sábado, novembro 29, 2008



Novo Livro de Anedotas


O demissionário Presidente do banco privado Português, responsável pela quase falência da instituição, lançou esta semana o livro “ João Rendeiro – Testemunho de um Banqueiro – História de quem venceu nos mercados”

Trata-se um livro de anedotas, acerca de como criar um buraco financeiro no BPP de 500 milhões de euros.

Um óptimo presente para o seu natal

António Cipriano

quinta-feira, novembro 27, 2008



A quem faz falta o ZÉ?

Ao contribuinte depois dos prejuízos causados por este no túnel do marquês, não faz falta com toda a certeza.
Ao Bloco de Esquerda deixou de fazer falta. Afinal o BE não é paroquia para dois clérigos (Louça e Sá Fernandes)


De hoje em diante o Zé apenas faz falta ao PS e a António Costa.
Já estou mesmo a ver, nas próximas autárquicas o Zé como numero dois de António Costa.

António Cipriano

domingo, novembro 23, 2008



Ajudar ou não o sector automóvel

Os paradigma da economia de mercado sustenta que o mercado deve funcionar livremente sujeito apenas a “mão invisível” de Adam Smith. Por conseguinte, as empresas devem nascer e morrer consoante sejam competitivas e respondam as necessidades dos consumidores. Levando à letra esta doutrina os estados devem se abster de intervir no mercado, actuando como meros regulares. Assim sendo os estados devem deixar morrer as empresas.
Devido a crise internacional a indústria automóvel vive dias de grande turbulência. As três magnificas de Detroit (GM, Ford e Chrysler), que representam 250.000 postos de trabalho directos e quatro milhões de postos de trabalho indirectos, encontram-se numa situação de quase falência. Estas solicitaram a título de urgência uma verba de apoio estatal de 25 mil milhões de dólares. Na Europa, a Opel, subsidiaria da GM vive uma situação similar. Em Portugal a Volkswagen (Autoeuropa), A PSA (Citroën. Peugeot ) e a Renault que representam 40.000 postos de trabalho directos passam também por dificuldades.
Deve o dinheiro do contribuinte, ser usado para ajudar empresas privadas?
Obviamente que sim. O efeito social e económico da falência de empresas de tal envergadura é tremendo. Uma falência de uma Opel ou de uma Ford, à semelhança do que se passou no Lemman Brothers, daria origem a um efeito de contagio que impulsionaria a falência de muitas outras empresas, bem como uma retracção do consumo privado, por via de um efeito psicológico de desconfiança do cidadão na economia.
Pode ser desagradável para o contribuinte, mas o auxilio à industria automóvel é um mal menor.

António Cipriano

quinta-feira, novembro 13, 2008

O apoio de Sócrates à Ministra Mª Lurdes Rodrigues


É indescritível por palavras que não sejam considerados palavrões ou ofensas às suas famílias, aquilo que eles estão a fazer aos professores. Durante uma governação sempre feita para o facilitismo absurdo em relação aos alunos, têm tido uma relação contrária em relação aos professores de dificultismo ao extremo. Há uns bons meses, uma entrevista da ministra deixou muito a desejar, português mal articulado, dificuldades de raciocínio e de transmissão da mensagem, possivelmente quer que todos os alunos sejam tão maus quanto ela é, não sei. O que sei é que aumentar a carga burocrática inserindo um modelo injusto e "pesado" para os professores, não é o caminho para a Educação. É sim o caminho para aumentar o número de desempregados, diminuir o número de professores pois ninguém irá querer ser mal pago e ter excesso de trabalho, além do essencial: aturar alunos que são e continuaram a ser cada vez mais mal educados e mal criados, que têm a faca e o queijo na mão, pois façam o que fizerem os professores são obrigados a passá-los. Que governo é este afinal? Um governo que em plena crise mundial, tem um PM que vai para uma cimeira ibero-americana, como se fosse vendedor na feira da ladra? Para mim, para mostrar verdadeiramente a palhaçada, a merda mesmo que este governo é, só faltou foi aparecer na cimeira, a ASAE a apreender os Magalhães do primeiro-ministro (sim, com letra minúscula pois mais não merece do que isso).

PP

quarta-feira, novembro 12, 2008



Irresponsável

Quem teve ontem a disponibilidade de ver a audição parlamentar do governador do Banco de Portugal, ficou absolutamente esclarecido acerca da actuação deste, no caso BPN
Ao longo das quatro horas de audição ,ficou bem patente o incomodo, a negligência profunda e a irresponsabilidade, de Vítor Constâncio. Este ignorou os sucessivos sinais dos problemas do BPN, recusando-se a ver o evidente. Não realizou as inspecções que tinha de realizar, não deu relevo as noticias da imprensa nem aos relatórios dos auditores, não investigou as razões que levaram num curto período de tempo o BPN a mudar sucessivamente de Administradores, ignorou os avisos das autoridades de Cabo Verde, etc.
A conclusão óbvia é que Vítor Constâncio, foi incompetente e irresponsável, causado pelo sua falta de actuação e negligencia, graves prejuízos a estabilidade do sistema financeiro e aos contribuintes.
O mínimo que devia fazer era demitir-se!!!!!!!

