segunda-feira, outubro 31, 2005

Campanha Estranha

Tenho ouvido com algum interesse os projectos de campanha dos candidatos a presidente da república. E cada vez que ouço estes projectos fico agastado, a razão é simples todos os candidatos dizem que vão fazer isto fazer aquilo, resolver este e aquele problema, e assim só falta dizer que vão fazer construções, distribuir cargos e fazer projectos de lei. Penso que aqui existe um problema grave de identidade e ainda ninguém explicou aos candidatos que a candidatura é para a presidência da república e não para primeiro-ministro, ou seja, são candidatos a um poder representativo e não executivo. Assim eu tenho que chegar à triste conclusão que a demagogia no nosso país já chegou até à eleição do presidente da república.

António Manuel P. S. Guimarães

Clube do Poeta Encolerizado

Francisco Louçã fez este domingo a apresentação da sua campanha. Nessa apresentação decidiu disparar em todas as direcções. Afirmando que os outros candidatos falam sempre mal de algum outro candidato, falando mal da campanha dos adversários. Diz ele que Jerónimo de Sousa ataca Soares e o ataca a ele, que Alegre ataca Soares, que Soares ataca Alegre e Cavaco, Cavaco por sua vez ataca Soares. Diz também que isto é um mau exemplo das campanhas dos adversários e que eles são o “clube dos poetas zangados”. Por fim diz depois que ele está fora deste clube, bem se ele o diz quem sou eu para o desmentir, aliás eu acho que ele é de facto diferente porque ao contrário dos outros ele ataca todos os outros candidatos sem excepção. Eu acho que Louçã para marcar a sua diferença vai fundar um novo clube, que deverá ter o nome de “clube do poeta encolerizado”, devido à sua dimensão totalitarista ao nível dos ataques.

António Manuel P. S. Guimarães

domingo, outubro 30, 2005

Notícia Verídica

Esta notícia é verdadeira e aconteceu esta semana na Austrália. Um senhor chamado Rudolf Stadler, de 51 anos, em Mooloolaba (não perguntem), resolveu abater uma vaca "problemática" (não sei explicar esta parte). Levou a vaca até um barracão e resolveu abatê-la com a sua espingarda (este senhor tem licença de porte de arma através da licença de caçador, ao que parece). Falhou o primeiro tiro (como? como é possível?). Resolveu disparar novamente (persistente, hein?). O segundo tiro não só falhou, como atravessou o barracão e também um carro que circulava ali perto, na estrada. Foi assim que a senhora Tunning, que regressava com o seu marido de férias, viu a sua perna a ser alvejada.
A vaca não se ficou a rir, foi abatida mais tarde.

João Pedro

sábado, outubro 29, 2005

Governo de Aparências

Este é um governo que vive apenas e só das aparências. Não consegue tomar uma medida em que o primeiro-ministro não venha para a praça pública dar exemplos que justificam as suas decisões. Diz coisas contra quem se manifesta, como se todos estivessem errados e ele fosse o único iluminado capaz de ver a razão. Ele ataca os professores dizendo que têm demasiado tempo livre e que têm que passar mais tempo nas escolas, dando a ideia que é apenas por isso que os professores se manifestam, quando todos sabemos que há mais umas quantas razões. Ele ataca os juízes, que segundo Sócrates têm que ter os mesmos direitos que o cidadão comum, com as mesmas férias e com o mesmo regime de pensões, como se os tribunais fechassem para férias, ou os juízes tivessem mais tempo de férias que qualquer outro funcionário público (sim porque o governo fala de forma a “vender” essa imagem). Ele é critica os policias que segundo ele têm que se reger pelos sistemas de saúde igual ao contingente geral, quando o problema maior para os manifestantes é o aumento da idade da reforma. Ele é contra os enfermeiros, contra os médicos, ao fim e ao cabo contra tudo o que é funcionário público. Enfim, vende a imagem que mais lhe convém da função pública, por vezes imagens falsas, por vezes meio falsas, ou seja, como convém que o público ouça.

Ninguém pode acusar o primeiro-ministro de falta de coerência, pois o homem quando ganhou as eleições disse que não ia atacar os governos anteriores e de facto ele não tem partido muito por ai. Sócrates inovou quando começou a falar da função pública como “Maomé fala do toucinho”, a fazer da função pública a mãe de todos os males.

