terça-feira, outubro 31, 2006

Avenida da Liberdade

Ontem por imperativos pessoais deslocai-me a Lisboa, aproveitando algum tempo morto para observar com atenção algumas das lojas da Avenida da Liberdade.
Avenida da Liberdade, local de excelência da capital, é em termos comercial à semelhança das diferentes urbes europeias, dotada de todas as grandes marcas internacionais (Armani, Burberrys, Gant). Nas montras das lojas mais “in” encontrei “preciosidades” como sejam: cachecol de homem a 365 Euros, malas de mão de senhora a 2.560 Euros, calças de homem a 320 Euros, sapatos a 250 euros, etc.
Perante estes preços, pergunto a que país pertencem estas lojas? Ao Portugal que conheço, dos 450.000 desempregados, das deslocalizações, do salário mínimo de 385,90?
Talvez fosse bom que o ministério das finanças como quem não quer coisa, analisar-se a declaração de rendimentos dos clientes destas lojas. Prevejo que iria encontrar algumas situações interessantes.

António Cipriano

sábado, outubro 28, 2006

M.L. Rodrigues (mas “a coisa” também seria um bom titulo)!

A contestação, por parte dos professores, às medidas da Maria de Lurdes Rodrigues, para aqueles que AINDA não perceberam é simples, não é só por a criatura retirar direitos, retirar regalias, retirar poder. (repare-se que não usei o “de”, “Sr.ª”, ou “Dr.ª”. ou qualquer outro titulo porque não tenho respeito nenhum pela criatura). A contestação é porque tudo o que ela faz é retirar, retira condições de trabalho, ou seja, retira tudo e não dá nada. Para o caso de esta mensagem por qualquer estranha ironia do destino, chegar à fulana em questão, a sugestão que eu lhe dou é, venha dar aulas a sério durante uma semana a qualquer escola, que não seja escola modelo, mas seja uma escola normal, daquelas que ela tem "retirado" as condições trabalho e vai ver o que é “bom”, venha e talvez passe a perceber qual é o problema da educação, depois de uma aula dada e já os alunos certamente lhe teriam “retirado” o juízo.
Esta sujeita anda para ai a dizer que o “ministério não é um centro de emprego”, eu concordo com ela, o ministério não é um centro de emprego, mas ser ministra é um emprego, pago pelos empregadores que são todos os contribuintes, onde se incluem os professores, a quem ela presta um mau serviço e que não a podem avaliar. Para aqueles que dizem que isto são queixas de professor, não se esqueçam, eu digo que ela presta um mau serviço a TODOS os contribuintes, aos professores já prestou e promete continuar, a todos mais tarde, pois lá virá o tempo em que todos vão ver o reflexo na péssima sociedade que está a ser formada, muito devido a muitas medidas desta azémola com poderes de ministra.
A sugestão que eu dou a todos os professores é, façam de vez uma greve, mas a greve para acabar com todas as greves, daquelas que fazem os meninos ficarem em casa durante uma semana inteira, daquelas que fazem os pais não saberem o que fazer, daquelas que fazem o país ficar com a cabeça em água. Mas uma greve inteligente, uma greve de ZELO, para o ministério não se ficar a rir por não pagar ordenados e poupar mais uns milhares. Com uma greve destas talvez se conseguisse retirar a “assombração mor” do poleiro do ministério da educação e salvar o que for possível da educação nacional.

António Manuel Guimarães
O Melhor Português!

