domingo, janeiro 29, 2006

Neve

Este Domingo fica marcado pelo tempo louco. Neva em sítios a que nem lembra o diabo, como aqui nas Caldas, por exemplo. Mas, enquanto deixo as explicações de tão grande fenómeno aos teóricos da área, só quero apreciar o manto branco das encostas que se observa da casa da minha tia...
PP

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Economia e Responsabilidade Social

Segundo noticia do DN, O Millenium BCP em 2005, atingiu lucros recordes de 753 milhões de Euros, propondo como meta alcançar os 880 milhões de Euros em 2007. Pessoalmente, a noticia que uma qualquer empresa portuguesa se encontra de boa saúde financeira, numa rota de sucesso, é sempre motivo de agrado. No entanto o mesmo jornal em nota de rodapé refere que o referido banco, pretendia no ano de 2006 reduzir o seu quadro de pessoal em cerca de 500 funcionários. Obviamente parece-me uma contradição.

A razão de ser da Economia e das inter-relações subjacentes ao sistema, é a satisfação das necessidades individuais e colectivas do todo social. A economia em sentido puro ,visa o pleno emprego, o desenvolvimento humano, a redistribuição do rendimento nacional de forma justa, de modo a promover a coesão social. Acontece que gradualmente por via de um excessivo liberalismo, e de uma corrente ideológica individualista de culto dos “números”, a dimensão social tem vindo a ser marginalizada. Efectivamente, a economia e as rendibilidade não são um fim em si mesmo. A Economia não é um somatório de EBIT, ROA, rendibilidade financeiras, margens, break-evens e de resultados consolidados. Em ultima analise a economia são as pessoas. Esta surgiu da necessidade de satisfazer as necessidades do cidadão. Não pretendo por em causa o capitalismo. Pelo contrário, o capitalismo não sendo perfeito é o sistema possível, com mais provas dadas. É necessário é incutir neste capitalismo uma dose de responsabilidade social. Tarefa dos estados pela sua função de regulação e fiscalização dos mercados, mas em especial das empresas. Ética empresarial, responsabilidade social e solidariedade, são valores que as empresas devem incorporar na sua missão. Não são apenas custos. A uma empresa que norteei a seu posicionamento por um comportamento social responsável, acresce uma mais valia intangível, ao nível da imagem e do reforço da marca, expressa na sua maior facilidade em penetrar em mercados de elevado valor.

António Cipriano

terça-feira, janeiro 24, 2006


Sinopse Eleitoral – Vencedores e Vencidos

Cavaco Silva é obviamente o grande vencedor da contenda presidencial. No entanto, a noite eleitoral trouxe outros vencedores. Antes de tudo a empresa de Marketing que organizou e pensou a estratégia de Cavaco. A estratégia do homem providência, assente nos símbolos nacionais, bem presentes nos cartazes e nas cores da candidatura, o uso constante da bandeira nacional, os slogans, bem como a própria cerimonia de consagração da vitória, preparada ao milímetro, são instrumentos de uma estratégia de marketing brilhante. Outro vencedor da noite apesar de ninguém ter dado por isso foi Ribeiro e Castro. Ribeiro e Castro apesar do sua genética falta de timimg político e de talento para a mediatização, (ninguém ouviu a sua declaração na noite eleitoral), foi essencial para a vitória de Cavaco. Qualquer candidatura do CDS, por mais patética que fosse, teria os votos suficientes para provocar uma segunda volta, a qual seria terrivelmente difícil para Cavaco.
Pela força dos resultado, Jerónimo e Alegre foram também vencedores. Jerónimo é uma surpresa. Foi um dos que vaticinou o claudicar do PCP com Jerónimo. Fica aqui o mea culpa. Jerónimo com a sua simplicidade, simpatia, generosidade, e autenticidade é uma personagem capaz de cativar até os não comunistas.
Por fim Alegre, que apesar da falta de meios e do apoio da maquina socialista teve um resultado excelente. Uma forte chapada no rosto de Soares, Socrates e Jorge Coelho.

