segunda-feira, setembro 28, 2009



Vencedores!!!!

Quem terá vencido as eleições legislativas de domingo? Se ouvirmos os discursos dos líderes diríamos que todos venceram. O PS por ter maioria relativa, o PSD por ter contribuído para o fim da maioria absoluta socialista; o CDS por ter atingido os dois dígitos, o BE por ter duplicado o numero de deputados, a CDU por ter conseguido mais 30.000 votos e o PCTP/MRPP por ter atingido os 50.000, tendo assim direito pela primeira vez a 290.00 euros de subvenção estatal.

Mas pessoalmente considero de facto ninguém, saiu vencedor destas eleições. O desemprego, a perda de produtividade, o empobrecimento continuaram a ser a realidade do país

António Cipriano

sábado, setembro 26, 2009

Um governo eleitoral

Lendo o Publico online há umas semanas atrás deparei-me com a seguinte noticia: “O Concelho de Ministros aprovou hoje alterações ao Estatuto da Carreira Docente, entre as quais a redução, no total, em cinco anos do tempo de permanência nos primeiros escalões da categoria de professor.” Ora bem, José Sócrates, o Primeiro-Ministro, mostra bem a sua vontade em ser reeleito. Durante o seu mandato os professores foram sistematicamente e impiedosamente atacados, primeiro com um estatuto aberrante que imperou durante 2/3 do mandato, com um sistema de avaliações com uma péssima aplicação que apenas trazia consequências para quem têm negativa pois bom, muito bom ou excelente não traz benefícios a contratados, com insuficiente são despedidos e em que as cotas se justificavam apenas por se ser contratado (de insuficiente a bom) ou do quadro (de insuficiente a excelente), não sendo contra a avaliação reclamo apenas que seja feita de uma forma coerente e justa e para aqueles que acham tudo muito bem sem saberem exactamente do que falam, então que leiam a grelha e apliquem-na no vosso trabalho e talvez então percebam. Depois ainda devido a este governo tem que se encarar a necessidade de aprovar alunos de todas as formas, 10% de retenções e lá vem um relatório, porque Sócrates gosta de mostrar números bonitos na Europa mas preocupantes para o futuro em Portugal.

Este foi um governo repulsivo, sem uma gota de honestidade política, ganhou as eleições com maioria absoluta, muito devido a promessas falsas, governou a seu bel-prazer durante quatro anos e meio, tornou este país num país mais desigual e como Sócrates “queria”: “num país mais pobre”. Agora na campanha vem de novo com actos e promessas puramente eleitoralistas, reforçando ainda mais que a honestidade não é uma qualidade deste governo. As perguntas impõem-se: Será que alguém se deixará enganar mais uma vez por José Sócrates? Será que o povo vai votar em quem disse que não ia subir impostos e que subiu o IVA; o IRS; o IRC; o ISP; o IA; o Imposto de circulação de camionagem; o Imposto sobre as bebidas alcoólicas; o Imposto sobre o tabaco e o Imposto de selo? Será que irá confiar em quem disse que ia melhorar as condições de acesso aos serviços de saúde mas acabou por piorar o acesso aos cuidados de saúde encerrando urgências em locais “inviáveis”, retirando a comparticipação a cerca de 300 medicamentos e aumentando as taxas moderadoras em 27%? Será que irá acreditar em quem disse que iria ajudar 300.000 idosos a sair da pobreza, embora Sócrates minta dizendo que o complemento solidário para idoso foi entregue a 200.000 idosos, embora ele saiba que a realidade não passa de 20.000, uma diferença “mínima” de 280.000 idosos para com a promessa? Será que irá crer em quem disse que ia criar 150.000 postos de trabalho e na verdade agora temos a maior taxa de desemprego desde 1986, com 7,8% que representa 416.005 desempregados em 2008 segundo dados do INE, actualmente e também segundo o INE a taxa é de 8,9%, com cerca de 523.000 desempregados e com aproximadamente 60.000 empresas a fechar portas durante esta legislatura (citando a SIC que se baseou em dados INE)?


