domingo, agosto 30, 2009

NUSQUAM

Tive Ontem a oportunidade de ver o espetaculo "Nusquam".
Trata-se de um espectaculo de Teatro de Rua.
Nusquam é uma reflexão sobre a natureza humana e a solidão colectiva dos nossos dias.

O espectador é colocado diante de algumas das "enfermidades" do Homem contemporâneo: a procura desesperada para sobreviver à pressão da coerção social que nos aprisiona em "bolhas" particulares e nos transforma em indivíduos padronizados e reduzidos a normas sociais.

António Cipriano

sábado, agosto 29, 2009

Programa Eleitoral do PSD

Depois de muita expectativa foi no dia 27 de Agosto apresentado o programa eleitoral do PSD. Trata-se de um documento escrito com 39 páginas, o qual tive desde já oportunidade de ler.
Não será a pedra filosofal que só por si, elimina os problemas de Portugal. Mas é no meu entender, um bom documento, que pode ser o ponto de partida para um projecto de um Portugal mais competitivo, justo e solidário.
O programa eleitoral apresenta como temáticas prioritárias: Economia, Questões sociais e Solidariedade; Justiça; Educação.
Ao nível das propostas económicas o PSD propõe um modelo de desenvolvimento económico assente não no consumo privado e no investimento publico preconizado pelo PS, mas sim nas exportações e no Investimento Privado. Procura-se assim, apostar na iniciativa privada e num menor peso e intervenção do estado, apostando no reforço do apoio às PME e na aposta no sistema de Capital de Risco.
Combate-se o desemprego por via do apoio à iniciativa privada e por o alargamento do actual programa de estágios profissionais.
Como medidas Fiscais são apresentadas:
Ø Conta corrente estado-empresas
Ø Sistema de caixa para o pagamento do IVA
Ø Credito fiscal para o investimento
Ø Fim do pagamento especial por conta
Ø Redução da taxa social única
Ø Reposição do anterior sistema remuneratório dos certificados de aforro

Ao nível económico, muito positivo o congelamento do projecto faraónico do TGV e a reanálise dos grandes investimentos. Portugal deve apostar em muito pequenos projectos que tragam benefícios económicos futuros e que reforcem a competitividade nacional, e não em mega projectos, que apenas trazem benefícios no curto prazo e que se limitam a beneficiar o lobby das grandes empresas de construção civil.

Pedra de toque do programa eleitoral do PSD é a valorização da família, enquanto célula nuclear da sociedade, instrumento de formação dos cidadãos e de prevenção proactiva da marginalidade, do abandono escolar e da exclusão social.

Ao nível da sistema Justiça, sector critico na defesa da democracia e da competitividade da economia nacional, o PSD propõe o aumento do Juízos de Execução de modo a diminuir o tempo médio das execuções, a introdução de limites indicativos de duração dos processos, incentivos à resolução alternativas de conflitos (mediação) e a alteração do regime remuneratórios dos juízes. Estes passariam a ter uma remuneração variável consoante a sua produtividade.
Penso serem propostas positivas. Todavia não posso deixar de criticar o programa eleitoral do PSD por não prever a revisão do código de processo penal. Esta é urgente, de modo a acabar com a impunidade geral que existe no sistema de justiça. Não pode continuar a ser apenas possível aplicar a prisão preventiva com carácter excepcional, para crimes com um moldura penal superior a 5 anos. Nefasto é igualmente a generalidade de condenações até 5 anos terem de ficar suspensas.

De criticar também as propostas na área da educação. O PSD propõe a revogação do estatuto da carreira docente e a suspensão do processo de avaliação. Medidas demagógicas e contraproducentes no meu entender.

No computo geral é no meu ponto de vista, um bom programa, com uma ideia e um projecto para Portugal

António Cipriano



quarta-feira, agosto 26, 2009

Vai mais um embuste fresquinho!

