Depois da
queda do Lehmam Brothers em 15 de Setembro de 2008, um pouco por toda a Europa,
ainda que com o sacrifício dos contribuintes foram realizadas variadas
operações de “salvação” de instituições financeiras. Foi assim com o Dexia na Bélgica,
com o NorthRock na Inglaterra, com as
caixas de aforro espanholas ou com o BPN em Portugal
O Objectivo
foi sempre a salvaguarda dos riscos sistémicos, e a salvaguarda do valor máximo
no sistema financeiro – “CONFIANÇA”
Ora em Chipre
por um míseros 6 mil milhões de Euros a Europa (diga-se a Alemanha) impôs o
confisco de parte dos depósitos. Esta foi a primeira grande machadada no valor
da confiança. A partir daí os cidadãos por tuda a Europa, em especial, na
Europa do Sul, começaram a olhar a Banca com desconfiança.
Mas foi
garantido a todos, que o caso de Chipre seria um caso sem exemplo, insusceptível
de se repetir em qualquer outro país.
Ora pasme-me,
com as recentes declarações do senhor ministro das finanças da Alemanha. Wolfgang
Schäuble, considera que as condições do resgate financeiro a Chipre, para que
irão contribuir accionistas, credores mas também depositantes dos principais bancos, deve
servir como modelo para o futuro.
Afinal o que
pretende o senhor Wolfgang Schäuble?
A conclusão óbvia, é que pretende gerar desconfiança no sistema financeiro
da Europa do Sul, de modo a incentivar a fuga de capitais para os banco do
Norte da Europa.
E claro
contribuir para o fim da suposta solidariedade europeia .
Tudo indícios
que o futuro na Europa não nos vai trazer nada de bom.
António
Cipriano