sexta-feira, agosto 25, 2006


Equivoco Economico

Às vezes penso que há um desfasamento entre a realidade económica do país e visão do Ministério da Economia. O governo, e o ministro da economia passam os dias a pensar, a estudar os dossiers, a preocuparem-se com as questões decorrentes das OPA´s, com os problemas da EDP; com os acordos accionistas da GALP, da BRISA, da PT. etc.
No entanto, o governo esquece, que a economia portuguesa, ao contrario dos seus sonhos, não é um somatório de grandes empresas, de dimensão multinacional, mas sim, um conglomerados de pequenas e medias empresas, (sobretudo de microempresas familiares), que quais formigas, trabalham, produzem riqueza e emprego, pondo em risco patrimónios particulares, em prol do país. Em troca, os governos nas suas visões megalómanas esquecem as formigas, privilegiando o apoio com subsídios e benesses fiscais às cigarras. Todavia, as cigarras, ao primeiro revês abandonam o barco. Opel, Rodhes, são exemplos paradigmáticos do comportamento das cigarras multinacionais
António Cipriano

segunda-feira, agosto 21, 2006

"Jobs for the Boys" em todo o seu esplendor!

O governo anunciou hoje que as nomeações por escolha vão continuar a ser publicadas em Diário da República. Mas este anúncio não me deixa mais descansado, antes pelo contrário, deixa-me muito preocupado porque começo a temer pela parca transparência que ainda existia nas nomeações.
A lógica desta lei que põem fim às publicações em Diário da República é a seguinte, como as empresas privadas podem nomear quem quiserem sem ter que prestar contas, o estado que pretende funcionar dentro da lógica empresarial, acha que deve fazer o mesmo em nome da praticabilidade. Esta lei vem dentro do pacote do Simplex que pretende por fim ao peso burocrático que existia e ainda existe em Portugal. O único senão no meio de tudo isto é que o governo pode de facto funcionar dentro da lógica empresarial, mas num enquadramento público, porque acima de tudo é isso que o governo é. É impossível pensar que nomeações para cargos públicos podem ser feitas, sem que os eleitores saibam, é uma porta aberta para a protecção dos “Jobs for the Boys” e do consequente despesismo.
Não me deixa nada descansado o anúncio do senhor Secretário de Estado da Administração Pública por outro motivo, a lei está aprovada, está promulgada por sua excelência o senhor Presidente da República, ou seja, pronta a ser posta em prática. Assim a afirmação não implica que amanhã as publicações sobre as nomeações por escolha não deixem de acontecer. E assim que cessar toda a discussão e que já todos se tenham esquecido, a lei é posta em prática e mais ninguém fala nisso.
Como se já não bastasse condenar os info-excluidos à incapacidade de conhecer as leis aprovadas, agora condena-se todos os portugueses a desconhecer os favores que os governos querem fazer.
Isto nem no tempo de Salazar!

António Manuel Guimarães

sábado, agosto 19, 2006


Super-Homem – O Regresso

Se existe super herói que sempre povoou o meu imaginário, esse herói foi o Super-homem. A primeira vista um homem de pijama com uma capa vermelha esvoaçando pelos céus, combatendo o mal e as injustiças, pode parecer um conceito um pouco ridículo e caricato. Mas a verdade é que funciona. Quem nunca desejou ser o Super-homem?

Mas talvez mais do que a personagem “Super-homem”, o que mais me cativou neste conto da DC comics, foi o lado mais humano da personagem – Clark Kent. Clark Kent, nos seus conflitos interiores, na sua timidez intrínseca, na sua não relação assumida por Lois Lane, conjugado com a sua vontade de libertar o mundo dos males, conduz a um “melting pot” profundamente humano, com que todos se identificam.

Obviamente que não pode deixar de ir ver a nova adaptação do Super-homem de Bryan Singer. A película não me surpreendeu, limitou-se a ser o esperado. O argumento é fraquinho, banal e totalmente previsível. Do filme sobressai as cenas de voo do super-homem e a qualidade da interpretação de Kevin Spacey, que mesmo com um argumento trivial consegue recriar um Lex Luthor consistente e com personalidade.

Apesar de tudo, vale a pena ir ver “Super-Homem – O Regresso”, nem que seja pela carga mítica da personagem.

