segunda-feira, julho 25, 2011

Carlos do Carmo - "Bairro Alto"

Candidatura do fado a Património Imaterial da Humanidade

Muitos talvez não se tenham apercebido, mas Portugal elaborou uma Candidatura do fado a Património Imaterial da Humanidade.

Confesso que durante muitos anos disse que não gostava de fado, sem ter verdadeiramente ouvido fado.

Com a idade, despertei para o fado, sendo hoje um apreciador de fadistas como Camané, Mariza, Mafalda Arnaut, Carlos do Carmo, entre outros.

Quer se goste ou não o fado é um pouco da alma de Portugal. Musica com alma, com espírito, nostálgica, com um agridoce de tristeza e de destino, reconduz um pouco daquilo que somos.

Por aquilo que é, temos necessariamente que apoiar a candidatura do fado a Património Imaterial da Humanidade.


António Cipriano

segunda-feira, julho 18, 2011

Portugal, Portugal!



Bem sei que esta velhinha música de Jorge Palma é sobejamente conhecida, mas penso que devido ao momento actual em que vivemos que se adequa!

António Manuel Guimarães

sexta-feira, julho 15, 2011

Cortes na despesa, para quando?

Sei que a situação do país é difícil. Compreendo que necessariamente teremos de cumprir o deficit de 5,9% em 2011.

Apesar do nosso nível de fiscalidade já ser excessivamente pesado, obstaculizando o crescimento económico, compreendo a dura e penosa necessidade do imposto extraordinário.

Todavia existe algo que não compreendo. O PSD na oposição sempre referiu correctamente a necessidade imperiosa de fazer a consolidação orçamental essencialmente pelo lado da despesa. Ora parece-me que seria de puro bem senso e razoabilidade, que no momento em que se anuncia um imposto extraordinário, deveria ser anunciado pormenorizadamente cortes na despesa.

O Ministro da Finanças fala de futuros cortes na despesa, mas apenas de forma vaga, e abstracta. Assim os portugueses terão dificuldade em compreender os sacrifícios.

António Cipriano

segunda-feira, julho 11, 2011

Dividocracia (Debtocracy) - Parte 1 - legendas Portugues-BR



Debtocracy

Trata-se de documentário de uma realizadora grega, sob a evolução e efeitos da divida dos estados, com um enfoque particular na crise grega.
È um documentário interessante que nos desperta para algumas realidades, menos conhecidas.
Todavia, deve ser visualizado com algum cuidado, na medida que tem um excessivo pendor “de esquerda”, culpabilizando excessivamente os mercados e o FMI, esquecendo as responsabilidades do povo grego, na sua própria situação.
Mas mesmo assim, vale a pena ver.

António Cipriano

sábado, julho 09, 2011


Rating e Confiança

Um dos valores centrais para o crescimento económico é Confiança.

Existindo confiança celebram-se contratos; concede-se crédito; fomenta-se o investimento.

Ora a confiança é o resultado de uma equação complexa, que tem como um dos seus elementos a credibilidade dos intervenientes do sistema.

A credibilidade de um agente económico, abres portas, oportunidades.

As agências de rating foram criadas para analisar a confiança/ credibilidade de cada agente económico.

E existem muitas agências de rating. Pequenas é certo. Em Portugal existe a CPR (Companhia Portuguesa de Rating). É muito comum muitas das nossas PME`s sempre que iniciam relações comerciais com um novo cliente solicitarem a CPR um relatório sobre a “confiança” deste novo eventual cliente. Consoante a nota atribuída pela empresa de rating, é formulada a decisão sob a venda ou não a credito, o plafond do crédito concedido, etc.

Tem assim o rating, um papel importante no normal desenrolar das relações económicas.

Todavia espera-se das agências de rating, imparcialidade, competência e rigor, sob pena de se tornarem focos de instabilidade.

Ora Portugal vive com um pesada divida publica, elevados deficits, um balança comercial negativa, um crescimento anémico. Esta são factos reais, que racionalmente implicam um baixo rating.

Todavia a verdade é que recentemente assinamos um acordo com a Troika, que nos garante financiamento por 3 anos. Temos um novo governo maioritário, que já iniciou funções, tomando desde já novas medidas. Um análise racional implicaria manter o rating da república inalterado. Esperando futuros desenvolvimentos.

Sucede que a Moddys, sem novos factos, baseando-se em suposições, em boatos, em suspeições e talvez mesmo sob um agenda escondida, resolveu baixar o rating de Portugal em 4 níveis. Esta não é uma decisão racional.

Portugal, mas sobretudo a Europa não podem e não devem continuar a se deixar manipular pela agenda de instituições com objectivos escondidos.

A solução é a constituição de agência de rating europeia imparcial, credível. Esta sim é uma solução essencial à Confiança.

António Cipriano

sexta-feira, julho 08, 2011


Agências de rating: para que servem???