António Manuel Guimarães

quinta-feira, setembro 24, 2009



Menu Eleitoral

Nestas eleições temos como nunca, um menu eleitoral com muita variedade. Para além dos 5 pratos habituais ( PSD; PS; CDU; CDS; BE), temos mais 10 forças partidárias.
MEP-Movimento Esperança Portugal, partido socialite de centro direita, da jornalista Laurinda Alves com ligações ao universo católico e familiar. Face aos resultados das últimas legislativas pode eventualmente eleger um deputado pelo círculo de Lisboa.
MMS – Movimento Mérito e Sociedade, partido de centro direita, excessivamente populista, cheio de marketing, que procura com cartazes fortes e frases agressivas um lugar ao sol
PTP – Partido Trabalhista Português – Partido de Esquerda populista. È um dos partidos com tempos de antena mais divertidos e caricatos.
Partido Pró-vida – Partido de Centro Direita, herdeiro dos movimentos anti aborto, ligado a igreja. Parece-me que é um dos partidos com menos interesse nestas eleições
POUS – Partido da sempre caricata Carmelinda Pereira. Defende o fim da opressão dos trabalhadores, a proibição dos despedimentos, as nacionalizações, o horário de trabalho de 30 horas. È num fundo um partido anacrónico de um 25 de Abril revolucionário de 74.
PCTP/MRPP – Partido do eterno candidato Garcia Pereira. Vale pelos murais e pela “internacional”. Novidade, só o apoio do antigo bastonário da ordem dos advogados “Pires de Lima”, homem de direita, agora convertido ao estalinismo.
PPM – Partido propriedade dos manos Câmara Pereira. Populista, demagógico e vazio de conteúdo, renegando mesmo D. Duarte Pio como herdeiro do trono
PH/MPT – Coligação simpática, de intelectuais idealistas que defendem a sustentabilidade
Nova Democracia – Partido curioso. Nestas eleições apenas pretendem defender o Minho. Manuel Monteiro volta agora como o “deputado do Minho”. Já não há pachorra esta personagem gasta, chata e demagógica
PNR – Partido Nacional Renovador – Estrema direita populista, xenófoba e desinteressante

António Cipriano


quarta-feira, setembro 23, 2009

Sacudir água do capote

71 Milhões de euros foi o dinheiro que o governo socialista perdeu em 2008, desses 64 milhões eram ajudas para agricultura. Esta perda deve-se à regra N+2 que impõe a perda definitiva dos fundos que não sejam gastos num prazo máximo de dois anos a partir do ano em que foram comprometidos. Assim estes fundos foram pedidos em 2006, estando já os socialistas no governo. Quando questionado o governo a culpa deste acto de gestão danosa é da responsabilidade do governo PSD/CDS, ou seja o anterior governo cai em 2005 e a 12 de Março desse mesmo ano José Sócrates inicia o seu mandato. Assim ou os socialistas não sabem subtrair 2 algarismos e perceber que em 2006 já governavam há um ano, ou então mais uma vez se portam como o menino mal comportado que culpa sempre os colegas dos seus actos, o mau estudante que não passa por causa dos professores e que só chega a algum lado em instituições duvidosas que passam diplomas aos Domingos, o do criminoso que culpa a policia da sua infâmia. Espero sinceramente que no Domingo os portugueses não se deixem mais asfixiar com a teia de mentiras socialista e castiguem este governo.


António Manuel Guimarães
Uma Campanha Insólita

El País, um jornal espanhol, uma espécie de 24 horas de “nuestros hermanos” vem hoje dizer que este caso da demissão do assessor de imprensa do senhor Presidente da Republica, pode ser a tábua de salvação de José Sócrates nestas eleições. Se dúvidas havia aqui está o esclarecimento, os espanhóis estão mesmo muito interessados que José Sócrates continue no governo de Portugal. Pois só assim se cumprirá o desígnio de Sócrates de gastar rios de dinheiro português numa linha de alta velocidade para os espanhóis fazerem turismo em Portugal.

