domingo, julho 30, 2006


Nicho de Mercado

Os bons negócios fazem-se de oportunidade.
Há um nicho de mercado de escala planetária absolutamente por explorar. Como é de conhecimento geral, existem milhões de muçulmanos em países como a Síria, Líbano, Iraque, Irão, Afeganistão, Paquistão, ente outros, em que uma das necessidades pessoais de cada cidadão é ter uma bandeira dos E.U.A ou de Israel e assim poder aliviar o ódio. Quem nunca viu as imagens das festas que se fazem em volta da imolação de uma bandeira americana?
Querem negócio mais rentável, e com um mercado potencial mais elevado, do que uma fabrica de bandeiras dos E.U.A e de Israel para exportação para o mundo Muçulmano?
Querem enriquecer? Depois não digam que não avisei !!!!

António Cipriano

quinta-feira, julho 27, 2006



Ilusões Caras

Compre agora, aquilo que sempre quis!!! Dinheiro já!! Crédito fácil, sem demoras ou preocupações!!! São alguns dos slogans que nos invadem todos os dias em jornais, rádios e televisões.

Os mais incautos, incapazes de resistir as solicitações constantes da sociedade de consumo, caiem na esparrela. Constituem pirâmides de créditos sucessivos, para as férias, para o carro, para o plasma, para o portátil, para o colchão ortopédico, para a casa, chegando mesmo a constituir créditos para pagar créditos.

Num ápice, o sonho admirável, passa a pesadelo bem negro. De corda na garganta, com o rendimento disponível insuficiente para dar vazão aos compromissos assumidos, vive-se a pobreza envergonhada da ilusão capitalista.

Não pretendo diabolizar o crédito. Pelo contrário este é um instrumento valido, mas que deve ser usado com ponderação. A maioria dos utentes do crédito pessoal, nem repara nas taxas de juros na casa dos 30% que este crédito cobra. Igualmente, aquando da concretização de um crédito há que não deixar de ter em atenção as outras despesas associadas como sejam: taxas, seguros, impostos, muitas vezes parcialmente omitidas pelas instituições financeiras.

Por fim convêm relembrar que a tendência presente e futura será o aumento das taxas de juro.

O corolário do uso e abuso do crédito está consubstanciado nas notícias que esta semana vieram a lume, do aumento dos lucros do BCP e do BES, no primeiro semestre, em 30% face ao mesmo período do ano anterior.

António Cipriano



sexta-feira, julho 21, 2006

Ministra no Parlamento

Hoje foi o dia em que Maria de Lurdes Rodrigues foi ao parlamento justificar o injustificável. Ou seja, foi explicar o porque do regime de excepção facultado aos alunos que pretendiam repetir o exame de física e química. E a única razão que os Socialistas conseguiram encontrar para a sua incompetência foi culpar o governo anterior. As razões, segundo a deputada socialista Manuela Melo, estão na reforma curricular aprovada pelo anterior governo, reforma essa que foi introduzida em 2004. Devido a esta reforma coexistem os programas antigos e os novos, que levam a que os alunos tenham algumas dificuldades acrescidas. Estas razões até podiam ter tido algum fundo de verdade se primeiro, todos os alunos pudessem ter repetido as provas e não só alguns, porque para, citando a ministra "mitigar as desigualdades a que os alunos estavam sujeitos", criaram-se novas desigualdades, pois todos os alunos estão dentro do barco da nova reforma curricular. A ideia que sobressai é que estes exames foram repetidos porque vão contra aquele “ponto de honra” do 1º ministro em resolver o crónico problema da Física e Química. E depois se não estivéssemos a Julho de 2006 e este governo já esteja em funções num período que compreende 1 ano lectivo e meio. Levando a que não se compreenda porque é que o ministério diz que a culpa é do governo anterior, se já teve mais do que tempo para “corrigir” aquilo que poderia estar potencialmente mal, aliás poderia até ter alargado o período de exames de forma a dar mais tempo de estudo aos alunos. Mas a incapacidade desta ministra em compreender a educação torna-a incapaz de tomar a medida correcta, seja ela qual for. Um exemplo dessa incapacidade é o tempo que a ministra está a demorar para se demitir.
A ministra concluiu a sua “actuação” no parlamento, afirmando que "genericamente, os exames correram bem", afirmação que é a cereja em cima do bolo, porque ter uma das maiores taxas de reprovação em Português dos últimos anos, ter exercícios irrealizáveis nos exames de Matemática e ter uma das maiores taxas de reprovação em Física e Química de que haverá memória, é próprio de alguém que está muito confuso e que ainda não percebeu que as escolas funcionam muito para além da teoria dos manuais sociológicos que a ministra terá estudado e redigido.
Em suma, todo o processo dos exames e justificações posteriores, vêm apenas reafirmar aquilo que é por demais evidente, esta ministra é incompetente no que diz respeito à educação, e assim o seu tempo à frente do ministério da educação está esgotado.