Derrotas, Socrates em primeiro lugar. Socrates ao tentar ofuscar e calar Manuel Alegre com a sua declaração em simultâneo com a do candidato independente, demonstrou falta de caracter e de fair play, espirito vingativo e falta de respeito um milhão eleitores.
Soares, usado, ultrapassado e agora humilhado, resta-lhe calçar as pantufas e sonhar com os seus passeios com a Joana Amaral Dias. O Analecto (Francisco Analecto Louça), reduzido à sua insignificância de 5,3% ainda tem de dar é graças por ter ultrapassado a fasquia dos 5%, e assim ter direito a subvenção do estado. Caso contrário lá teria de conjuntamente com o Miguel Portas ir vender uns charros para pagar as dividas.
António Cipriano

segunda-feira, janeiro 23, 2006


Deadwood

Esta é uma excelente série que passa no canal Fox, nas noites de sexta. Tomei conhecimento desta série através de um amigo que me emprestou os dvd's da primeira temporada. Confesso que, não sendo fã de western's, olhei com desconfiança, ele nem pestanejou e disse para ver que a série era muito boa. Tinha razão, actualmente vi a primeira temporada toda (12 episódios) e já metade da segunda temporada (6 episódios de 12), todos mantendo uma elevada qualidade, embora confesse que um actor se destaca dos demais, Ian McShane. Recomendo a quem não conhece a série a dispensar um pouquinho do seu tempo e assista a um episódio.
PP

Presidenciais

Este domingo, dia 22 de Janeiro de 2006, foi eleito para Presidente da Republica Portuguesa, o Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva. Uma eleição sem surpresas, onde tudo era previsível e cujo único aliciante era ver quem ficava em 2º lugar na luta entre Manuel Alegre e Mário Soares. Nesta luta venceu claramente Manuel Alegre, demonstrando o erro de José Sócrates e por conseguinte de todo o Partido Socialista que apoiaram uma candidatura, que desde cedo parecia por culpa própria condenada ao fracasso. Digo isto porque nunca consegui acreditar em campanhas feitas pela negativa, campanhas aliás, que em tempos idos foram utilizadas contra Soares, o que deveria ter servido como lição daquilo que não se deve fazer.
Manuel Alegre apresentou-se como derrotado. E num sentido o foi sem dúvida, por não ter conseguido forçar uma segunda volta. Mas sem dúvida também, demonstrou que mesmo sem aparelhos partidários é possível construir uma boa e forte candidatura. Se não veja-se que a acontecer uma segunda volta, seria ele que iria concorrer com Cavaco Silva. Assim Manuel Alegre foi um vencedor, embora apenas moralmente, no confronto contra Soares, demonstrado que a sua candidatura tinha mais razão de ser. E se alguém duvida, basta olhar para o resultado eleitora e ver a diferença entre o sentido cívico e a teimosia pura de quem não percebe que o seu tempo já passou. Alegre mostrou que se alguém estava a mais, não era ele certamente.
Curioso também, é o facto dos grandes derrotados não conseguirem encaixar esta derrota, partindo o PS para uma espécie de minimização da estrondosa derrota que obteve. Acabando Sócrates por demonstrar que, quando está a “funcionar a quente”, é um néscio, uma criatura que toma atitudes sem sentido e infantis, porque ir falar segundos depois de Manuel Alegra iniciar a sua declaração é uma atitude sem sentido. Mesmo se o secretário-geral do PS disser que foi uma coincidência, não tem desculpa, porque ai é uma atitude que espelha um amadorismo total, inaceitável em quem tem responsabilidades a este nível.
Jerónimo de Sousa foi, por sua vez, igual a si próprio e à imagem do seu partido. Embora tenha que ser dito, que Jerónimo está a criar uma certa estabilidade eleitoral no PCP, uma estabilidade impossível nos tempos de Carvalhas e que a mim me parece positivo, por ainda acreditar no equilíbrio democrático.
Louçã por sua vez afirmou ter sido derrotado, mas dizendo também quem se engane quem achar que o derrotou. Ou seja, uma afirmação “enigmática” bem ao estilo do líder bloquista, que diz que foi derrotado, mas que não foi derrotado por ninguém. Aqui apenas posso dizer que “das duas uma”, ou ele não sabe que o conceito de derrota pressupõem um vencedor, que por conseguinte terá derrotado todos os outros, ou então ele assume que se derrotou a si próprio. Declarações “obscuras” que não me surpreendem, tal como não me surpreenderia se ele começasse a falar na conspiração do Elefante cor-de-rosa e das Aranhas Gigantes para o derrotar, isto porque já era tarde quando estas declarações foram feitas e por isso, certamente já apetecia “fumar umas coisas” para descontrair.
Garcia Pereira assumiu a derrota e só faltou culpar a PIDE por isso, a culpa é de todos menos dele. Assim a culpa é de Cavaco porque venceu, e de todos os outros que não quiseram falar com ele para achar um consenso para um candidato da esquerda. Esta declaração é no mínimo curiosa, porque a pensar que deveria haver apenas 1 candidato da esquerda e sendo o líder do PCTP/MRPP candidato, tenho que partir do pressuposto que Garcia Pereira achava que era o tál homem do consenso, enfim… a culpa é dos outros que não perceberam a sua genialidade. Embora tenha que se dito que a atitude da comunicação social para com Garcia Pereira foi infeliz, porque ele merecia o mesmo tratamento que os outros candidatos.
Concluo dizendo que Cavaco Silva, venceu e bem com uma margem de cerca de 30% em relação a Manuel Alegre. Cavaco nunca cedeu à tentação de responder às agressões e provocações, fazendo o jogo que lhe competia, jogando com o silencio e indiferença, ao desespero de alguns adversários. O único senão foi a “mistificação” da sua vitória antecipada, que lhe poderia ter custado muito, porque eu considero que a abstenção se deveu ao descuido dos eleitores do centro direita, que consideravam que a vitória era garantida, levando a que a “maioria absoluta” de Cavaco fosse de apenas 0,6%.