É fácil esquecer erros graves cometidos por quase todos os governos que se seguiram ao 25 de Abril. Pois cada vez que viam o desemprego a aumentar, o governo fosse qual fosse, abria logo uma quantidade de vagas na função pública, ou seja, o problema começou quando se pensou que a função pública podia servir de tapa buracos, criando problemas a longo prazo, surpresa….o longo prazo é agora.

As coisas de facto têm que mudar, têm que ser feitos muitos ajustes, muitos cortes e repensar sistemas como o sistema de pensões, porque as coisas estão insustentáveis. Mas não podem ser feitas à força, nem com base na mentira, nem em todo o lado ao mesmo tempo, especialmente quando os governantes se recusam ouvir quem vai sair prejudicado e se recusa a admitir qualquer concessão, numa atitude autista ou como dizia Cunhal “a politica do quero, posso e mando”. Vendendo o “seu peixe”, mas não sei até quando é que Sócrates vai poder fazer a sua venda, porque a continuar com os ataques sucessivos “os compradores” vão deixar de existir.

Porque a continuar assim este governo arrisca-se muito seriamente a encontrar situações insuportáveis como nos idos inícios da década de 80, em que as greves gerais se sucediam e embora eu ache que as greves de falta ao trabalho sejam erradas (viva à greve de zelo), começo a pensar que as condições óptimas estão a ser criadas para que isso aconteça e prevejo para breve uma greve geral da função pública, uma greve de vários dias capaz de deitar abaixo qualquer governo, por mais que seja a sua maioria absoluta, que este primeiro-ministro infelizmente confundiu com absolutismo.

António Manuel P. S. Guimarães

quarta-feira, outubro 26, 2005


Ameaça biológica

Segundo foi possível apurar, o Serviço de Informações e Segurança (SIS) encontra-se presentemente em alerta vermelho. Todos os agentes de campo foram mobilizados repentinamente para uma missão de máxima importância para a segurança nacional. A mobilização visa a protecção do país face a uma perigo de ameaça biológica. A agitação, o stress dos operacionais esta ao rubro. Os agentes do SIS encontram-se estrategicamente colocados em sítios chaves como sejam: praias, parques naturais, reservas biológicas, explorações aviárias e galinheiros. À mesmo noticia de escutas telefónicas a galos, patos e gansos, visando a intelligence nacional, obter planos de voo dos suspeitos.
Aguarda-se a todo o momento desenvolvimentos.

António Cipriano

segunda-feira, outubro 24, 2005

Brincando Com a Justiça

O foragido à justiça internacional por crimes de guerra, genocídio, atropelos ao direitos humanos, e atrocidades variadas, Rodovan Karadzic, lançou na semana passada o livro de poesia “Sob o seio esquerdo do século”. O livro conta com poemas como “ A cidade arde como pau de incenso”; “Conto de fadas negro”; “Até à vista assassinos” ou “Bomba Matinal”.
Segundo nota da editora, Karadzic continua vivo e na sua fase mais criativa.
A procuradora do Tribunal Internacional de Justiça, Carla Del Ponte, a bem da literatura deseja o quanto antes juntar Karadzic à Milosevic, em Haia de modo a que estes possam em comum escrever mais um livro, neste caso intitulado “Noites na Prisão”
António Cipriano

quinta-feira, outubro 20, 2005

Coincidências

Sabiam que João Paulo Velez, ex-assessor principal de impresa de Santana Lopes, exerce agora as mesmas funções para Mario Soares?
António Cipriano

A Lenda da Galinha


Esta fábula é da autoria do antigo presidentes dos EUA, Ronald Regan, mas penso esta adaptação à realidade portuguesa está muito bem conseguida, peço que tenham paciência e leiam até ao fim.

