segunda-feira, novembro 14, 2016

Nuvens Negras


A assinatura do acordo mundial do comércio em 2001, declarou de forma oficial a globalização. A globalização, per si foi um processo benéfico para a humanidade, tirando das sombras da pobreza milhões de milhões de pessoas, sobretudo no continente asiático.
Mas se milhões e milhões de asiáticos foram beneficiados pela globalização, pela circulação livre dos capitais, com o livre comercio, com as deslocalizações de multinacionais para o extremo oriente, com a industrialização da China e vizinhos, na outra face da moeda, a globalização trouxe desafios e problemas para as populações dos ditos países do ocidente. A globalização e as consequentes deslocalizações de empresas, assente numa desindustrialização, a concorrência (des)leal com dos países em desenvolvimento, conduziu o ocidente, e a Europa em particular, a uma letargia de crescimento. Anemia de crescimento, agravada com uma grave crise de envelhecimento da população, conducente a uma perda gradual de rendimentos da dita classe média.
A classe média europeia ou América, sentiu-se em certa medida com vítima de um processo de globalização, em que apenas as grandes empresas e multinacionais dos seus países, se encontravam entre os beneficiados. Este sentimento de perda levou a que grandes franjas da população se tornassem “alvos fáceis” para o populismo dos extremismos.
Consequência: uma nuvem de extremismos de matriz anti democrática vem varrendo o ocidente. Extra-direita a crescer na Escandinávia, na Holanda, na Hungria, na Polónia, na Alemanha, na França. Extra-esquerda a crescer na Espanha (podemos), Grécia, ou em Portugal com o BE. Movimento que chegou aos EUA com Trump.
 Diante a onda de extremismos, nacionalismos e perante o perigo de uma França em 2017 sob o signo de Le Pen, é altura da social-democracia  se levantar.
Aos partidos democráticos de herança socialista, democrática cristal ou social democrata é altura de ouvirem os povos e apresentarem soluções e respostas para os seus anseios, que afastem a população das sombras dos extremismos.
Se assim não acontecer, nada de bom o futuro nos trará…….
António Cipriano

quarta-feira, novembro 09, 2016

Convites ao novo Presidente

Dallas, Los Angeles e Memphis quiseram estar na vanguarda e desde já convidar o novo Presidente dos Estados Unidos a visitar as referidas cidades. Curiosamente, todas apresentaram datas para as visitas, Dallas quer que Donald Trump a visite já no próximo dia 22 deste mês de Novembro, enquanto Los Angeles endereçou o convite com a sugestão do dia 5 de Junho e Memphis escolheu o dia 4 de Abril do próximo ano...

PP

sexta-feira, novembro 04, 2016

Sindicatos do Metro




Olavo vivia em Caldas da Rainha, mas trabalhava em Lisboa, numa empresa de serviços de financeiros no Saldanha.
Todos os dias por as 7h30m apanhava “a camioneta rápida” para Lisboa para o Campo Grande, chegando em norma por volta das 8h45m. Em seguida Olavo precisava de tomar o metro, linha amarela para chegar ao seu local de trabalho pelas 9h00
Durante bons anos Olavo, chegava a horas, bem-disposto e motivado para mais uma jornada de trabalho.
Porém a partir de 2013 Olavo começou a ter problemas para chegar a horas ao trabalho. Semana sim, semana sim, Olavo deparava-se com greves e mais greves dos trabalhadores do metro. Aquilo que era uma chegada antes tranquila ao local de trabalho, passou a ser um percurso difícil, em que tinha de substituir o metro por autocarros e algumas vezes por táxis. 9h30 ou mesmo 10h00 quando chegava ao seu posto de trabalho.
Não obstante as chatices diárias, Olavo compreendia os trabalhadores e sindicados do Metro. Afinal, estavam a defender os seus postos de trabalho. Apesar de cansado de tantas greves lá ia aceitando a luta dos trabalhadores.
Veio 2015, veio novo governo.
Nos inícios Olavo ficou satisfeito, afinal com o novo governo terminaram as greves dos sindicatos do metro.
Porém, a medida em que dias foram passando estranhamente para Olavo, o serviço do metro ia piorando. Falta de comboios. Comboios cheios até acima de pessoas. Falta de pessoal. Olavo estava a ficar muito mas muito chateado com a falta de qualidade do serviço.
Numa ocasião Olavo, questionou um trabalhador do metro sobre o que se passava. Segundo este mais de 20 comboios estavam avariados não havendo verba para proceder ao arranjo. Havia muita falta de pessoal. Falta de peças sobressaltes. Falta de equipamentos generalizados.
Perante o cenário Olavo questionou o trabalhador do metro, porque não faziam agora greve.
O trabalhador não sabia a razão para a não greve. Sabia apenas que o sindicato do metro, não pretendia fazer greve.
Olavo interrogava-se: Se existem tantos problemas, porque é que agora já não fazem greves?

Olavo voltou numa outra ocasião a questionar um outro trabalhador que sabia ser dirigente sindical, o qual lhe disse: Greves, agora não!!! A esquerda esta no poder!!!
Então e os trabalhadores e utentes do metro (questionou Olavo)?
Agora não interessa. Temos de defender este governo de esquerda.

Olavo, ficou surpreso.
Olavo compreendeu que afinal os sindicatos do metro não se existiam para defender os trabalhadores do Metro. Afinal, os sindicatos existiam apenas para defender determinados partidos políticos
Olavo ficou triste e desolado, por as coisas serem assim……..

António Cipriano

terça-feira, novembro 01, 2016

Before the Flood - Full Movie | National Geographic




Todos vamos assistindo enquanto espectadores passivos as manifestações extremas da natureza. Manifestações extremas da natureza que se vão tornado cada vez mais frequentes. Tufões, furações, tempestades, secas e mais secas  -fenómenos devastadores e que talvez nos devemos interrogar sobre as suas causas e frequência.
O aquecimento global, os problemas ambientais já não são um qualquer mito urbano sem consequência. São uma realidade preocupante que em ultima analise pode colocar em causa o futuro da humanidade.
Mas não temos de ser fatalistas. Podemos e devemos tomar medidas e atitudes. Cada um enquanto cidadão pode procurar modificar os seus comportamentos. E claro pode no momento de votar, exigir aos decisores políticos escolhas e politicas amigas do nosso planeta.
Para que todos possam reflectir sobre estas questões proponho que assintam ao documentário “before de flood” de DiCaprio.

António Cipriano