António Manuel P. S. Guimarães
Rescaldo

Como se esperava, Cavaco Silva é o novo Presidente da República mas existem ainda outras ilações a retirar. Primeiro aspecto vai para a "classificação dos pequeninos" em que Louçã saiu claramente derrotado por Jerónimo de Sousa. Segundo aspecto vai para a derrota do candidato apoiado pelo PS, pelo candidato PS independente. Terceiro aspecto, embora neste eu aponte um ponto positivo e um ponto negativo: Ponto positivo - o Primeiro-Ministro não se distanciou do seu candidato na hora da derrota e deu a cara, uma atitude de louvar nos tempos que decorrem;Ponto negativo - o timming escolhido para efectuar o seu discurso, ofuscando desta maneira o discurso de Alegre.
PP

sábado, janeiro 21, 2006

Silêncio

Silêncio. Não há mais campanha política. Pela fora como decorreu a campanha da esmagadora maioria dos candidatos, este fica marcado como o melhor dia da campanha onde os candidatos, felizmente, não podem dizer as habituais baboseiras que proclamaram pela campanha fora.
PP
20 de Janeiro

20 de janeiro foi um dia importante para este blog. Não por ter sido o ultimo dia de campanha para as presidências, não por já termos ultrapassado as oito mil visitas, nem por o Benfica, (que infelizmente venceu), ter jogado. 20 de Janeiro fica sim marcado, por o membro deste blog, e amigo de hoje e de sempre, António Guimarães ter terminado a sua Licenciatura em História.
Os Membros deste blog desejam ao Dr. António Guimarães, votos de muitos sucessos e felicidades.