Uma galinha achou alguns grãos de trigo e disse aos vizinhos:
- Se plantarmos este trigo, teremos pão para comer. Alguém me quer ajudar a plantá-lo?
- Eu não, estás parva ! Disse a vaca.
- Nem eu, tenho mais que fazer ! Emendou o pato.
- Eu também não. Retorquiu o porco.
- Eu muito menos. Completou o bode.
- Então, eu mesma planto, disse a galinha. E assim o fez. O trigo cresceu alto e amadureceu, com grãos dourados. - Quem me vai ajudar a colher o trigo? Quis saber a galinha.
- Eu não, já tenho o rendimento mínimo garantido. Disse o pato.
- Não faz parte das minhas funções. Só se pagares algum sem recibo. Disse o porco.
- Não, depois de tantos anos de serviço! Exclamou a vaca.
- Eu arriscava-me a perder o fundo de desemprego. Disse o bode.
- Então, eu mesma colho. Disse a galinha, e colheu o trigo, ela própria.
Finalmente, chegara a hora de amassar o pão.
– Quem me vai ajudar a cozer o pão? Indagou a galinha.
- Eu fugi da escola e não aprendi essas “merdas”! Ganho bem com a passa! Afirmou o porco.
- Eu não posso pôr em risco o meu subsídio de doença. Continuou o pato.
- Caso seja sozinho a ajudar, é discriminação. Resmungou o bode.
- Só se me pagarem horas extraordinárias! Exclamou a vaca.
- Então, eu mesma faço. Disse a pequena galinha. Cozeu cinco pães e pô-los a todos numa cesta para que os vizinhos pudessem ver. De repente, toda a gente passou a querer pão, e pediu um bocado. A galinha disse simplesmente:
- Não! Vou comer os cinco pães sozinha.
- Lucros excessivos, sua agiota! Gritou a vaca.
- Sanguessuga capitalista! Exclamou o pato.
- Eu exijo direitos iguais! Bradou o bode.
O porco grunhiu: - A Paz, o Pão, Educação, são para todos! Direitos do Povo! Pintaram faixas e cartazes dizendo “injustiça, fascista, direitos iguais e pão para o povo” e marcharam em protesto contra a galinha, gritando obscenidades.
Chamado um fiscal do governo, disse à pobre galinha:
- A senhora galinha, não pode ser assim tão egoísta. A senhora ganhou pão a mais e por isso tem de pagar muito imposto.- Mas eu ganhei esse pão com meu próprio trabalho e suor! Defendeu-se a galinha.
- E os outros não quiseram trabalhar! Retorquiu sentida.
- Exactamente! Disse o funcionário do governo.
- Essa é a vantagem da livre iniciativa. Qualquer pessoa, numa empresa, pode ganhar o que quiser. Pode trabalhar ou não trabalhar. Mas, de acordo com a nossa moderna legislação, os trabalhadores mais produtivos têm que dividir o produto do trabalho com os que não fazem nada. Além disso há as mais valias, o IRS, a ex- Sisa, o desconto para a CNP, o IRC, o aumento dos combustíveis, o imposto automóvel, o selo do carro, o perdão aos clubes de futebol, que têm de ser pagos para garantir a nossa saúde, a nossa educação e a nossa justiça!
Todas elas as melhores do mundo!
E todos viveram felizes para sempre, inclusive a pequena galinha, que sorriu e cacarejou:
- Eu estou grata, eu estou grata.
Os vizinhos é que passam o tempo a perguntar porque é que a galinha nunca mais fez um pão.
Esta fábula deveria ser distribuída e estudada em todas as escolas.
Talvez, assim, decorridas uma ou duas gerações, a mensagem central pudesse tomar o lugar de toda essa papagaiada pseudo-igualitária que insiste em deprimir um país e condená-lo ao eterno miserabilismo.


António Manuel P. S. Guimarães

terça-feira, outubro 18, 2005



Asterix – “O céu cai-lhe em cima da cabeça”

Se houve banda desenhada que me acompanhou bem de perto por toda a infância e adolescência, foi inevitavelmente Asterix e Obelix. Ainda hoje, muitas vezes me perco pelos quadradinhos de álbuns como “Asterix – Gladiador” (o meu preferido), “Asterix e os Belgas”, ou “Asterix e os Godos”.

Asterix, personagem criada pelos franceses René Goscinny e Albert Urdezo em 1959, numa altura em que a França ainda cicatrizava as feridas da segunda guerra mundial, faz nas entrelinhas, uma homenagem à resistência gaulesa à ocupação nazi, apelando a um nacionalismo talvez excessivo, inspirado talvez na figura lendária de Vincingetorix (gaulês tornado escravo de Júlio César após ter liderado uma rebelião contra Roma), combinando na perfeição, a criatividade, o elemento histórico e o humor, encontrando-se publicado em 107 línguas, entre as quais, desde há pouco o mirandês.

Urdezo, autor ainda vivo, brinda-nos com mais um álbum, intitulado “O céu cai-lhes em cima da cabeça”, inspirado com toda a certeza, no pesadelo autárquico socialista do passado de dia 9 de outubro.
Brincadeiras à parte, Asterix é sem duvida uma das grandes Bandas Desenhas do nosso tempo.

