Valor Final do deficit
É verdade o Mistério das Finanças apenas acertou no valor do deficit de 2009 à quarta tentativa!!!
António Cipriano
Blog de pensamentos duvidosos por Paulo Pinheiro, António Cipriano, António Guimarães, João Pedro e André Lemos.
Tive esta semana a oportunidade de assitir a um concerto da fadista Carminho.
Trata-se de um jovem detentora de uma excelente voz e uma optima presença de palco.
Para quem gosta de fado, preste atenção a esta nova interprete
António Cipriano
Como chatear José Lello
José Lello, é o representante do Partido Socialista na RTPN, dizia hoje no inicio do programa “Pontos de Vista” que ainda “iria falar no congresso do PSD”, com ar de gozo, digno da sua já conhecida sobranceria néscia, comum em indivíduos que atiram foguetes antes da festa, ou seja, que depois apanham as canas graças aos seus telhados de vidro. E então lá começou a conversa e ele inicia um discurso com o 25 de Abril à mistura, liberdade, lei da rolha, é indigno e outros blás contra a mudança de estatutos no PSD que proíbe que se fale mal da direcção a 60 dias de um acto eleitoral. Acontece que a jornalista lhe perguntou sobre o artigo 94º dos estatutos socialistas em que na alínea 4 se diz que e passo a citar: “Fora do caso previsto no número anterior, a pena de expulsão só pode ser aplicada por falta grave, nomeadamente o desrespeito aos princípios programáticos e à linha política do Partido, a inobservância dos Estatutos e Regulamentos e das decisões dos seus órgãos, a violação de compromissos assumidos e em geral a conduta que acarrete sério prejuízo ao prestígio e ao bom nome do Partido.” Bem, aqui como é habitual em que acabou de ser apanhado ele começou a criticar a moderadora, a dizer que não o deixam falar, dizendo inclusivamente que isto é mentira. Suponho José Lello não conhece os estatutos do seu partido, felizmente ele não disse que ia sair do programa, com tal exaltação eu cheguei a temer perder o espectáculo que Lello dá todas as semanas com as suas baboseiras e sobranceria iníqua que tantas barrigadas de riso me dá.
Quanto à mudança de estatutos do PSD, acho que existe necessidade de um partido como PSD resolver os seus problemas com os desbocados, mas não sei se será com estas leis que levam a que se calem à força que o problema se resolverá. Acho que poderia haver outras regras que permitam resolver o problema de quem utiliza ataques imbecis na sua ânsia de poder, não sei até se terminar com as directas, algo que eu defendi acerrimamente, não será mais correcto. Uma coisa é certa, copiar e ir atrás de leis que partidos anti-democráticos já utilizam poderá ser bastante perigoso.
Quanto ao facto do PS anunciar levar os estatutos do PSD ao parlamento parece-me burlesco, primeiro porque é uma questão interna de um partido, depois porque parece-me que neste momento existem questões nacionais mais importantes para o país. Bem sei que os socialistas não querem falar no abismo para que nos conduzem, não convém.
António Manuel Guimarães
Bullying sempre existiu, mais ou menos, de uma forma ou de outra, sempre aconteceu. Claro que as medidas de repreensão eram diferentes, de acordo com o caso, o aluno poderia ter apenas uma conversa com o Presidente do Conselho Directivo “à porta fechada”, até à medida mais grave em que seria expulso. Mas basta recordarmos os nossos tempos de escola e certamente nos recordaremos dos gandulos que eram conhecidos por serem perigosos, claro está, perigosos à escala da infância.
Podemos vir com mil e uma desculpas, culpar a sociedade, culpar a internet, culpar os telemóveis com máquina fotográfica, culpar a televisão, culpar as PSP’s, culpar o Dragon Ball, enfim culpar tudo e esquecermos o essencial, o agressor e o agredido. O sistema de ensino vive de mãos atadas para casos destes, senão vejamos, em caso de bullying o aluno é chamado, explica-se e logo entra a comissão de protecção de menores, entra logo mas depois o caso encalha, passam anos até se ouvir alguma solução, aos professores são pedidos relatórios periódicos, mas nunca lhes é dado um feedback que seja. Os pais são chamados, depois existem vários tipos de pais, os que aparecem e dizem que já não sabem o que fazer, os que culpam o agredido, os que culpam os professores e os que simplesmente não aparecem, não atendem o telefone, se não fosse por condição natural e aquela criança não poder ter surgido por geração espontânea, poder-se-ia dizer que os paizinhos não existiam. Mas com tudo isto o aluno permanece na escola, em contacto com o agredido que se arrisca a apanhar ainda mais por ter feito queixa.
A solução, no meu ponto de vista, passa por algo que eu defendo há muito tempo, passar a responsabilizar os pais do agressor judicialmente, apurar rapidamente o caso na escola, entre Professores da turma, caso seja dentro de uma turma, Director de Turma e Conselho Executivo, informar a comissão de menores e caso a situação seja complicada agir logo judicialmente sobre os pais, que rapidamente teriam que explicar a um juiz que deferia ou indeferia a sugestão da escola e pagariam uma multa. Porque nada pior do que ter que passar pela vergonha de ser presente a um juiz por causa do filho e nada mais mexe do que tocar no bolso destes encarregados. Caso seja um aluno com escalão perdia logo direito ao mesmo, caso os pais sejam subsidio-dependentes o subsídio teria que ser revisto e enquanto fosse revisto estaria suspenso, sem direito à retroactividade. Certamente os casos tanto de bullying como os de indisciplina diminuiriam drasticamente. Posso ser acusado de radicalismo, não me incomoda, até porque todos os dias assisto a pequenos casos de indisciplina, já tive que intervir em situações de bullying e sempre achei que se tratava de algo que estava a crescer, infelizmente também disse que estavam à espera da tragédia para resolver o problema. A tragédia aconteceu, uma criança está morta, espero que não esperem pela próxima para ter a certeza e que tomem medidas, mas medidas reais, bem sei que é difícil Sócrates fazer algo porque isto mexeria com votos e faria bem à educação duas coisas inadmissíveis para os governos socialistas.
António Manuel Guimarães