As declarações dos socialistas após a demissão têm sido simplesmente ataques pessoais aos líderes do principal partido da oposição, aqueles ataques que Sócrates se diz vítima. Já depois de Sócrates ter citado Salazar agora foi a vez de José Junqueiro vir citar Salazar, já são socialistas a mais a usar frases de Salazar como exemplo. A única conclusão que se tira daqui é que Sócrates sempre confundiu a sua maioria absoluta como uma ditadura de 4 anos e meio. O PS precisa de uma cura de oposição para ver se mata os vírus anti-democráticos e volta a defender a bem mais precioso do país, a democracia.

Escrevendo sobre quem diz baboseiras, Junqueiros e pasquins espanhóis, concluo a falar de quem não dizendo nada mostra um desconhecido jeito para tolices, o Presidente da República com o seu silêncio mostra uma falta de oportunidade pouco inteligente. Chego a duvidar se este homem foi o mesmo que por causa dos estatuto dos Açores fez uma declaração inútil ao país, criando uma estranha sensação que se resume a um “o que se passou aqui?” Agora que os portugueses precisam de saber realmente o que se passou, ele fica calado, sem querer intervir, resultado intervêm em grande na campanha, mas descansem os fervorosos adeptos de Cavaco, ele vai falar, depois das eleições “para não intervir”.


António Manuel Guimarães


PS e Salazar


Ontem em Viseu, na campanha de Sócrates, parece que o líder socialista distrital, José Junqueiro, citou um texto de Salazar sobre "política de verdade". É casa vez mais indisfarçável as semelhanças entre este governo socialista e Salazar, falta de liberdade de expressão, a célebre "asfixia democrática" e tentativa de calar quem se opõe. De facto, realce para o estreitar de amizade com um grande país democrático como é a Venezuela de Hugo Chávez, tudo bons indicadores da política socialista portuguesa.


PP

terça-feira, setembro 22, 2009


Rescaldo dos 5 principais candidatos em Gato Fedorento - Esmiuça os Sufrágios


Ontem, finalmente, foi feita a entrevista de Jerónimo de Sousa no novo programa dos Gato Fedorento. Assim, pode-se avaliar o resultado final das entrevistas dos cinco principais candidatos. Pessoalmente, acho que de forma humorista, podemos avaliar melhor a personalidade, carácter e convicções de cada um dos candidatos, do que com uma grande série de debates, com grande preparação para as perguntas que se adivinha que virão a ser feitas.


José Sócrates - deu-me a ideia de uma pessoa cínica, de personalidade multi-facetada e imensamente falso. Ricardo Araújo Pereira (RAP) colocou algumas questões difíceis e Sócrates respondeu sempre com um humor forçado e banal, tentando parecer simpático. Não posso dizer que gostei muito dele.


Manuela Ferreira Leite - sinceramente posso dizer que gostei. Por detrás daquela cara sisuda e um pouco receosa, revelou-se uma mulher com sentido de humor que esteve à altura das questões que RAP lhe colocou, que diga-se foi a entrevistada que ele mais tentou espremer.


Paulo Portas - esteve ao seu nível. Um homem muito inteligente que, por vezes, dá a ideia de estar no partido errado, pois seria muito mais significativo num partido de maior projecção. As questões de RAP nunca o incomodaram, pelo contrário, pela forma que respondia virava a questão contra o apresentador.


Francisco Louçã - nada revelou de si próprio, tanto mais que aquela entrevista, nem entrevista se pode chamar. Completa sub-serviência de RAP, dando pano para mangas para Louçã brilhar. Este foi, de longe, a pior de todas as entrevistas.


Jerónimo de Sousa - mostrou-se um homem humilde, um homem do povo que subiu na vida à conta do seu trabalho. Esta entrevista, não foi uma entrevista para colocar perguntas difíceis e embaraçosas, tendo RAP mostrado imenso respeito por ele.


