quarta-feira, maio 28, 2008



Novos Presentes

Uma nova preciosidade invade as ourivesarias de Portugal. Jovens apaixonados já não oferecem peças de ouro, prata ou diamante. Preferem presentear as suas amadas com uma nova sumptuosidade - Pequenas garrafas ornamentais de Gasolina ou de Gasóleo.
Este sim é um presente dispendioso, excêntrico e necessariamente útil, que deixa qualquer mulher encantada.

António Cipriano

quinta-feira, maio 22, 2008



Directas no PSD

A defesa da democracia e o futuro de Portugal necessitam de um PSD forte, com ideias, capaz de fazer oposição assente num projecto alternativo para Portugal. Ora nos últimos tempos, o PSD tem andado a brincar às lideranças. De partido credível que muito fez por Portugal foi progressivamente, se tornando em apenas mais um partido do sistema, em que os eleitores olham com desconfiança. È chegado a hora de acabar com a brincadeira!!

Historicamente o PSD, enquanto partido interclassista, tem vivido sobre duas tendências. A mais populista de Sá Carneiro e de Santana Lopes, e a mais reformista e progressista de Cavaco Silva Esta é a escolha que os militantes tem de fazer.

Santana representa o passado, o populismo, o projecto já vencido em 2005 que os portugueses querem esquecer.

Passos Coelho, é um liberal que aposta numa perspectiva de diminuição concreta do peso do estado na sociedade Defende o mercado e o individuo como matriz essencial da economia e da sociedade. Representa de facto, um projecto diferente. Num país em que o espectro eleitoral se encontra maioritariamente à esquerda, não me parece que o eleitorado deseje o liberalismo económico. A mim pessoalmente, que me considero um social democrata na verdadeira acessão da palavra, não comungo desta visão excessivamente liberal da economia. O Mercado é importante, deve ser dinâmico, mas necessita de regras e de um intervenção, ainda que suave do estado. Ao estado compete o combate às falhas de mercado, mas nunca esquecendo a matriz social que deve vincular qualquer sociedade.

Se Passos Coelho é o candidato do aparelho, Manuela Ferreira Leite é a candidata das elites. Todavia, a mim pessoalmente, me parece que aos olhos dos portugueses, é aquela com melhor perfil de candidata a primeira-ministra. É uma personalidade credível, responsável, “que não vai em ondas” ou populismos e que sabe o que deseja para o país. Ainda mais, quando no discurso recente tem acrescentado uma tónica social, que os portugueses tanto desejam.
António Cipriano

sábado, maio 17, 2008

Um é capaz de ir longe, o outro nem por isso

Este é capaz de ir longe:

"Prefiro não ter experiência governativa do que ter a má experiência de Santana"
Pedro Passos Coelho

E este (espero) nem tanto:



João Pedro

quinta-feira, maio 15, 2008

O que fazer quando for multado?


Agora, quando um polícia me quiser multar já sei o que dizer. Vou pedir desculpa e dizer que lamento imenso, que não volta a acontecer e que desconhecia que era ilegal. Estes argumentos parecem funcionar muito bem com uns que violaram recentemente a lei do tabaco. Talvez comigo não vá funcionar tão bem porque a verdade é que eu, ao contrário do senhor que violou a lei, não tenho o poder executivo e não sou legislador logo é mais difícil ser desculpado.

António Manuel Guimarães

terça-feira, maio 13, 2008

Agricultura

Nestes últimos 30 anos, a Agricultura tem sido uma actividade económica a todos os níveis desprezada, alvo de ostracismo por parte dos sucessivos governos. Socialmente, os agricultores são considerados uma espécie inferior, alvo de chacota, identificados como o Portugal do passado.
A recente crise alimentar, vem relembrar os mais incautos da importância da agricultura. Esta é a actividade básica da economia. Sem esta não há alimentação, e sem alimentação, a desordem, o caos e a instabilidade económica e política, são uma constante.
A Agricultura, foi o preço que Portugal teve que pagar pela entrada na então CEE. De facto, em 1986 Portugal tinha uma agricultura atrasada, pouco produtiva mas que sustentava grande parte das necessidades nacionais. Vinte anos passados, a nossa agricultora apesar de uma chuva de subsídios pouco mudou. Agravou-se a dependência alimentar face ao estrangeiro e grande parte dos solos produtivos foram votados ao abandono, ou à especulação imobiliária. Em grande parte tal deve-se a uma PAC, desequilibrada, que actua sem estratégia, com medidas casuísticas. Ora se subsidia a plantação de cereais ora se subsidia o pousio. Ora se subsidia plantação de olival, ora se subsidia o arranque do olival.
Os momentos difíceis são sempre uma janela de oportunidades. É hora da Europa e Portugal terem no âmbito da Politica agrícola uma estratégia pensada, estruturada, de valorização dos recursos. É tempo de terminar o pousio das planícies alentejanas. Étempo de voltar a valorizar a agricultura!!!

