terça-feira, dezembro 29, 2009




História de Portugal

Nas nossas livrarias temos uma nova História de Portugal numa perspectiva contemporanea e actual dos nossos nove seculos de identidade comum.
Rui Ramos, Bernardo Vasconcelos e Sousa e Nuno Monteiro, professores universitários da nova geração de historiadores apresentam a História de Portugal num só volume, da Idade Média ao século XXI. Numa narrativa clara e rigorosa os autores abordam os nove séculos da nossa história através das suas dimensões política, económica, social e cultural, dando uma visão integrada de cada época e momento histórico, colocando, ao mesmo tempo, a História de Portugal no contexto da História da Europa e do mundo.
António Cipriano

Feliz Ano de 2010

António Cipriano

domingo, dezembro 27, 2009

sábado, dezembro 19, 2009


Aeroporto de Beja
Há dois anos foi anunciado pelo 1º ministro o aeroporto de Beja como um investimento ancora para todo o Alentejo no valor de 33 milhões de Euros. Passado dois anos as obras estão praticamente concluídas. Todavia não existe nenhum operador interessado em explorar o dito aeroporto.
Face a este pequeno contratempo, a estrutura irá ser utilizada como parque de estacionamento de aviões inactivos, usados. Enfim, de um aeroporto nascerá um parque de sucata.
E lá voaram mais 33 milhões de euros!!!!

António Cipriano

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Francis Ford Coppola's new movie Tetro


Tetro é o último filme de Francis For Coppola.

O filme centra-se nas relações muitas vezes turbulentas do universo celular que é a família. Em Tetro temos uma família, que convive dramaticamente com uma pirâmide de males entendidos, sob o pano de fundo da rivalidade. È por via da rivalidade que o talento e a genialidade se assume com um veneno que corrói todos os personagens da família. A medida que o filme se desenrola os segredos, as mascaras familiares vão caindo.

E quantas famílias comuns não vivem sob pretensas mascaras de um felicidade inexistente?

António Cipriano

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Tratado de Lisboa


Quem me conhece sabe que sou um entusiasta do processo de integração europeia.
É graças a esta que a Europa conseguiu debelar a tradicional desconfiança franco-germânica, responsável por duas guerras mundiais. Mas também é devido à integração europeia que a Europa conseguiu nos últimos 50 anos, construir um civilização de progresso económico e de respeito pelos direitos humanos.
Consequentemente fiquei satisfeito com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa.
Com o Tratado de Lisboa a UE ganha eficácia e eficiência nos seus processos de decisão. Com este novo Tratado, a maioria das decisões (com excepção da defesa e da fiscalidade) passam a ser tomadas por um critério de dupla maioria (55% dos Países e 65% da população). Cerca de 95% das decisões comunitárias passam a estar sujeitas ao mecanismo da co-decisão reforçando-se o cariz democrático da UE, pelo reforço das competências do Parlamento Europeu. Uma novidade é a instituto da Petição, a qual, ao ser subscrita por um milhão de europeus, pode obrigar a UE a tomar uma determinada iniciativa legislativa

Mas se o Tratado de Lisboa é um Tratado ambicioso, pena é os novos titulares dos cargos de Presidente do Conselho Europeu e de Alta Representante Para as relações Exteriores da UE serem nomes desconhecidos e sombrios. Alguém conhece o senhor Herman von Rompuy e a senhora Catherine Ashton ?

António Cipriano
Bolas, é que até eles reconhecem!!!!!!!!!!!!!!!!!

“Quando a deputada, doutora Manuela Ferreira Leite disse que o primeiro-ministro estava a mentir, demonstrou que tinha conhecimento prévio sobre as escutas…”

Estes são os argumentos que o vice-presidente da bancada parlamentar socialista, Ricardo Rodrigues, utilizou para atacar a oposição. Assim, não importa se José Sócrates é um mentiroso, não importa se ele está em tudo o que é sujo neste país, não importa se ele mentiu descaradamente no parlamento quando disse que não sabia nada sobre a compra da TVI, porque para os socialistas é o cartão rosa que dá atestado de honestidade. Aliás, com este argumento a única coisa que Ricardo Rodrigues provou é que reconhece que José Sócrates é mentiroso e que o principal partido da oposição é que age mal porque percebeu, como alguns portugueses minimamente informados, que Sócrates sabia dos negócios entre a PT e a Media Capital.

