quarta-feira, dezembro 31, 2008



Sinopse de 2008

Confesso que em termos pessoais 2008 foi um excelente ano.
Em termos mundiais destaco entre a pluralidade de acontecimentos dois. A crise financeira mundial e a eleição de Barack Obama.

A crise financeira mundial colocou a descoberto as imperfeições e os pecados capitais de uma excessiva liberalização dos mercados não acompanhada por um esforço global ao nível da regulação. Infelizmente por norma, os erros pagam-se caros!! Como consequencia da negligencia dos estados e das instituições mundiais, a crise financeira, qual pandemia rapidamente contagiou a economia. Desemprego, falências, queda da confiança dos consumidores são os sintomas que todas as economias sofrem.

Mas 2008 foi igualmente o ano que marca o fim do “reinado” dos neo-conservadores de Bush. Com a eleição de Obama um capital de esperança invade o mundo. Sei que a responsabilidade de Obama é imensa, afinal as expectativas são extensíssimas e globais.
Por cá, nada de novo. O governo de Sócrates continua a desgovernar o país, enquanto a oposição se dilacerar em querelas fratricidas e totalmente inúteis. Pelo desporto a selecção com Queiroz voltou aos “bons velhos tempos” das contas, e o meu Sporting continua a jogar “com muita tranquilidade”

A todos um óptimo 2009!!!!!!!!!!!!

António Cipriano

quarta-feira, dezembro 24, 2008



Feliz Natal

Vivia-se o ano de 1223 e S. Francisco de Assis decidiu celebrar a missa de um modo diferente. Em vez de a celebrar no interior de uma igreja, optou por uma gruta para onde transportou um boi e um burro e colocou as imagens do menino Jesus, a virgem Maria e S. José de modo a mostrar aos cidadãos italianos o que se passou durante o nascimento de Jesus em Belém. Tal acontecimento fez com que S. Francisco de Assis fosse considerado o criador do presépios, dado que até então as representações da natividade eram em pintura, relevos ou frescos.
Como cristão tenho por tradição realizar todos os anos o presépio em minha casa. Não me fico pelas figuras básicas, acrescentando sempre as figuras dos três reis magos. Segundo a bíblia estes trouxeram como oferendas, ouro, incenso e mira. Visto que o milagre do Natal ocorre todos os anos, espero que este ano os três reis magos tragam para os portugueses, “o fim da crise económica” ; “emprego” e “Esperança e confiança num futuro melhor”

Para todos os que nos lêem um FELIZ NATAL !!!!!!!!!

António Cipriano

terça-feira, dezembro 09, 2008



Precisa-se de Baby Sistter

A casa da democracia é por excelência a Assembleia da República, onde estão os representantes eleitos das populações. A Assembleia da Republica é composta por 230 deputados os quais tem como funções, o trabalhão legislativo e o controlo das actividades governativas. Na sua essência trata-se um função nobre, essencial ao bom funcionamento da democracia. Sendo o deputado o fiel representante do voto popular, exige-se uma postura de responsabilidade, e de ética moral e politica. A verdade é que últimos anos um conjunto de episódios pouco digno da instituição que é a assembleia da republica, vem contribuindo para o afastamento do cidadão face à politica. O último episódio da falta de deputados numa votação é bem o exemplo.
Na maioria dos casos o deputado estar presente ou não, levantar-se ou não, para votar nada serve. Isto porque a maioria das votações é feita por bancada. Nesta situação a mesa apura os votos por grupo parlamentar, sem contar cabeças. Significa que ao contrario do que diz a constituição (os deputados exercem livremente o mandato) os deputados são meros “carneiros” que seguem as ordens do Pastor. Perde-se assim muito da essência da democracia. A solução passa pela mudança do sistema eleitoral, para os círculos uninominais, em que o deputado é eleito e responde directamente ao circulo eleitoral que o elegeu, reforçando-se assim a ligação dos eleitores ao eleito, bem como a responsabilização dos deputados.
Enquanto assim não for, a solução para garantir que o triste espectáculo da semana passada não se repita, é contratar baby sistters para o parlamento para tomarem conta dos nossos deputados.

António Cipriano

sábado, novembro 29, 2008



Novo Livro de Anedotas


O demissionário Presidente do banco privado Português, responsável pela quase falência da instituição, lançou esta semana o livro “ João Rendeiro – Testemunho de um Banqueiro – História de quem venceu nos mercados”

Trata-se um livro de anedotas, acerca de como criar um buraco financeiro no BPP de 500 milhões de euros.

Um óptimo presente para o seu natal

António Cipriano

quinta-feira, novembro 27, 2008



A quem faz falta o ZÉ?

Ao contribuinte depois dos prejuízos causados por este no túnel do marquês, não faz falta com toda a certeza.
Ao Bloco de Esquerda deixou de fazer falta. Afinal o BE não é paroquia para dois clérigos (Louça e Sá Fernandes)


De hoje em diante o Zé apenas faz falta ao PS e a António Costa.
Já estou mesmo a ver, nas próximas autárquicas o Zé como numero dois de António Costa.

António Cipriano

domingo, novembro 23, 2008



Ajudar ou não o sector automóvel

Os paradigma da economia de mercado sustenta que o mercado deve funcionar livremente sujeito apenas a “mão invisível” de Adam Smith. Por conseguinte, as empresas devem nascer e morrer consoante sejam competitivas e respondam as necessidades dos consumidores. Levando à letra esta doutrina os estados devem se abster de intervir no mercado, actuando como meros regulares. Assim sendo os estados devem deixar morrer as empresas.
Devido a crise internacional a indústria automóvel vive dias de grande turbulência. As três magnificas de Detroit (GM, Ford e Chrysler), que representam 250.000 postos de trabalho directos e quatro milhões de postos de trabalho indirectos, encontram-se numa situação de quase falência. Estas solicitaram a título de urgência uma verba de apoio estatal de 25 mil milhões de dólares. Na Europa, a Opel, subsidiaria da GM vive uma situação similar. Em Portugal a Volkswagen (Autoeuropa), A PSA (Citroën. Peugeot ) e a Renault que representam 40.000 postos de trabalho directos passam também por dificuldades.
Deve o dinheiro do contribuinte, ser usado para ajudar empresas privadas?
Obviamente que sim. O efeito social e económico da falência de empresas de tal envergadura é tremendo. Uma falência de uma Opel ou de uma Ford, à semelhança do que se passou no Lemman Brothers, daria origem a um efeito de contagio que impulsionaria a falência de muitas outras empresas, bem como uma retracção do consumo privado, por via de um efeito psicológico de desconfiança do cidadão na economia.
Pode ser desagradável para o contribuinte, mas o auxilio à industria automóvel é um mal menor.

António Cipriano

quinta-feira, novembro 13, 2008

O apoio de Sócrates à Ministra Mª Lurdes Rodrigues


É indescritível por palavras que não sejam considerados palavrões ou ofensas às suas famílias, aquilo que eles estão a fazer aos professores. Durante uma governação sempre feita para o facilitismo absurdo em relação aos alunos, têm tido uma relação contrária em relação aos professores de dificultismo ao extremo. Há uns bons meses, uma entrevista da ministra deixou muito a desejar, português mal articulado, dificuldades de raciocínio e de transmissão da mensagem, possivelmente quer que todos os alunos sejam tão maus quanto ela é, não sei. O que sei é que aumentar a carga burocrática inserindo um modelo injusto e "pesado" para os professores, não é o caminho para a Educação. É sim o caminho para aumentar o número de desempregados, diminuir o número de professores pois ninguém irá querer ser mal pago e ter excesso de trabalho, além do essencial: aturar alunos que são e continuaram a ser cada vez mais mal educados e mal criados, que têm a faca e o queijo na mão, pois façam o que fizerem os professores são obrigados a passá-los. Que governo é este afinal? Um governo que em plena crise mundial, tem um PM que vai para uma cimeira ibero-americana, como se fosse vendedor na feira da ladra? Para mim, para mostrar verdadeiramente a palhaçada, a merda mesmo que este governo é, só faltou foi aparecer na cimeira, a ASAE a apreender os Magalhães do primeiro-ministro (sim, com letra minúscula pois mais não merece do que isso).