José Sócrates anunciou que o insucesso e abandono escolar desceram para metade. Sobre este anúncio apenas consigo sentir indignação, José Sócrates sabe muito bem a custo de quê é que estes números foram alcançados. Turmas de planos alternativos, que em certas escolas já ultrapassam os planos regulares, ou seja, em muitas escolas já existem mais turmas “especiais” do que turmas “normais”. Sabendo que todos os alunos inscritos em turmas PERE ou PIEF não ficam retidos seja qual for a avaliação feita pelos docentes. Da mesma forma podemos falar sobre a baixa de exigência no ensino regular escondida com a capa do “ensino por competências”, em que as avaliações são feitas o mais simples possível, para evitar retenções, de forma a aumentar a satisfação dos encarregados, dos números que o senhor engenheiro gosta de mostrar, se um reprova duas vezes, então espera-o um currículo alternativo para que não haja o risco de este aluno voltar a ficar retido. Tudo isto somado e está justificada esta descida.

Para a opinião pública este é o facto que desconhecem, para Sócrates é um número que pode mostrar, mais uma estatística no seu governo de falsidades, mais uma estatística para parecer bem na EU. E o condenar o nosso país a prazo, quando todos estes miúdos chegarem ao mercado de trabalho e aqui falo de todos, currículos alternativos e regulares, pois a falta de exigência em última análise terá sempre como resultado cidadãos pouco exigentes, com pouco interesse e com fraca produtividade.

Claro que é simples criticar, difícil é apresentar alternativas, mas no que diz respeito à política de educação parece-me óbvio que as alterações não podem ser feitas ao nível da aprovação obrigatória, devem ser feitas sim da justificação feita pelos encarregados de educação sobre a razão da desistência do seu educando, chamando-os efectivamente à responsabilidade quando for caso disso. Depois deixar de parte o facilitismo e passar à cultura de exigência, fazer as avaliações como deve ser, perguntas para que o aluno demonstre que aprendeu ou que aplique o conhecimento que terá supostamente adquirido. Que a escola volte a ter alguma autoridade, aplicando sanções disciplinares que em última analise poderiam ser através da responsabilização dos encarregados de educação perante a justiça. Tornar o acompanhamento da protecção de menores eficaz, porque pedir relatórios sem depois dar feedback aos professores e sem agir em conformidade não tem resultados. Claro que tudo isto implica numa primeira fase um aumento de retenções e que alguns pais tenham o incomodo de responder pela educação dos seus filhos e isso levará a perda de votos, mas certamente seria um inverter de rumo que levaria Portugal a ganhar e a ter esperança no seu futuro, ou simplesmente a ter um futuro.


António Manuel Guimarães

sexta-feira, agosto 21, 2009

Manuela Ferreira Leite

A prestação de Manuela Ferreira Leite na entrevista de ontem, no meu entender foi claramente positiva.
È certo que ferreira Leite adopta um registo muito diferente da generalidade dos políticos. Todos estamos habituados, em situações similares, qualquer político que ambiciona o poder, se multiplicar em promessas e mais promessas. Ferreira Leite pelo contrário nada promete. Não se compromete com taxas de crescimento, com taxas de desemprego, com indicadores. Apenas se compromete com trabalho e verdade.
È uma aposta arriscada. È o tudo ou nada. Resta saber se os portugueses gostam deste registo, ou pelo contrário, preferem o já tradicional político que tudo promete, que tira elefantes da manga da camisa, e que nada faz.

António Cipriano

sexta-feira, agosto 14, 2009



Dados Económicos

O governo com grande alarido comemorou o fim da recessão técnica com um crescimento económico no 2º trimestre de 0,3%. Tal indicador é positivo. Significa, que talvez já exista uma réstia de esperança, que o fim do pior da crise, já não esteja para tão longe.
Mas uma analises honesta não pode esconder o essencial. A taxa de crescimento homologa (2º trimestre de 2009 face ao 2º trimestre de 2008) foi negativa em 3,7%. Ou seja a riqueza nacional diminui em 1,52 mil milhões de Euros face ao 2º trimestre de 2008.
Compreende-se então, que não é ainda altura para festas.

António Cipriano


Cartão Jovem

A agência Europeia do Cartão jovem tendo em conta as novas realidades sociais, resolveu alargar o limite etário do cartão jovem, dos 26 anos para os 30 anos.
É de facto uma boa medida.
Pena mesmo é esta medida só ter sido tomada agora, quando infelizmente já fiz 31 anos!!!!!!!!