António Cipriano

quarta-feira, novembro 05, 2008

A mais improvável das eleições

A eleição de ontem nos EUA seria, ainda há poucos anos, considerada altamente improvável ou até impossível.

Não foi só a vitória de Barack Obama. Por cá fala-se menos no resto, mas foi também uma grande vitória do Partido Democrata. A maior viragem à esquerda na história dos EUA se considerarmos Presidência, Senado, House of Representatives e Governadores.
O Partido Democrata fica numa situação à qual não está habituado: clara maioria no Senado que fica a apenas 2 senadores de ser à prova de "filibusters" (bloqueios senatoriais), na House e com um inquilino na Casa Branca.

Um inquilino que, não deixando de ser americano e patriota, vê o mundo como o europeu comum também o vê. Um presidente dos EUA que, sabendo que a política externa americana deve, antes de mais, beneficiar os americanos, sabe também as atrocidades, incongruências e inconsistências que essa mesma política externa tem sofrido, com as consequências que bem sabemos ao longo das décadas. Lendo o seu livro "Audacity of Hope", mais propriamente o capítulo sobre política externa, quase que diríamos que estamos perante um europeu.

Os americanos não elegeram um político de carreira. Não elegeram um Santana Lopes ou um Mário Soares, se quiserem. Elegeram um homem que ganhou uma eleição para o senado estadual do Illinois sem quaisquer meios ou apoios; um homem que em 2004 tem o seu grande ponto de viragem política: é convidado pelo Partido Democrata para fazer o discurso "keynote" na Convenção Democrata de nomeação de John Kerry à presidência. Um discurso milimetricamente perfeito tornou alguém que era desconhecido fora do Illinois em alguém que, de repente, passou a ser uma figura em ascenção no Partido Democrata. Quando Kerry perdeu com Bush em 2004, um dos poucos pontos positivos da noite foi justamente a vitória de Obama na eleição para o Senado nacional, pelo estado do Illinois.

Mas, mesmo assim, Obama continuava a ser um outsider. Alguém com pouca experiência política comprovada (e isso é necessariamente mau?). Do campo dos "hopefuls" democratas, Obama era nitidamente desfavorecido perante uma estrutura e uma máquina democrática que tinha/tem em Bill Clinton o seu grande ídolo. Na altura, o único apoio de relevo que Obama tinha dentro do partido era o antigo senador de South Dakota, o politicamente "morto" Tom Daschle (um nome agora muito provável para Chief of Staff da nova Casa Branca).

Derrotar Hillary Clinton já foi um grande feito em si. Vencer a máquina republicana que continua a recorrer às tácticas de Karl Rove foi "apenas" a sequência lógica do que começou nas primárias.
Impressionante como os latinos, tradicionalmente "adversários" dos negros nos EUA, votaram massivamente em Obama (ter-lhe-á valido, por exemplo, a vitória em New Mexico, bem como uma grande ajuda na Florida). Impressionante como o sonho de Martin Luther King acaba por se realizar.

As coisas correram tão bem ontem que o novo presidente dos EUA ganhou onde tinha que ganhar e ainda em alguns autênticos feudos republicanos, como sejam especialmente Indiana e North Carolina. E se considerarmos que Obama é a favor de maior peso do estado na economia, é a favor da interrupção voluntária da gravidez, contra as armas (embora esta questão seja do foro estatal e não nacional), a favor de um serviço nacional de saúde que não discrimine quem não possui seguro de saúde (ou seja: a favor do modelo de saúde que vigora nos países da UE, basicamente) e contra a guerra no Iraque, então estas vitórias em estados tradicionalmente vermelhos (GOP) são ainda mais inverosímeis.

O ambiente era tão azul (Democratas) que até Elizabeth Dole (esposa de Bob Dole, um dos históricos republicanos) perdeu o seu lugar no senado contra uma virtual desconhecida do Partido Democrata, Kay Hagan, no estado tradicionalmente vermelho (Republicanos) de North Carolina.

Outra coisa que dá que pensar são os apoios que Obama foi granjeando. Desde mass media que tipicamente tomam posições, como sejam o Washington Post ou o NY Times, até outros meios de comunicação social que, para além de serem de direita, costumam manter-se neutrais, como sejam a The Economist (com Obama na capa desta semana, pré-eleição, com a frase "It's Time", para além de um editorial expresso de apoio) e o Financial Times. Membros do Partido Republicano, como sejam Colin Powell. Pessoas que representam o capital, como Warren Buffet, o homem mais rico do mundo. Os criadores dos Simpsons (no episódio desta semana, que passou 2 dias antes das eleições, Homer Simpson vota em Obama). Hollywood em peso. Jogadores da NBA que, no dia das eleições, apareceram nos respectivos jogos com fatos de treino a apelar no voto em Obama. São apenas alguns exemplos.