Pessoalmente, acho que as denominadas agências de rating são como os empresários de futebol, ganham dinheiro e não fazem nada. Estas agências andam muito em voga na actualidade, muita gente pode até pensar que elas são um fenómeno actual, no entanto, estes bichos papões já andam a meter-se na economia desde finais do século XIX. E, afinal o que faz uma agência de rating??? Numa visão muito simplista das coisas imaginemos Sicrano a pedir um empréstimo a Beltrano. No meio da estória aparece Fulano a investigar as condições que Sincrano tem para devolver esse empréstimo que recebeu, já com os devidos juros. Este Fulano é o equivalente da agência de rating. A questão agora que se coloca é: O que vai Fulano dizer? Vai dizer que Sicrano tem muitas contas a prazo e que apenas não quer mexer nelas, pois se quisesse mexer e perder juros tinha mais do que dinheiro suficiente para cobrir o empréstimo ou vai dizer que Sincrano é um pobretão que não tem condições para pagar o empréstimo, quanto mais a dívida? A resposta é simples: depende de quem lhe paga para falar. O mesmo acontece com as agências de rating, entidades que deveriam ser imparciais mas que dão notas consoante o seu empregador, como no caso Enron em que todos sabiam da bancarrota e as agências mantiveram as suas notas em alta. Com a crise europeia, pensa-se criar uma agência de rating europeia para combater as maiores agências de rating americanas: Moody's, Standard & Poor's e Finch, as agências que entre si detêm cerca de 54% do mercado. Primeiro erro, destas 3, a Finch tem 80 % de capital francês ou seja europeu. Segundo erro, não se deve criar uma agência do nada, que vai ser vista como uma marioneta da Europa para combater as outras agências. O que acho que deve ser feito, ao invés disto é as empresas, países, corporações, enfim todas as entidades que recorrem a estas agências criarem o seu próprio departamento de análise de risco das entidades com quem trabalham, de modo a fazerem uma avaliação a partir das suas próprias análises e não "comerem" tudo o que este tipo de agências classificam.

PP

As Medidas de Austeridade vistas por um leigo






Primeiro que tudo, identifico-me como o leigo e assumo não perceber nada de economia. Tudo me faz confusão, pois os economistas vêm as contas de uma maneira demasiado simplista ou então sou eu que complico as coisas.



Vejamos o caso das medidas de austeridade. Os economistas vêm assim: x empresas pagam y de impostos igual a w milhões de euros. Se aumentarem y, então w sobe também. Simples.






O que eu vejo é diferente, mas confirmo que não sou economista. O que vejo é: x empresas vêm-se em dificuldade para pagar y, muitas vezes por os próprios estados não pagarem o que devem a tempo e horas. Aumentando y (os impostos), vai aumentar as falências de empresas (diminuindo x), o que implica que w (os milhões de euros) já não seja igual ao pensado em primeiro lugar.



Ao diminuir o número de empresas, vai aumentar o número de desempregados. Com o aumento do número de desempregados, vai subir o pagamento que um estado vai fazer em relação a subsídios de desemprego, ou seja, um Estado vai receber bem menos do que estava a fazer contas e vai gastar bem mais do que se tinha em conta.






Este post não pretende criar uma solução para o problema, apenas manifestar uma opinião leiga sobre o assunto.

PP
Lixo Tóxico

A “cumplicidade da alma – Agência de Rating e Notação Financeira” realizou nos últimos meses uma criteriosa analise sistémica nas dimensões estruturais/financeiras/credibilidade da empresa americana “Moddys”.

Nos Indicadores “falta de credibilidade” “Falta de Transparecia” “Interesses obscuros”, “obscurantismo”, a Moddys obteve as notas máximas de AAAAAAAAAAAAAA.

Pelo que a “cumplicidade da alma – Agência de Rating e Notação Financeira” atribui a Moddy a fantástica classificação de “LIXO TOXICO”

António Cipriano

sexta-feira, julho 01, 2011


Regresso à Agricultura

Nos últimos 30 anos, erradamente, menosprezamos,abandonamos, ridicularizamos a Agricultura. Achávamos que a Agricultura não era necessária.

Deixamo-nos ir nas teorias comunitárias, pagando mesmo para que muitos agricultores não produzissem.

Dessa política resultou o despovoamento do interior e um enorme deficit alimentar.

De facto sem importações Portugal não seria capaz de alimentar a sua população.

Importamos todos os anos 7.000 milhões de euros em alimentos, o equivalente a 14 submarinos!!!!.

Só produzimos, 22% dos cereais que necessitamos. Só produzimos 11% do trigo que consumimos. Importamos 52% da carne de bovino, 55% das maças, etc.

Apenas somos auto-suficientes em leite e em carne suína e avícola.

Pelo que o deficit alimentar contribui em muito para o deficit externo.

È o momento de voltarmos ao campo, de apostarmos na Agricultura. E esta tem tudo para ser um óptimo negócio. A maioria dos países da Europa não tem condições climatéricas para produzir um sem número de produtos.

Portugal tem condições naturais fantásticas.

António Cipriano