Está aberta a eleição na RTP, para decidir qual é o português mais importante de sempre. Este jogo é engraçado, porque além de ser uma brincadeira, permite tirar algumas ilações sobre o pensamento da sociedade portuguesa e sobre algumas personagens da nossa história. Permite além disso tirar algumas conclusões sobre alguns pseudo pensadores em Portugal.
Uma das questões lançadas que tem vindo a causar mais escândalo, nesses pseudo pensadores é o facto de Salazar fazer parte da proposta aberta da RTP. Segundo alguns é um escândalo, um erro, uma abominação. “Se esse homem for o mais votado então deve-se repensar a sociedade portuguesa”, estas foram as declarações de Joana Amaral Dias, a carinha laroca da política nacional, dizendo ela ainda que “Salazar foi o ditador que deixou o país num estado miserável". Honestamente nenhuma destas declarações infelizes, cheias de meias verdades, me surpreende, não só por denotar uma valente dose de ignorância, mas também por outros motivos, se não vejamos, Joana Amaral Dias é militante de um partido que gosta de se mostrar como anti-salazarista e anti-direita, quando ao fim e ao cabo é um partido que defende ditadura ou seja, o mesmo que os outros mas com outro “cheiro”. Outro “cheiro” pois é um partido que defende a ditadura do proletariado, do mesmo modo que aqueles países chamados Republicas Populares e Republicas Democráticas, que de democracia e popular nada têm, porque têm sempre um líder que se julga um semi-deus e pai, que considera todo o seu povo inculto e que têm que ser levados como ovelhinhas ignorantes. Eleições não são necessárias porque já se atingiu a perfeição e certamente as pessoas não irão votar contra. E dentro deste quadro, o mundo já nos deu carismáticos democratas e amantes da liberdade, homens como Lenine, Estaline, Khrushchev, Brezhnev, Andropov, Chernenko, Fidel Castro, Kim Il Sung, Kim Jong Il, Pol Pot, Mao Tsé-Tung, Ceausescu, José Eduardo dos Santos, entre outros.
Eu não me acho um iluminado pela razão suprema, até porque eu tirei a minha licenciatura numa humilde universidade estatal portuguesa, ao contrário de Joana Amaral Dias que foi tirar o seu curso aos Estados Unidos, país que aliás, tem o líder do seu partido como membro da sua mais prestigiada associação de economistas. Curiosamente os membros do BE têm uma aversão monstra aos EUA, mas a avaliar pelos seus líderes deve ser só aos dias de semana, porque no fim-de-semana devem gostar, quando vão a Nova York fazer compras. Isto é ponta do iceberg que demonstra bem o que são os lideres do BE, uma cambada de meninos “bem”, “betos”, que se revoltaram contra os seus paizinhos, muitos deles ocupavam bons cargos dentro do regime, lembrando que o pai de Francisco Louça podia ter levado o 25 de Abril para a guerra civil, não tivesse ele sido impedido pelos seus marinheiros e pela peça de artilharia instalada no Cristo Rei. Meninos que são adolescentes irreverentes, que acham giro brincar à política do lado do comunismo irreverente. Burgueses que lutam contra a burguesia, ricos comunistas que lutam contra a pobreza e desigualdade com roupas de marca, mas atenção eles não usam gravata . Defendem a liberalização das drogas leves, para se favorecerem visto que nada mais irreverente que fumar marijuana, e melhorar as condições de vida dos pobres traficantes, que teriam carta branca para envenenar a juventude portuguesa. Democratas absolutistas, assim bem ao estilo de Vasco Gonçalves “não há segunda via, ou se está pela revolução, ou se está contra a revolução”. Quando alguém se lhes opõem, não ouvem as razões dos outros, mas “democraticamente” partem para o insulto e viram as costas como qualquer menino mimado e mal educado, nem que a pessoa a quem viram as costas seja um octogenário e se chame José Hermano Saraiva. Isto porque os argumentos deles são perfeitos, impossíveis de contestar e é inconcebível que algum ser humano não veja que eles são brilhantes. Conseguem congregar à sua volta alguns “livre pensadores”, sonhadores bem intencionados, idealistas, e muitas minorias, que não vêem que para o BE são meros instrumentos e que se um dia o BE vencesse, o sonho tornar-se-ia pesadelo, especialmente para os “livre pensadores”.
É certo que Salazar era um ditador cruel e a sua lição não deve ser esquecida para que não se repita, todos nós devemos ter isso sempre presente. Mas Salazar também não deve ser visto como o BE e o PCP o pintam. Estes gostam de mostrar o Salazar pós-1948. O velho cinzento sedimentado, que conduz “cantando e rindo” o país para a estagnação e consequente atraso, este Salazar existiu de facto. Curiosamente nunca falam no desconfortável Salazar do pré-1948, “esquecem-se” sempre desse homem, que num período de instabilidade mundial consegue estabilidade para Portugal, que faz o país não participar activamente na II Grande Guerra, que dá o primeiro super havit a Portugal. Aquele homem que tinha uma PVDE que tinha pouco trabalho porque os portugueses desconfiavam da esquerda, porque até 48 estes eram ideologicamente fracos e muitos ainda se lembravam de 46 governos entre 1910 e 1926. Pois é, este também existiu, mas para falar deste deve-se sussurrar.
Salazar nunca faria parte do meu voto para melhor português, esse voto foi para outro ditador que hoje é visto como um grande homem e o melhor Rei de Portugal, o meu voto foi portanto para D. João II. Estive em dúvida entre ele e outro grande homem e ditador, um tal de Sebastião José de Carvalho e Melo, mas para mim, D João II mostra uma vontade e um crer em Portugal maior que o Conde de Oeiras e por isso foi o meu eleito.
Mas de longe Salazar também não receberia o meu voto para pior português, para esse papel votaria nos desonestos que no 25 de Abril pretendiam desvirtuar a liberdade trocando uma ditadura por outra. Poderia também votar nestes desonestos de hoje, que vestem a pele de um cordeiro democrático para tentar, qual lobo ditatorial, impor uma ditadura que um PREC e um COPCON, não conseguiram e querem isto só porque são adolescentes irreverentes de 40 e tal anos.

