segunda-feira, abril 22, 2013

Desconfiança sistémica




Depois da queda do Lehmam Brothers em 15 de Setembro de 2008, um pouco por toda a Europa, ainda que com o sacrifício dos contribuintes foram realizadas variadas operações de “salvação” de instituições financeiras. Foi assim com o Dexia na Bélgica, com o NorthRock na Inglaterra, com  as caixas de aforro espanholas ou com o BPN em Portugal
O Objectivo foi sempre a salvaguarda dos riscos sistémicos, e a salvaguarda do valor máximo no sistema financeiro – “CONFIANÇA”
Ora em Chipre por um míseros 6 mil milhões de Euros a Europa (diga-se a Alemanha) impôs o confisco de parte dos depósitos. Esta foi a primeira grande machadada no valor da confiança. A partir daí os cidadãos por tuda a Europa, em especial, na Europa do Sul, começaram a olhar a Banca com desconfiança.
Mas foi garantido a todos, que o caso de Chipre seria um caso sem exemplo, insusceptível de se repetir em qualquer outro país.
Ora pasme-me, com as recentes declarações do senhor ministro das finanças da Alemanha. Wolfgang Schäuble, considera que as condições do resgate financeiro a Chipre, para que irão contribuir accionistas, credores mas também  depositantes dos principais bancos, deve servir como modelo para o futuro.

Afinal o que pretende o senhor  Wolfgang Schäuble?
A conclusão óbvia,  é que pretende gerar desconfiança no sistema financeiro da Europa do Sul, de modo a incentivar a fuga de capitais para os banco do Norte da Europa.
E claro contribuir para o fim da suposta solidariedade europeia .
Tudo indícios que o futuro na Europa não nos vai trazer nada de bom.

António Cipriano

quinta-feira, abril 18, 2013

Mentalidade de Cowboy



Não obstante se multiplicarem os trágicos episódios de tiroteios sanguinários nos EUA, incompreensivelmente o lobby das armas continua a triunfar. De facto ontem o senado dos EUA rejeitou uma simples proposta que alargava a verificação de antecedentes criminais dos compradores de armas, uma medida que tinha sido defendida por Barack Obama. A nova legislação implicava que a verificação dos antecedentes passasse a ser feita também nas armas vendidas em feiras de armamento e na Internet. Actualmente, a verificação acontece nas vendas feitas em lojas especializadas. Inicialmente, Obama pretendia ir muito mais longe no controlo de armas. legislação que proibisse a venda de armas semiautomáticas e de carregadores com mais de dez munições. Esta questão, porém, não chegou sequer a ser debatida no Senado.Este desfecho representa uma derrota política para Obama e o fracasso das suas tentativas para aumentar o controlo sobre o porte de armas e uma vitória da National Rifle Association, o influente grupo de defesa do direito ao uso de armas.
 
         A verdade é que grande democracia dos estados unidos continua refém das lobby das armas.
António Cipriano 

terça-feira, abril 09, 2013

Rui Rio para Primeiro Ministro, Já!


Hoje em dia, com a descredibilização da classe política, não só em Portugal mas, pelo Mundo todo, é difícil deslumbrar alguém que tenha credibilidade suficiente para governar. No entanto, ainda teria uma réstia de esperança, se as próximas eleições legislativas apresentassem como candidato, Rui Rio.  Este senhor teria o meu voto de certeza absoluta, agora como se vislumbra uma corrida entre Passos Coelho e António José Seguro, um cenário por demais assustador, visto que o primeiro é mau demais para ser verdade e o segundo é ainda pior, quase de certeza que ou não vou votar ou vou votar em branco qual Ensaio sobre a Lucidez.

PP

terça-feira, abril 02, 2013

Desunião na U.E



O projecto de integração europeia  nasceu essencialmente da necessidade imperiosa de evitar novos conflitos bélicos em solo europeu. Pretendeu-se por intermédio de um projecto comum enterrar de vez os “fantasmas dos nacionalismo” .
Desde 1951, o projecto de integração sob a mão de grandes líderes, não obstante as dificuldades do percurso construiu um projecto de sucesso, assente na paz, prosperidade económica e solidariedade entre povos.
Mas os líderes europeus de hoje parecem ter esquecido as lições da História. Voltam as costas à solidariedade, a coesão entre os povos. Hoje, alguns líderes desejam castigar outros povos. Alguns líderes esquecem que o mercado interno só é fonte de crescimento se a solidariedade e a coesão económica vingar.
Precisamos hoje, face aos perigos da globalização, da China e dos BRIC´s,  mais do que nunca, uma Europa coesa e forte.  Desenganem-se os líderes de alguns países da Europa do Norte, que pensam que sozinhos conseguiram vingar num mundo globalizado. A Alemanha, a Holanda sozinha não passa de pequenas formigas na engrenagem difícil da economia Mundial. Precisam da Europa para serem verdadeiros players mundiais.

António Cipriano