António Manuel Guimarães

terça-feira, dezembro 01, 2009

Miracle at St. Anna

Este Fim de semana tive a oportunidade ver o ultimo filme de Spike Lee, “o Milagre de Santa Anna”
O filme conta a historia de um grupo de soldados americanos que pertenciam a 92 companhia na 2º guerra mundial Divisão também conhecida como "Buffalo Soldiers", composta somente por soldados negros. Estes apesar de darem a vida pelo seu país, consideravam no seu intimo que esta era guerra que lhe não lhes pertencia, visto ser uma guerra de brancos.

Depois de uma batalha, quatro soldados perdem-se numa pequena cidade da Toscânia chamada Sant'Anna di Stazzema, para salvar uma pequena criança italiana

Daqui nasce uma intensa relação de amizade entre os soldados e a população italiana. Em certo momento um dos soldados constata que apesar de estar num país distante, pela primeira vez é respeitado por todos, não tendo a cor da pele qualquer tipo de interesse para as populações italianas.

António Cipriano

sábado, novembro 28, 2009

Juros

Presentemente, com uma divida publica de cerca de 75% do PIB os juros da divida publica ascendem a 5,9 mil milhões de Euros. Valor suficiente para realizar o novo aeroporto internacional de Lisboa.
Organismos internacionais apontam que a divida publica atinja em 2011 os 91% do PIB.
Á medida que a divida aumenta, os juros representaram cada vez mais, um valor superior no orçamento geral do estado.
Presentemente, apesar de a situação ser delicada, ainda não é explosiva, isto por a taxa de juro estar em valores mínimos históricos (basta lembrar que a taxa directora do BCE está nos 1%).
Todavia, todos sabemos que já não será possível baixar mais a taxas de juros. O previsível será que a taxa de juros venha gradualmente a subir. Basta que a taxa de juro do BCE passa para 2% para que o valor dos juros da divida publica duplique.
Acresce a este cenário, que com o actual ritmo do crescimento anémico da economia e da caótica situação das contas publicas, é perfeitamente razoável considerar que pode ocorrer uma alteração do rating da republica. Ora com o agravar da taxas de juro nos mercados e com a diminuição do rating, os juros rapidamente irão passar dos 5,9 mil milhões de euros para o triplo ou mais, ou seja para valores na casa dos 20 mil milhões de euros.
O que é insustentável!!!!!!!
António Cipriano

sexta-feira, novembro 27, 2009

The Muppets: Bohemian Rhapsody

Numa altura que se comemora o aniversario da morte do vocalista dos Queen, os marretas fizeram esta divertida homenagem.

António Cipriano

sábado, novembro 21, 2009

Orçamento destrutivo

Logo em Janeiro, o orçamento geral do estado foi alvo de uma modificação, justificada pela necessidade de adaptar as contas públicas às urgências da crise económica internacional. Foi então projectado um deficit actualizado de 2,2 % do PIB para um deficit de 3% do PIB. Teixeira dos Santos em Entrevista ao telejornal da RTP1 em Janeiro, tranquilizava os portugueses afirmando categoricamente que o aumento do deficit em 0,8% seria mais do que suficiente, para debelar os efeitos negativos da crise.
Em Julho apesar das evidências o governo negava a mais do que patente, necessidade de um novo orçamento rectificativo. Em Julho o limite de endividamento público aprovado no orçamento de estado já se encontrava quase esgotado. Mesmo assim, o governo sob o pano de fundo eleitoral, “enganava” os Portugueses, negando o descontrolo da despesa publica e a necessidade de um nova revisão orçamental
Agora em Novembro, Teixeira dos Santos não pode negar mais, o evidente. As contas públicas encontram-se num caos. A receita desceu mais de 13% e a despesa corrente aumentou mais de 5,8%. Assim será expectável que o deficit orçamental fique na ordem dos 8%, havendo a necessidade de aumentar a divida publica em 2009 em cerca de 15 mil milhões de Euros, ou seja um aumento de cerca de 10% do PIB em apenas um ano.
Se não for aprovado o orçamento rectificativo, o estado não poderá contrair mais divida publica. A consequência óbvia será que não vai haver dinheiro para o 13º mês dos funcionários públicos. A oposição que não é parva, terá necessariamente que aprovar o dito orçamento.