António Cipriano
Paulo Pinheiro
João Pedro

quinta-feira, janeiro 19, 2006


Perto do Fim
A poucos dias da hora da verdade a campanha eleitoral adensa-se de emotividade, dramatismo, mas também de conformismo face a um resultado que todos desde já antecipam, e aceitam como inevitável.
Soares, apesar de um discurso de combatividade e de certeza na vitória, vai perdendo cada dia que passa, confiança, entusiasmo. Socrates, esperto, consciente da inevitável derrota de Soares, faz uma coligação de silêncio com Cavaco, bem expressa no seu discurso do passado fim de semana. Manuel Alegre, cada vez mais alegre com possibilidade de concretizar a sua vingança de Soares, vai invocando e convocando os mortos, nos diferentes cemitérios do país e assim chegar à segunda volta.
Louça e Jerónimo, num duelo de “Braço de Ferro”, procuram ver quem tem mais força.
Por fim Garcia Pereira, vencedor antecipado, pela sua luta por protagonismo, necessário à obtenção de mais clientes para o seu escritório de advocacia, lá vai dizendo um conjunto de banalidades radicais.
O presidente Cavaco, perdão, o candidato Cavaco, aproveitando a canibalização dos candidatos da esquerda e o desejo dos cidadão por alguém capaz e credível vai cavalgando, para a mais que provável vitória, logo a primeira.

António Cipriano

terça-feira, janeiro 17, 2006

Penitência


Queria agradecer publicamente ao leitor (a) NCD pela correcção. Pode verificar que está corrigido. Queria penitenciar-me desse facto, não por ter dado um erro ortográfico simples mas que acontece algumas vezes, mas pelo facto de tê-lo identificado postumamente e ter tido preguiça de o corrigir, quiçá por achar que pelo facto de não existirem muitos comentários, não existirem assim tantas pessoas a ler o nosso blog quanto isso, afinal há e quando se dão ao trabalho de fazer uma crítica construtiva são muito bem-vindos os comentários. Espero que continue a "perder o seu tempo" e continue a ler o nosso blog.

PP

Mercantilização do Hino


Não obstante a globalização, o incremento dos processos de integração económica e política, as ONG´s, e as empresas transnacionais, o valor e força do conceito “estado nação”, apesar de filtrado, continua presente. Se somos cidadãos do mundo, da Europa, não deixamos de ser em ultima analise, cidadãos do nosso país. Não podemos alienarmos do agregado histórico-cultural identitário, que nos influência naquilo que somos. Por alguma razão, um português é diferente de um finlandês, dum espanhol ou de um paquistanês.
Tudo isto a propósito do ultimo anúncio da Portugal Telecom. O dito anúncio promove a PT, utilizando como pano de fundo o hino nacional. Ou seja a PT faz a mercantilização do hino. Mercantilizar o hino é conspurcar a identidade e os valores de Portugal. È desrespeitar um povo, e a sua cultura. È hipotecar 863 anos de história a uma empresa, que há muito se preocupa não com os portugueses, mas em ultima analise em maximizar lucros.
António Cipriano
Relembrando António Botto

Gosto às vezes de relembrar, citações ou passagens daqueles livros que lemos e nos marca, um desses livros é da autoria de António Botto, um nome muitas vezes esquecido. Aqui fica um dos seus poemas, para relembrarou ou simplesmente conhecerem:
"A culpa não é tua.
Eu é que não devia ser assim;
Sei muito bem que um canteiro
Não pode ser um jardim.

Devia contentar-me e não pedir
Constantemente mais e sempre mais
- Como se em ti houvesse a grande base
Da minha interminável fantasia!

A culpa não é tua;
Quis transformar o que era simpatia
Num grande amor, numa paixão sem fim,
E afinal, tropecei no idealismo
Da minha embaciada lucidez;
Sim, a culpa não é tua:
Um canteiro não pode ser um jardim,
E eu tenho errado tanta vez!...

É justo que me veja desprezado
Sem apego a mim próprio e sem ninguém!
- Quem me manda abraçar o que não tem
Alicerces que possa convencer
- Espírito, carácter, compostura,
E aumentar nesse abraço o infinito
Da minha sensualíssima loucura?

Quero-te bem, no entanto. Adeus!, e continua
No caminho da tua perfeição!

A vida não é mais
- perdoa esta banal imagem de amoroso,
Que o reflexo de um ai na confusão
De uma luta onde aquele que é vencido
É o que tem razão."
PP

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Há sempre alguém que diz não...