António Cipriano

domingo, maio 11, 2008

Festival da Eurovisão

Todos à muito conhecemos a degradação sistemática do festival da canção em Portugal. Pois fiquem descansados. Não é um mal só nosso. Vejam com calma a qualidade da musica que vai representar a Espanha no Festival da Eurovisão deste ano!!!!! É de assustar!!!!!!!!

António Cipriano

quinta-feira, maio 08, 2008

MENTIROSO

É vergonhoso afirmar o que vou dizer, vergonhoso porque foi uma mentira do nosso primeiro-ministro na Assembleia da República, na casa da Democracia, onde todos os portugueses estão representados, enquanto falava sobre as medidas tomadas na protecção dos trabalhadores feitas pelo governo teve o descaramento de dizer o que vou citar:
- ”… proibimos também os estágios profissionais não remunerados…”
Isto é mentira, o meu estágio foi feito o ano passado e é reconhecido tanto pelo Ministério da Educação, como pela Secretaria Regional da Educação e não recebi um tostão que fosse, nem ajudas de custo dos materiais utilizados, nem ajudas para as deslocações de 30Km feitos diariamente, nem tão pouco uma bolsa de estudo, portanto este governo já vai para além de não justificar as promessas falhadas, agora já mente descaradamente. É uma vergonha um primeiro-ministro ter a frieza e descaramento para mentir sem sentir qualquer forma de constrangimento.
Este governo e este primeiro-ministro são claramente um exemplo que justifica aquilo que eu costumo dizer quando ouço alguém dizer que tem vergonha de ser português, eu normalmente respondo que nunca sinto, nem nunca vou sentir vergonha de ser português, mas tenho vergonha de alguns portugueses, que fazem figuras miseráveis e dão uma péssima imagem do nosso país.

António Manuel Guimarães

domingo, maio 04, 2008

Diz que pretende ser um programa de humor

No fim de “Os Contemporâneos”, o novo programa de “humor” da RTP1, deu um breve anúncio que dizia que uma marca de cerveja sem álcool patrocinava o programa. Ora isso está muito desajustado pois a verdade é que é necessário estar muito alcoolizado para conseguir achar alguma graça ao programa. Piadas fáceis, algumas já bem antigas e que o Bruno Nogueira já faz à muito em Stand-Up (onde ele é brilhante), repetições sem piada nenhuma e humor sem palavras onde simplesmente não se percebe onde está o humor. Um programa muito à imagem do humor de Nuno Markl (excelente em rádio) que simplesmente, já está mais que visto, não funciona em televisão.
Não acho que este programa consiga, sequer, chegar a uma pontinha do programa que se espera que substitua, o inimitável gato-fedorento, parece-me que ou muda radicalmente, ou vai acabar muito depressa, curiosamente o episódio de hoje parecia que nunca mais acabava, o que só por si já é sintoma de falhanço.

António Manuel Guimarães

sábado, maio 03, 2008



Diferenças

Hoje é um lugar-comum referir que PSD e PS são partidos iguais. A mim não me parece verdadeiro tal raciocínio. É certo que nos últimos anos, o PS por via da acção de Sócrates, tem vindo progressivamente a se deslocar para a direita, adoptando um discurso de cariz reformista, firme, assente teoricamente num projecto de futuro para o país. Simultaneamente foi abandonando algumas do seu ideário de esquerda, apenas contrabalançado por projectos casuísticos como o aborto ou do divórcio. O PS por se ter aparentemente recentrado à direita, ocupou parte do espaço político do PSD. Isso tem sido a raiz dos problemas internos deste. Mas na verdade isso não passa de uma falso problema. Apesar do tom reformista do PS, a prática política, demonstra que a maioria das reformas ficou no papel ou nas palavras. O PS não é um partido pragmático, que realmente faça reformas.
Já o PSD é pragmático, os seus quadros sabem o que o país precisa, e não tendo receio de tomar as decisões. Compete ao PSD desmascarar o dito “PS reformista” que não existe, e demonstrar através de ideias e projectos que é um partido responsável, pragmático, capaz de levar a bom porto, o país, mesmo perante águas revoltas.
António Cipriano