de acções armadas do Hezzbolah, ou de outro qualquer grupo armado. No entanto, a destruição de estradas, pontes, bairros residenciais, do farol de Beirute, a morte de civis e crianças, nada tem a ver com a legitima defesa de Israel. Os actos de Israel na invasão do Líbano e na destruição do pouco que existe em Gaza, não passam de simples actos de terrorismo.
Igualmente triste, é o comportamento cúmplice da comunidade internacional. Os E.U.A, protegem como sempre Israel, e a Europa lá condena o comportamento do estado judeu, mas de uma forma frágil, com pouca convicção ou sentido pratico.
Enquanto isto, o terrorismo de estado contínua. Não se sabendo ainda quais as derradeiras consequências da actual crise.
António Cipriano

sexta-feira, julho 14, 2006

Provas Nacionais

A maior palhaçada no panorama nacional ao nível da Educação. As provas estão mal feitas? De quem é a culpa? Pelos vistos, as provas apareceram por geração espontânea, logo não existe ninguém que assume as responsabilidades. As notas são más? Repita-se as provas nacionais de Química e de Física. Mas, só estas. Abriram-se excepções? As associações de pais querem que não haja excepções e que se faça repetições a todas as disciplinas. Os manuais escolares não prestam? Só descobriram isso no final do ano lectivo?? Não têm equipas para avaliar a fortuna que vão entregar às editoras que fazem os manuais escolares? Vale mais um suborno no bolso, do que boas notas dos alunos, pois quando se verifica que os manuais não prestam, que os professores não sabem construir provas nacionais coerentes e sem erros, que muitos alunos cabulam mais do que aprendem, não existe um culpado definido, apenas um rol de desculpas. Ministra da Educação, demita-se, coisa que já devia ter feito há muito tempo atrás!
PP
As Duas Faces

Os EUA mostraram hoje ao mundo, que no que diz respeito ao terrorismo têm duas faces! Uma das faces é aquela que vemos todos os dias nas notícias, a famosa guerra ao terrorismo, iniciada logo após os condenáveis e horríveis atentados de 11 de Setembro de 2001. Uma guerra que mostrou ser um tanto quanto arbitrária, porque ao que temos visto, é uma guerra que se confunde por demais com os interesses geo-estratégicos norte americanos, incidindo portanto em tudo quanto tem petróleo e não é aliado.
O outro lado, que hoje se tornou ainda mais visível, é o lado da aprovação de actos terroristas, porque nada mais é que aprovar atentados quando os EUA vetaram hoje a Resolução para o fim da ofensiva israelita na Faixa de Gaza! Ou seja, se forem os grandes aliados dos EUA a praticar atentados, e aqui estamos a falar de terrorismo de estado, os EUA apoiam, impedindo todas as medidas que ponham cobro a mais esta escalada de violência no Médio Oriente, beneficiando os terroristas. É demasiada hipocrisia, até para aqueles que pretendem ser os polícias do mundo!

António Manuel Guimarães

quarta-feira, julho 12, 2006


País Virtual

Arthur, 38 anos, engenheiro civil, filho de portugueses, luso canadiano, apenas conhecia o Portugal das férias de verão. No entanto, de algum tempo para cá, Arthur encontrava-se encantado por Portugal. De Portugal as notícias que chegavam reportavam a um país moderno, cosmopolita, mergulhado nas novas tecnologias, cheio de novos investimentos internacionais. Os jornais locais e a RTP internacional, noticiavam adesão do português castiço, à banda larga, ao NetPostal, as declarações electrónicas e as numerosas funcionalidades da internet. O país surgia aos olhos dos forasteiros, já não como um país burocrático, economicamente débil, mas sim, como uma nação com um futuro promissor.
Arthur desejava fazer parte desse futuro. Decidido, a reencontrar as suas raízes e integrar a onda de progresso português, fez as malas e rumou em direcção a Portugal.
Rapidamente a imagem virtual de país moderno desvaneceu em Arthur.
O primeiro obstaculo que se deparou foi a obtenção de uma licença para a reconstrução de uma velha casa de família. Burocracia, pareceres, papéis e mais papéis. Fartou-se de enviar emails, mas respostas as suas questões não vieram.
Segundo obstaculo, encontrar um emprego. Também aqui verificou que a que imagem de economia promissora era somente uma miragem. Desemprego, era a palavra de ordem no país real. Mas lá acabou por encontrar um emprego, com salário e condições de trabalho muito inferiores ao Canada. Em um ano de vida real, no país real, Arthur fartou-se.
Descobriu que em Portugal existiam dois países. O País real com uma economia débil, com um tecido produtivo pouco competitivo, coadjuvado por uma estrutura governativa e administrativa burocrática, errática, que desperdiçava os recursos e a vontade do povo. E o país virtual de um primeiro-ministro com nome de filosofo, mas com alma de “vendedor de banha da cobra” que aludia a um país de grandes investimentos externos, e de incomensurável pendor tecnológico.

António Cipriano

segunda-feira, julho 10, 2006

Mais um Mundial de Mentiras

Finalmente (digo isto com satisfação, pois foi um Mundial vergonhoso) acabou um Campeonato Mundial de Futebol. Que suplício estas arbitragens, que suplício esta FIFA de Blatter, bem pior do que a era Havelange (quando se pensava que não podia ser pior!). A França tinha de ser campeã à força em 1998, daí que para pagar a dívida ao Brasil, foi-lhe oferecido de bandeja a vitória em 2002 (basta lembrar o penalty marcado a favor do Brasil contra a Turquia quando a falta existiu a três metros da grande área ou as eliminações da Itália e de Espanha, evitando assim séria concorrência à selecção canarinha). Devido a isso, a Itália reclamou a dívida contra a Austrália, num penalty escandaloso que só o árbitro viu. Da França o que se pode dizer, além de que é beneficiada constantemente? Os ingleses apelidaram Cristiano Ronaldo de bebé chorão, mas os franceses é que viveram sempre a choramingar: "Se perdemos é o último jogo do Zidane, se perdermos é o último jogo do Zidane" e qual o resultado? Final de bandeja de ouro, com dois penalties, um nas meias- finais e outro na final muito mal assinalado. Nem assim ganharam, mas após uma agressão a um adversário (digna das melhores touradas no Campo Pequeno, pena não entrarem os forcados a seguir) Zidane foi considerado o melhor jogador do Mundial. Viva a FIFA e o seu critério de fair-play!
PP

sexta-feira, julho 07, 2006


Onde esta o Wally?

Por esta altura, as editoras tem por hábito editar colecções leves, didácticas, muitas destinadas aos mais novos. E o caso da colecção que irá sair em breve: – Onde está o Mendes? (adaptação do clássico – “Onde Está Wally”).
A personagem a encontrar é um boneco de pequena estatura, vestido de laranja, que se intitula líder da oposição. Trata-se de um livro de paciência e de grau de dificuldade elevado, visto não ser fácil encontrar o Mendes.
António Cipriano