PP

quarta-feira, novembro 12, 2008



Irresponsável

Quem teve ontem a disponibilidade de ver a audição parlamentar do governador do Banco de Portugal, ficou absolutamente esclarecido acerca da actuação deste, no caso BPN
Ao longo das quatro horas de audição ,ficou bem patente o incomodo, a negligência profunda e a irresponsabilidade, de Vítor Constâncio. Este ignorou os sucessivos sinais dos problemas do BPN, recusando-se a ver o evidente. Não realizou as inspecções que tinha de realizar, não deu relevo as noticias da imprensa nem aos relatórios dos auditores, não investigou as razões que levaram num curto período de tempo o BPN a mudar sucessivamente de Administradores, ignorou os avisos das autoridades de Cabo Verde, etc.
A conclusão óbvia é que Vítor Constâncio, foi incompetente e irresponsável, causado pelo sua falta de actuação e negligencia, graves prejuízos a estabilidade do sistema financeiro e aos contribuintes.
O mínimo que devia fazer era demitir-se!!!!!!!

António Cipriano

quarta-feira, novembro 05, 2008

A mais improvável das eleições

A eleição de ontem nos EUA seria, ainda há poucos anos, considerada altamente improvável ou até impossível.

Não foi só a vitória de Barack Obama. Por cá fala-se menos no resto, mas foi também uma grande vitória do Partido Democrata. A maior viragem à esquerda na história dos EUA se considerarmos Presidência, Senado, House of Representatives e Governadores.
O Partido Democrata fica numa situação à qual não está habituado: clara maioria no Senado que fica a apenas 2 senadores de ser à prova de "filibusters" (bloqueios senatoriais), na House e com um inquilino na Casa Branca.

Um inquilino que, não deixando de ser americano e patriota, vê o mundo como o europeu comum também o vê. Um presidente dos EUA que, sabendo que a política externa americana deve, antes de mais, beneficiar os americanos, sabe também as atrocidades, incongruências e inconsistências que essa mesma política externa tem sofrido, com as consequências que bem sabemos ao longo das décadas. Lendo o seu livro "Audacity of Hope", mais propriamente o capítulo sobre política externa, quase que diríamos que estamos perante um europeu.

Os americanos não elegeram um político de carreira. Não elegeram um Santana Lopes ou um Mário Soares, se quiserem. Elegeram um homem que ganhou uma eleição para o senado estadual do Illinois sem quaisquer meios ou apoios; um homem que em 2004 tem o seu grande ponto de viragem política: é convidado pelo Partido Democrata para fazer o discurso "keynote" na Convenção Democrata de nomeação de John Kerry à presidência. Um discurso milimetricamente perfeito tornou alguém que era desconhecido fora do Illinois em alguém que, de repente, passou a ser uma figura em ascenção no Partido Democrata. Quando Kerry perdeu com Bush em 2004, um dos poucos pontos positivos da noite foi justamente a vitória de Obama na eleição para o Senado nacional, pelo estado do Illinois.

Mas, mesmo assim, Obama continuava a ser um outsider. Alguém com pouca experiência política comprovada (e isso é necessariamente mau?). Do campo dos "hopefuls" democratas, Obama era nitidamente desfavorecido perante uma estrutura e uma máquina democrática que tinha/tem em Bill Clinton o seu grande ídolo. Na altura, o único apoio de relevo que Obama tinha dentro do partido era o antigo senador de South Dakota, o politicamente "morto" Tom Daschle (um nome agora muito provável para Chief of Staff da nova Casa Branca).

Derrotar Hillary Clinton já foi um grande feito em si. Vencer a máquina republicana que continua a recorrer às tácticas de Karl Rove foi "apenas" a sequência lógica do que começou nas primárias.
Impressionante como os latinos, tradicionalmente "adversários" dos negros nos EUA, votaram massivamente em Obama (ter-lhe-á valido, por exemplo, a vitória em New Mexico, bem como uma grande ajuda na Florida). Impressionante como o sonho de Martin Luther King acaba por se realizar.

As coisas correram tão bem ontem que o novo presidente dos EUA ganhou onde tinha que ganhar e ainda em alguns autênticos feudos republicanos, como sejam especialmente Indiana e North Carolina. E se considerarmos que Obama é a favor de maior peso do estado na economia, é a favor da interrupção voluntária da gravidez, contra as armas (embora esta questão seja do foro estatal e não nacional), a favor de um serviço nacional de saúde que não discrimine quem não possui seguro de saúde (ou seja: a favor do modelo de saúde que vigora nos países da UE, basicamente) e contra a guerra no Iraque, então estas vitórias em estados tradicionalmente vermelhos (GOP) são ainda mais inverosímeis.

O ambiente era tão azul (Democratas) que até Elizabeth Dole (esposa de Bob Dole, um dos históricos republicanos) perdeu o seu lugar no senado contra uma virtual desconhecida do Partido Democrata, Kay Hagan, no estado tradicionalmente vermelho (Republicanos) de North Carolina.

Outra coisa que dá que pensar são os apoios que Obama foi granjeando. Desde mass media que tipicamente tomam posições, como sejam o Washington Post ou o NY Times, até outros meios de comunicação social que, para além de serem de direita, costumam manter-se neutrais, como sejam a The Economist (com Obama na capa desta semana, pré-eleição, com a frase "It's Time", para além de um editorial expresso de apoio) e o Financial Times. Membros do Partido Republicano, como sejam Colin Powell. Pessoas que representam o capital, como Warren Buffet, o homem mais rico do mundo. Os criadores dos Simpsons (no episódio desta semana, que passou 2 dias antes das eleições, Homer Simpson vota em Obama). Hollywood em peso. Jogadores da NBA que, no dia das eleições, apareceram nos respectivos jogos com fatos de treino a apelar no voto em Obama. São apenas alguns exemplos.

Fora dos EUA a vitória de Obama mais pareceu uma vitória caseira. Festeja-se desde o Quénia (onde o presidente disse algo como "esta vitória é nossa") à Indonésia (onde Obama viveu durante alguns anos na adolescência), passando pelo Japão, Europa em geral, Rússia (a capa de hoje do Pravda, principal jornal do país: "Acabaram 8 anos de inferno!"), etc.

Grandes vencedores da noite (para além dos mais óbvios):

- Howard Dean - o chairman do DNC. Passou de derrotado nas primárias de 2004 a primeira figura de um Partido Democrata de sucesso. Pegou no partido numa altura complicada e soube recuperá-lo.

- Nancy Pelosi - a maior parte dos europeus poderão não saber quem é Nancy Pelosi. Trata-se, tão somente, da mulher mais poderosa do planeta. Speaker da House of Representatives, dona de uma confortável maioria, é a figura de proa no braço legislativo dos EUA.

- David Axelrod - o chefe de campanha de Obama, desde o primeiro momento. Amigo pessoal de Obama, antigo jornalista em Chicago, é agora um consultor político que passou de pouco conhecido a sinónimo de sucesso em política e estratégia eleitoral.

A grande derrotada da noite é mesmo Sarah Palin. Uma escolha desastrosa (e é bem sabido que não foi escolha de McCain mas antes uma imposição do GOP). Estamos a falar de alguém que não tem problemas em dar a entender que visa, ela própria, uma candidatura à presidência mas que, ao mesmo tempo, foi apupada durante o discurso de concessão de ontem de McCain.

E apupada por uma razão muito simples: trouxe um tom de ressentimento, de divisionismo e de radicalismo a esta campanha, que acabou simplesmente por ajudar Obama.