António Cipriano

domingo, outubro 16, 2005


Vitórias do Bloco

Na minha cidade (Caldas da Rainha), com cerca de 30.000 eleitores inscritos nos cadernos eleitorais, o Bloco de Esquerda reivindicou um grande vitória nas autárquicas de domingo passado. Nas palavras da candidata à autarquia, o “BE mais do que duplicou a votação, passando de 228 votos em 2001, para 648 em 2005. Tendo em algumas freguesias obtido resultados excelentes. Na freguesia da Serra do Bouro, em 2001 não tinha apresentado candidatos, tendo agora obtido oito votos.”
São estas as grandes vitórias do Bloco!!!!!!!!!!

António Cipriano

sexta-feira, outubro 14, 2005

Jerusalém

Recentemente atribuído o Prémio José Saramago a este livro, foi com curiosidade que o li, por acaso dias antes da atribuição, sendo uma surpresa a conqui~sta deste prémio. Confesso que não li mais nenhuma obra de Gonçalo M. Tavares mas Jerusalém foi dos piores livros que eu li nos últimos tempos. Um livro que tenta fazer uma colagem ao estilo de Milan Kundera no pior sentido possível; um médico que faz uma tese sobre o horror humano e traça toda a história futura da humanidade, sabendo quem vão ser os povos invasores e os povos invadidos? É muito esforço para tentar personificar Kundera, mas Kundera é único...
PP

Naturalização


Charlie Manson, quiçá o serial killer mais conhecido em todo o Mundo, requeriu a cidadania portuguesa. Apesar de nunca ter sequer estado sequer no nosso país, logo nem possuindo residência no nosso país e de estar preso, notícias recentes do país fascinaram-no ao ponto de ter tomado esta decisão. Manson vêm-se como um candidato perfeito a uma Câmara Municipal, encontrando-se indeciso sobre qual escolher, sendo certo no entanto que a Câmara Municipal de Felgueiras está na dianteira, a pouca distância de Oeiras, Gondomar e um pouco mais afastado aparece Amarante.

PP

quarta-feira, outubro 12, 2005


Libéria

Libéria é um país africano típico. Situado um pouco acima do golfo da Guiné, entre a Serra Leoa e a Costa do Marfim, foi fundado em 1847 por antigos escravos norte americanos que procuravam criar em África, uma nação ausente da exploração do homem pelo homem, justa e solidaria. No entanto, este anseio não passou disso mesmo. A história da Libéria um pouco à semelhança de muita da África subsariana, é um somatório de instabilidade, guerra civil, déspotas, atropelos aos direitos humanos e muita miséria. Esta instabilidade política é bem patente no destino típicos dos presidentes do país. A maioria termina a sua carreira política em cenários muito a lembrar alguns filmes de Tarantino ou Robert Rodriguez. Casos dos presidentes Willliam Tolbert (desferiram-lhe três tiros na cabeça, arrancaram-lhe o olho direito e estriparam-no) Samuel Doe (cortaram-lhe as orelhas, comeram-no parcialmente e exibiram o corpo dentro de um carinho de mão ,pelas ruas da capital Monróvia) ou mais recentemente Charles Taylor (forçado ao exílio na Nigéria após uma guerra civil que custou cerca de 250 mil mortos).

Mas a razão de trazer a Libéria hoje, advém de do facto do antigo jogador de futebol do Milan, George Weah ser o candidato favorito às eleições presidenciais que se realizaram ontem. Weah, que tem por habito passear pelas ruas da capital no seu simples Porche Boxster metalizado, enfrenta nestas eleições Ellen Johnson-Sirleaf, antiga economista do Banco Mundial. Mas é claro, Weah apresenta qualificações e conhecimentos superiores face a sua adversaria, nomeadamente graças ao seu mestrado em Fair Play atribuído pela UEFA em 1996, (após ter agredido Jorge Costa nesse mesmo ano).
António Cipriano

segunda-feira, outubro 10, 2005

Candidatura
Segundo fontes seguras, João Soares após protagonizar as candidaturas autárquicas a Lisboa em 2001 e a Sintra em 2005, prepara-se para anunciar publicamente as suas próximas candidaturas autárquicas. Em 2009 João Soares apresenta-se como a voz da mudança em Pedrogão Grande, em 2013 é candidato em Fornos de Algodres, e em 2017 é concorrente à autarquia do Corvo nos Açores, tendo como mandatário de campanha o seu pai com 93 anos.
António Cipriano

