terça-feira, maio 30, 2006

Noticia de última hora:

Ao que a central de notícias de A Cumplicidade apurou, o ministro da justiça prepara um diploma, que prevê que cada arguido passe a classificar o desempenho de cada Juiz logo após o julgamento.

António Manuel Guimarães

segunda-feira, maio 29, 2006

Professores Reféns de uma Ministra Alienada !

Até hoje tenho concordado com algumas das medidas tomadas pela Ministra da Educação, especialmente as medidas que colocaram um pequeno travão na extorsão praticada pelas editoras. Considerando apenas a medida que obrigava os professores a ficar na escola para lá do seu horário de aulas, absurda e infeliz, porque prejudica seriamente o rendimento dos professores. Visto que quando estes não estão na escola, estão a programar as aulas do dia seguinte, a preparar avaliações e certamente não lhes sobra muito tempo para recreio.
Mas agora a Ministra Maria de Lurdes Rodrigues veio desempatar a minha visão do seu ministério, tomando a medida mais infeliz possível, agindo como alguém que nada percebe de educação, ou então uma distorcida visão sociológica do problema da educação, propondo que os pais passem a tomar parte da avaliação feita aos professores. Quando neste momento alguns pais apenas se dirigem à escola para “desancar” em alguns professores por estes não aprovarem os seus petizes, que na maior parte das vezes recebem um 2 por favor, apenas para evitar a deselegância do 1 valor (escala de 1 a 5). Já estou a ver o cenário, criança que todo o ano não estudou um pouco que fosse, não se esforçou o mínimo, nada fez para conseguir ter algum aproveitamento e obviamente reprova, os paizinhos desta nova sociedade, que pensam que as escolas são como nos “Morangos com Açúcar”. Que nada sabem do comportamento do filho, que apenas vão à escola para ver as notas, mesmo quando o director de turma tenta durante todo o ano falar com ele, para resolver o problema do “seu tesouro”. Mas quando o filho reprova atiram logo a matar ao elo mais fraco, o professor, sem querer saber de mais nada, parte-se logo do princípio que o seu “anjinho” não merecia aquela sorte, sem saber que este falta às aulas, ou quando vai anda por cima das secretárias não dando outra possibilidade do que a exclusão da sala, porque é preferível prejudicar 1 do que 21, sim porque o sistema não é perfeito.
Já agora porque é que não põem os pais a avaliar os filhos de vez, na sua totalidade, passando o encarregado de educação a ser o único responsável pela aprovação ou reprovação? Aceito que os professores sejam avaliados, mas por comissão no ministério, razão pela qual existem hoje os inspectores, acho até que o sistema possa ser aperfeiçoado, mas esta medida é do mais ridículo e absurdo possível, ideia macabra que só podia ter vindo de um devaneio socialista. Compreendo que os pais gostem desta medida, da mesma forma como sei à partida que eles não conseguem ser imparciais quando se mete na balança “o seu bebezinho” e aquele estranho que ganha um ordenado melhor, assim até podem tornar o professor seu refém. É um tiro no já débil sistema de educação nacional e o fim da alguma integridade que ainda conservava, tal como é o fim da parca autoridade que o professor ainda tinha.
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"Pergunto-me: mas os pais avaliam o quê? Se os professores são bonitos ou feios? Se as professoras usam ou não as saias curtas? Se vão à escola regularmente?"
Eduardo Prado Coelho, sobre a hipótese de os professores serem avaliados pelos pais dos alunos, PÚBLICO, 29-05-2006

António Manuel Guimarães

domingo, maio 28, 2006

Caça ao Cartel

Os leitores mais atentos deste blog, devem já ter reparado que muitas vezes utilizo este espaço, para criticar corrosivamente o comportamento e as atitudes do governo socialista de Socrates. É importante criticar, não é menos importante, deixar um elogio quando é caso disso. Efectivamente, a reforma profunda, que o governo anunciou no sector das farmácias, é um óptima iniciativa à muito necessária, que implica coragem e argúcia, para controlar o lobby fortíssimo da Associação Nacional de Farmácias.

O sector das farmácias segundo estudos, é mais rentável do que a banca. Com o agravante que a entrada neste negocio era até agora, praticamente impossível. Assim, trespasses de farmácias por valores de 500.000 Cts, 600.000 Cts, ou mesmo 1.000.000 Cts eram normais.
Com a liberalização da propriedade das farmácias, a abertura de farmácias nos hospitais utilizando o princípio da venda à dose dos medicamentos e a aceitação do fim do preço fixo, o sector passa a respirar muito mais saúde.
Pela coragem e iniciativa do governo, fica aqui o meu elogio.