João Pedro
Os pesos, as medidas e mais não sei o quê


Tenho evitado escrever sobre Futebol, mas em plena época de apito dourado, as arbitragens e os conselhos que a regem estão péssimos. Um caso: a partir de um pontapé de canto, foram buscar imagens de uma alegada agressão de Luisão a Fucile e após sumaríssimo, deram 2 jogos de castigo ao central benfiquista. Havendo agressão, até aqui tudo bem. Vejamos outro caso, Bruno Alves agride um jogador da Naval num disputa de bola e não é aplicado castigo, nem sumaríssimo com a seguinte justificação: O lance foi uma disputa de bola, portanto os 3 árbitros deveriam estar atentos ao lance, e que sendo assim não é necessário proceder disciplinarmente. Ora, sendo assim a agressão de Andrézinho a Suazo também não será alvo de sumaríssimo, mas voltando a Luisão, pelos vistos, um pontapé de canto e a confusão que se gera na área, não é necessário ter os 3 árbitros a olhar com atenção para os intervenientes. Sendo assim, para onde devem estar a olhar?
a) para o Quim que está na baliza oposta?
b) para o adepto do Benfica que apertou o pescoço?
c) para o telemóvel a ver se o depósito bancário já chegou?
PP
A vitória de Obama

A vitória (mais que) esperada por todo o Mundo! Confesso que fiquei também contente, McCain seria a continuação de uma má política como a de Bush, embora, pelas notícias publicadas, McCain esteve bem no momento de assumir a derrota: elogiou o seu adversário, desejou-lhe sorte, prometeu apoiá-lo no que fosse preciso e até mostrou pena da sua avó não ter resistido o suficiente para ver "o grande homem que ajudou a criar", como vem citado na Imprensa. Agora que esta vitória está a ser festejada um pouco por todo o Mundo, convém não esquecer que Obama é um homem à frente da nação, alegadamente, mais poderosa do Mundo, mas não deixa de ser só um homem, concerteza não poderá ser o salvador de toda a humanidade, como querem que ele seja. Se não fizer metade das asneiras de Bush já seria óptimo para todos nós.
PP

terça-feira, novembro 04, 2008



Incongruências

Somos um país curioso. Temos uma agência Publica – a ASAE, que persegue os mais pequenos infractores, sejam eles vendedores de bolas de Berlim ou donos de restaurantes. Nestes domínios o estado por via da ASAE é implacável. Afinal argumenta o estado, que esta em causa valores fundamentais para a vivência em sociedade.

Todavia no sector financeiro, elemento estrutural de um país, o Banco de Portugal, instituição de supervisão, actua de forma displicente e negligente. Mas também qual é o problema de um banco ter um pequeno rombo de 700 milhões de euros ? O importante é os vendedores de Bolas de Berlim utilizarem luvas Esterilizadas ! !!!

António Cipriano

sexta-feira, outubro 31, 2008

Feira na Cimeira Ibero-Americana

Começou mais uma cimeira Ibero-Americana e claro está que o assunto que domina toda a cimeira é a crise económica mundial. Evo Morales fala da crise, Lusa da Silva fala da crise, Zapatero fala na crise e José Sócrates? Bem, Sócrates arma-se em feirante e fala no Magalhães e oferece um a cada líder presente enquanto inventa um pregão e diz que o “Magalhães é como o Tintim pois é dos 7 aos 77 anos”. E ainda diz estilo de comédia que para vencer a crise é preciso apostar e investir na educação, é cómico porque vindo do politico que mais desinvestiu na educação em Portugal nos últimos 40 anos que agora, como se não bastasse o que partiu e desfez durante 3 anos, quer terminar com as reprovações até ao nono ano demonstrando que não basta toda a pressão para terminar com as reprovações e de ter criado os currículos alternativos onde não se reprova e que dentro de meia dúzia de anos vão ultrapassar os currículos normais, devido ao aumento que se verifica de ano para ano.

Sócrates oferece Magalhães porque durante esta legislatura este brinquedo deve ser a única coisa que o deixa orgulhoso, especialmente porque o Tintim azul sempre dá para usar o PowerPoint e mostrar os slides que Sócrates usa para mostrar o país virtual e justo que só existe na sua imaginação, porque as politicas dos socialistas só serviram para tornar o Portugal real num país mais caro, mais inseguro, com mais desemprego, mais desigual e com uma pior educação.


António Manuel Guimarães

quinta-feira, outubro 30, 2008

Go OBAMA

Confesso que não consegui verdadeiramente compreender o projecto politico de Obama. Mas Obama representa um sentimento de esperança e de confiança num mundo melhor, necessariamente diferente da visão republicana de Bush.
Nem que seja só por isso, é merecedor da minha confiança.


António Cipriano

terça-feira, outubro 28, 2008



20.000 Visitas


Esta semana ultrapassamos as 20.000 visitas.
A todos os nossos leitores, o nosso obrigado por compartilharem o vosso tempo connosco.

António Cipriano

segunda-feira, outubro 27, 2008

José Mota, um treinador ignorado até quando?

Parece fácil escrever este post agora, depois da vitória de sábado no Dragão, mas acreditem, este post era para ter sido escrito à alguns meses atrás. Falta de tempo e, confesso, muitas vezes de vontade levaram-me a não escrevê-lo antes. Vou até precisar quando queria escrever este post, no início da época passada, em que José Mota dava uma entrevista ao Jornal Reccord, sobre as dificuldades de um clube como o Paços de Ferreira e como eram feitas as suas contratações. Fiquei maravilhado pela entrevista, confesso. José Mota, pela entrevista, não embarca em contratações de video, vai ao Brasil por considerar que é um mercado ainda viável para os clubes médios portugueses, observa e contrata desconhecidos mas que apresentam qualidade. Quanto aos métodos de treino, não posso dizer pois nunca observei, mas que os jogo das equipas de José Mota apresentam qualidade futebolística, isso ninguém duvida. Para mim, a vitória de sábado no Dragão por 2-3 (só não sendo por 2-4 por um golo mal anulado) veio abrilhantar a sua carreira, embora tenha sido uma vitória sobre Jesualdo Ferreira, um dos piores senão o pior técnico de toda a SuperLiga, para isso basta relembrar o comentário de Pinto da Costa sobre Jesualdo aquando da contratação deste, para vermos a sua manifesta incompetência: "Jesualdo é um técnico que temos vindo a observar à vinte anos." Ora, se ele fosse bom, não precisava de ser observado por 20 anos, teria chegado ao Porto muito antes e teria ganho mais títulos do que os que ganhou.
PP

domingo, outubro 26, 2008

Campanha Eleitoral Governamental

Neste orçamento apresentado a 14 de Outubro de 2008 Teixeira dos Santos afirmou que o governo iria manter as “grandes obras” de investimento público, ou seja, as obras para o Aeroporto Internacional de Lisboa em Alcochete e o TGV são para manter e quem as critica é por puro ataque de cariz eleitoralista. Isto não deixa de ter piada, num orçamento apresentado a menos de um ano das eleições, sendo o primeiro desta legislatura com um aumento de salário para a função pública superior à previsão da inflação, os actos de cariz eleitoralista segundo Teixeira dos Santos são os ataques da oposição às obras faraónicas do governo. Tem piada que ele não considera que a maior subida dos salários dos últimos anos como um acto de cariz eleitoralista, bem, ele deve ser o único que pensa que ninguém percebe que é esse o objectivo.
Outro belo exemplo de campanha dos outros foi uma proposta de lei apresentada por um deputado socialista que previa o matrimónio entre homossexuais, a esquerda em bloco votou favoravelmente, o centro e o centro direita votaram contra, assim o PS votou contra, alguns deputados apresentaram uma declaração de voto dizendo que eram a favor mas votavam contra, o Manuel Alegre votou mesmo a favor nem cavaco deu e borrifou-se para a disciplina de voto que impunha que os socialistas votassem contra. Ora se o PS apresenta uma lei, dizem em peso que são a favor e depois impõem a disciplina de voto para votar contra, ena, será que votaram assim por serem conservadores? Ou será que foi para não perderem uma data de votos nas próximas eleições?
Campanha fazem os outros, lá por o PS andar para ai a distribuir computadores por todos com grande pompa e circunstancia com o primeiro e o seu séquito sempre presentes, como isto não bastava lá nasceu o Magalhães, distribuído por uma empresa que alegadamente foge ao fisco, que é muito bom para os mais pequenos e que todos podem comprar por €50, este não deve mais uma medida ser para a campanha pois surgiu um ano e uns dois meses antes das eleições, o que demonstra seriedade.
Outra medida nada eleitoralista passa pelo próximo IRS, pois será possível descontar até 50% o valor da prestação para a habitação, dizendo o condescendente governo que perderá muitos milhões, mas que os contribuintes precisam de ajuda por causa da crise.
No início desta legislatura, José Sócrates afirmou perante todos que Portugal estava numa situação delicada e que não seria possível nos próximos quatro anos recuperar, seria uma tarefa para oito anos e que no fim desta legislatura nunca iria fazer baixas para a campanha porque não seria sério.
Para terminar alerto todos para um facto, está programada uma nova lei em relação ao tempo de serviço dos professores, a lei que está feita não será apresentada nos próximos meses, mas já se sabe que prevê que a progressão será de acordo com a avaliação, não seria injusto se todos tivessem em pé de igualdade, mas infelizmente não estão, os contratados apenas podem ter bom, nunca excelente, assim os que começaram a trabalhar à menos tempo são aqueles que levam com esta perda de tempo de serviço. São estas medidas absurdas e impopulares previstas que o governo agora não apresenta, mas todos sabem que são medidas como estas que vão cair em todos os sectores se estes hipócritas voltarem a ser eleitos e se acham que não, é muito fácil perceber o que será Sócrates outra vez no poder, basta lembrarem-se dos últimos três anos e de tudo o que foi exigido sem que os portugueses tenham tido alguma melhoria nas suas condições de vida.