António Manuel Guimarães

terça-feira, julho 18, 2006

Condenável

Porque será que os povos que um dia foram vitimas de violentas perseguições, tenham que um dia fazer igual ou pior aos povos dos quais eles não gostam? Os Judeus terão sido eventualmente, o povo que mais foi perseguido durante a História do mundo Ocidental! Perseguições que atingiram o auge na primeira metade do século XX, na Alemanha Nazi. Agora, depois de ter ganho direito a ter um estado, acham-se no direito de fazer os outros sofrer aquilo que eles sofreram no passado. Condeno e sempre condenarei Hitler pelos seus crimes contra a Humanidade, mas parece-me igualmente condenável aquilo que os Israelitas estão a fazer aos estados à sua volta, que não é nada mais do que também crimes contra a Humanidade. Pior se torna quando usam o argumento do que sofreram no passado para justificar fazer sofrer os outros no presente, mais parecendo, de uma estranha perspectiva, que “aprenderam bem a lição”. Tal como é condenável a atitude da comunidade internacional, que pactua com estes actos, por parecer viver um remorso cego! Bem sei que nos E.U.A, quem está no poder tem que responder a quem lhes paga a campanha eleitoral. Mas a Europa já pagou a sua divida, (se é quem tinha algo a pagar pois todos sofreram um pouco do mesmo na 2ªG.G) e já não deve nada aos Israelitas, não sendo portanto compreensível o seu comportamento de inoperância, que se manifesta em apelos ocos que não são mais do que o silêncio de consentimento. Assim ficará sim, a dever ainda mais aos Palestinianos e agora também aos Libaneses! E um dia terá que pagar com juros pelo seu silêncio de hoje.

António Manuel Guimarães

domingo, julho 16, 2006

Terrorismo de Estado
O comportamento de Israel na recente crise é inaceitável, execrável e condenável em todos os sentidos. Obviamente não nego o direito de Israel se defender de acções armadas do Hezzbolah, ou de outro qualquer grupo armado. No entanto, a destruição de estradas, pontes, bairros residenciais, do farol de Beirute, a morte de civis e crianças, nada tem a ver com a legitima defesa de Israel. Os actos de Israel na invasão do Líbano e na destruição do pouco que existe em Gaza, não passam de simples actos de terrorismo.
Igualmente triste, é o comportamento cúmplice da comunidade internacional. Os E.U.A, protegem como sempre Israel, e a Europa lá condena o comportamento do estado judeu, mas de uma forma frágil, com pouca convicção ou sentido pratico.
Enquanto isto, o terrorismo de estado contínua. Não se sabendo ainda quais as derradeiras consequências da actual crise.
António Cipriano

sexta-feira, julho 14, 2006

Provas Nacionais

A maior palhaçada no panorama nacional ao nível da Educação. As provas estão mal feitas? De quem é a culpa? Pelos vistos, as provas apareceram por geração espontânea, logo não existe ninguém que assume as responsabilidades. As notas são más? Repita-se as provas nacionais de Química e de Física. Mas, só estas. Abriram-se excepções? As associações de pais querem que não haja excepções e que se faça repetições a todas as disciplinas. Os manuais escolares não prestam? Só descobriram isso no final do ano lectivo?? Não têm equipas para avaliar a fortuna que vão entregar às editoras que fazem os manuais escolares? Vale mais um suborno no bolso, do que boas notas dos alunos, pois quando se verifica que os manuais não prestam, que os professores não sabem construir provas nacionais coerentes e sem erros, que muitos alunos cabulam mais do que aprendem, não existe um culpado definido, apenas um rol de desculpas. Ministra da Educação, demita-se, coisa que já devia ter feito há muito tempo atrás!
PP
As Duas Faces

