sexta-feira, novembro 30, 2012

Novo Jogo de Tabuleiro



Neste jogo de tabuleiro ganha quem conseguir criar uma teia de influências, vencer as eleições e colocar o máximo de dinheiro possível em paraísos fiscais. Chama-se Vem aí a troika! e é a estreia no mercado da portuguesa Tabletip Games, fundada por quatro amigos com uma paixão comum por jogos. A “acção” passa-se num país chamado Portugalândia e cada jogador representa um “obscuro grupo de interesses que através da manipulação política, social e económica tenta ganhar poder, votos e dinheiro”.

Os quatro sócios investiram dez mil euros na produção do jogo, que conta com as ilustrações de Nuno Saraiva, Vasco Gargalo e Filipe Preto. Para angariar verbas, recorreram ao crowdfunding na plataforma PPL e já conseguiram ultrapassar o objectivo inicial de 1200 euros. À hora a que o PÚBLICO consultou o site tinham sido angariados 2031 euros. “Através do PPL vendemos 150 jogos”, adianta Pedro Santos.

A partir de segunda-feira o "Vem aí a troika!" vai estar à venda no El Corte Inglés que comprou, para já, 150 unidades à Tabletip Games. A intenção é estar noutras cadeias da grande distribuição.

Um óptimo presente para o Natal!!

António Cipriano

quarta-feira, novembro 21, 2012

Como Defender O Estado Social Europeu


O Estado Social é o cimento agregador da Europa Ocidental. Este é a matriz que permitiu a paz e o reforço das solidariedades entre os povos europeus.
Todavia o “Estado Social” encontra-se sob “ataque”.
O Estado social necessita de elevados recursos financeiros. Ora. tais recursos financeiros apenas são possíveis de obter caso exista crescimento económico. De Facto o “crescimento Económico é o “alimento" do Estado Social.
O problema é que de ano para ano, na Europa e em Portugal em particular, as taxas de crescimento são cada vez menores. Isto acontece porque a Europa deixou de ser competitiva no mundo globalizado.
Parece-me que a globalização foi a "caixa de pandora" que libertou todos os males para o crescimento da Europa.
Globalização foi sinonimo de livre comércio, comércio  sem barreiras. Ora, o livre comércio apenas é uma doutrina possível de seguir caso todos os agentes económicos estejam nas mesmas circunstancias. 
Acontece, que tal não ocorre.
Na Europa, os trabalhadores trabalham em média 40h/semana, tem dois dias de folga, tem apoios sociais no desemprego, na doença na velhice. Tudo isto são ganhos civilizacionais, mas também custos, que aumentam os custos de produção de cada produto.
Na Ásia, na América Latina, não existe Estado Social, os trabalhadores sujeitam-se a horários de trabalho “sem fim”, não têm garantias de apoio na doença e na velhice. Assim os custos do trabalho são incomensuravelmente inferiores.
Parece evidente existir no dito “sistema de comércio livre” -  dumping.

Perante este cenário, como pode a Europa voltar a ser competitiva? Como poderemos assegurar as taxas de crescimento necessárias à manutenção do Estado Social?

A solução que antevejo é o Protecionismo. A Europa e a economia europeia tem de restabelecer um “sistema imunitário” capaz de ultrapassar o dumping. Essa resposta passa por defendermos a nossa Economia, com taxas alfandegarias que possibilitem uma real igualdade de oportunidade e um real mercado de livre concorrência.
Precisamos que voltar a construir uma industria Europeia que dê trabalho aos europeus!!!
Reindustrializar é urgente. Mas a industrialização apenas será possível com o protecionismo.
Se nada for feito, se continuarmos refém da ilusão do falso “comércio livre” estamos condenados ao empobrecimento. E assim não será possível manter o Estado Social.

António Cipriano

domingo, novembro 11, 2012

Ich Bin Ein Berliner


António Cipriano

Visita de Angela Merkel



Uma nota prévia: Sou um daqueles que considera que as politicas de Angela Merkel são erradas no que diz respeito à defesa da União Europeia.

Todavia, feita esta nota prévia, devo dizer que ao contrário de muitos, considero que Angela Merkel deve ser bem recebida em Portugal.
Angela Merkel é a chefe de estado de um país que tal como Portugal pertence a União Europeia. Assim, a Alemanha é nossa parceira, sendo até um dos nossos principais mercados para as nossas exportações. Simultaneamente e não menos importante, considero que devemos respeitar e acolher todos aqueles que nos visitam.
Paralelamente, devo disser que não considero a”diabolização” de Angela Merkel como a solução dos nosso problemas. Antes de mais, não devemos esquecer que quem criou a enorme divida publica não foi a senhora Angela Merkel, mas sim os governos socialistas dos últimos quinze anos.
Mas diga-se até, a visita de Angela Merkel  deve ser  vista como algo positivo. Este seria o momento certo para o nosso Primeiro-ministro e o Presidente Cavaco, mostrarem ao país e à Europa, que não são subservientes a ninguém. Este é o momento oportuno para argumentar junto da senhora Angela Merkel que a “austeridade sem crescimento” não é o caminho. Este é o momento para políticos responsáveis e competentes defenderem junto de Angela Merkel a melhoria do memorando de entendimento.
E claro, após a visita de Angela Merkel é oportuno o governo português convidar para visitar Portugal, o Primeiro-ministro italiano, o Primeiro-ministro espanhol, o Primeiro-ministro irlandês, o Presidente Francês. Enfim, concertar posições no sentido de  ser possível apresentar em Bruxelas um caminho alternativo, mais amigo do crescimento económico para a Europa.

António Cipriano