António Cipriano


sexta-feira, agosto 18, 2006

Solar da Paz

Anteontem, madrugada de quarta-feira para quinta, após mais uma noite de trabalho na discoteca Green Hill, eu e um amigo que também trabalha comigo decidimos passar pelo Solar. Antes de entrarmos estivémos à porta a conversar um pouco com o porteiro, orgulhoso da enchente da noite anterior, em que as pessoas pagavam 15 € à entrada e que tinham tido cerca de 1700 pessoas e que uma boa parte delas não tinha conseguido consumir sequer uma bebida (para quem não sabe refiro que a discoteca estava a fazer uma festa em que se pagavam 15€ e tinham direito a 15 (!!!) bebidas) porque o stock a meio da noite tinha terminado (muito ético referir isto da casa onde trabalha, revelando todo o seu carácter). Como eramos conhecidos, deixou-nos entrar a ambos, onde refiro, não fui fazer qualquer acção de má-fé, antes fui cumprimentar conhecidos e amigos que trabalharam connosco, coisa normal, pois não é a primeira, nem certamente será a última vez que elementos do staff do Solar da Paz se dirigem à Green Hill no final da noite. Depois de cumprimentarmos um ex-barman do Green Hill, para quem se lembra dos três elementos que trabalhavam no bar do 1º andar no Green Hill, que iam de kilt, que virou gerente do Solar. Fomos a outro bar e cumprimentámos o irmão do gerente do Solar que ofereceu de pronto um shot a cada um de nós. Qual não é o espanto, na altura em que estamos a preparar para beber um segurança da discoteca pede para falar connosco (segurança que é bem conhecido pelo staff da Green Hill, onde inclusivamente esteve em amena cavaqueira antes de ir trabalhar no Solar da Paz nessa mesma noite) e nos informou que tinhamos de sair, pois estávamos a fazer publicidade. Seria melhor ver a reacção do segurança quando nos reconheceu, riu-se e referiu que pensou que tivesse alguém a distribuir flyers, nunca pensou que fossemos nós, nem nunca pensou que o "gerente" fosse embirrar com 5 cm2 a dizer Discoteca Green Hill nas costas da t-shirt, mais propriamente no canto inferior direito. O segurança ainda achou que fosse um engano e pediu ao gerente para vir à porta. Este veio e acusou-nos de falta de ética (perante os sorrisos sarcásticos do porteiro e do segurança). Assim, fomos expulsos, num momento de glória de quem pensa que por ter um auricular no ouvido já é gente. Nada tenho contra outra pessoa do staff da citada discoteca, mas o "gerente" dessa noite, esse não merece a mínima consideração.

PP

segunda-feira, agosto 14, 2006

Ah, o cessar-fogo

Este post pode parecer esquisito. Ou então é mesmo esquisito.
É que eu sou "pró-palestiniano", "anti-israelita", "anti-bush" e tudo o mais que queiram inserir neste registo.
Hmm, Líbano, perdão, Hezbollah e Israel. Isto é um filme um bocado gasto. Teoricamente, eu deveria estar a defender o Líbano, perdão, Hezbollah. Na realidade vou tentar ser isento, perdão Hezbollah (quando começar a cansar, avisem):

- Isto tudo começou (e "como começou" é importante??? façam-me o favor e vamos fingir que siiiiiiim) quando o Hezbollah resolveu atravessar a fronteira e raptar soldados israelitas;

- Israel resolve usar isso como um pretexto e lançar uma resposta desproporcionada. Afinal, trata-se da própria sobrevivência de Israel enquanto estado-nação! (hmm, a fina ironia do médio-oriente reaparece em todo o seu esplendor)

Deixem-me aqui parar para fazer uma observação (eu posso, afinal o post é meu!)... quem começou isto, DESTA VEZ, foi o Hezbollah. Israel defendeu-se. Exageradamente? Sim, claro. Mas se eu fosse um soldado ou cidadão israelita (credo!), gostaria certamente que o meu governo desse todos os sinais correctos, que desse uma resposta dura. Afinal, um cidadão israelita é um cidadão israelita.

- Rockets para cá, rockets para lá (não confundir com "Roquette", antigo presidente do Sporting). Diferenças militares à parte, é interessante como o Hezbollah tem, neste momento, poder militar suficiente para atingir várias cidades israelitas com alguma facilidade.

- E as coisas, em geopolítica internacional, são muito claras: há que derrubar o máximo do Hezbollah que seja possível, enquanto os EUA "atrasam" a ONU e o resto do mundo. Conselho de Segurança da ONU, mais uma vez, extremamente eficaz!

- Sinceramente desvalorizo os bombardeamentos de Israel sobre civis e até sobre funcionários da ONU. Os funcionários da ONU tinham um quartel-general de terroristas (perdão, do Hezbolla) a 150 metros. Por outro lado, o Hezbollah nunca teve problemas em usar civis como escudos humanos. Não estou a desculpabilizar Israel pela morte de civis. Por outro lado, se o Hezbollah tivesse o mesmo poderio militar que tem Israel, se calhar o número de civis mortos teria sido mais "equilibrado" (tipo um jogo de futebol equilibrado, só que sem acabar zero a zero).

- Criticável sim é a forma como o exército israelita resolve, horas antes do cessar-fogo, acelerar as operações, tentar levar as coisas o mais longe possível. "Até aos 90 minutos, mais compensações, ainda há jogo para fazer".

- Bush diz "Hezbollah foi derrotado". Nasrallah diz "Israel foi derrotado". Como é possível ver, é como a política portuguesa em dia de eleições, toda a gente ganha, nem que seja moralmente.