António Manuel Guimarães

terça-feira, outubro 21, 2008

Alteração do template do Blog "A Cumplicidade da Alma"


Já há algum tempo que os quatro elementos deste blog querem alterar o template do blog, no entanto, queríamos alterar para algo grandioso, algo que contrastasse com as pobre opiniões expressas neste blog. Pensámos então em fazer um template moderno e actual, tipo um template com o Orçamento de estado para 2009. Infelizmente, isso vai ter de esperar. A pen com o template que Teixeira dos Santos nos deveria entregar vinha vazia... ou não continha o template com os dados todos, já nem sei bem...

PP

sexta-feira, outubro 17, 2008



Brincadeiras Perigosas

O cerne da actual crise financeira tem a sua génese nos denominados Bancos de Investimentos. No inicio do ano existiam 5 grandes bancos de investimento: Goldman Sachs, a Morgan Stanley, a Merrill lunch, o Leman Brothers e a Bear Stearns. Destes já só ficaram dois. - : Goldman Sachs, a Morgan Stanley.
Os Bancos de Investimento eram instituições bancárias que não captavam depósitos, e que inexplicavelmente não eram regulados pela Reserva Federal Americana. O seu core Business dividia-se em quatro áreas: Fusões e Aquisições, Corretagem; Gestão de Carteiras e Patrimónios; criação de Instrumentos Financeiros Derivados. Esta ultima área, foi durante muito tempo alvo de lucros exponenciais assentes na especulação e na pouco conhecimento dos investidores acerca destes produtos derivados.

No domínio dos Instrumentos Derivados, os CDS (Credit Default Swaps) acabaram por constituir um dos activos tóxicos. OS CDS com uma forte expansão desde os anos 90 constituíam o elo de ligação entre a Banca de Investimentos e a banca comercial.
Mas o que são os CDS?
Os CDS são títulos financeiros que qualificam o risco de credito associado a uma qualquer empresa. Por exemplo, imaginemos um qualquer banco comercial que concede um empréstimo à empresa X. O banco fica sujeito ao risco dessa empresa não pagar. A solução era transferir esse risco de credito, através da emissão de um CDS, para um investidor terceiro que acredita-se que não havia qualquer risco de ruptura da empresa X. Em teoria o negocio dos CDS agradaria a todos.. O banco comercial imunizou-se perante o risco de credito do seu cliente devedor (a empresa X). O investidor que adquiriu o CDS obteve um premio pelo o risco que assumiu. O Banco de investimento obteve um comissão em toda a transacção.
Estas transacções representavam cerca de 60 triliões de dólares (5 vezes o PIB dos EUA). Acontece que os créditos assumidos nos CDS, eram na maioria, de risco elevado por via do Subprime. Assim sendo estes CDS e outros títulos derivados transformaram-se em verdadeiras armas de destruição maciça.

Não se pode permitir que títulos que representem 5 vezes o PIB dos EUA possam estar nos mercados sem ser regulados e controlados. No fundo por ausência e incúria da administração americana foi-se criando uma verdadeira roleta russa de produtos financeiros derivados, que obviamente mais dia menos dia tinham de rebentar, com as gravosas consequencias que se conhece.

António Cipriano

quarta-feira, outubro 15, 2008

Diferença entre Actividades de Enriquecimento Curricular e Actividades Extra-Curriculares

Esta é um questão que se pode colocar e que já me foi colocada pessoalmente, quando muitas pessoas dizem que não existe nenhuma diferença entre Actividades de Enriquecimento Curricular e Actividades Extra-Curriculares que é só uma questão de semântica. Pois bem, a questão é muito diferente de ser "apenas semântica". Como o nome indica, Enriquecimento Curricular é uma melhoria do currículo, digamos em linguagem informática, um upgrade no currículo escolar. É o equivalente a um service pack para o windows. Já Actividades Extra-Curriculares, embora no fundo pretendam enriquecer o currículo escolar, não se podem considerar "upgrades", pois vão ao encontro dos interesses de cada aluno, serão mais como programas informáticos, Adobe Photoshop, Virtual DJ, Windows Movie Maker, etc., que são programas que não têm necessariamente que ser utilizados por todos, mas sim, por aqueles que têm interesse na respectiva área.
PP

sábado, outubro 11, 2008

A suposta mão visível tardia?

Para além de economista, sou Keynesiano (leia-se: economicamente de centro-esquerda). Até há bem pouco tempo, e em determinados círculos, tal afirmação quase poderia passar por heresia.

Não acredito na mão invisível de Adam Smith sem qualquer tipo de regulamentação e monitorização governamental.

As 2 maiores crises financeiras da história deveram-se a desregulamentação dos mercados, em 1929 e em 1987.

Neste momento estamos a assistir a nova "history in the making".

Custa-me perceber a seguinte lógica:

- Um governo de direita (EUA), neo-liberal e conservador em termos económicos e fiscais (moral: vamos fazer cortes de impostos para os mais ricos, que esse efeito espalhar-se-á ao resto da economia e da sociedade);

- Um governo de direita que desregulamenta o mercado e deixa-o funcionar livremente. Deixa que instrumentos financeiros cada vez mais complexos e ilíquidos (securities!) sejam a trave-mestra de algumas das mais importantes empresas financeiras do mundo. Deixa que se espalhe o crédito mal parado, sem preocupações;

- Um governo que está enredado até ao pescoço nos escândalos Enron (e venha daí Sarbanes-Oxley?!) e Halliburton;

- Um governo que decide combater a presente crise da seguinte forma: vamos usar dinheiro dos contribuintes - nomeadamente aqueles que não tiveram direito a nenhuns cortes fiscais em 8 anos - para injectar dinheiro em empresas que estão arruinadas. Vamos investir dinheiro dos cidadãos em junk bonds;

- 85 milhões de dólares americanos foram para a AIG. O que é que os dirigentes da AIG resolveram fazer logo de seguida? Um fim-de-semana de luxo, numa estância no pacífico. Esse fim-de-semana de luxo custou 440 mil dólares... aos contribuintes norte-americanos.

Ou seja, quase meio milhão de dólares de contribuintes foram para uma conta de hotel, manicures e pedicures (não estou a brincar), bebidas e SPAs.

Estamos a falar de um governo a ficar detentor de 79,9% do capital de uma empresa que perdeu 18 biliões de dólares em 9 meses. Estamos a falar da nacionalização de uma empresa falida.

Ah, a suposta superioridade moral da direita...

E nós, europeus, estamos/ vamos sofrer com uma situação da qual não somos responsáveis.