Esta campanha presidencial, numa palavra é um desastre. Um chorrilho de asneiras que saiem da boca dos candidatos. A única excepção, Cavaco Silva. A última das pérolas deve-se a Manuel Alegre, o pseudo-intelectual, pseudo-poeta que afirma que para presidente, o país não precisa de um economista mas sim de um poeta. Pois bem, a grave crise financeira que o país atravessa resolve-se deixando o governo continuar a tomar as medidas drásticas que toma, para angariar fundos para as férias natalícias do PM e com meia dúzia de poemas mal feitos. É ainda de lamentar a abusiva alusão a Miguel Torga, esse sim um nome maior da literatura em Portugal, não alguém que se limita a repetir frases através das páginas. Parafraseando o dito candidato "Há sempre alguém que diz não" e eu por mim espero que sejam muitos a dizer que não a Alegre e a Soares.
PP

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Fantasmas e Assombrações

Entre o Céu e o Inferno, bem antes do Purgatório, existe um território cinzento, envolto de uma imensidão de vazio, onde almas penadas, condenadas a uma existência eterna, insistem em continuar “a andar por ai” atormentando os vivos e as autoridades divinas.

De vez em quando, talvez por falta de assunto a comunicação social dá relevo a estas almas penadas. Foi o que aconteceu esta semana. O “Menino Guerreiro”, criatura do abominável vazio de ideias e convicções desceu do seu pântano.
Tal como em vida, aproveitou a cobiça televisiva para brindar os vivos e os divinos, com um caldeirão de intrigas, invejas e vinganças mesquinhas. Felizmente os mortais já conhecem o antídoto contra as suas pragas e feitiçarias, graças ao Druida Cavaco Silva.
António Cipriano
II Prémio Jovem Literário

Hoje foi o dia da entrega do II Prémio Jovem Literário aos vencedores nas categorias de Prosa, Poesia e Conto. A cerimónia teve lugar no sítio mais apropriado que poderia existir na cidade, o Centro da Juventude. Se muito se critica a Câmara Municipal de Caldas da Rainha em diversos aspectos, deveria existir a honestidade de elogiar as coisas que são bem feitas pela autarquia. Tomara que existissem mais Câmaras Municipais a proporcinar a oportunidade de jovens interessados na escrita puderem divulgar e publicar os seus trabalhos. Como vencedor da I edição do Prémio Jovem Literário "Luiz Teixeira" queria dar os parabéns aos novos vencedores e um especial agradecimento ao vereador Hugo Oliveira pelo seu trabalho desenvolvido no pelouro da Juventude.
PP

segunda-feira, janeiro 09, 2006


Hinos
As campanhas eleitorais são uma sucessão de pequenos momentos de indução no consumidor, (no caso denominado de eleitor), que utilizando um vasto leque de recursos e ferramentas mediáticas, procuram que este adquira o produto, no caso o candidato. Um dos instrumentos de indução são os hinos de campanha, os quais procuram induzir subliminarmente na mente do eleitor, a mensagem primordial da candidatura.
Estas presidenciais não são excepção. Todavia, quatro das seis candidaturas não apresentam hino de campanha, talvez por não tem mensagem para passar, ou por serem demasiado amadoras. Também aqui a bipolarização musical é feita entre Cavaco e Soares. Contudo Jerónimo não tendo hino, deixa-se levar nas partituras do “Avante Camarada”, e Garcia Pereira, não abandona a “Internacional”, que o acompanha deste já muitos anos, em todos os tempos de antena do PCTP/MRPP.