Mas qual é o problema de aumentar a despesa publica?
Bem, à medida que a despesa pública aumenta, os credores vão exigir uma taxa de juro maior. Assim em cada exercício, o serviço da divida será mais pesado. Ou seja, em cada ano uma grande parte dos recursos do estado terá de ser canalizada para o pagamento dos juros e da amortização dos empréstimos. Ora se os recursos do estado são canalizados para o pagamento da divida, menos dinheiro estará disponível para a saúde, educação, segurança social.
È por isso que urge normalizar as contas públicas nacionais.

António Cipriano

sexta-feira, novembro 20, 2009


Está confirmado: Blatter caga no Fair-Play

PP

O que fica bem aos outros não fica bem a nós, quem não tem telhados de vidro que atire a primeira pedra ou simplesmente: As pessoas que gerem a FIFA e a UEFA são uma merda, chamem-se Blatter ou Platini


Embora fosse pequeno na altura, ainda me lembro de ver Platini jogar e bem. Como jogador foi genial, como dirigente é uma bosta absoluta. Quer promover o fair-play, mas pelos vistos não promove o fair-play no seu próprio país. Chama batoteiros aos outros e não vê o seu próprio quintal vergonhoso em termos de ajudas (pelo que vejo, a selecção Francesa é a mais protegida pelas arbitragens, sempre com erros que lhes permite chegar longe em fases finais, quando a qualidade dos jogadores é muito, mas muito fraquinha). Veja-se o último caso, a França vai à África do Sul por ter marcado um golo, em que Thierry Henry joga a bola com a mão e o árbitro em boa posição nada assinala, curiosamente na sequência do livre 2 jogadores franceses estão em fora-de-jogo, o da direita é posicional pois a bola não vai para lá, mas o outro faz-se à bola que chega a Henry e a bola vai na sua direcção e o árbitro auxiliar nem levantou a bandeirola, deve ser fraca condição física concerteza, pois o jogo aproximava-se dos 120 minutos.

Senhores, deixem-se de porcarias, demitam-se e permitam o recurso às imagens televisivas para ajuizar os lances, pois se tal não fizerem estarão a matar a popularidade do futebol. As pessoas vêm este fenómeno social e desportivo como um escape para a sua realidade diária, a falta de justiça, a impotência das autoridades, etc, se vamos continuar a ver injustiças tamanhas no futebol, certamente as pessoas começaram a virar-se para desportos mais justos, com recurso a imagens televisivas e sem polémicas.

Platini, Blatter se gostam de futebol, por favor, demitam-se, as pessoas não querem que o fair-play seja apregoado pela escória do futebol.


PP

segunda-feira, novembro 16, 2009





Empreendedorismo

Num momento de desemprego e crise económica, a filosofia dominante deve ser “Não que o Estado/País pode fazer por cada cidadão, mas sim o que cada cidadão pode fazer pelo pais.
Ora, muito em virtude de um sistema de ensino que influência os mais novos para rumarem ao funcionalismo obsoleto, a dinâmica de criação de riqueza tem sido colocada à margem.
Mas o que o país precisa é de jovens capazes de assumir o risco, com ideias e desejosos de alcançar o sucesso. Só com o empreendedorismo é possível fomentar a criação de emprego indispensável ao reforço das exportações e do crescimento económico.
Ao estado compete estimular essa atitude nos jovens e dar-lhes formação para que desenvolvam as necessárias competências o mais cedo possível, ao mesmo tempo que se combate o “conformismo” e se estimula a “ousadia e a ambição”.
Mas o empreendorismo implica a necessária quebra das anacrónicas barreiras, fiscais, burocráticas e jurídicas que enquanto custo de contexto, diminuem a competitividade de todos aqueles que querem começar no caminho da criação de riqueza.

