Campanha Eleitoral GovernamentalNeste orçamento apresentado a 14 de Outubro de 2008 Teixeira dos Santos afirmou que o governo iria manter as “grandes obras” de investimento público, ou seja, as obras para o Aeroporto Internacional de Lisboa em Alcochete e o TGV são para manter e quem as critica é por puro ataque de cariz eleitoralista. Isto não deixa de ter piada, num orçamento apresentado a menos de um ano das eleições, sendo o primeiro desta legislatura com um aumento de salário para a função pública superior à previsão da inflação, os actos de cariz eleitoralista segundo Teixeira dos Santos são os ataques da oposição às obras faraónicas do governo. Tem piada que ele não considera que a maior subida dos salários dos últimos anos como um acto de cariz eleitoralista, bem, ele deve ser o único que pensa que ninguém percebe que é esse o objectivo.
Outro belo exemplo de campanha dos outros foi uma proposta de lei apresentada por um deputado socialista que previa o matrimónio entre homossexuais, a esquerda em bloco votou favoravelmente, o centro e o centro direita votaram contra, assim o PS votou contra, alguns deputados apresentaram uma declaração de voto dizendo que eram a favor mas votavam contra, o Manuel Alegre votou mesmo a favor nem cavaco deu e borrifou-se para a disciplina de voto que impunha que os socialistas votassem contra. Ora se o PS apresenta uma lei, dizem em peso que são a favor e depois impõem a disciplina de voto para votar contra, ena, será que votaram assim por serem conservadores? Ou será que foi para não perderem uma data de votos nas próximas eleições?
Campanha fazem os outros, lá por o PS andar para ai a distribuir computadores por todos com grande pompa e circunstancia com o primeiro e o seu séquito sempre presentes, como isto não bastava lá nasceu o Magalhães, distribuído por uma empresa que alegadamente foge ao fisco, que é muito bom para os mais pequenos e que todos podem comprar por €50, este não deve mais uma medida ser para a campanha pois surgiu um ano e uns dois meses antes das eleições, o que demonstra seriedade.
Outra medida nada eleitoralista passa pelo próximo IRS, pois será possível descontar até 50% o valor da prestação para a habitação, dizendo o condescendente governo que perderá muitos milhões, mas que os contribuintes precisam de ajuda por causa da crise.
No início desta legislatura, José Sócrates afirmou perante todos que Portugal estava numa situação delicada e que não seria possível nos próximos quatro anos recuperar, seria uma tarefa para oito anos e que no fim desta legislatura nunca iria fazer baixas para a campanha porque não seria sério.
Para terminar alerto todos para um facto, está programada uma nova lei em relação ao tempo de serviço dos professores, a lei que está feita não será apresentada nos próximos meses, mas já se sabe que prevê que a progressão será de acordo com a avaliação, não seria injusto se todos tivessem em pé de igualdade, mas infelizmente não estão, os contratados apenas podem ter bom, nunca excelente, assim os que começaram a trabalhar à menos tempo são aqueles que levam com esta perda de tempo de serviço. São estas medidas absurdas e impopulares previstas que o governo agora não apresenta, mas todos sabem que são medidas como estas que vão cair em todos os sectores se estes hipócritas voltarem a ser eleitos e se acham que não, é muito fácil perceber o que será Sócrates outra vez no poder, basta lembrarem-se dos últimos três anos e de tudo o que foi exigido sem que os portugueses tenham tido alguma melhoria nas suas condições de vida.
António Manuel Guimarães