sábado, janeiro 31, 2009


Deficit Real de 3,1% do PIB

O actual ministro das finanças sempre nos disse que a redução do deficit foi conseguida sem recurso a receitas extraordinárias. Todavia foi hoje noticiado no publico que no ano de 2008 ocorreram receitas extraordinárias que totalizaram 1535 milhões de euros, ou seja o equivalente a 0,9% do PIB.
Vejamos: 759 milhões com origem no prolongamento da concessão das barragens à EDP, 623 milhões relativos à atribuição de novas concessões no domínio hídrico, e 153 milhões de euros de alargamento de concessões à Brisa.
Sem estas receitas extraordinárias o deficit orçamental não seria de 2,2 % mas sim de 3,1% do PIB, o que violaria o pacto de estabilidade e crescimento.
Mais uma vez o governo mente aos portugueses.

António Cipriano

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Alguns dos melhores filmes da última década fora realizados por David Fincher. Falo de filmes como “Seven”; “O Jogo” ou “Fight Club”.
Sempre que sai um novo filme de David Fincher, o meu interesse e curiosidade é sempre muito.
Neste sentido foi esta semana ver “O estanho caso de Benjamin Button”, filme que se inspira no conto publicado em 1922 por F. Scott Fitzgerald.
Não fiquei nem um pouco desiludido, sendo um daqueles filmes que nos prende ao lugar durante as quase 3 horas de duração. Uma ultima nota. “O estanho caso de Benjamin Button” faz lembrar, "Forrest Gump", no sentido de acompanhar a existência de um homem nascido em circunstâncias anormais.
Se poderem não deixem de ver.

António Cipriano

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Está a perder o gás!

José Sócrates apareceu ontem a dar apoio à sua ministra da educação, afirmando que todos os que a criticavam, dizendo que as suas medidas eram só para as estáticas tinham agora algo que temer. Disse que existia um relatório da OCDE que louvava o esforço de Portugal e a resistência da ministra da educação. Logo na altura achei estranho, pensei que a OCDE poderia ter feito um estudo sobre a educação em Portugal e que provavelmente tinha sido levada ao engano com os habituais números frios dos socialistas.
Mas hoje ao ouvir o debate no parlamento veio à conversa o tal relatório da OCDE e o PSD acusou o PS de mentir aos portugueses. O normal pois já sabemos que no parlamento as acusações surgem muitas vezes inflamadas mas com pouco significado, portanto achei piada, mas não dei importância ao caso. No entanto, mais tarde ao ler o Publico e o Jornal de Noticias vi a história do tal relatório e ganhei outro interesse pelo caso. Afinal não existia nenhum relatório da OCDE, segundo o JN o partido socialista alterou alguns elementos na sua página, ainda durante o dito debate, em primeiro lugar retirou o título que era: "Relatório da OCDE elogia política de Educação do Governo PS" para "José Sócrates elogia resistência da ministra da Educação". E segundo parece o relatório foi encomendado pelo Ministério da Educação e foi com base em sete autarquias, na maioria socialistas e em algumas escolas, ora todos sabemos que estes relatórios encomendados normalmente falam bem do empregador e suponho que este não tenha fugido à regra. O primeiro-ministro dizia também que nunca tinha atribuído a realização do relatório à OCDE e que o PSD não suportava o sucesso dos socialistas. Palavras rancorosas de um primeiro-ministro que não tinha respostas para dar a esta bronca e que fez como faz a todas as perguntas, acusou em vez de explicar. Compreendo a frustração de Sócrates pois um "engano" destes é muito básico e mostra que ele continua a perder gás e já se vai confundido nas suas medidas de propaganda, porque todos os que viram ontem o telejornal puderam ver José Sócrates num tom irado a defender a ministra da educação com este papel na mão.

Como cereja em cima do bolo, quando a agência lusa tentou obter reacções ao assunto, o PS não quis dizer mais nada sobre o caso dizendo que tudo tinha sido esclarecido no parlamento e sim é verdade, todos os que viram o debate na Assembleia da Republica ficaram esclarecidos e perceberam que Sócrates tinha feito asneira. Para terminar deixo uma questão, quanto terá custado ao erário público este panfleto de campanha falhado que os socialistas decidiram chamar de “estudo”?