Homenzinho

A dignidade, a honradez, a capacidade de liderança, o espirito democrático, o apego ao sentido cívico, são valores que destinguem os grandes cidadãos, da vulgaridade mediana da mediocridade. Manuel Maria Carrilho demonstrou ontem, ao não assumir frontalmente a derrota, que não passa de um homenzinho, cheio de soberba, vaidade e psedo-intelectualidade, indigno de representar as mulheres e homens de uma cidade como Lisboa. Para completar a sua falta de classe e educação, ao contrário do que é usual, teve de ser Carmona (o vencedor) a telefonar, para o cumprimentar.
E queria isto ser presidente da câmara de Lisboa!!! Felizmente os lisboetas sabem distinguir o trigo do joio.
António Cipriano

quinta-feira, outubro 06, 2005

Últimos Trunfos de Campanha

Manuel Maria Carrilho candidato do Partido Socialista à câmara de Lisboa, prepara-se para lançar no ultimo dia de campanha um conjunto de propostas políticas inovadoras e enérgicas que decerto podem convencer os indecisos.
As propostas emblemáticas, agregadoras de vontades, cruciais aos futuro de Lisboa são;
- Bárbara Guimarães em Biquini no Comício da Tarde
- Bárbara Guimarães em Top Less no Comício de Encerramento

António Cipriano
Campanha ou pré-campanha?

Esta é uma campanha que podia ser como todas as anteriores, com propostas e falta delas, com ideias novas e com insultos velhos, enfim podia ser uma campanha como de costume.
Mas esta campanha tem um facto novo, um acontecimento que eu nunca tinha visto em eleições autárquicas, que é o aproveitamento feito para elas servirem de pré campanha presidencial, se não vejamos, fala-se mais nos candidatos e nos candidatos a candidatos a Presidente da República do que nos actuais candidatos a presidentes de câmara, exceptuando aqueles casos particulares em que os candidatos a presidente de câmara são noticia por estar envolvido em processos judicias como arguidos.
António Manuel P. S. Guimarães
A Insustentável permanência de Peseiro

Muito se tem falado de Peseiro,especialmente se ele é o único culpado da situação actual do Sporting! Eu muito sinceramente acho que ele, de facto, não é único culpado. Mas infelizmente para Peseiro, ele é a face dos problemas, foi ele que perdeu totalmente o parco controlo que ainda tinha no balneário. E se alguém tem dúvidas sobre isso então que veja um jogo do Sporting para ver 11 jogadores a jogarem para si, sem pensarem no colectivo, sem obedecer às instruções do treinador e depois a “levarem na cabeça” da forma mais indigna possível. As únicas razões que consigo encontrar para a ainda não demissão de Peseiro são: a direcção ainda não encontrou quem o possa substituir e portanto deixam-no estar até haver um substituto (embora eu ache que até o dedicado roupeiro Paulinho faria melhor trabalho que ele); ele e a direcção ainda não terem percebido que a anarquia no balneário não é saudável, ou ainda, a direcção acreditar que Peseiro é o “homem certo”. A ser este o caso, bem então acho que não deverá ser apenas o Peseiro a se demitir, porque se alguém acha que ele ainda vai ganhar alguma coisa no Sporting é demasiado incompetente. Infelizmente eu acho que a direcção ainda acredita no “milagre” e só vai acordar tarde de mais.

António Manuel P. S. Guimarães

terça-feira, outubro 04, 2005


Época de Contratações

Terminou no passado dia 13 de Setembro a época de transferências da política brasileira. Assim como no futebol, os partidos políticos brasileiros têm um período anual destinado a contratações. Só nesta legislatura, pelo menos 163 dos 513 deputados (um terço) já tinham trocado de partido. No total já foram contabilizadas 251 mudanças, isto porque muitos mudam mais do que uma vez. No caso, o campeão das trocas foi o deputado Zequinha Marinho, o qual nesta legislatura já mudou seis vezes de partido.
Mas não pensem que Portugal é virgem no assunto. Apesar de não ser usual, também temos algumas contratações na política portuguesa. Caso das contratações milionárias de Zita Seabra do PCP para o PSD e de Helena Roseta do PSD para o PS.

António Cipriano