Não me considero machista, nem de perto nem de longe. Tendo dito isto, posso também dizer que não concordo minimamente com a proposta do PS (e apoiada pelo Bloco de Esquerda) que vai no sentido de impor quotas mínimas de participação de mulheres nas listas políticas.
"Afinal és machista!"
Não posso concordar porque, na política como em tudo na vida (pronto, talvez não seja em tudo, mas vocês percebem a ideia), os melhores devem ocupar os melhores lugares. Por um lado, temos discriminação positiva para as mulheres; mas as mulheres não são uma minoria (até pelo contrário), então qual a justificação para uma medida deste género? Por outro lado, acaba por haver discriminação (negativa) em relação aos homens. Concorrem em plano de igualdade com as mulheres, mas só até certo ponto, porque estas têm "vagas garantidas". As mulheres da política portuguesa passam a ser como a senhora grávida que não tem que ficar na fila para poder entrar na Expo 98 (ou então colocam uma almofada para fingir que estão grávidas, mas isso seria uma outra história).
Os governos de Guterres e de Durão Barroso (o Santana Lopes não teve tempo para isso, mas todos sabemos que ele gosta de mulheres) também tiveram este mesmo discurso, em que é preciso mais mulheres (grávidas ou não, tanto faz) na política portuguesa. E, em relação ao actual governo, o mais interessante é que tem muito poucas mulheres!
João Pedro