João Pedro

quarta-feira, outubro 08, 2008



Crise Financeira

Presentemente o mundo vive uma crise financeira sem precedentes desde a crise de 1929. Por comportamentos irresponsáveis e pela assunção de riscos desnecessários, variadas instituições financeiras introduziram nos mercados um vírus infecto contagioso que ameaça desfragmentar todo o equilibro orgânico do sistema financeiro. As primeiras vítimas desta situação foram as instituições financeiras. Mas em ultima análise, as verdadeiras vítimas são os cidadãos comuns dos diferentes estados. A falta de confiança no sistema bancário traduz-se no quotidiano, no agravamento das taxas de juro com o consequente aumento da dificuldade no acesso ao crédito, e na diminuição dos investimentos públicos e privados. A consequência obvia, mas absolutamente perigosa, é a transformação da crise financeira numa crise económica, que trás como sintomas agonizantes a falta de investimento, o desemprego, a inflação, a retracção do consumo e a recessão económica. Todos este sintomas infelizmente já estão a ser sentido. Mas devem os estados ficar de braços cruzados perante tal cenário? Alguns ideologicamente mais a esquerda consideram não ser aceitável que aos contribuintes seja assacado os custos de actos irresponsáveis dos administradores dos bancos. Alguns questionam o facto, de se um qualquer pequeno empresário não conseguir cumprir as suas obrigações não ter outro caminho senão encerrar as portas e declarar falência. Se o pequenos empresário não é auxiliado pelo estado, porque motivo devem as grandes instituições financeiras como os bancos serem auxiliados?

Esta é de facto uma visão dos factos, todavia considero que temos de ter uma visão mais geral do problema. Se um governo deixar um banco ir a falência o comportamento espectável de um cidadão normal, é correr para os outros bancos e pedir o resgate dos seus depósitos. Obviamente que os bancos não teriam capacidade de resposta. Assim, se o estado não intervir a falência de um banco importa o fim de todo o sistema. Pode ser pesado, difícil de aceitar para um cidadão normal que seja o erário publico a suportar as irresponsabilidades dos bancos. Mas o mundo não é perfeito é não existem soluções indolores, sem efeitos colaterais. Pode não ser a melhor solução mas é a única que existe para conservar e manter a confiança na economia, no sistema de mercado e no capitalismo.

António Cipriano

terça-feira, setembro 30, 2008


Falta de regulação

O capitalismo é a economia de mercados são como a democracia. Esta segundo Churchill é a pior forma de governo excepto todas as demais formas de governos que têm sido experimentadas. A virtualidade do capitalismo advém de se basear na liberdade e na iniciativa dos cidadãos e na capacidade destes para inovarem e criarem valor acrescentado e riqueza. Por via do capitalismo milhões de pobres que engrossavam as fileiras do proletariado foram progressivamente se transferindo para a classe media, dispondo de produtos e de uma capacidade de consumo que permitiu um nível de bem estar, transversal a toda a sociedade.

Mas tal como a democracia o capitalismo e economia de mercado, ao contrário do que o liberalismo defende, não se pode deixar numa toada “LAISSEZ FAIRE, LAISSEZ PASSER"
Com a expansão das novas tecnologias inerentes ao fenómeno da globalização, um novo estádio de capitalismo foi se desenvolvendo, totalmente desligado de qualquer sentido ético. Rapidamente surgiu um capitalismo desregrado, desligado da axiologia dos valores , assente já não na criação de riqueza material, palpável, mas sim, baseada em produtos financeiros derivados complexos, de raiz especulativa e virtual.
O resultado de tal desregulamentação, é a actual crise financeira.
Os verdadeiros culpados não são os especuladores, ou os bancos ou os gestores. O ónus da culpa encontra-se nos governos que facilitaram, que não regularam os mercados.
Como diz o povo “ casa roubada trancas à porta”. Agora todos falam de regulação.
Oxalá tenham aprendido

António Cipriano

sexta-feira, setembro 26, 2008

Vale e Azevedo e o Tratado Mais Velho da Europa

É certo e sabido que Portugal e Inglaterra posssuem a aliança mais antiga do Mundo, assim como desta aliança, os portugueses sentem que os ingleses (apesar de nos terem ajudado em 1385, aonde é que esse tempo já vai!!!)tiveram sempre a melhor parte do acordo exercendo pressões sobre o nosso país para os apoiar. Já agora, antes de seguir, um à-parte, a ajuda que deram em 1808 a D. João VI beneficiou-os muito mais do que a ajuda que deram.
Continuando, quando à pouco tempo atrás vieram as notícias de que queriam pedir a extradição do Vale e Azevedo de Inglaterra, dei por mim a pensar: "Epá, porquê?? Mais uma boca para o Estado alimentar e para mais com tudo o que a Inglaterra nos fez nestes séculos todos, o mínimo que podemos fazer é deixar o Vale e Azevedo intrujá-los e vigarizá-los um pouco como paga!" Ontem veio a confirmação do meu pensamento, Vale e Azevedo não paga a renda em Londres há um ano! Espero que ele fique por Inglaterra por muitos e bons anos...

PP

quarta-feira, setembro 24, 2008


Não é propaganda…é mesmo logro!

O primeiro-ministro veio dizer que o ano lectivo de 2007/2008 foi o ano em que houve menos retenções dos últimos doze anos.

Sim, é verdade, é isso mesmo, foi o ano em que menos retenções houve nos últimos anos. Veio dizer também que isso se deve ao trabalho dos professores e às políticas do governo. Ora isto também é verdade, esta baixa de retenções deve-se mesmo essencialmente às políticas do governo, particularmente às medidas de currículos adaptados e currículos alternativos, que nada mais são do que uma grande fraude.

Uma das medidas deste governo para mostrar estes lindos resultados ao país e especialmente na U.E. foi criar mecanismos para praticamente eliminar a retenção, criando currículos adaptados, pois dentro destes sistemas torna-se impossível a um aluno ficar retido. E um aluno pode transitar para estes currículos alternativos durante o ano lectivo se for sinalizado como sendo uma possível retenção e transita de certeza após duas retenções no ciclo, embora eu repita que as condicionantes para um aluno ficar retido são tantas que normalmente são aprovados embora sinalizados. Mas quando acontece o aluno é colocado em turmas PROFIJ e PERE, que para os leitores do continente são as famosas turmas PIEF em que todos sabem que os alunos NÃO FICAM RETIDOS, podendo progredir ano após ano neste sistema até chegar ao fim da escolaridade obrigatória, que lhe é atribuída mesmo que ele não saiba distinguir um 5 de um S, como acontece na grande maioria dos casos. De salientar que o ano lectivo passado foi o ano em que mais turmas de currículo adaptado foram criadas e que já se sabe que vai ser superado por este ano lectivo.

Isto a somar à baixa de exigência no ensino regular, onde é possível ter alunos no quarto ano a trabalhar competências do terceiro e a politica de pressão feita pelo governo sobre os professores para aprovar alunos, pressão feita através da avaliação anual feita aos docentes, onde quanto menos negativas forem dadas maior é a probabilidade de ter uma boa nota. Tudo isto somado faz ter medo do futuro. Acho ainda mais piada ao representante das associações de pais, que numa conversa irresponsável vem dizer que "agora só falta eliminar em definitivo as retenções", confesso que não sei qual a cor do céu no mundo do representante da associação de pais, mas sei que a cor do futuro do nosso país num prazo de 10 anos é negro, muito negro.


António Manuel Guimarães

Magalhães, o progresso e a trampa

Com grande cobertura mediática apregoa-se o portátil Magalhães de baixo custo para as crianças do 1º ciclo. É o circo da política no seu pior. Nada tenho contra o computador para as crianças, pelo contrário, tenho é pena que a trampa continue a ser o que é, neste caso, refiro-me às Actividades de Enriquecimento Curricular que é outra iniciativa louvável, englobando o ensino do Inglês, Música, Informática e Actividade Física que estava prevista desde o Reinado de D. José I (para os mais desatentos, relembro que D. José I reinou Portugal de 1750 a 1777). No entanto, as Actividades de Enriquecimento Curricular enriquecem quem?? Os professores não devem ser, pois andam a estudar para passar recibos verdes, os chamados trabalhadores precários, as condições dadas aos referidos professores muitas vezes são igualmente precárias, o governo quer retirar as Actividades aos ATL's, IPSS's, Creches, etc., ou seja, isto tudo é uma trampa. Este governo brinca à Educação. Os problemas da Educação (ou melhor da falta dela) não se resolvem só com "Magalhães".
PP

