Num momento tão difícil como aquele que vivemos, parece-me que precisamos de verdadeiros super-heróis para nos tirarem deste horrível turbilhão económico, social e politico em que estamos.
Todavia por muito que procure, não encontro nos lideres presentes, quer sejam da irmandade social democrata, da fraternidade maçónica socialista do bando centrista, ou dos gangs do BE e do PCP ninguém com carisma e capacidade para liderar “um compromisso de salvação nacional” capaz de nos trazer para o caminho da esperança e do desenvolvimento.
Como a realidade é cruel e insofismavelmente mais complexa do que qualquer ficção, procurei na sétima arte uma inspiração para este triste quotidiano. Foi ver o Homem de Aço. Confesso que o Super-Homem sempre foi o meu herói predilecto. Esta ultima adaptação não obstante ser bem melhor da realizada em 2006 (diga-se que também não era difícil), também não entusiasma por aí além. Começa bem, com constantes flashback, que nos remetem para os conflitos interiores e morais do jovem Clark Kent. Porém, a medida que a narrativa vai avançando, a história vai tornando-se demasiado obvia, cheia de clichés e banalidades. Mesmo assim para os apreciadores da personagem é um filme a ver com atenção.
António Cipriano