António Cipriano

segunda-feira, novembro 09, 2009

The Soloist

Confesso que o filme “Solista” de Joe Wright me passou por completo despercebido.
Mas em boa hora uma colega me chamou a atenção acerca desta película.
“O Solista” conta a estória de um dos 90.000 sem-abrigo da cidade Los Angeles. Em Los Angeles, assim como em Lisboa, muitos são os indigentes que povoam as nossas ruas. Geralmente a generalidade dos ditos “cidadãos integrados” em que eu me incluo, preferem fingir que estes não existem. Preferem acreditar que as cidades são perfeitas.
A verdade é que as cidades enquanto ecossistemas sociais, são organismos agressivos, impiedosos para com o insucesso. A sociedade expulsa, repele, todas aqueles que não se enquadram nos modelos de “normalidade”. Infelizmente muitos não aguentam, a pressão de uma rotina cada vez mais competitiva, acabando por se transformar em sombras, que povoam os locais mais sombrios das nossas cidades. A sociedade prefere adoptar uma estratégia assistencialista, em vez de uma estratégia de inclusão do cidadão, que procure integrar a pessoa numa nova vida, mais condigna com a condição humana.

Mas do filme fica uma mensagem.
Enquanto existir alguém que se preocupa com o seu semelhante, que nutre amor e amizade pelo ser humano, o mundo terá solução.
E afinal, salvar alguém é salvar o mundo.
Por ter reflectido um pouco, sob estes problemas, já valeu a pena ver o filme.
Fica aqui um palavra especial para a minha colega que chamou a atenção para este filme.

António Cipriano





sexta-feira, novembro 06, 2009

Ética e valores

Nos últimos anos tem se vindo a assistir a um conjunto de acontecimentos que têm colocado em cheque algumas das balizas do sistema democrático. Assiste-se a sucessivos escândalos de corrupção nas estruturas e empresas do estado, a desregulamentação e dessacralização do conceito de família, ao aumento da criminalidade e a uma sucessiva diminuição dos critérios de exigência no sistema escolar.
Ora, no meu ponto vista, todos este sinais preocupantes que corroem a nossa sociedade são o resultado de uma cultura social que vem marginalizando a ética e os valores judaico-cristãos que sempre foram o cimento agregador da sociedade. A ética e os valores foram substituídos por uma dinâmica de curto prazo assente no “chico espertismo”, em que os meios justificam os fins, em que os saber dos mais velhos é considerado redundante.
O resultado é um sistema social mais desigual, mais confuso, assente no individualismo. Se continuarmos neste caminho, o futuro não será promissor.
Urge voltar a colocar a família e a educação num primeiro plano. È a família e a escola que moldam o cidadão. Se assim o é, estas instituições nuclear devem ser fortificadas e apoiadas pelas estruturas públicas.
Esta é a minha visão. Talvez eu não passe de um anacrónico velho do Restelo, que ainda acredita na solidariedade e na justiça social
António Cipriano

sábado, outubro 31, 2009


Astronomia

A NASA anunciou esta semana um novo Buraco Negro de dimensões descomunais na Galáxia Vítor Constâncio, com um diâmetro de pelo menos de 3,5 mil milhões de euros. Os astrónomos dizem contudo que a dimensão definitiva no buraco negro de nome BPN é de momento ainda difícil de determinar, tendo esta semana aumentado em 1000 milhões de euros.

Também no Observatório astronómico do DIAP foi encontrado um novo planeta na galáxia “Corrupção”, baptizado de Armando Vara.

António Cipriano

domingo, outubro 25, 2009

ASTÉRIX 50 anos PARABÉNS

Asterix é de facto, a banda desenhada da qual guardo maiores recordações da minha infância.
Obrigado Albert Uderzo e René Goscinny.

António Cipriano

sexta-feira, outubro 23, 2009

Brincadeira de mau gosto

São poucas as vezes que estou de acordo com Alberto João Jardim. Mas a nomeação de Augusto Santos Silva para o ministério da Defesa só pode ser mesmo um a brincadeira de mau gosto. Sócrates com esta nomeação denota irresponsabilidade e falta de respeito pela instituição militar.
Augusto Santos Silva será um sociólogo, trauliteiro, sem sensibilidade, gosto e total ausência de conhecimentos na área militar que foi feito ministro.

António Cipriano

domingo, outubro 18, 2009

Provérbios, Capitulo 17, Versículo 12!