quinta-feira, setembro 18, 2008

Reflexões acerca do valor segurança
Qualquer que seja a concepção política ideológica de Estado, o valor segurança apresenta-se como umas das premissas prioritárias, sem o qual a vida em sociedade é um tormento inaceitável. Compete ao estado quer actue numa postura intervencionista ou liberal, procurar respostas as diferentes vertentes do conceito de segurança.
Portugal sempre foi um país pacífico. Portugal ainda continua a ser uma sociedade calma e segura. Todavia, nos últimos tempos, temos vindo a ser assolados por um incremento substancial da insegurança. Este será um fenómeno conjuntural, com causas híbridas na crise económica, no desemprego, no fim das fronteiras intracomunitárias e nas reformas legislativas penais precipitadas, entre outras. Mas também será um fenómeno estrutural consequência da desfragmentação e destabilização do conceito ancestral de família, coadjuvado por uma deterioração do quadro de valores da sociedade e de um deficiente sistema de educação e de justiça.
A transformação das sociedades e dos seus equilíbrios internos é um processo lento e complexo. Muitas vezes as classes políticas presas excessivamente ao presente não deslumbram as mudanças com consequências futuras. Não se diagnosticando as patologias sociais antecipadamente, os seus efeitos vão se agravando até configurarem cancros de difícil solução.
Perante a onda de criminalidade os problemas sociais emergem aos olhos de todos. E que soluções? Perante problemas complexos não existem soluções fáceis ou milagrosas. Tradicionalmente a direita apela às soluções securitárias, enquanto a esquerda privilegia a resposta social. No meu entender, a solução é um misto das duas. Num primeiro momento será necessário o reforço da presença e poder das autoridades policiais, bem como a correcção de alguns erros graves que se cometeram de âmbito legislativo, no Código de Processo Penal que traduziram um sentimento de impunidade, de que o crime compensa. Seguidamente será necessário medidas estruturais as quais deviam ser envoltas de um elevado consenso político-partidário. Reforma do sistema de Justiça (justiça mais célere, objectiva e de acesso universal), reforma do sistema educativo (incorporação dos valores do mérito, trabalho, esforço, solidariedade social; definição e acompanhamento constante do projecto educativo de cada aluno, envolvendo a escola os professores, os pais e a comunidade); Projecto de acompanhamento dos bairros sociais e zonas problemáticas, visando o fim da exclusão social mediante a introdução de programas de reforço dos valores da cidadania e de acções de formação profissional; não construção de mais bairros sociais, optando pelo redistribuição das populações pelas diferentes áreas das cidades.
Compreende-se que estas medidas não têm efeitos imediatos. Exige-se à semelhança de qualquer plano estratégico uma constante avaliação dos resultados de campo, e da introduções de planos alternativos e complementares que permitem em cada momento atingir o objectivo central – uma sociedade mais coesa, solidária em que a exclusão social e a marginalidade estejam em níveis mínimos controláveis.

António Cipriano

sexta-feira, setembro 12, 2008



Histórias da Lagoa de Óbidos
José Casimiro carregava no rosto uma sucessão de rugas, testemunhas do passar do tempo e consequência dos muitos dias passados ao sol da lagoa. Toda a sua vida tinha sido mariscador, oficio que aprendera com seu pai e seu avô. Era uma vida difícil, rude, dura, economicamente não muito gratificante, mas José Casimiro não a trocava por outra. Da lagoa de Óbidos aprendera os valores da amizade, o respeito pelos mais velhos, a confiança e admiração pela natureza. Seus filhos talvez por serem já de outro tempo, já não quiseram esta vida, tendo rumado a Lisboa.
Ao longo das décadas, José Casimiro já tinha assistido a muitas mudanças na morfologia da lagoa. Muitas vezes tinha sido testemunha de mudanças do lugar de contacto entre a lagoa e o mar. Em situações excepcionais já tinha contribuído com o seu trabalho braçal, para a manutenção da abertura da lagoa. A lagoa como todos os organismos vivos, tem problemas e mudanças de humor. Todavia os seus habitantes tinham sempre contribuído com a sua experiencia e conhecimento de causa, para a manutenção da mesma. Mas de há uns anos para cá, muito tinha mudado. A lagoa tinha vindo a sofrer pressões, decorrentes do crescimento populacional, do desordenamento urbano, bem como da poluição das diferentes actividades económicas, conjugadas por um problemático e teimoso processo de assoreamento, os quais em última analise podem por em causa o equilíbrio ecológico do ecossistema lagunar. A medida que os problemas se iam agudizando José Casimiro ouvia falar de estudos e mais estudos. Curiosamente os ditos peritos (engenheiros e doutores) do INAG, do LNEC, nunca quiseram ouvir aqueles que melhor conheciam a Lagoa – os mariscadores. Apesar dos estudos, das promessas, das tasks-forces os problemas persistiam, agravados pela utilização da lagoa como arma de arremesso político, por parte de alguns.
Em 2006 tinha se constituído uma comissão de acompanhamento da lagoa de Óbidos, a qual manifestou a necessidade urgente, da realização de uma operação de dragagem de 1,5 milhões de metros cúbicos de areias. No entretanto, a comissão apontava a realização de intervenções pontuais para o desassoreamento, antes da intervenção alargada. José Casimiro chegou a pensar que desta vez o problema se iria resolver. Mas não. Faltava realizar antes das tão necessárias dragagens, um estudo de impacto ambiental. Estranhamente ou não, passados mais de dois anos o referido estudo ainda não tinha sido adjudicado. 2009 Era ano de eleições legislativas e autárquicas. José Casimiro sabia que a lagoa lá ia mais uma vez, ser alvo de discussão e de promessas pelas mais variadas forças políticas.
José Casimiro era um optimista. Acreditava que qualquer pessoa que conhecesse a beleza da Lagoa de Óbidos, não podia deixar de lutar pela sua sobrevivência ecológica. Talvez o que falte é os governantes deixarem os gabinetes do Terreiro do Paço e virem ao encontro da lagoa de Óbidos.
António Cipriano

terça-feira, setembro 09, 2008




SNS – Proibido reclamar

Quando um paciente se desloca a um centro de saúde e considera que foi mal tratado pelo medico, e apresenta nos serviços competentes uma reclamação, normalmente se esperaria que houvesse uma analise dos factos, de modo a verificar se houve ou não, por parte do profissional de saúde, demérito ou incúria. Caso seja apurado falta de profissionalismo, o cidadão espera que o médico seja repreendido, de modo a que a qualidade do serviço incremente.
Ora em Portugal quando um doente reclama do comportamento do médico, o mais normal é que a sanção seja aplicada ao doente. Segundo dados do ministério da saúde muitos dos 325 utentes do SNS que apresentaram reclamações foram excluídos das listas dos médicos, ficando então sem médico de família. Mais grave ainda, é que o senhor Bastonário da ordem dos médicos defender que os médicos tem o direito de excluir da sua lista de doentes aqueles que não desejem consultar!!
António Cipriano

quinta-feira, setembro 04, 2008

Ver o LHC de outra forma

Pormenores físicos à parte, existem potenciais enormes implicações religiosas e sociais a médio prazo, relacionadas com o LHC.

Steven Weinberg (Nobel 1979): "Se conseguirmos criar uma teoria final em que todas as forças e partículas são explicadas, e essa teoria ajudar a compreender o Big Bang e nos der uma cosmologia consistente, deixar-se-á menos à religião para explicar." (citado da Newsweek).

João Pedro
Sarah Palin

Nos EUA os discursos políticos tendem a ser mais agressivos do que na europa. Chegam ao ponto do ataque pessoal sem que os eleitores o percepcionem como algo mais do que "fair game".
O discurso na Republican National Convention de ontem, da candidata a vice-presidente pelo GOP (Republicanos), Sarah Palin, teve uma segunda metade que certamente se consubstancia como o discurso político norte-americano mais agressivo que tenho na minha memória recente.
É normal os candidatos a vice-presidente serem justamente "armas de ataque", tradicionalmente é assim.
Palin parece, à primeira vista, uma escolha sólida para o ticket republicano: mulher e conservadora. Se McCain é um centrista, Palin é certamente de direita.
E agora uma opinião minha, nada objectiva. Foi uma péssima escolha:

1 - Toda a estratégia republicana para estas eleições passa por um ponto fulcral: Barack Obama é inexperiente para ser presidente da nação. Mas quem é Sarah Palin? É uma mulher que foi mayor de uma cidade chamada Wasilla (7 mil habitantes) e que é governadora do Alasca há 2 anos. Isto é currículo político?
Poderá ser argumentado: mas Obama é candidato a presidente, Palin "apenas" a vice-presidente. Verdade. Mas o vice-presidente, constitucionalmente, substitui o presidente em caso de necessidade. Para além disso, o vice-presidente é presidente do Senado.
Se considerarmos que John McCain tem 72 anos (se for eleito presidente será o presidente estreante mais velho da história dos EUA) e que teve graves problemas de saúde recentemente, então temos que a probabilidade de Sarah Palin poder vir a ser presidente dos EUA é maior do que em condições mais típicas. Com o exuberante currículo político que ela apresenta?