E não, não sinto "carinho" (que coisa mais gay!) por Israel... nenhum mesmo. E sou pró-palestiniano, a sério... até sou de esquerda, juro!

A saúde (a quê?!?!?!) de Ariel Sharon piorou. A de Fidel Castro é uma incógnita. E por cá o país arde!

João Pedro
Porque é que não se comemora Aljubarrota?

Faz hoje 621 anos que se deu a batalha de Aljubarrota! Um dos marcos mais importantes da nossa história. È depois desta batalha que Portugal conhece o seu período de maior glória. O período que nos deu a ínclita geração, símbolos de um Portugal vencedor, que partia na dianteira. O Portugal que deu novos mundos ao mundo, que partia em busca da riqueza e não esperava por subsídios, que lutava para triunfar. Enfim o Portugal do fim da época medieval, inicio da modernidade!
Portanto pergunto, não será este dia digno de ser comemorado?


E não seria mais lógico que aquele(s) partido(s) populista(s) que se dizem a favor da laicização, dito(s) de esquerda, daquela esquerda aos blocos, luta-se para que o 14 de Agosto fosse um feriado? Em vez de andar a lutar para tirarem os crucifixos das escolas. Mas claro, isto não é polémico, não chama as televisões, ninguém liga. Porque cada vez mais me parece que no Portugal contemporâneo ninguém liga ao que importa, como por exemplo à nossa história. Só interessa o que causa indignação barata e que pode servir para mostrar ideais mascarados e , perdoem-me a expressão, fazer “peixarada” por questões hipócritas, sem consequências práticas.

António Manuel Guimarães

terça-feira, agosto 08, 2006


Verão Quente no CDS

Equivoco e Castro, com habitualmente, sozinho e entrincheirado no largo do Caldas, procura montar uma estratégia para combater os seus inimigos. Não, não falo do socialismo. Deste, Equivoco e Castro nada teme. Os seus grandes fantasmas são os elementos da banda de música do parlamento. Em especial o betinho Nuno Mello, o Compal de Lima, o Telmo Sombra e a besta negra do Portas. Equivoco e Castro, tomando mais um xanax para os nervos, libertando as energias num saudável jogo das setas, tendo como alvo o rosto de Portas, subitamente num ápice, dá um salto na cadeira. Pensa que descobriu a arma ideal.
Por que não se aliar ao Manuel Escuteiro????? Afinal se existe alguém que detesta o Portas mais do que ele, só mesmo o Manuel Escuteiro? E Porque não um congresso das direitas? Equivoco e Castro sente-se orgulhoso de si!!! Desta ainda ninguém se tinha lembrado.
Qual cordeiro pronto para a imolação sagrada, Equivoco e Castro num acto de desespero procura-se aliar ao diabo. Mas é tarde. Este diabo já não tem poderes, a não ser para sugar as ultimas energias de Equivoco e Castro!!!
António Cipriano
Lei da Paridade

E pronto, lá foi aprovado o diploma mais machista dos últimos anos. Machista porque transmite a imagem errada de que as mulheres não têm capacidade de estar nas listas dos partidos por mérito próprio, tendo que estar protegidas por uma lei para conseguirem ter cargos políticos Porque agora, aumentasse o número de mulheres no parlamento por decreto e não por mérito.
O que virá a seguir, certamente a próxima batalha será criar uma lei que faça com que as listas tenham que ter um determinado número de idosos ou então levam com uma multa, tal como terá que ter um determinado número de jovens, um número de imigrantes e porque não um número de ex-toxicodependentes, que precisam tanto de trabalhar e de reconquistar respeito, nada melhor do que estar no parlamento para verem que o país acredita neles.
Seria também interessante que o senhor PM fosse dar um passeio até qualquer universidade do país, olhasse para os números e visse que há mais mulheres do que homens a estudar nas nossas universidades (desde 1991), que qualquer mulher que queira fazer investigação tem os mesmos direitos que os homens e por haver mais mulheres nas universidades, neste momento há mais mulheres a fazer investigação do que homens. Mulheres que fazem trabalhos louváveis em todos os campos científicos e que não precisaram de nenhum decreto para avançar com a sua vida e lhes ser reconhecido mérito. Algumas delas consideram que esta lei insulta a sua inteligência e capacidade.
Uma lei injusta e um verdadeiro tropeção na democracia, mais um bom exemplo do “trabalho” deste governo de imagens folclóricas. Muito sinceramente já não sei qual seria a diferença entre ter o Bloco de Esquerda a governar com maioria absoluta ou este governo, bem talvez aquela minha "ideia" dos ex-toxicodependentes já estivesse em marcha.

António Manuel Guimarães

domingo, agosto 06, 2006

O Rato Sócrates

Achei este cartoon simplesmente fabuloso! Especialmente porque o rato tem uma atitude perante a crítica, em tudo igual ao nosso Primeiro-ministro José Sócrates!

António Manuel Guimarães