segunda-feira, março 23, 2009

Concurso publico para provimento de vaga
Provedor de Justiça (M/F)

Perfil desejado:

- Militante do PSD e do PS
- Personalidade dócil
- Facilmente influenciável pelos orgãos do governo
- Timidez e pouca capacidade para protagonismos
- Ausência de conhecimentos sobre direitos fundamentais dos cidadãos

Se reúne este perfil não deixe de concorrer. Um brilhante futuro o espera!!!

António Cipriano

quinta-feira, março 19, 2009



Business Angels

Todos os que me conhecem sabem que sou defensor acérrimo da economia de mercado e dos conceitos de iniciativa privada e de propriedade privada.
Todavia perante o actual cenário microeconómico de empresas descapitalizadas com elevadas dificuldades em aceder ao credito, preconizo que o estado deve ter uma postura mais musculada e intervencionista na economia.
Em Portugal existem muitos indivíduos com ideias, empresários com projectos inovadores e rentáveis, mas sem capital para investir. Ora o estado deveria fomentar verdadeiramente o capital semente. O estado deveria apoiar todas os indivíduos e empresários com projectos que incrementem a competitividade da economia nacional. Isto seria feito mediante a constituição de empresas em que o estado avançaria com o capital necessário ao investimento, constituindo-se como accionista destas. Após a estabilização do projecto, o estado venderia a sua posição, utilizando as mais valias no apoio de novos projectos e assim sucessivamente.
Com esta simples medidas fomentava-se o empreendedorismo a inovação, as exportações nacionais e o emprego.

António Cipriano

sábado, março 14, 2009

A família Simpson perdeu sua casa por falta de pagamento da hipoteca

A Crise financeira atingiu esta semana áreas nunca antes atingidas. Também os “cartons” estão a ser abrangidos pela depressão económica.
De acordo com o último episódio da série “Simpsons” exibido nos Estados Unidos, também Hoomer e Marge foram despejados da sua casa.

António Cipriano

segunda-feira, março 09, 2009

Slumdog Millionaire


“Slumdog Millionaire” transporta-nos para o universo indiano das desigualdades sociais e das consequentes tragédias quotidianas de milhares de pessoas que cada dia lutam na miséria pela sobrevivência. Cada dia é uma vitória Mas Índia é isso mesmo, um misto de grandiosidade e fascínio, com pobreza e adversidade.
A pelicula deixa-nos uma mensagem que mesmo no inferno dos slums de Bombaim é possível o milagre.
A vontade, o quer, o amor, permitem mudar o inevitável.
Uma ultima palavra de apreço para a banda sonora.
Se tiverem oportunidade não deixem de ir ao cinema ver

António Cipriano


quinta-feira, março 05, 2009



Caixa Geral de Depósitos

Uma nota previa – Sou obviamente um defensor do sistema capitalista. Acredito na necessidade da existência de um sistema bancário privado.
Todavia ao contrario de outros, por o sector bancário ser um área sensível, de vital importância para o normal funcionamento do macrocosmo económico, considero ser necessário existir no sistema um banco publico. Este deve porventura ter uma missão um pouco diferente dos outros bancos privados. Ao banco publico, no caso português a Caixa Geral de Depósitos, compete a missão de financiar projectos de relevante valor acrescentado para a economia nacional. Deve a CGD apoiar as micro e pequenas empresas, bem como os empreendedores e industriais que pretendem criar riqueza real, indutora de emprego e da competitividade da economia. A CGD não deve ser apenas um banco de crédito à habitação. Deve sobretudo ser o banco das empresas e dos empreendedores.
Quando falo de empresas e de empreendedores, obviamente não falo de especuladores. Os empréstimos que nos últimos anos tem sido concedidos pela CGD a investidores como Joe Berardo, Manuel Fino, e outros, não tem como objectivo o investimento produtivo ou a criação de emprego. Visam apenas a tomada de posições accionistas em variadas empresas por fins especulativos. Ora estas para além de ser operações de elevado risco, em nada contribuem para o PIB nacional.
Como português, contribuinte e consequentemente accionista da CGD, não posso deixar de mostrar o meu repúdio pela opções estratégicas da CGD.
Ao governo exijo que coloque a caixa geral de depósitos nos trilhos da sua missão: serviço publico à economia portuguesa.

