segunda-feira, janeiro 31, 2011

Dúvida Acordo Ortográfico

Estava eu sossegado no meu sofá a ver a revolução no Egipto quando reparei que o Telejornal da RTP 1 também já adoptou o novo acordo ortográfico, esta constatação aconteceu quando vi que agora já não se escreve Egipto mas sim “Egito”. Ora isto é tudo muito bonito mas agora fiquei com uma dúvida, como se chama um habitante natural do “Egito”? É que Egípcio deixou de fazer sentido visto que o “p” desapareceu do nome do país. Será Egitaniense, não deve ser porque esse é o termo utilizado para os habitantes da Guarda e de Idanha-a-Velha, resta Egitiniense; Egitaniano; Egitanesse… É um pensamento duvidoso que sinceramente me atormenta. Hehehehe.

António Manuel Guimarães

terça-feira, janeiro 25, 2011

Presidenciais II

Disse no post anterior que estas foram as eleições mais estranhas de Portugal desde o 25 de Abril e penso que esta ideia é consensual. Não foi devido ao elevado número de abstenção que infelizmente, no que a presidenciais diz respeito bateu todos os recordes, mas sim devido às razões que levaram a estes resultados. Numa análise primária, sem conhecer todos os factos, poderíamos utilizar as conversas do costume, o desinteresse e desconfiança dos portugueses pela política, a provável reeleição e sentir que o dever de votar era desnecessário e até o frio, sim porque estava uma temperatura bem desagradável, mas a verdade é que este resultado apenas se deveu à incompetência do Governo em garantir umas eleições em condições. É verdade, Portugal teve umas eleições que em termos de organização só é comparável a um país de terceiro mundo, porque um país que não consegue garantir que todos os seus eleitores votem é simplesmente terceiro-mundista. Razão, a falta de informação aos eleitores que ao renovarem a sua identificação para o cartão do cidadão ficaram com a morada actualizada e portanto muitos mudaram de junta de freguesia e portanto não iriam votar no mesmo local de sempre. Depois porque o sistema informático não conseguiu dar resposta a todos os pedidos e por volta das 13 horas, estava simplesmente encravado. Ainda hoje estou à espera de um pedido que fiz por sms, felizmente a minha junta era a mesma e consegui dar com a cabine de voto, mas muitos portugueses não conseguiram, foram à sua junta antiga e não conseguiram saber onde deveriam votar, diz-se que em Lisboa as filas para as informações eram gigantescas ouvi até relatos que alguns funcionários de juntas diziam a pessoas idosas para irem ver o seu número na Internet, claro que estes enregelados velhinhos foram para casa mas não para ver o número na net para para ver o filme da tarde na T.V.I.. O Ministério da Administração Interna não conseguiu perceber o que poderia acontecer e não soube dar a informação devida aos eleitores, claro que para mim que não tenho nenhuma função é fácil falar, mas estes senhores são principescamente pagos para tomar estas medidas. Sinceramente esperava por demissões ou na Comissão Nacional de Eleições ou no Ministério, porque não conseguiram garantir que todos os eleitores conseguissem votar sendo um grave atentado aos princípios democráticos portugueses. Mas bem à portuguesa o Ministro veio hoje pedir desculpas e pronto, considera que está resolvido, como se tivesse dado um encontrão a uma pessoa na rua. Assim tivemos uma abstenção brutal, típica de terceiro mundo, cujos responsáveis não são os eleitores, são mais uma vez os incompetentes socialistas que nos desgovernam.