Os EUA mostraram hoje ao mundo, que no que diz respeito ao terrorismo têm duas faces! Uma das faces é aquela que vemos todos os dias nas notícias, a famosa guerra ao terrorismo, iniciada logo após os condenáveis e horríveis atentados de 11 de Setembro de 2001. Uma guerra que mostrou ser um tanto quanto arbitrária, porque ao que temos visto, é uma guerra que se confunde por demais com os interesses geo-estratégicos norte americanos, incidindo portanto em tudo quanto tem petróleo e não é aliado.
O outro lado, que hoje se tornou ainda mais visível, é o lado da aprovação de actos terroristas, porque nada mais é que aprovar atentados quando os EUA vetaram hoje a Resolução para o fim da ofensiva israelita na Faixa de Gaza! Ou seja, se forem os grandes aliados dos EUA a praticar atentados, e aqui estamos a falar de terrorismo de estado, os EUA apoiam, impedindo todas as medidas que ponham cobro a mais esta escalada de violência no Médio Oriente, beneficiando os terroristas. É demasiada hipocrisia, até para aqueles que pretendem ser os polícias do mundo!

António Manuel Guimarães

quarta-feira, julho 12, 2006


País Virtual

Arthur, 38 anos, engenheiro civil, filho de portugueses, luso canadiano, apenas conhecia o Portugal das férias de verão. No entanto, de algum tempo para cá, Arthur encontrava-se encantado por Portugal. De Portugal as notícias que chegavam reportavam a um país moderno, cosmopolita, mergulhado nas novas tecnologias, cheio de novos investimentos internacionais. Os jornais locais e a RTP internacional, noticiavam adesão do português castiço, à banda larga, ao NetPostal, as declarações electrónicas e as numerosas funcionalidades da internet. O país surgia aos olhos dos forasteiros, já não como um país burocrático, economicamente débil, mas sim, como uma nação com um futuro promissor.
Arthur desejava fazer parte desse futuro. Decidido, a reencontrar as suas raízes e integrar a onda de progresso português, fez as malas e rumou em direcção a Portugal.
Rapidamente a imagem virtual de país moderno desvaneceu em Arthur.
O primeiro obstaculo que se deparou foi a obtenção de uma licença para a reconstrução de uma velha casa de família. Burocracia, pareceres, papéis e mais papéis. Fartou-se de enviar emails, mas respostas as suas questões não vieram.
Segundo obstaculo, encontrar um emprego. Também aqui verificou que a que imagem de economia promissora era somente uma miragem. Desemprego, era a palavra de ordem no país real. Mas lá acabou por encontrar um emprego, com salário e condições de trabalho muito inferiores ao Canada. Em um ano de vida real, no país real, Arthur fartou-se.
Descobriu que em Portugal existiam dois países. O País real com uma economia débil, com um tecido produtivo pouco competitivo, coadjuvado por uma estrutura governativa e administrativa burocrática, errática, que desperdiçava os recursos e a vontade do povo. E o país virtual de um primeiro-ministro com nome de filosofo, mas com alma de “vendedor de banha da cobra” que aludia a um país de grandes investimentos externos, e de incomensurável pendor tecnológico.

António Cipriano

segunda-feira, julho 10, 2006

Mais um Mundial de Mentiras

Finalmente (digo isto com satisfação, pois foi um Mundial vergonhoso) acabou um Campeonato Mundial de Futebol. Que suplício estas arbitragens, que suplício esta FIFA de Blatter, bem pior do que a era Havelange (quando se pensava que não podia ser pior!). A França tinha de ser campeã à força em 1998, daí que para pagar a dívida ao Brasil, foi-lhe oferecido de bandeja a vitória em 2002 (basta lembrar o penalty marcado a favor do Brasil contra a Turquia quando a falta existiu a três metros da grande área ou as eliminações da Itália e de Espanha, evitando assim séria concorrência à selecção canarinha). Devido a isso, a Itália reclamou a dívida contra a Austrália, num penalty escandaloso que só o árbitro viu. Da França o que se pode dizer, além de que é beneficiada constantemente? Os ingleses apelidaram Cristiano Ronaldo de bebé chorão, mas os franceses é que viveram sempre a choramingar: "Se perdemos é o último jogo do Zidane, se perdermos é o último jogo do Zidane" e qual o resultado? Final de bandeja de ouro, com dois penalties, um nas meias- finais e outro na final muito mal assinalado. Nem assim ganharam, mas após uma agressão a um adversário (digna das melhores touradas no Campo Pequeno, pena não entrarem os forcados a seguir) Zidane foi considerado o melhor jogador do Mundial. Viva a FIFA e o seu critério de fair-play!
PP

sexta-feira, julho 07, 2006


Onde esta o Wally?