António Cipriano

domingo, março 01, 2009

A Festa Socialista


Terminou hoje o XVI congresso do Partido Socialista, José Sócrates mais uma vez e sem surpresa foi confirmado como secretário-geral do PS. No primeiro dia dos trabalhos os oradores fizeram basicamente um discurso para dentro, falaram dos seus novos moinhos de vento, as pretensas "perseguições" ao partido, lançando algumas farpas aos jornais como se estes fossem de alguma forma um inimigo do Partido Socialista. Primeira mentira do congresso, pois todos sabem que isto não é verdade, a comunicação social foi aliás a principal aliada do PS durante toda a legislatura, sempre que Sócrates falava os jornais lá estavam para transmitir a propaganda e sempre que havia uma asneira do governo lá iam falar com o ministro responsável, permitindo assim que a imagem de Sócrates não se desgastasse. Curiosamente, em relação à oposição não era assim, desde o branqueamento dos dentes de Paulo Portas, a falta de imagem de Manuela Ferreira Leite e o seu não reconhecido sentido de humor, que quando usado é, em última analise, utilizado contra a própria, até aos ataques à falta de gravata de Jerónimo de Sousa. Da oposição só Francisco Louçã escapou incólume aos ataques da comunicação social, porque é com esta imagem do líder bloquista que se vendem jornais, com as suas propostas lindas ao ouvido mas sem prática, portanto demagógicas. E talvez por isso tenha sido o único partido atacado no primeiro dia de congresso Mas os socialistas não falam só da comunicação social, dizem que por trás estão partidos, mas não dizem qual, não por não saberem qual é, mas simplesmente porque não existem.

Depois passaram à apresentação do cabeça de lista para as eleições europeias, o escolhido foi o “constitucionalista” Vital Moreira, o seu mérito intelectual é reconhecido, ninguém põem isso em causa, tal como é um respeitado membro de várias organizações europeias, em especial organizações da defesa dos direitos humanos, mas enquanto deputado o seu passado é muito discreto, sem grandes intervenções, excepto quando estava na assembleia constituinte pelo PCP, de relevo enquanto deputado só quando abandonou a vida política activa, quando já havia mudado para PS e o seu partido de então governava no primeiro governo de António Guterres, devido a uma ruptura com o líder da bancada parlamentar Jorge Lacão.

No segundo dia do congresso, vieram os discursos de tomada de posse, Sócrates criticou quem anteriormente o tinha criticado por faltar à cimeira europeia que discute a crise internacional na Europa, atirando a já gasta boca de que Manuela Ferreira Leite chega a propor a suspensão da democracia. Comentário infeliz feito, sobre uma ironia não mais feliz, aproveitamento fácil da cumplicidade que partilhou com a comunicação social na altura. Falou também do cartaz do Pinócrates, dizendo que a juventude do seu partido nunca foi nem seria instrumentalizada, é preciso ter estômago para dizer uma coisa destas com Jamila Madeira dentro da mesma sala.

Ideias novas, as mais salientes prendem-se com o aumento da escolaridade obrigatória para o 12ºano e a obrigatoriedade de frequência de todas as crianças até aos cinco anos no ensino pré-escolar, a isto misturado bolsas de estudo para todos os alunos carenciados, mas sobre estas medidas falarei noutro post, porque embora bonitas logo a primeira esconde um monstro horrível, mas estas medidas apresentadas no congresso serviram para "mostrar" a sua esquerda. Mais ideias para a governação não houve, não se falou das grandes medidas já tidas como garantidas pelos socialistas como a eutanásia e o casamento dos homossexuais, com excepção ao discurso dos “cães com cães e dos cavalos com os cavalos”. Obviamente também não se falou da crise económica, não convinha, era uma festa para alegrar os socialistas e de mostrar uma imagem de “está tudo bem”, não servia para falar da real governação e consequente péssima realidade do país, servia para folclore, não para deprimir com a verdade.

A ausência mais notada foi a de Manuel Alegre, embora tenha aceite um lugar na comissão de honra do partido, a este somaram-se António Seguro e João Cravinho, mostrando que nestas festas de legitimação unanimistas não vale a pena falar, embora tenham razões para isso.

Em suma, este foi um congresso que serviu para festejar a legislatura, fazer folclore, para lançar as campanhas eleitorais, não apresentando ideias para o presente, mas fazendo o papel de coitadinhos perseguidos e atacando a oposição, não as suas ideias mas as suas atitudes. Falando muitas vezes do XVI governo, referindo os três maus anos, em que este governo trabalhou, de um conjunto de 10 anos em que os primeiros sete que não são certamente os melhores, foram ocupados pelos governos de António Guterres, ou seja, dois governos socialistas e esses sim, transformaram o pais num pântano e meteram na altura o “pais de tanga”. Tudo dito com a cábula do teleponto deixando transparecer o marketing politico tão característico de Sócrates. Mostraram a arrogância do poder absoluto e reclamam outra, muito perigosa, dose igual, gritando com a chantagem mentirosa da instabilidade governativa, pois todos sabem que talvez esse seja a única esperança de acabar com os ataques a quem trabalha e ao contribuinte comum, aqueles de que os socialistas se esqueceram nesta legislatura.


António Manuel Guimarães