António Cipriano

quarta-feira, maio 24, 2006


Congresso da JCP
Realizou-se este fim-de-semana em Vila Nova Gaia o oitavo congresso da JCP (Juventude Comunista Portuguesa) sob o lema “transformar o sonho em vida”.
De que sonho estará a JCP a falar? Dos campos de reflexão estalinistas da Sibéria? Da revolução Cultural de Mao? Das colónias de férias da STASI na RDA?
Nos sonhos de Pol Pot?

António Cipriano

terça-feira, maio 23, 2006

Um Ego Grotesco

O livro “Sob o Signo da Verdade” de Manuel Maria Carrilho foi ontem tema de discussão no programa Prós & Contras da RTP1. Manuel Maria Carrilho era em conjunto com Emídio Rangel defensor do tema do livro, já Ricardo Costa director adjunto de informação da SIC e Pacheco Pereira eram os que contestavam a verdade e qualidade do livro. A única conclusão a que eu cheguei vendo o Prós & Contras foi muito simples, o programa serviu para Manuel Maria Carrilho demonstrar a todo o país o porquê da sua derrota aquando das eleições autárquicas de 2005. Porque quando é pressionado, apenas se serve do insulto para se defender, faz acusações vãs sem nunca concretizar, rindo ironicamente aquando das intervenções dos que se lhe opunham assumindo uma atitude de arrogância como se a sua cabeça se tratasse da oitava maravilha, enfim um homem que já se viu que tem um péssimo perder, incapaz de perceber que é falível e erra como qualquer ser humano, numa atitude narcisista da pior espécie. Pode-se dizer que ele tem um vasto currículo, mas certamente esse imenso currículo corresponde proporcionalmente à educação que lhe falta e se quando recusou cumprimentar o seu adversário demonstrou bem a sua falta de educação, neste programa conseguiu fazer o impossível, descendo a um nível ainda mais baixo com insultos que um directo felizmente não consegue esconder.
É certo que os meios de comunicação têm muita força em Portugal e podem influenciar de uma forma profunda a escolha das pessoas, mas não é menos certo que não foram os meios de comunicação que forçaram Manuel Maria Carrilho a fazer uma campanha pela negativa, através da acusação barata, nem tão pouco foi a comunicação social que impediu Carrilho de apertar a mão ao seu adversário, infelicidade que mais tarde tentou corrigir com tal aparato que se via a falsidade do acto, que não passava de circunstância cheia de perfídia. Agora diz ele que as pessoas deram demasiada atenção a esse episódio, não percebendo o ex-ministro que esse episódio é a caracterização de toda a sua campanha. Basta de tentar justificar a sua derrota culpando os outros, ele derrotou-se a si próprio e prosseguindo neste caminho irá certamente desaparecer na bruma do esquecimento, onde as figuras antes valorizadas se tornam insignificantes por se atirarem voluntariamente para o campo do ridículo.

António Manuel Guimarães

sexta-feira, maio 19, 2006

Código Da Vinci

E ontem, a par de muitos milhares que leram o Código da Vinci de Dan Brown, lá fui ver o filme. Sem grande expectativas e acreditando na desilusão normal das adaptações e também por não conseguir imaginar Tom Hanks no papel de Robert Langdon. Puro engano, o filme acabou por nada ficar a dever ao livro e Tom Hanks interpreta o seu papel bem quanto baste, tal como Audrey Tautou no papel de Sophie Neveu.
Sendo uma adaptação fiel a um livro cujo enredo já era “Hollywoodesco” o suficiente. Recomendo o filme, para quem gosta de uma boa história e pretende ver as imagens que “leu” no livro. E a quem tem a capacidade de perceber que “a imaginação não é uma História alternativa”.


Concluo desejando melhor sorte do que a que eu tive, porque nada pior do que estar perto de súcia que não consegue resguardar os seu comentários durante o filme: e agora acontece istoe agora aquilo..., brutos sem o mínimo conceito do que é o respeito pelos outros.

António Manuel Guimarães

quinta-feira, maio 18, 2006

França

Durante séculos a França foi envolta de uma aura de luz, conhecimento e cultura. A França enquanto nação tem um papel iniludível na história. A França do século das luzes, do republicanismo, do ideário da revolução francesa de 1789, “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, da Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão, dos grandes escritores, é bem a prova da importância desta nação, no concerto dos povos.