2 - Ela é especialista em energia, um ponto no qual o Partido Democrata costuma ser visto como mais forte. O problema é que ela não demonstra currículo em outras áreas, como sejam saúde, educação, economia, justiça, etc. Ela vai ter um debate contra Joe Biden, o candidato democrata à vice-presidência. Biden é um congressista sénior, tendo feito parte dos comités judicial e de relações externas do Senado. Parece-me que vai haver muito republicano nervoso durante esse debate (por pouco importante que o mesmo possa ser).

3 - Sarah Palin é conservadora. Fervorosamente anti-aborto, defensora dos valores tradicionais da família, membro activo do NRA (National Rifle Association; sim, mais uma maluquinha das armas), defensora da pena de morte, entre outras situações.
No entanto tem uma filha de 17 anos, solteira e grávida. Lá se vão os valores familiares conservadores que os neo-conservadores tanto gostam de defender. Ela tem uma visão para as famílias dos EUA que não corresponde ao que tem em casa.
E ressalvo que não tenho nada contra o facto da rapariga estar grávida, somente acho incongruente e inconsistente a posição da mãe.

4 - Sarah Palin está a ser investigada por corrupção activa, enquanto governadora do Alasca. Já o estava antes da nomeação do GOP. Pode, obviamente, estar inocente; mas porquê escolher uma pessoa que tem essa suspeição a pairar?

5 - A agressividade dela, ontem, chegou a roçar o ridículo. Não votem em Obama porque a Casa Branca não é o mesmo que fazer trabalho cívico em bairros pobres. Votem em McCain porque é um herói que esteve preso, vários anos, no Vietname. Estou, obviamente, a simplificar o discurso dela, mas isto faz algum sentido?

6 - Em Setembro de 2008 a candidata a vice-presidente dos EUA é defensora da guerra no Iraque e da manutenção das tropas norte-americanas no país.

7 - É muito comum que o candidato a vice-presidente complemente o candidato a presidente. Quando o presidente é do norte, muitas vezes o vice-presidente é do sul, e vice-versa. Ou então escolher um vice-presidente de um "swing state", um estado importante e no qual a votação entre azul e vermelho se prevê renhida.
Alasca? Vale 3 votos no colégio eleitoral (é um dos estados que vale menos votos, até porque 3 é o mínimo). Para além disso não é propriamente um estado no qual a votação se preveja renhida: desde 1968 que o Partido Republicano tem ganho sempre no Alasca, em eleições presidenciais.

João Pedro

sábado, agosto 30, 2008




Prisão Preventiva
Portugal é em certos domínios um país estranho. Há precisamente um ou dois anos, os jornais, os opinion markers, e a generalidade dos nossos políticos brandavam efusivamente contra a excessiva aplicação pelos tribunais da prisão preventiva. Dizia-se que Portugal era dos países europeus com mais presos preventivos. Chega-e mesmo a dizer, que prisão preventiva em Portugal era aplicada de modo inaceitável, e violador dos direitos do homem e do bom senso. Como resultado a legislação foi alterada, só podendo a prisão preventiva ser aplicado a crimes com uma moldura penal de 5 anos.
Voltados pouco mais de dois anos tudo mudou!!!!
Agora, jornais, políticos, população exige que os meliantes fiquem em prisão preventiva!! Não deve faltar muito para que a legislação volte a prever a prisão preventiva para crimes com uma moldura penal de 3 anos.
Chama-se isso, soluções casuísticas num país sem rumo ou estrategia delineadas, que navega ao saber das notícias dos jornais.
António Cipriano

sexta-feira, agosto 29, 2008

HellBoy 2

HellBoy II

Hellboy não corresponde ao esteriótipo politicamente correcto de super-herói. Talvez por isso tenha um outro interesse e uma outra aura. A película de Guillermo del Toro, está bem construída, aproveitando muito do universo de criaturas criadas no “Labirinto del Fauno”, mas agora num ritmo inebriante e constante. Se gostam de filme de super-herói, não darão o tempo por mal empregue.

António Cipriano

terça-feira, agosto 26, 2008



Verão Quente

Bem antes do inicio oficial do verão, a 21 de Junho, variados especialistas em metereologia e geofísica profetizavam o verão mais quente dos últimos 25 anos. E ao contrario do que se possa pensar os meteorologistas não se enganaram. Estamos a ter um verão bem quente, não ao nível das temperaturas climatéricas, mas mais ou nível do índice de criminalidade. È certo que os meios de comunicação na silly season aproveitem para empolar e mediatizar em excesso a questão da criminalidade. Mas a verdade é que se vem assistindo a um aumento crescente e constante da criminalidade em Portugal, se bem que ainda dentro de parâmetros bem razoáveis face a muitos países europeus. As causas da crescente criminalidade são conjunturais como a crise económica e a crescente proliferação de armas, e estruturais como a abertura das fronteiras intra-comunitárias, a ineficácia do sistema de justiça e a crescente e preocupante desfragmentação da família e do sistema de valores da sociedade.
António Cipriano

quinta-feira, agosto 21, 2008



Confidências

Ficamos esta semana a saber pelo grande amigo de Sócrates, Hugo Chavez no seu habitual programa televisivo que a economia portuguesa se encontra estagnada. Esta afirmação de Chavez não resulta de qualquer estudo ou analise mais profunda, mas simplesmente de um confidencia de Sócrates ao líder “democrático” venezuelano.
Pelos vistos, sempre que os portugueses desejem saber o que se passa na economia portuguesa o melhor é ligar a televisão venezuelana.
António Cipriano

terça-feira, agosto 19, 2008

O Espírito Olímpico

Infelizmente este é o verdadeiro espírito olímpico português.
A grande Vanessa Fernandes, essa sim é a excepção.

António Cipriano

terça-feira, agosto 12, 2008



Abertura da Caixa de Pandora

À tempos atrás, neste mesmo blog vaticinei os perigos que advinham do reconhecimento internacional da independência do Kosovo. Infelizmente os factos vieram a me dar razão. Com a independência do Kosovo, e a consequente violação dos princípios de Direito Internacional da Soberania e da inviolabilidade do território nacional, a caixa de Pandora dos nacionalismo esta aberta. Se o Kosovo pode ser um estado independente (ainda que economicamente inviável), porque motivo a Ossétia do Sul e a Abcásia também o não podem ser?
Com o Kosovo, a Federação Russa foi de certo modo menosprezada. Com os sucessivos alargamentos da NATO para leste, a Rússia foi sendo humilhada. Pois bem, Putin resolveu deixar uma mensagem bem clara aos estados do Cáucaso – “O Cáucaso é quintal da Rússia", e não zona de influencia do EUA ou do ocidente.

António Cipriano

quinta-feira, agosto 07, 2008



Nuclear

Apesar do agravamento dos custos energéticos derivados do aumento substancial do preço do petróleo, o governo alemão de Ângela Merkel reafirmou o seu compromisso de encerrar 19 centrais nucleares até ao final do ano de 2021.
Se a grande e industrial Alemanha pretende eliminar o nuclear do seu cabaz energético, a que propósito deve Portugal enveredar pelo nuclear?

António Cipriano

quinta-feira, julho 31, 2008



Programa @-Lares

Depois do programa @-Escolas e do @-Escolinhas com o computador Magalhães, José Sócrates prepara-se para lançar o programa @-lares. Com este programa o governo pretende disponibilizar um computador portátil para cada idoso. Os mais velhos podem assim jogar online à sueca, efectuar marcações de consultas para o centro de saúde ou efectuar encomendas de medicamentos. Graças a esta louvável medida deste fabuloso governo, Portugal dá mais um passo para se constituir como um país virtual.