Por esta altura, as editoras tem por hábito editar colecções leves, didácticas, muitas destinadas aos mais novos. E o caso da colecção que irá sair em breve: – Onde está o Mendes? (adaptação do clássico – “Onde Está Wally”).
A personagem a encontrar é um boneco de pequena estatura, vestido de laranja, que se intitula líder da oposição. Trata-se de um livro de paciência e de grau de dificuldade elevado, visto não ser fácil encontrar o Mendes.
António Cipriano

quarta-feira, julho 05, 2006

Roubados

Portugal foi até onde o deixaram ir. Dizem que saber perder é uma virtude e embora eu não goste de perder sei assumir uma derrota! Agora o que eu não sei é ser, impávido e serenamente roubado! Este foi um bom mundial devido a alguns jogos francamente melhores que os de 2002, mas no campo das arbitragens foi pior e arrisco dizer, o pior de todos os tempos! Portugal merecia mais, mas certamente o mundial também merecia árbitros condizentes com a categoria da competição. Arrisco dizer que alguém já sabe quem vence o mundial, porque tudo soa a tão falso.

Mas quero deixar dizer também que estou orgulhoso da selecção nacional. Mostrámos mais uma vez ao mundo que sabemos jogar futebol. E que somos tão bons como os melhores. Viva Portugal…… Viva NAÇÃO IMORTAL!!!!!!!!!!!!

António Manuel Guimarães

segunda-feira, julho 03, 2006

Os cães ladram e a caravana passa!

Este ditado reflecte bem o que se passa com a campanha portuguesa no Mundial de futebol 2006. Os cães ladram e a caravana passa, jogamos e vencemos os holandeses, um jogo duro, que passou de longe a barreira do viril para a agressão pura e dura. A culpa terá sido só nossa? Não terá sido certamente, e se dúvidas existem lembremo-nos que Portugal tem um jogador lesionado devido a duas entradas, uma aos 2 minutos e aos 6 minutos outra que serviu para acabar o trabalho iniciado na primeira. Mas claro, o pior vem sempre ao de cima no momento das derrotas e os holandeses disseram tudo de mal que podiam, tentando justificar a derrota que simplesmente se deveu ao seu futebol inferior, com a agressividade dos portugueses. Adversário que se segue a Inglaterra, o nosso velho aliado. Aliado à quase tanto tempo como rival, mas isso são contas de outro rosário, mas talvez por isso nos dê sempre tanto gozo ganhar aos nossos “amigos” bifes. Um jogo bem disputado, decidido na lotaria do desempate por pontapés na marca de grande penalidade. E felizmente a vitória foi portuguesa e automaticamente começou o rol de criticas da equipa inglesa, que os portugueses isto, que os portugueses aquilo e que apenas não fazem comentário para não descer ao nível dos portugueses, a palavra comentário em português deve ter um significado diferente dos “comments” ingleses. Bem, a seguir a tantos comentários feitos primeiro pelos pasquins ingleses, estes antes do jogo e depois os impropérios que mostram um mau perder inconcebível em profissionais, parece que será difícil os portugueses responderem aquilo que de tão profundo vem. Até o jornal New York Times da metrópole da Inglaterra, vêm a criticar Portugal, (des)considerando a nossa selecção de "santo patrono dos pequenos", critica que até poderia causar reacções, mas para isso era preciso que viesse de um país que percebesse alguma coisa de "Soccer", o nome que eles dão ao futebol, enfim os cães ladram… Agora vamos jogar com os Franceses, para as meias-finais e já temos dois portugueses baleados em França por festejarem a passagem às meias finais. Sinto por principio que futebol é um jogo e tenho a certeza que não vale a pena morrer por ele, nem tão pouco entrar em violências, e isto não agoira nada de bom para o período que antecede o jogo de quarta-feira, esperamos pelas bocas dos franceses e pelos comentário pouco felizes, para que a caravana continue a passar até à final.
Força Portugal, vamos em frente, até Berlim! Heróis do Mar na final!!!

De uma vez, que vejam todos os portugueses como é esse mundo que nos rodeia e em relação aos quais nós tantas vezes nos auto inferiorizamos, vejam e percebam que de superiores a nós nada têm. Aproveitemos este mundial para ganharmos consciência de que não somos inferiores a ninguém e que não temos necessidade de nos sentirmos pequeninos!

P.S. Espero que os dois portugueses baleados em França, por este bárbaro gaulês da pior espécie, recuperem!

António Manuel Guimarães