Fora dos EUA a vitória de Obama mais pareceu uma vitória caseira. Festeja-se desde o Quénia (onde o presidente disse algo como "esta vitória é nossa") à Indonésia (onde Obama viveu durante alguns anos na adolescência), passando pelo Japão, Europa em geral, Rússia (a capa de hoje do Pravda, principal jornal do país: "Acabaram 8 anos de inferno!"), etc.

Grandes vencedores da noite (para além dos mais óbvios):

- Howard Dean - o chairman do DNC. Passou de derrotado nas primárias de 2004 a primeira figura de um Partido Democrata de sucesso. Pegou no partido numa altura complicada e soube recuperá-lo.

- Nancy Pelosi - a maior parte dos europeus poderão não saber quem é Nancy Pelosi. Trata-se, tão somente, da mulher mais poderosa do planeta. Speaker da House of Representatives, dona de uma confortável maioria, é a figura de proa no braço legislativo dos EUA.

- David Axelrod - o chefe de campanha de Obama, desde o primeiro momento. Amigo pessoal de Obama, antigo jornalista em Chicago, é agora um consultor político que passou de pouco conhecido a sinónimo de sucesso em política e estratégia eleitoral.

A grande derrotada da noite é mesmo Sarah Palin. Uma escolha desastrosa (e é bem sabido que não foi escolha de McCain mas antes uma imposição do GOP). Estamos a falar de alguém que não tem problemas em dar a entender que visa, ela própria, uma candidatura à presidência mas que, ao mesmo tempo, foi apupada durante o discurso de concessão de ontem de McCain.

E apupada por uma razão muito simples: trouxe um tom de ressentimento, de divisionismo e de radicalismo a esta campanha, que acabou simplesmente por ajudar Obama.

João Pedro
Os pesos, as medidas e mais não sei o quê


Tenho evitado escrever sobre Futebol, mas em plena época de apito dourado, as arbitragens e os conselhos que a regem estão péssimos. Um caso: a partir de um pontapé de canto, foram buscar imagens de uma alegada agressão de Luisão a Fucile e após sumaríssimo, deram 2 jogos de castigo ao central benfiquista. Havendo agressão, até aqui tudo bem. Vejamos outro caso, Bruno Alves agride um jogador da Naval num disputa de bola e não é aplicado castigo, nem sumaríssimo com a seguinte justificação: O lance foi uma disputa de bola, portanto os 3 árbitros deveriam estar atentos ao lance, e que sendo assim não é necessário proceder disciplinarmente. Ora, sendo assim a agressão de Andrézinho a Suazo também não será alvo de sumaríssimo, mas voltando a Luisão, pelos vistos, um pontapé de canto e a confusão que se gera na área, não é necessário ter os 3 árbitros a olhar com atenção para os intervenientes. Sendo assim, para onde devem estar a olhar?
a) para o Quim que está na baliza oposta?
b) para o adepto do Benfica que apertou o pescoço?
c) para o telemóvel a ver se o depósito bancário já chegou?
PP
A vitória de Obama

A vitória (mais que) esperada por todo o Mundo! Confesso que fiquei também contente, McCain seria a continuação de uma má política como a de Bush, embora, pelas notícias publicadas, McCain esteve bem no momento de assumir a derrota: elogiou o seu adversário, desejou-lhe sorte, prometeu apoiá-lo no que fosse preciso e até mostrou pena da sua avó não ter resistido o suficiente para ver "o grande homem que ajudou a criar", como vem citado na Imprensa. Agora que esta vitória está a ser festejada um pouco por todo o Mundo, convém não esquecer que Obama é um homem à frente da nação, alegadamente, mais poderosa do Mundo, mas não deixa de ser só um homem, concerteza não poderá ser o salvador de toda a humanidade, como querem que ele seja. Se não fizer metade das asneiras de Bush já seria óptimo para todos nós.
PP

terça-feira, novembro 04, 2008



Incongruências

Somos um país curioso. Temos uma agência Publica – a ASAE, que persegue os mais pequenos infractores, sejam eles vendedores de bolas de Berlim ou donos de restaurantes. Nestes domínios o estado por via da ASAE é implacável. Afinal argumenta o estado, que esta em causa valores fundamentais para a vivência em sociedade.

Todavia no sector financeiro, elemento estrutural de um país, o Banco de Portugal, instituição de supervisão, actua de forma displicente e negligente. Mas também qual é o problema de um banco ter um pequeno rombo de 700 milhões de euros ? O importante é os vendedores de Bolas de Berlim utilizarem luvas Esterilizadas ! !!!

António Cipriano