António Cipriano

terça-feira, julho 29, 2008



O Cavaleiro das Trevas

Christopher Nolan reinventou o conceito de Batman.
Tal já tinha sido visível em Batman Begins, mas agora com o Cavaleiro das Trevas as expectativas foram ultrapassadas. Ao longo de 150 minutos podemos assistir a um excelente espectáculo visual, envolto de um enredo cheio de suspense e adrenalina.
As comparações entre o Batman de Tim Burton e de Jack Nicholson e o Batman de Nolan e de Heath Ledger são obvias. Mas não tenham duvidas, o Batman de Nolan é absolutamente superior em todos os sentidos.
Quem goste de bom cinema não deixe de ver.
António Cipriano

quinta-feira, julho 24, 2008



Populismos

Luís Filipe Menezes anunciou que a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia a que preside, a partir do inicio do próximo ano lectivo vai distribuir aos alunos do primeiro ciclo gratuitamente os livros escolares. Ou seja milionários, ricos, pobres, miseráveis, todos vão ser beneficiados por igual em Vila Nova de Gaia no que toca aos livros escolares. Menezes advoga-se assim como um benemérito, preocupado com os valores da igualdade e da educação, das criancinhas do concelho.
Nada mais errado. Todos sabem que o principio da igualdade previsto no artigo 13 da Constituição, postula que se devem tratar de forma igual, situações iguais, e de forma desigual, situações desiguais. Ora o presente caso, nada mais é do que um tratamento desigual, que configura um populismo provinciano, de alguém que procura como uma ou outra media avulsa, um protagonismo que não tem, e que não merece, a um ano de eleições autárquicas.
António Cipriano


Credito já

Segundo a DECO, em 2007 houve 1976 casos de sobreendividamento, mais 118% que no ano passado. Com as dificuldades resultantes da subida da inflação derivada da subida do preço dos combustíveis, dos alimentos, e o aumento das taxas de juro, a tendência é este cenário piorar.
O numero de famílias com mais de 3 créditos já representa 66% do total dos sobreendividados. No 1º semestre de 2008, já são 777 casos de famílias sobreendividadas. Destes, 474 têm entre três e dez créditos, e 38 famílias mais de dez créditos. Como agravante, a generalidade destes são créditos ao consumo.
O crédito é um instrumento de enorme importância económica para a vitalidade da economia. Todavia como em tudo na vida, deve de ser utilizado de forma moderada e razoável.
Ao estado compete regular, legislar, informar e evitar os abusos dos agentes económicos. Ora não me parece razoável nem aceitável, que o estado e regulador do sector financeiro (Banco de Portugal), permitam publicidade abusiva e muitas vezes excessivamente agressiva e enganosa, por parte de muitas empresas de crédito fácil.

António Cipriano

segunda-feira, julho 21, 2008

Mais uma machadada no futuro de Portugal!

Já está, o governo acabou de publicar em Diário da Republica o despacho que faz com que os professores do segundo ciclo dêem mais de uma disciplina em cada turma. A lógica demagógica que o governo apresenta é que os alunos sentem muito a diferença do primeiro para o segundo ciclo, ou seja, os alunos sentem a diferença de passar a ter sete professores em vez dos cinco no primeiro ciclo. A razão real é mais simples é poupar dinheiro, prejudicando, mais uma vez, a instrução em Portugal. A querer fazer uma aproximação, que não é necessária, então governo deveria procurar aumentar gradualmente nos quatro anos do primeiro ciclo os conteúdos e logo os professores, mas claro que assim seria mais caro. Faz lembrar aqueles otários que por terem poucos direitos sociais dizem que quem tem os deve perder, em vez de lutar para também adquirir os mesmos direitos. Claro que devem existir pessoas que concordam com esta medida, pobres complexados, recordem-se que passaram de um professor na primária para sete na preparatória, sentem-se com problemas por isso?

Desta vez não vou falar de pontos específicos da educação como as competências que explicam como esta medida prejudica a educação em Portugal, apenas vou deixar uma pequena sugestão, porque é que o governo não aplica a medida à sua própria actividade, assim o primeiro-ministro fica com a pasta da agricultura e da educação por exemplo e o ministro das finanças fica ao mesmo tempo com a pasta da economia? E já agora aplica também esta medida à saúde, um oftalmologista bem que pode dar consultas de cardiologia? Ao fim e ao cabo são todos médicos…

Acima de tudo, o que eu lamento é que a prática de desinvestir na educação é uma prática comum de países de terceiro mundo. De países governados por tipos que não entendem que a educação é sem dúvida nenhuma o motor dinamizador da cultura.

António Manuel Guimarães

sexta-feira, julho 18, 2008

Indignado

Um dos arguídos do caso apito dourado diz que está indignado por ter sido condenado a dois anos de pena suspensa por abuso de poder.
Pois se ele está indignado por isso, então ele que saiba que a maioria das pessoas que gostam de futebol é que estão indignadas, isto porque ele foi ilibado do crime de corrupção e foi apenas condenado a uma pena suspensa em vez de pena efectiva, esta sentença é um estimulo à corrupção.


António Manuel Guimarães

quinta-feira, julho 17, 2008



Problemas endémicos da nossa economia

A nossa economia terá obviamente um vasto conjunto de problemas estruturais. Todavia, no meu ponto vista um dos principiais problemas da nossa economia é a falta de apetência dos agentes económicos pelo risco. O crescimento económico, a criação de empresas são em grande medida o reflexo de indivíduos ou organizações que se aventuram em novos negócios, que procuram inovar, sujeitando-se ao sucesso ou ao fracasso. No entanto em Portugal vive-se segunda uma mentalidade de conformismo, imobilismo, presente nomeadamente nos mais jovens. A maioria dos nossos jovens universitários tem como projecto de vida ser funcionário ou de um qualquer organismo estatal ou quadro de uma empresa. Poucos, procuram o empreendedorismo tão necessário ao desenvolvimento.
Mas também os nossos grandes empresários são avessos ao risco. Quantos dos nossos grandes empresários se dedicam à indústria? Quantos dos nossos grandes empresários se dedicam a novas tecnologias? Quantos dos nossos grandes empresários apoiam projectos de risco, de jovens empreendedores, através do denominado capital semente? Quantos dos nossos empresários actuam como Business Angels ?

António Cipriano


sexta-feira, julho 11, 2008

Hotel Lisbonense

Foi com tristeza que fiquei a saber a mais de 2000Km de distância que quando eu voltar para as Caldas da Rainha vou encontrar a minha cidade significativamente mais pobre. A zona da Rainha, particularmente a Avenida Manuel Freire da Câmara, ficou para sempre descaracterizada. Todos os caldenses detestavam as condições de ruína em que o Lisbonense se encontrava há largos anos, muitas foram as soluções procuradas durante décadas, solução que apenas o ano passado foi encontrada. A Câmara aprovou a construção do centro comercial Vivaci desde que o Hotel fosse restaurado e mantivesse a fachada, a FDO concordou. No entanto depressa começou a dizer que era difícil, era caro, limitativo, ou seja, uma série de desculpas para não cumprir o combinado. A Câmara recusou sempre qualquer alteração do plano inicial, algo que certamente espelhava a vontade dos caldenses, ou pelo menos daqueles que gostam e se orgulham do passado das Caldas da Rainha. Agora desapareceu, a FDO diz que vai reconstruir, mas…para quê? Será que foi dentro da reconstrução que esteve Ramalho Ortigão, Raul Proença, Columbano e Rafael Bordalo Pinheiro ou José Malhoa? Será que foi nessa reconstrução que a família real ficava quando vinha fazer termas para as Caldas? Será que Humberto Delgado discursou da varanda central dessa reconstrução? Será nessa reconstrução que várias gerações de caldenses desde 1870 até ao início da década 70 do século XX viveram alegrias, como ainda hoje os meus pais recordam? Claro que não! Esse edifício está irremediavelmente perdido e nada pode pagar o que a cidade perdeu, devem-se apurar as responsabilidades e obrigar os culpados a compensar a cidade por causa do que é impossível restituir.

António Manuel Guimarães