António Cipriano

quinta-feira, agosto 13, 2009


Piadas de Verão

Os trabalhadores da Qimonda de Vila do Conde que entrou em regime de lay-off à dois meses, e está a enfrentar um processo de insolvência, vieram esta semana exigir à administração da empresa, que proceda a um aumento salarial.
Realmente ainda existem em Portugal pessoas que elevado sentido de humor.

António Cipriano

terça-feira, agosto 11, 2009

Sócrates o Salazarento

Entre bocas foleiras que apenas servem para uma fuga para a frente, disfarçar uma actuação vergonhosa e mais uma tentativa de caça de votos barata, nada como a nova boca pacóvia de José Sócrates quando disse que a direcção do principal partido da oposição era e passo a citar: “herdeira de um certo espírito do salazarismo”. Pois bem, José Sócrates além de ter uma lata descomunal deve estar enganado e falar em comparações com Salazar deve ser algo que ele deve evitar, porque a verdade é que a seguir ao 25 de Abril ele foi o único primeiro-ministro que pediu à policia para que estes levantassem listas de grevistas nos sindicatos, retirou também à policia a função de contar o número de manifestantes para o governo poder dizer os números que acha “aceitáveis”. Tal como Salazar foi com este governo que o poder de compra dos mais desfavorecidos caiu, que as desigualdades mais aumentaram e que directores regionais de educação demitiram funcionários por estes contarem anedotas sobre o actual Presidente do Conselho de Ministros. Foi também com este governo que mais se sentiu que o espírito de delação era encorajado, foi com este governo que se assistiu a tentativas várias de controlo dos meios de comunicação social. Que se exerceram pressões para tentar calar investigações e que se deu a maior delapidação de direitos aos cidadãos após o 25 de Abril. Só espero é que este actual Presidente do Conselho de Ministros não consiga fazer o que o outro fazia com os votos, embora a avaliar pelas confusões que o cartão do cidadão deu no último acto eleitoral não se augura nada de bom.


António Manuel Guimarães

segunda-feira, agosto 10, 2009

"Public Enemies"


Depois de me ter decepcionado com “Colateral” e “Miami Vice” de Michael Mann, foi com algum temor que foi assistir a “inimigo Publico”

Todavia “inimigo Publico” é uma película de incomensurável maior qualidade, face as anteriores de Michael Mann.

“Inimigo Publico” traça a história de Dillinger, um perigoso assaltante de bancos nos anos 30 do século passado. Dillinger era amado e respeitado pelas populações, numa época em que no pós grande depressão os bancos e as instituições financeiras não jogavam de grande reputação.

Michael Mann, procura ao longo dos 151 minutos, relatar o perfil psicológico e humano de Dillinger. Talvez no meu entender, o grande senão do filme, é traçar uma imagem quase heróica, de alguém, que no fundo não passava de um criminoso e de uma assassino. E um assaltante de bancos, não deve ser encarado como modelo para ninguém.
Se poderem não deixem de ir ver.

António Cipriano

terça-feira, agosto 04, 2009



Mesmo com papas e bolos, não se enganam os tolos, por muito tempo.

De há uns anos para cá, vem-se assumindo como o protector dos “descamisados”, como o líder de todos os estados e povos que não aceitam os ditames do império e as opressões da globalização a figura de - Hugo Chavez.
Mas sob esta capa, de novo libertador dos povos oprimidos existe um ditador populista, demagógico que se prepara para mandar encerrar 55% das rádios da Venezuela.
Pretende assim calar todos aqueles que apesar das ameaças, continuam a acreditar na democracia e nos valores da verdade e da liberdade de opinião.
Chavez não é um democrata ou um amigo do povo, mas sim mais um ditador populista inimigo da liberdade e do desenvolvimento da Venezuela.
As ditaduras tem sempre um fim, pois “mesmo com muitas papas e bolos, os tolos acabem sempre por despertar para a verdade”.

António Cipriano