António Manuel Guimarães

sábado, outubro 21, 2006

Justiça à Portuguesa

Os arguidos da queda da ponte de Entre os Rios foram todos absolvidos. Os engenheiros afinal não tinham como saber que os pilares degradados poderiam ruir, apesar de esse ser um conhecimento tão básica para a sua profissão quanto o respirar é para viver. Já noutro aspecto, a Federação Portuguesa de Futebol castigou os juniores do Gil Vicente com um ano de suspensão. Os jogadores profissionais já andam a correr atrás do esférico e os juniores, jovens que não serão certamente remunerados não podem praticar o desporto que tanto gostam, sem terem o mínimo de culpa. É a justiça à portuguesa.
PP

quarta-feira, outubro 18, 2006


Noivos/Noivas Precisa-se


Com o agravamento de impostos para os solteiros, os classificados dos jornais são inundados por uma enxurrada de anúncios pessoais. Muitos procuram noivo/noiva com urgência para fins matrimoniais de modo a escaparem a espada de Teixeira dos Santos.
Em vez de olhos azuis, corpos esculturais, ou curvas bem delineadas, procuram-se noivos/noivas, com PPR´s, despesas de saúde, despesas de educação, juros em crédito à habitação, seguros, etc.
Se é solteiro, não perca tempo!!! Procure noiva sob pena de ser depenado por Sócrates e a matilha socialista!!!!!!


António Cipriano

domingo, outubro 15, 2006


Fim da Crise!!!!!!!!!!

Todo o Portugal vibra de alegria e êxtase!!!
A crise terminou!!! A crise Terminou!!!
Os cerca de 500.000 mil desempregados, dirigem-se de imediato para a sede do Ministério da Economia para pessoalmente agradecerem ao Ministro Manuel Pinho e solicitarem o emprego a que tem direito.

António Cipriano

sexta-feira, outubro 13, 2006


Poder Local

Em 32 anos de democracia, um dos seus braços mais fortes foi o poder autárquico. A descentralização administrativa, o aproximar das decisões aos cidadãos, o fomento da autonomia participativa, foram algumas das grandes conquistas do poder autárquico. De facto, muito do desenvolvimento do país se deve à acção das autarquias. Mas este papel crucial das autarquias, não pode, nem deve servir, para branquear alguns desvios e abusos que este consagrou. Abuso de poder, clientelismos locais, obras de fachada, relacionamentos pouco saudáveis com a construção civil, eleitoralismo, endividamento sem limites, são alguns dos pecados do poder local.

Faz todo o sentido uma reforma das normas que regulamentam o poder local. A limitação de mandatos, e a reformulação das finanças locais são necessárias.
Tudo isto a propósito da nova lei das finanças locais proposta pelo governo Sócrates. A nova lei, em discussão na Assembleia da Republica, é francamente positiva. Os municípios passam a ter limites ao endividamento, deixa de ser possível a vergonhosa venda de créditos futuros, passa a ser necessário a certificação das contas das autarquias por revisores oficiais de contas, e a distribuição anual das verbas pelo governo passa a estar dependente do número de eleitores de cada município.
Curiosamente mais de 2/3 dos autarcas (muitos socialistas) estão contra esta lei.

António Cipriano


sábado, outubro 07, 2006

A Direita Actual

Dizia no outro dia um dos comentadores do Público, que a direita em Portugal está moribunda e que Sócrates é o responsável pela agonia da direita. Infelizmente não registei o nome deste comentador. Mas mesmo sem saber o nome, posso dizer que é uma mente que sofre de muitas confusões. Porque a direita em Portugal está de boa saúde e recomenda-se, se não veja-se, a direita está no governo com maioria absoluta e com grande popularidade, provavelmente nas próximas eleições repete a dose e como é tradição da extrema direita, consegue enganar as pessoas fazendo-se passar pelo antigo Partido Socialista, que segundo se diz no passado terá sido de esquerda.

Com o mais que provável desaparecimento do PP, acho que actual PS poderia muito bem ocupar aquele lugar, que é seu por direito, pois neste momento é o partido mais à direita em Portugal.


António Manuel Guimarães

sexta-feira, outubro 06, 2006


Comemorações do 5 de Outubro

As comemorações do 5 de Outubro este ano, ficaram marcadas pelo brilhante discurso do Presidente Cavaco Silva, alertando a sociedade para esse problema dilacerante das democracias, que é a corrupção. A corrupção é um mal que inunda e perturba os sistemas económicos, e que conduz invariavelmente a injustiça e a trapaça económica. Infelizmente a nossa classe política, insiste em “assobiar para o lado”, deixando o combate à corrupção na gaveta. Os governos passam, mas poucos se lembram desta doença degenerativa.
Não tendo simpatia pessoal pelo deputado João Cravinho, tenho que lhe dar o mérito de ser um dos poucos membros da classe política a ter demonstrado preocupação com a questão. O deputado João Cravinho apresentou na Assembleia da República um projecto pessoal sobre o combate à corrupção. Estranhamente ou talvez não, ninguém na sua bancada, o acompanhou nesta proposta.
Cavaco Silva rompendo com o “status-quo” trouxe a problemática da corrupção para a ribalta. Pela coragem, e inteligência está de parabéns, estando a incorporar por inteiro o fato de "Presidente de todos os Portugueses”.
António Cipriano