Como estamos pobres
Sou daqueles que, apesar de tudo, acha a actividade política uma actividade ingrata. É ingrata porque os governantes têm uma tendência enorme para o desgaste e para serem facilmente criticados. Isso não me impede de estar, neste momento, pessimista com o que virá a seguir. Por onde começar?
- Santana Lopes - já vimos o que vale nestes 4 meses, foi uma espécie de obra teatral trágico-cómica. Será isso que queremos, mas agora para mais 4 anos?
- José Sócrates - ainda não começou a campanha mas já está a dar uma ideia de John Kerry (pelas piores razões): muda de opinião de uma forma perigosa. Primeiro não falava, agora mais valia estar calado. E faz-me lembrar o George da série Seinfeld, ambos são facilmente irritáveis;
- Jerónimo de Sousa - Carvalhas tinha pouco brilho, pensava eu. Mas, comparado com o actual líder comunista, ele era, na realidade, o senhor carisma. Já para não comparar as posturas de ambos. Ah, e não estamos propriamente em 1917, não é mesmo?
- Paulo Portas - dou o braço a torcer quando me dizem "Portas foi bom ministro". Mas é daqueles políticos que têm tiques ditatoriais, que não se importava nada de estender os seus tentáculos e ofuscar decisivamente o PSD (os cartazes do PP, com a cara de Portas, dizem apenas "Voto Útil", e isto diz muito);
- Francisco Louçã - Prostituição, drogas, homossexualidade, aborto... o plano-mestre do bloco para o nosso país passa por aqui.
Estas algumas das razões para o meu pessimismo. E já não falo no Garcia Pereira, no digaláaomanel (uma ideia óptima, a revisitar! e não, não digo isto a sério), o PNR neo-nazi...
João Pedro