António Manuel Guimarães

Presidenciais I

Mais uma vez o Presidente da República em exercício é reeleito, Cavaco Silva venceu em toda a linha umas eleições que foram, muito provavelmente, as eleições mais estranhas em Portugal desde o 25 de Abril.
Mas falemos dos resultados eleitorais, como já disse no início Cavaco venceu em toda a linha, na campanha começou com o seu estilo habitual de “professor calmo”, mas quando se fartou dos ataques feitos por vários candidatos passou a “professor autoritário” mais agressivo, mas sem perder as estribeiras, percebeu que colar Alegre ao governo era uma boa estratégia e depois sabendo que a tradição estava do seu lado geriu a situação e venceu. Não teve um discurso feliz, mas sinceramente quem não sente não é filho de boa gente e certamente não seria fácil ser “bondoso” perante alguns ataques pessoais desmedidos de que foi alvo por parte de alguns candidatos.
Alegre, grande derrotado, também em toda a linha, primeiro derrotado porque perdeu por não conseguir levar a eleição para a segunda volta, depois porque foi abandonado por aqueles que o “apoiaram” e tão claro que foi quando os líderes dos partidos que o “apoiavam” se iam demarcando da derrota dizendo que foi uma campanha unipessoal e depois se duvidas haviam então bastou assistir ao discurso da derrota, um Alegre triste, abatido e só. Sinceramente apoiado só foi pelo B.E. e talvez por isso o seu discurso tenha sido a tristeza que foi, ataques infelizes, tiques de revolucionário abrilesco, agressividade ao estilo improvável de Basílio Horta em 1991. Do lado do seu partido só viu o apoio de ministros com a classe e estilo de Augusto Santos Silva, que apenas serviu para perder votos. Claro que nesta eleição foi evidente que uma união B.E./P.S. é erro estratégico que apenas pode levar à perda de votos.
Fernando Nobre, o derrotado vencedor, fez uma campanha bastante boa, começou com um discurso pouco coerente, muito agarrado a imagem do bondoso médico da AMI, na segunda semana o homem mudou, não usou ataques pessoais, apresentou algumas ideias que embora não aplicáveis enquanto presidente mas que o apresentavam como um idealista, ficou em terceiro lugar com todo o mérito. Mas claro que isto não lhe deve subir à cabeça porque pensar que estes votos estão garantidos em outra eleição é um erro.
Francisco Lopes é o tipo candidato comunista, no início Jerónimo nem o deixava falar e por fim, quando o autorizou, surpresa…a conversa igual, o som de 1974. Manteve a votação não perdendo eleitores, nem ganhando eleitores. Assim podemos considerar que cumpriu o seu papel.
José Manuel Coelho, todas as eleições têm a sua personagem cómica, muitos dos votos que recebeu foram de protesto, ele representa aquele tipo sem responsabilidades que pode dizer o que lhe vai na gana. Dizia umas “verdades” daquelas verdades de mesa de café e conseguiu não ser o último, tendo até tido um surpreendente resultado na Madeira onde retirou a maioria absoluta a Cavaco na Região, embora eu não considere que isto seja sintomático de alguma surpresa nas regionais madeirenses.
Defensor de Moura, foi o último, ficou até atrás de Coelho, mas mereceu em pleno, parecia que a sua função era levantar a lebre para depois Alegre poder agir, mas foi de uma agressividade atroz, brutal e desmedida, duas semanas de ataques sem uma ideia ou um propósito que não fosse atacar Cavaco Silva. Saiu de cena com um discurso coerente, porque manteve o nível de nojo que caracterizou a sua campanha. Foi ridículo.

António Manuel Guimarães

terça-feira, janeiro 18, 2011

Música Portuguesa actual

A música portuguesa feita nestes últimos tempos, está completamente de parabéns com valores que me parecem seguros. Os Deolinda são um desses casos gritantes de sucesso com músicas contagiantes e muito, muito boas. No entanto, não fica por aqui os talentos portugueses, deixo aqui o link para dois temas d' "A Caruma" Nossa Senhora do SIS e Coitadinha. Outro grupo que não posso deixar de focar são os Virgem Suta e a música Linhas Cruzadas , entre outras deles que vale a pena descobrir. E, já agora pergunto: Quem mais tem ouvido música portuguesa de qualidade?

PP

quarta-feira, janeiro 05, 2011


Caridade

Foi anunciado pelo governo no dia de ontem que as famílias carenciadas vão beneficiar de um desconto na factura de electricidade.

Num momento penoso, de particulares dificuldades económicas e socais, parece-me numa primeira abordagem uma medida sensata reveladora de cariz social.

Acontece que num segundo momento fiquei a saber que o referido desconto, pasme-se, vai de ser de 80 cêntimos por mês, ou seja 2,6 cêntimos por dia, 9,6 Euros por ano.

Ora um desconto de 80 cêntimos só pode ser uma piada de mau gosto.

Uma medida de caridade!!! Uma esmola à população. Os portugueses não precisam de caridade. Os portugueses precisam é de um governo justo e competente, o que infelizmente não é o caso.

António Cipriano