O hino de Cavaco Silva – “Portugal maior”, cantado pela mandatária da Juventude katia Guerreiro, procura passar a mensagem de determinação, confiança, Empreendorismo, bem patente na estrofe
SOMOS UM POVO E A VONTADE
DE ROMPER A BRUMA
E IR MAR FORA
UM POVO É UM GESTO D’ETERNIDADE
E O FUTURO É SEMPRE AGORA

No entanto, o hino de cavaco tem levantado receios e querelas diplomáticas com Espanha e Marrocos. Analistas internacionais questionam se Cavaco como o seu "Portugal Maior" não pretenderá aumentar o país à custa de Espanha (talvez Olivença), ou voltar as políticas de expansionismo africano, sendo o Lisboa Dakar e o comandante Carlos Sousa, o principio disso mesmo.
Brincadeiras à parte o hino esta disponível em.
http://www.cavacosilva.pt/index.php?id_categoria=24&id_item=4766


Quanto a Soares, esperava-se um hino interpretado pelo Avó Cantigas, ou então pela sua Mandatária para a Juventude Joana Amaral Dias. Por esta ultima, Soares certamente obteria elevados ganhos, sobretudo na classe masculina. Mas não, este é interpretado por uma anónimo. O hino intitula-se “pela mesma Razão de Sempre”. Ou seja pelo gosto pelas viagens, pelos banquetes, pelas presidências abertas e pelo poder pelo poder. Agora mais a serio, com estrofes como:

quem sempre aqui esteve
e sempre aqui se fez ouvir
quem sempre nos deu força
sem nunca desistir

Os mágicos do marketing de Soares procuram deixar a marca de um homem que sempre esteve presente. E que pelos visto quer ficar presente por toda eternidade.
O hino de Soares está disponível em
António Cipriano

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Participações

A partir do dia 14 deste mês, o Primeiro Ministro português, perdão, o secretário geral do PS vai aparecer em comícios de apoio à candidatura de Mário Soares. Até esta altura o PM, perdão, secretário geral do PS, esteve afastado de qualquer campanha. Uma recente queda nas suas férias natalícias na Suiça, quando a maioria dos portugueses estão a apertar o cinto endividados, estão descontentes pelas suas carreiras estagnadas ou desempregados levou a que este senhor andasse de canadianas. Afinal, não é o PM português, nem o SG do PS que vai apoiar MS, é apenas um veterano anónimo que com a sua recém invalidez espera granjear apoio para a idosa candidatura moribunda, a que cada vez mais se adivinha o bronze do pódio.
PP

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Presidential of the dead

George A. Romero parece que não vai demorar tantos anos a fazer uma sequela para o filme "Land of the dead", parece que o quinto da série vai ter uma evolução ao nível dos mortos-vivos, depois de ganharem força sobre-humana que lhes permite arrancar pedações humanos e de terem ganho alguma inteligência, parece que desta vez vão poder insultar os humanos. Para um maior espanto, sabe-se agora que esta evolução foi baseada em factos verídicos como conta o criador "Estava a ver Tv e apareceu um morto-vivo que parece estar a fazer campanha para a presidência de uma província espanhola, insultando um outro candidato, não resisti e começei logo a trabalha no Presidential of the dead"
PP
Afinal, o ano nem começou assim tão mal...

O PM israelita Ariel Sharon foi vítima de um acidente vascular cerebral e está num estado considerado grave pelo canal de notícias sitiado em Atlanta. Afinal, o ano de 2006 nem começa muito mal...
PP

quarta-feira, janeiro 04, 2006


Citizen Kane

Confesso que nunca tinha prestado muita atenção à RTP Memória, até ontem, noite em que deu aquele filme que é aclamado pela Sight and Sound desde 1962 até 2002, sempre de dez em dez anos, como o melhor filme de sempre. Só em 1952 é que o melhor filme de sempre foi ganho por "The bicycle thieves". Assim, foi também a noite em que preenchi um vácuo inadmissível a quem gosta de bom cinema. A minha pena vai para o facto de não ter descoberto o significado de Rosebud há alguns anos atrás.
PP

segunda-feira, janeiro 02, 2006



Lembranças Históricas

Nestes dias de descanso que medeiam o Natal e o Fim de Ano, passei os olhos por um livro de história contemporânea No referido livro é mencionado como um dos partidos fundadores da democracia pluralista nacional, um tal de CDS-PP. Esse referido partido parece que ainda existe, e é liderado por um tal de Ribeiro qualquer coisa.
As coisas que se descobrem, ao reler as paginas da história !!!!

António Cipriano