Contudo, há muito que a França, perdeu a aura de potencia modernizadora das sociedades. Todavia, a França e os franceses não perderam o orgulho e o nacionalismo, de quem ainda se vê como centro de um mundo que já não existe.

Se olharmos com atenção para a história, a decadência da França é evidente. Após o período de ouro do século XVIII, o percurso da França tem sido marcado por sucessivas derrotas. As guerras napoleónicas, apesar das batalhas heróicas, retumbaram numa imensa derrota, que ressuscitou a monarquia dos Borbons. Segue-se a guerra Franco-Prussiana de 1870, em que Bismark humilha a França. Excepção neste percurso de derrotas, somente a 1º guerra mundial, apesar de se tratar de uma vitória bem pequenina. Na segunda Guerra mundial, é ocupada, dilacerada, e humilhada pelos alemães. Por fim, vieram as guerras coloniais da Indochina e da Argélia, também estas, com finais penosos.
Com D´Gaulle, e o nacionalismo gaulês e a integração europeia, houve a tentativa de reafirmação do orgulho francês, que descambou no Maio de 68.
Como ultima derrota, o fim do predomínio da cultura e da língua francesa no mundo

Hoje, ano de 2006 a França é uma nação complexada, complexa, dilacerada por conflitos sociais, com uma estrutura económica rígida, sob um pano de um orgulho nacional um tanto autista. Agravado por uma má integração dos imigrantes, subjacente numa discriminação não assumida, em guetos suburbanos e desemprego estrutural.

Para completar o ramalhete, uma classe politica de baixa qualidade. Um Presidente, ultrapassado e patético, um governo com dois primeiros ministros em constante luta, e uma oposição de esquerda envolvida em lutas fratricidas sem um líder carismático.

O cenário da França não é risonho, ainda mais, quando se advinha como presidente o execrável Sarkozy.
Podem pensar que tenho algo contra a França. Nada mais errado. Espero que a França, como grande nação que é, se renove. Ainda mais, quando o futuro da União Europeia não dispensa uma França forte e competitiva.
António Cipriano

sexta-feira, maio 12, 2006


Aparição

Portugal foi ontem testemunha de uma aparição. Não se tratou de uma nova aparição de Fátima. Nem mesmo da aparição de um santo ou de um anjo celestial. No caso em questão, a figura em apreço era somente uma alma penada vinda directamente do purgatório do esquecimento. Falo de Manuel Maria Carrilho. Esta alma penada, voltou à terra para reafirmar ter sido vitima de injustiças varias. Ser um incompreendido, perseguido por jornalistas, comentadores e afins. No fundo, nas suas palavras é somente uma pobre alma injustiçada.
Todavia, num missal patético, na RTP, apenas demonstrou ser igual a si mesmo. Ressabiado, snobe, autista, invejoso e mau carácter.
Esperamos todos que esta alma penada volte depressa para o vazio do esquecimento, de onde nunca devia ter saido

António Cipriano

sábado, maio 06, 2006


Óleo Vegetal

Esta semana que terminou, o telejornal da RTP1, apresentou uma peça de extrema importância, que à maioria passou despercebida. Refiro-me a visita a Portugal de um cidadão holandês. E o que de tão especial teve essa visita? Bem, este senhor holandês, esta a realizar pela Europa uma viagem com vista à promoção de um novo combustível . Óleo Vegetal. Isso mesmo, este holandês utiliza no seu automóvel, não gasolina ou outro qualquer derivado do petróleo mas sim, Óleo Vegetal.
Querem solução mais simples para a alta do preço do petróleo? Para os problemas ambientais? Para o futuro da agricultura?
No entanto, por muito estranho que pareça, ninguém na Europa deu grande importância a este senhor. A razão é simples – Fortes e poderosos interesses económicos
As grandes companhias petrolíferas e muitos lobbies, estão a ganhar fortunas com o petróleo. Enquanto isso, o mundo qual drogado viciado em petróleo, corre desesperado, por mais e mais, ouro negro. No entretanto, a Repsol, a Galp, a Tottal e outras, actuando como dealers legais, vão se aproveitando das fraquezas de um mundo doente e viciado. Quanto um dia o petróleo deixar de ser um negócio interessante, repentinamente soluções como o óleo vegetal e outras, surgiram, deixando o ostracismo em que deliberadamente foram votadas.
António Cipriano