António Manuel Guimarães


Dias Difíceis

Por estes dias vivemos na cabeça do furacão da crise económica e financeira. Dia sim, dia sim, chovem notícias de falências e despedimentos. Perante o actual clima funesto de incerteza e desespero de muitas famílias, o governo promete ajudar tudo e todos. Promete ajudar as empresas em dificuldades, o sector financeiro e as famílias como o alargamento do prazo do subsidio de desemprego e outras medidas sociais. Prepara-se com toda a certeza ainda, para um desagravamento fiscal.
Não coloco em causa tais medidas. Mas uma pergunta me assola o raciocínio.
Em 2009, em pleno ano de crise e de eleições o governo prepara-se para aumentar em muito o deficit para valores próximos dos 5%. Teremos dinheiro em 2010?
Terá o futuro governo eleito em Outubro de 2009 dinheiro para poder continuar a gerir o país? Confesso que tenho muitas dúvidas. A mim o que me parece é que a verdadeira crise estará para vir em 2010. De 2009 iremos herdar um deficit enorme e uma divida publica muito perto dos 70% do PIB
Em 2010 o estado já sem margem para poder continuar a suportar os custos sociais terá inevitavelmente que reduzir as despesas e abandonar as empresas e as famílias à sua sorte.
Deus queira que esteja errado!!!!

António Cipriano

domingo, janeiro 25, 2009

Suspeições a mais!


Mais uma vez José Sócrates encontra-se sob a suspeição de ter cometido actos, no mínimo, pouco claros. Ele pode sempre alegar o que quiser, que não tem nada que ver com o caso Freeport, que nunca fez nada ilegal, que não favoreceu ninguém. Mas a verdade é que o primeiro-ministro é alguém que desde o inicio da sua governação foi sempre suspeito de vários actos “estranhos”, é de recordar o caso da licenciatura de José Sócrates em que o primeiro-ministro afinal não era engenheiro mas sim engenheiro-técnico, um caso que ainda continua mal explicado. Mais tarde apareceram algumas obras assinadas por José Sócrates sem que ele alguma vez tenha participado no projecto das mesmas, um caso ainda menos explicado. Depois durante a governação diz algumas meias verdades como as férias dos juízes ou que os professores nunca foram avaliados ou ainda que Portugal só entrou em recessão em Dezembro de 2008, entre muitas outras falsidades que nada abonam em relação ao seu carácter.
Agora volta à baila o caso Freeport onde José Sócrates aparece, mais uma vez com uma imagem pouco clara, com contradições, com familiares alvos de busca, com os inspectores ingleses a dizer que um ministro de António Guterres está a ser investigado por este caso, sem adiantarem um nome mas ficando sempre o nome do então ministro do ambiente no ar.
José Sócrates como qualquer outro cidadão tem direitos, tem o direito de ser considerado inocente até que seja provado em tribunal o contrário, tem o direito à defesa da sua honra e bom nome. Mas a verdade é que este é apenas mais um caso na lista dos casos pouco claros onde aparece o nome do primeiro-ministro, costuma-se dizer que onde há fumo, há fogo e o nosso primeiro-ministro parece uma chaminé de uma máquina a vapor do inicio do século passado de tanto fumo negro que existe à sua volta.
Por fim, as declarações de José Sócrates sobre este caso são por demais infelizes, dizendo que tudo isto é uma manobra de o atingir com fins políticos e que estas acusações apenas surgem em anos de eleições, ora daqui apenas podemos tirar duas conclusões, ou José Sócrates acha que o ministério público o anda a perseguir, ou que os inspectores ingleses que investigam o caso estão a ser influenciados por alguém para atingir José Sócrates. Infelizmente aquilo que se vê é que as intervenções de José Sócrates têm apenas como objectivo tentar influenciar a investigação.