"A Bíblia é um manual de maus costumes", esta foi a última atoarda desse indivíduo de reconhecido valor mas de carácter execrável que é José Saramago. Depois de dizer este disparate lança mais umas parvoíces dignas de uma mente cansada, diz o prémio Nobel de um país que só ele conhece, a Ibéria, que os cristãos não lêem a bíblia, pois bem, eu além de cristão católico já li a bíblia e tal como eu, muitos amigos católicos também já a leram, um têm até um blog sobre a bíblia (http://bibliadegnaap.blogspot.com). Eu sei que Saramago é agnóstico ou ateu, pouco me importa, mas duvido que ele alguma vez tenha lido a bíblia, primeiro porque ao contrário do Memorial do Convento não é de leitura obrigatória nas escolas, segundo porque ele não ia perceber o que estava a ler porque os sinais de pontuação são bem utilizados e Saramago ficaria certamente baralhado e depois porque para além do religioso tem uma história fantástica, é a História da Humanidade no crescente fértil, desde o neolítico até aos Romanos. Não estou a dizer que começou com Adão e Eva, mas sim que do ponto de vista histórico podemos tirar muitas e valiosas pistas.

Depois gostaria de saber se um homem que tece um comentário destes sobre o maior best-seller de todos os tempos, terá alguma vez lido, como deveria ser regra para as pessoas da sua tendência política, o “Manifesto do Partido Comunista”, um excelente livro, não indica maus costumes, mas não conheço um país que tenha seguido a sua doutrina cujo resultado não fosse milhares ou milhões de mortos e viver numa utopia de sofrimento…Bem talvez naquele país que só existe na imaginação de Saramago, a Ibéria, até pode funcionar…

Espero que quem tenha a paciência de ler estas linhas perceba que nada tenho contra quem nunca leu a bíblia, ou sequer contra quem não é católico, mas não percebo como alguém só por publicidade tem que dizer alarvidades destas nos jornais, especialmente sem nunca ter lido a Bíblia, eu pelo menos não falo mal dos livros do Saramago gratuitamente, eu digo que não gosto porque li, obrigado mas li.


António Manuel Guimarães

sábado, outubro 17, 2009



Elefante Branco

No âmbito da missão patriótica do Euro 2004, foi construído o Estádio Municipal de Aveiro por 62 milhões de euros.
A verdade é que de lá para cá o estádio tem quinzenalmente uma ocupação de 3000 espectadores, dos encontros futebolísticos do Beira Mar, da segunda liga.
Feitas as contas, o estádio custa ao município de Aveiro em despesas de manutenção 50.000 Euros/mês ou seja 600.000 Euros/ano, tendo já importado ao erário camarário deste 2004 mais de 2.500.000 Euros.
Ou seja o estádio transformou-se de sonho em pesadelo financeiro. Um elefante Branco!!!
Muitas vozes em Aveiro levantam-se, exigindo como solução pura e sempre - a demolição total do estádio.
Que este exemplo de mau uso do erário público, sirva de exemplo para os defensores dos TGV`s, jogos olímpicos ou campeonatos do mundo de futebol.

António Cipriano

quarta-feira, outubro 07, 2009

Autárquicas

O poder foi sempre algo distante do país real. Era algo que pertencia a Lisboa. Qualquer decisão local, por mais insignificante que fosse estava dependente de Lisboa. Ora com o poder autárquico os cidadãos passaram a ter junto de si uma instância administrativa e democrático ao seu dispor. Talvez por isso as autarquias são as instâncias político administrativo com que os portugueses se identificam mais.
Tal não invalida que o poder autárquico não tenha nódoas. De facto o urbanismo selvagem, alguma promiscuidade com os interesses económicos locais bem como algum caciquismo estiveram presentes em alguns municípios. Mas o balanço de 35 ano,s de poder autárquico é francamente positivo.
Passados 35 anos, é hora dos cidadãos escolherem no próximo domingo, soluções políticas credíveis, em que o populismo e o caciquismo não morem. Há que escolher entre a responsabilidade o desenvolvimento sustentável e o populismo saloio de “Valentim Loureiro”, “Fátima Felgueiras”, “Isaltino Morais” e “ Avelino Ferreira Torres”

António Cipriano

sábado, outubro 03, 2009

Fomos a Votos


Por questões técnicas às quais eu estive alheio, não pude escrever nenhum post sobre as eleições. Obviamente os meus amigos socialistas devem ter pensado que eu estava tão pesaroso por ver uma vitória de José Sócrates que nem tive coragem de escrever, pois bem, não fosse o meu disco rígido ter pifado e logo no Domingo um post novo teria nascido.

