sexta-feira, abril 26, 2019

Poupança Falaciosa!


Era uma vez um homem chamado Costa, o Costa não era um tipo brilhante, era aparentemente competente no seu trabalho, fazia amizade com alguma facilidade e devido a isso todos achavam o Costa uma pessoa inteligente, quando ele não passava de um espertalhão.
O Costa tinha um grande amigo que era o Mário, um dia o Mário ia na sua vida quando viu o Costa num café. O Costa parecia triste e até um pouco abatido, Mário preocupado entrou no café para dois dedos de conversa e saber o que se passava para o seu amigo estar tão abatido. O problema era que Costa queria ser rico, simplesmente isto, acontece que o Mário é um economista e deu a solução a Costa. O Mário sugeriu que para o Costa ser rico deveria deixá-lo gerir todo o seu dinheiro, ou seja, o Costa só gastaria o dinheiro que o Mário autorizasse. O Costa confiando no seu amigo e conhecendo a sua capacidade aceitou imediatamente a proposta. A partir dai passou então a ser assim, o Costa não podia beber café, não podia beber um copo com os amigos, aliás acabando o trabalho devia ir logo para casa não convivendo para não cair na tentação de gastar desnecessariamente. Quanto à alimentação o Costa apenas podia comer produtos de marca branca e tinha um curto limite mensal para gastar, se ele passasse o limite, o Mário não cedia e o Costa passava fome por uns dias. Em momentos de desânimo o Mário perguntava se ele não queria ser rico e mostrava ainda o que havia sido amealhado durante aquele tempo. Idas ao médico era mentira, o Costa que comesse uma laranja se estivesse constipado, ou uma maçã se estivesse com azia. Idas ao dentista é que nem pensar, mas também não era preciso, era pouca comida e sem açúcar e assim os dentes não se estragavam. Assim foram passadas as semanas, os meses, os anos e volta e meia o Costa parecia vacilar e lá vinha o Mário mostrar os valores da conta do Costa e demonstrava já uma fortuna considerável.
A certa altura o Costa começou a sentir-se mal e dizia ao Mário que tinha que ir ao médico, o Mário como era muito competente no seu trabalho e nunca dava um trabalho por terminado até ter realmente terminado, lá dava uma maçã reineta ao Costa. Mas o Costa já não ia lá com maçãs, mas lá seguia no seu caminho para ser rico. Um dia o Costa ia na rua quando se sentiu realmente muito mal e foi chamada uma ambulância dando imediatamente entrada no Hospital. O médico ficou pasmado com o que viu, havia marcas de má nutrição prolongada evidentes, havia uma total negligência com a saúde, vários órgãos estavam em falência, o hospital tinha um prognóstico muito reservado relativamente ao Costa. O Mário sabendo disto foi buscar a folha com a bela fortuna que o Costa tinha amealhado para animar o amigo e lá foi ele ao hospital, mas ao chegar foi o choque, o Costa tinha ido para o outro mundo.
Agora vamos fazer a comparação com a realidade, vamos falar de um António Costa que só faz o que o seu Ministro das Finanças Mário Centeno deixa fazer, corta na educação, que tem falta de professores e auxiliares e tem um montão de promessas não cumpridas,  corta na segurança social em que as pessoas depois de uma longa vida de trabalho duro esperam e desesperam até começar a receber as merecidas reformas, corta na saúde em que os Hospitais se queixam da falta de pessoal, quer médicos, quer enfermeiros, quer auxiliares, quer medicamentos que parecem racionados, tratando os doentes por atacado e com minutos contados. No entanto quando se trata de prestar contas, Mário Centeno apresenta todo contente grandes números, muita poupança, o défice mais baixo da democracia e outras coisas. Mas a que preço? De que serve ter grandes números se as pessoas passam mal, se os alunos não tem escola, se os mais velhos desesperam para começar a receber reformas e quando ela chega é uma miséria que nem para os medicamentos dá, que corta na saúde que não consegue atender os utentes com qualidade, de que serve parecer rico se se a consequência é a perda de qualidade de vida dos cidadãos e não beneficiam e o seu sacrifício serve apenas para mostrar grandes números para contentamento do Mário, e neste, caso do Costa!

António Manuel Guimarães

quinta-feira, abril 25, 2019

25 de Abril Cerco do Quartel do Carmo


O momento que marca a rendição de Marcello Caetano e o início do processo democrático em Portugal.

António Manuel Guimarães

quinta-feira, abril 11, 2019

Crime Ambiental

A inconsciência, falta de inteligência e repito....inconsciência de alguém que sem vergonha cometeu um autêntico atentado ambiental na minha cidade.