António Manuel Guimarães

Dúvidas Socialistas

Se dúvidas existiam sobre a seriedade da governação socialista, então nestas primeiras semanas de 2009 todas foram esclarecidas. O governo socialista é um dos piores governos da história democrática portuguesa. Como se não bastasse não cumprir uma promessa de campanha, admitir um erro ou cortar no funcionalismo público apenas por medidas economicistas dizendo que são por questões de justiça social, agora mais uma vez se volta a ver a face da mentira socialista. No dia 10 de Janeiro o Banco de Portugal, cujo governador é o antigo secretário geral socialista Victor Constâncio, confirmou que Portugal está em recessão, até aqui não há novidade, mas no relatório está explicito e claro que a recessão começou em Junho, ou seja, antes de se saber o impacto da crise que na altura apenas era incerteza e cujos efeitos estavam longe de se fazer sentir. Assim é claro que alguém andou a enganar o país em relação ao deficit público durante, pelo menos, 6 meses. De um governo que culpava os outros, penso que agora é claro que a situação drástica de crescimento de desemprego, que cresce de forma galopante desde 2005, assim como a teoria de fazer avaliações na função pública com o objectivo claro de cortar na despesa por terminar com as progressões de carreira, ou os cortes na saúde com reorganização do serviço nacional de saúde que mais pareceu a desorganização do SNS, ou o aumento do tempo de serviço para a reforma, ou ainda o fim dos vários direitos adquiridos em 74 que este governo pseudo-socialista eliminou, em suma medidas que tinham como objectivo final terminar com o deficit falharam. Assim o resultado do sacrifício de milhões de portugueses foi ver o deficit aumentar e as dificuldades na vida real aumentarem e se os portugueses cumpriram o sacrifício a que foram obrigados tem que se dizer que o governo falhou na gestão do dinheiro que foram o resultado dos cortes na despesa do estado, muitos que não passaram da demissão do estado de competências que eram suas.Para além de tudo isto, Sócrates de quem se diz ser pouco claro desde, pelo menos, os tempos da universidade, continua a mostrar que a honestidade não é uma das suas virtudes, pois como é possível justificar o fim dos concursos públicos nas obras autárquicas até 5 milhões de Euros?

António Manuel Guimarães

quinta-feira, janeiro 15, 2009



Sinais de desgovernação

Na semana corrente surgiram sinais preocupantes reveladores da incompetência e falta de sentido de estado do actual governo.
Primeiro, foi a patético mail enviado pelo ministério das obras publicas a todas as empresas publicas, exigindo que estas semanalmente indiquem as inaugurações que irão ocorrer na semana seguinte.
Em segundo lugar a agência de rating Standard & Poor´s prepara-se para diminuir o rating da republica por o actual governo,” não conseguir corrigir os desequilíbrios da republica, pela existência de um deficit externo superior a 10% do PIB, e não privilegiar o reforço da competitividade nacional”. A diminuição do rating da republica terá como consequencia o aumento do custo internacional do crédito, para o estado e agentes económicos nacionais.

Por ultimo numa medida que insofismavelmente irá contribuir para o incremento da corrupção, passa a ser permitido o ajuste directo em obras publicas até 5.000.000 Euros, sem qualquer tipo de concurso publico.

António Cipriano

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Fim da Roda da Sorte

Durante muitos anos foi um fã do Herman José. Contudo, nos últimos anos este tem verdadeiramente perdido a piada.
A roda da sorte pertence é um dos programas sagrados da minha memoria.
Confesso que tem em conta o historial recente de falhanços do Herman José, vi com alguma apreensão o ressurgir da roda da sorte.

Mas ao contrário do esperado a Roda da Sorte voltou, apesar dos 17 anos de diferença a ser uma lufada de ar fresco, com um Herman no seu melhor.

È muita lastima e com profunda incompreensão que vejo a decisão da direcção de programas da SIC em cancelar o concurso.
É por estas e por outras que a televisão em Portugal esta cada vez mais pobre de ideias e de conceitos.

António Cipriano