Tive Ontem a oportunidade de ver o espetaculo "Nusquam".
Trata-se de um espectaculo de Teatro de Rua.
Nusquam é uma reflexão sobre a natureza humana e a solidão colectiva dos nossos dias.
O espectador é colocado diante de algumas das "enfermidades" do Homem contemporâneo: a procura desesperada para sobreviver à pressão da coerção social que nos aprisiona em "bolhas" particulares e nos transforma em indivíduos padronizados e reduzidos a normas sociais.
António Cipriano
Blog de pensamentos duvidosos por Paulo Pinheiro, António Cipriano, António Guimarães, João Pedro e André Lemos.
domingo, agosto 30, 2009
NUSQUAM
sábado, agosto 29, 2009
Depois de muita expectativa foi no dia 27 de Agosto apresentado o programa eleitoral do PSD. Trata-se de um documento escrito com 39 páginas, o qual tive desde já oportunidade de ler.
Como medidas Fiscais são apresentadas:
Ø Conta corrente estado-empresas
Ø Sistema de caixa para o pagamento do IVA
Ø Credito fiscal para o investimento
Ø Fim do pagamento especial por conta
Ø Redução da taxa social única
Ø Reposição do anterior sistema remuneratório dos certificados de aforro
Ao nível económico, muito positivo o congelamento do projecto faraónico do TGV e a reanálise dos grandes investimentos. Portugal deve apostar em muito pequenos projectos que tragam benefícios económicos futuros e que reforcem a competitividade nacional, e não em mega projectos, que apenas trazem benefícios no curto prazo e que se limitam a beneficiar o lobby das grandes empresas de construção civil.
Pedra de toque do programa eleitoral do PSD é a valorização da família, enquanto célula nuclear da sociedade, instrumento de formação dos cidadãos e de prevenção proactiva da marginalidade, do abandono escolar e da exclusão social.
Ao nível da sistema Justiça, sector critico na defesa da democracia e da competitividade da economia nacional, o PSD propõe o aumento do Juízos de Execução de modo a diminuir o tempo médio das execuções, a introdução de limites indicativos de duração dos processos, incentivos à resolução alternativas de conflitos (mediação) e a alteração do regime remuneratórios dos juízes. Estes passariam a ter uma remuneração variável consoante a sua produtividade.
De criticar também as propostas na área da educação. O PSD propõe a revogação do estatuto da carreira docente e a suspensão do processo de avaliação. Medidas demagógicas e contraproducentes no meu entender.
No computo geral é no meu ponto de vista, um bom programa, com uma ideia e um projecto para Portugal
António Cipriano
quarta-feira, agosto 26, 2009
José Sócrates anunciou que o insucesso e abandono escolar desceram para metade. Sobre este anúncio apenas consigo sentir indignação, José Sócrates sabe muito bem a custo de quê é que estes números foram alcançados. Turmas de planos alternativos, que em certas escolas já ultrapassam os planos regulares, ou seja, em muitas escolas já existem mais turmas “especiais” do que turmas “normais”. Sabendo que todos os alunos inscritos em turmas PERE ou PIEF não ficam retidos seja qual for a avaliação feita pelos docentes. Da mesma forma podemos falar sobre a baixa de exigência no ensino regular escondida com a capa do “ensino por competências”, em que as avaliações são feitas o mais simples possível, para evitar retenções, de forma a aumentar a satisfação dos encarregados, dos números que o senhor engenheiro gosta de mostrar, se um reprova duas vezes, então espera-o um currículo alternativo para que não haja o risco de este aluno voltar a ficar retido. Tudo isto somado e está justificada esta descida.
Para a opinião pública este é o facto que desconhecem, para Sócrates é um número que pode mostrar, mais uma estatística no seu governo de falsidades, mais uma estatística para parecer bem na EU. E o condenar o nosso país a prazo, quando todos estes miúdos chegarem ao mercado de trabalho e aqui falo de todos, currículos alternativos e regulares, pois a falta de exigência em última análise terá sempre como resultado cidadãos pouco exigentes, com pouco interesse e com fraca produtividade.
Claro que é simples criticar, difícil é apresentar alternativas, mas no que diz respeito à política de educação parece-me óbvio que as alterações não podem ser feitas ao nível da aprovação obrigatória, devem ser feitas sim da justificação feita pelos encarregados de educação sobre a razão da desistência do seu educando, chamando-os efectivamente à responsabilidade quando for caso disso. Depois deixar de parte o facilitismo e passar à cultura de exigência, fazer as avaliações como deve ser, perguntas para que o aluno demonstre que aprendeu ou que aplique o conhecimento que terá supostamente adquirido. Que a escola volte a ter alguma autoridade, aplicando sanções disciplinares que em última analise poderiam ser através da responsabilização dos encarregados de educação perante a justiça. Tornar o acompanhamento da protecção de menores eficaz, porque pedir relatórios sem depois dar feedback aos professores e sem agir em conformidade não tem resultados. Claro que tudo isto implica numa primeira fase um aumento de retenções e que alguns pais tenham o incomodo de responder pela educação dos seus filhos e isso levará a perda de votos, mas certamente seria um inverter de rumo que levaria Portugal a ganhar e a ter esperança no seu futuro, ou simplesmente a ter um futuro.
