quarta-feira, outubro 26, 2011


Pântano na politica europeia

É com mágoa e tristeza que vou acompanhando as hesitações, as constantes “inevitabilidades”, os sucessivos adiamentos de uma solução global e assertiva para a crise Europeia. Infelizmente somos hoje governados por um conjunto de líderes fracos, de visão pequenina, que apenas olham para o curto prazo das oscilações da opinião pública. Esquecem-se que devem à integração europeia 50 anos de paz e de prosperidade.

Oxalá ainda haja nesses fracos lideres um réstia de inteligência e de uma vez por todas se entendam numa solução para os actuais problemas.

Se assim não for quem perde é a Europa, mas também todos os povos de todas as nações da Europa.

António Cipriano

sábado, outubro 22, 2011



No passado fim de semana aproveitado o facto do IVA sob a cultura só passar para 23% no inicio de 2012 tive a oportunidade de assistir a um excelente espectáculo instrumental de acordeão.
"Danças ocultas" são um grupo português que reinventa o acordeão numa postura contemporânea, dando a um instrumento antigo um toque de modernidade e de classe.

António Cipriano

sexta-feira, outubro 14, 2011

Incerteza

Vivemos durante anos uma vida de ilusões, de excessos, de luxos e ousadias própria de um país rico, com elevada produtividade, com níveis de desenvolvimento do norte da Europa. Cometemos muitos erros.

Sabemos que os pais esta doente. Doente por ter cedido a lobbies, por ter embarcado em fantasias megalómanas. Deixamo-nos levar por feiticeiros de opereta.

Todavia, para além de um classe dirigente irresponsável, sempre existiu um povo. Um povo que trabalha e que vive em dificuldades. E uma nova geração ausente de culpa pelos erros do passado, condenada ao desemprego, e aos recibos verdes. A viver sobrevivendo.

Todos aceitamos que o país esta doente. Que algo é preciso mudar.

Do orçamento para 2011 já sabíamos que seria muito difícil. E aceitámos essa evidência.

Mas não teremos a ir longe de mais? Não será a dose do remédio excessiva? Não morrerá o doente da cura?

A verdade é que orçamento de 2011 é absolutamente recessivo. Ora com este orçamento teremos necessariamente uma diminuição do consumo privado e publico, uma diminuição da confiança dos consumidores, uma redução do investimento. O PIB, ou seja a riqueza nacional terá necessariamente que contrair. Com a diminuição do PIB, também as receitas fiscais irão diminuir, aumentando os riscos do agravamento do deficit.

Aquilo que me assusta é não ver “luz ao fundo do túnel”. É não ver um sinal de esperança.

È não ver medidas para o crescimento da economia.

Aceito a austeridade como instrumental a uma esperança de uma economia mais competitiva, com mais emprego. Mas não aceito a austeridade pela austeridade.

Não sei o que se vai passar. Aliás, duvido que qualquer economista por mais reputado que seja, saiba se este é o caminho certo. Mas também não é menos verdade que ninguém nos indica um caminho diferente.

Portugal qual navio à deriva embarca num turbilhão para o qual não sabe se há saída.

Espero que esta seja a solução. Que a austeridade não conduza a mais austeridade.

Quero esperança!!!!!!Quero uma palavra de confiança.!!!!Mas não a encontro.

Me ajudem a encontrar essa esperança!!!!!

Se assim não for embarcamos num fado sem rota ou destino, e sem necessariamente um final feliz.......................

António Cipriano

terça-feira, outubro 11, 2011

Contra factos não há argumentos

Recentemente a RTP apresentou uma nova rubrica, mas que para mim é uma rubrica que sinceramente parece ser um belo de um tacho para dar a alguém, porque trabalho pelo menos hoje não vi nenhum. O “contra factos não há argumentos” tem como intenção fazer uma radiografia sobre a situação do sector publico português nos últimos anos, para isso Alberta Marques Fernandes faz comparações entre o presente e o passado, ora isto não estaria errado se a comparação se estabelecesse entre períodos razoáveis, agora fazer comparações, como a que vi hoje, entre a actualidade e 1930 é no mínimo absurdo e indicador de coisa nenhuma. A comparação pretendia mostrar que em 1930 Portugal tinha menos funcionários públicos relativamente a 2011, depois a comparação passa para a despesa com os funcionários públicos entre 1930 e 2011, por fim Alberta Marques Fernandes conclui declarando que hoje se gasta mais do que em 1930 e termina a apresentação com um “contra factos não há argumentos”! Ou seja a autora chegou a uma conclusão digna de La Palice, porque se esqueceu de alguns factos menores como dizer que em 1930 tínhamos cerca de seis milhões e oitocentos mil habitantes e hoje temos cerca de dez milhões e quinhentos mil habitantes, a coisa até podia ter validade se ao menos tivesse as percentagens relativas de funcionários por habitante mas não o fez limitando a comparação a números absolutos, isto para não falar do facto de apresentar um período de comparação de oitenta e um anos em que a nossa história sofreu tantos acontecimentos e tanto mudou, que pior só se a comparação fosse sobre a actualidade e 1143, ou seja a amplitude de tempo da comparação tira qualquer credibilidade à rubrica, normal seria fazer a comparação a dez anos, vá vinte anitos agora oitenta e um…! Resta o facto de a rubrica assim ser apenas ridícula e inconsequente e…contra factos não há argumentos!

António Manuel Guimarães

domingo, outubro 02, 2011

Competitividade

Um dos problemas da economia portuguesa é a falta de competitividade, problema que aliás foi devidamente identificado pela Troika.

Como medida para fomentar a competitividade a Troika advoga uma “desvalorização fiscal”, por via de um corte drástico da TSU.

Ou seja, a Troika defende que se deve diminuir a TSU, o que importa uma diminuição dos custos das empresas. Com a diminuição dos custos das empresas, os produtos e serviços teriam um custo de produção inferior, permitindo que os mesmos, pudessem ser vendidos a um menor preço, aumentado assim a quota de mercado das empresas nacionais.

Ou seja menor TSU, diminuição dos custos das empresas, maior competitividade.

Até aqui tudo bem.

O que não se entende é que a Troika quase obstinadamente defenda uma diminuição dos custos das empresas por via do corte da TSU e por outro lado imponha um aumento da electricidade e gás natural de 17%, por via do aumento da taxa de IVA!!!

O aumento da electricidade e gás natural vão diminuir a competitividade das empresas nacionais. Ou seja por um lado incrementa-se a competitividade com o corte da TSU, e por outro lado, diminui a competitividade com o aumento da electricidade e gás natural.

Não entendo!!!!!!!

António Cipriano