Para acabar, como programa, se exceptuarmos as últimas entrevistas, o nível é muito bom. Já se sentia falta do humor dos Gatos. Quanto à sua mais que marcada parcialidade em relação aos candidatos, isso infelizmente não é um defeito só deles. Se virmos o Daily Show, o programa de TV que mais se assemelha a Esmiuça os Sufrágios, a sua parcialidade para os democratas também é gritante.
PP

terça-feira, setembro 15, 2009

Pensar o sistema ferroviário nacional.

Quanto ao TGV tenho uma opinião muito simples, opinião aliás defendida quando se falou pela primeira vez na construção do TGV em Portugal e independentemente do partido que governava na altura. Nunca me parece lógico nem razoável pensar num projecto de tão grande envergadura, quando em Portugal as linhas de comboio estão a morrer. Não temos todo o país ligado por ferrovia, mas queremo-nos ligar a Espanha. Temos um país que do ponto de vista ferroviário está atrasado mais de 100 anos, sim as linhas que temos são grosso modo as mesmas que tínhamos nos finais do século XIX. Para comparações vejam os mapas anexos, o mapa em cima à direita representa os caminhos-de-ferro em Portugal em 1890, o da esquerda representa os caminhos-de-ferro portugueses em 2006, a evolução em 116 anos foi nula.
Portanto parece-me que o dinheiro utilizado para fazer uma linha TGV Lisboa - Badajoz tem custos que seriam muito mais bem aplicados na renovação das linhas ferroviárias nacionais, na criação de novos acessos e na renovação do equipamento. Justificam-se com o investimento público, pois bem, seria na mesma investimento público, investimento na aproximação das localidades do interior que cada vez mais estão desertificadas. Seria um investimento na qualidade do aumento das trocas de pessoas, bens e serviços dentro do território nacional, para que fosse possível, por exemplo, a indústria fixar-se em zonas mais afastadas dos grandes centros por terem vias de comunicação que lhes permitisse escoar os seus produtos e seria um investimento nas obras públicas como os nossos governantes tanto gostam. Depois de termos o problema resolvido internamente então poderíamos olhar para o exterior e fazer as ligações TGV, ou Alfa Pendular com Espanha. Para terminar também deveríamos reflectir sobre os custos para os passageiros de uma viagem TGV de Lisboa – Madrid e ver que seria incomportável para o bolso médio português, ou seja, a maioria da população portuguesa não poderia usufruir do TGV, seria um investimento caro, que apenas serviria uma pequena parte da população portuguesa.

António Manuel Guimarães

segunda-feira, setembro 14, 2009

Patriotismo

Acho errado alguém andar a dizer por aí que José Sócrates tem pouco patriotismo, acho que não é uma boa estratégia. Quem ouvir isto até poderá vir a pensar que José Sócrates fez o inicio da época eleitoral em Espanha…um disparate!

Assim como é um disparate pensar que Portugal precisa de independência económica, até porque estamos dentro da União Europeia, só não entendo muito bem é porque é que com tanta união eu não recebo o salário que os meus colegas recebem na Alemanha ou na Suécia, ou porque é as desigualdades sociais são diferentes de toda a união….para pior.

Mas sim, eu compreendo José Sócrates, depois de ter liderado um governo que foi um desastre do ponto de vista económico, será mesmo necessário a UE pegar na liderança da nossa economia enquanto a incompetência socialista governar.


António Manuel Guimarães

Hipocrisia Eleitoral


José Sócrates no seu estilo inconfundível acusou Manuela Ferreira Leite de tomar uma posição puramente eleitoralista na questão das SCUTS, dizendo o primeiro-ministro que a presidente do PSD defendia a criação de portagens nas SCUTS e que agora, como está em campanha, deixou de o defender com o intuito de ganhar votos. Pois bem o senhor primeiro-ministro já se deve ter esquecido d as promessas que tem feito durante a pré-campanha e já na campanha, portanto prometer 200€ a crianças que nasçam agora, prometer resolver o problema dos 20.000 jovens desempregados sem direito a subsídio de desemprego caso seja eleito, prometer mais sensibilidade no tratamento com os professores, devem ser promessas sérias, profundas, nada eleitoralistas e que não demonstram algum desespero eleitoral.

António Manuel Guimarães