António Manuel Guimarães
sexta-feira, agosto 21, 2009
A prestação de Manuela Ferreira Leite na entrevista de ontem, no meu entender foi claramente positiva.
È uma aposta arriscada. È o tudo ou nada. Resta saber se os portugueses gostam deste registo, ou pelo contrário, preferem o já tradicional político que tudo promete, que tira elefantes da manga da camisa, e que nada faz.
António Cipriano
segunda-feira, agosto 17, 2009
sexta-feira, agosto 14, 2009
O governo com grande alarido comemorou o fim da recessão técnica com um crescimento económico no 2º trimestre de 0,3%. Tal indicador é positivo. Significa, que talvez já exista uma réstia de esperança, que o fim do pior da crise, já não esteja para tão longe.
António Cipriano
Cartão Jovem
António Cipriano
quinta-feira, agosto 13, 2009
Os trabalhadores da Qimonda de Vila do Conde que entrou em regime de lay-off à dois meses, e está a enfrentar um processo de insolvência, vieram esta semana exigir à administração da empresa, que proceda a um aumento salarial.
Realmente ainda existem em Portugal pessoas que elevado sentido de humor.
António Cipriano
terça-feira, agosto 11, 2009
Entre bocas foleiras que apenas servem para uma fuga para a frente, disfarçar uma actuação vergonhosa e mais uma tentativa de caça de votos barata, nada como a nova boca pacóvia de José Sócrates quando disse que a direcção do principal partido da oposição era e passo a citar: “herdeira de um certo espírito do salazarismo”. Pois bem, José Sócrates além de ter uma lata descomunal deve estar enganado e falar em comparações com Salazar deve ser algo que ele deve evitar, porque a verdade é que a seguir ao 25 de Abril ele foi o único primeiro-ministro que pediu à policia para que estes levantassem listas de grevistas nos sindicatos, retirou também à policia a função de contar o número de manifestantes para o governo poder dizer os números que acha “aceitáveis”. Tal como Salazar foi com este governo que o poder de compra dos mais desfavorecidos caiu, que as desigualdades mais aumentaram e que directores regionais de educação demitiram funcionários por estes contarem anedotas sobre o actual Presidente do Conselho de Ministros. Foi também com este governo que mais se sentiu que o espírito de delação era encorajado, foi com este governo que se assistiu a tentativas várias de controlo dos meios de comunicação social. Que se exerceram pressões para tentar calar investigações e que se deu a maior delapidação de direitos aos cidadãos após o 25 de Abril. Só espero é que este actual Presidente do Conselho de Ministros não consiga fazer o que o outro fazia com os votos, embora a avaliar pelas confusões que o cartão do cidadão deu no último acto eleitoral não se augura nada de bom.
António Manuel Guimarães
segunda-feira, agosto 10, 2009
"Public Enemies"
Depois de me ter decepcionado com “Colateral” e “Miami Vice” de Michael Mann, foi com algum temor que foi assistir a “inimigo Publico”
Todavia “inimigo Publico” é uma película de incomensurável maior qualidade, face as anteriores de Michael Mann.
“Inimigo Publico” traça a história de Dillinger, um perigoso assaltante de bancos nos anos 30 do século passado. Dillinger era amado e respeitado pelas populações, numa época em que no pós grande depressão os bancos e as instituições financeiras não jogavam de grande reputação.
Michael Mann, procura ao longo dos 151 minutos, relatar o perfil psicológico e humano de Dillinger. Talvez no meu entender, o grande senão do filme, é traçar uma imagem quase heróica, de alguém, que no fundo não passava de um criminoso e de uma assassino. E um assaltante de bancos, não deve ser encarado como modelo para ninguém.
Se poderem não deixem de ir ver.
António Cipriano
domingo, agosto 09, 2009
terça-feira, agosto 04, 2009
De há uns anos para cá, vem-se assumindo como o protector dos “descamisados”, como o líder de todos os estados e povos que não aceitam os ditames do império e as opressões da globalização a figura de - Hugo Chavez.
Mas sob esta capa, de novo libertador dos povos oprimidos existe um ditador populista, demagógico que se prepara para mandar encerrar 55% das rádios da Venezuela.
As ditaduras tem sempre um fim, pois “mesmo com muitas papas e bolos, os tolos acabem sempre por despertar para a verdade”.
António Cipriano