Podemos sempre encarar o resultado das eleições de diversos ângulos, fazer várias teorias, mas os factos são claros, o Partido Socialista ganhou as eleições porque teve mais votos, e todos os restantes perderam, com especial realce para o PSD, um partido de governo que com uma conjuntura favorável não conseguiu fazer passar a mensagem. Mas observando à lupa e bem vistas as coisas a vitória do PS é uma vitória com sabor a derrota, pela primeira vez um governo com maioria absoluta, passa para maioria relativa, ficando a 10 deputados da maioria, o que não deixa de ser uma grande diferença. O PSD perdeu claramente, nem maioria nenhuma e embora tenha ganho deputados face às últimas eleições ficou muito longe do que seria um bom resultado. O CDS ganhou claramente face ao que se propunha, atingiu os seus objectivos e assim desta vez nem cinco táxis chegam para levar todos os deputados do PP para a Assembleia da República. Depois o Bloco de Esquerda, também face aos seus objectivos teve também um bom resultado, reforçou o seu papel no parlamento, considero que também entrou num número perigoso tanto para o partido como para o país. Para o partido, porque um partido com dezasseis deputados torna-se apetecível e o oportunismo muito provavelmente começará a contaminar este partido e um perigo para o país porque nem quero sonhar com um país onde o Bloco dite leis, até porque nem seria um sonho, seria um pesadelo como todas as ditaduras. Por fim vem o PCP, este foi o único partido que embora ganhe deputados, perde estatuto no parlamento, passando para quinta força política, portanto é um derrotado que ganha deputados e por isso fala como se fosse uma vitória, enfim que se poderia esperar de um partido comunista tradicional que não uma vitória utópica. Curiosamente ou talvez não todos os partidos ganharam deputados menos o PS.

Depois deve ser entendido o significado da vitória de José Sócrates, a partir do momento que vence todas as coisas que foram sendo ditas e descobertas ao longo destes quatro anos e meio como o caso do diploma, o caso das casas assinadas, o caso Freeport, o caso das escutas, a situação de desconfiança no funcionalismo publico, as pressões, a policia à porta dos sindicatos, etc… tudo foi perdoado, ou melhor, branqueado, que mais ninguém fale nisso pois o povo português perdoou Sócrates. Eu seguramente não falarei mais nisso, tal como nesta legislatura não farei uma greve que seja ou qualquer outra forma de contestação que não passe apenas pelas palavras escritas. Porque para mim por muito estapafúrdio que me pareça um resultado eleitoral eu acima de tudo aceito a democracia e tiveram a oportunidade de correr com José Sócrates e optaram por o manter no governo.

A perda de maioria é também um sinal claro que os portugueses não querem dar muita trela a Sócrates, querem que governe mas com cuidadinho, é certo que não lhe resta outra opção que não seja substituir os ministros menos populares e assim Mário Lino, Maria de Lurdes Rodrigues, Alberto Costa e Vieira da Silva não vão estar no XVIII Governo Constitucional, ou então o governo não chega sequer aos dois anos, fica provavelmente pelos dois meses. Espero sinceramente que se mantenha Augusto Santos Silva, só para ver o que lhe acontecerá à arrogância com maioria relativa.

Quanto ao PSD, embora não seja de prever mexidas antes das autárquicas, já está marcado um conselho nacional e mesmo que aconteça uma vitória nas autárquicas, a Manuela Ferreira Leite não resta outra opção senão a sua retirada, é a face de uma derrota, só espero que o próximo presidente tenha mais estabilidade e consiga mais consensos, porque com a maioria relativa triplicaram as responsabilidades da Assembleia da Republica, já não bastará dizer que não e o principal partido da oposição precisa de trabalhar.


António Manuel Guimarães