"Muitos dos que parecem estar lutando contra a adversidade são felizes; muitos, em meio a grande afluência, são totalmente infelizes." - Publius Cornelius Tacitus
Blog de pensamentos duvidosos por Paulo Pinheiro, António Cipriano, António Guimarães, João Pedro e André Lemos.
terça-feira, junho 30, 2009
segunda-feira, junho 29, 2009
sábado, junho 27, 2009
António Manuel Guimarães
sexta-feira, junho 26, 2009
quinta-feira, junho 25, 2009
quarta-feira, junho 24, 2009
terça-feira, junho 23, 2009
segunda-feira, junho 22, 2009
Doença Bipolar
Ao contrário daquilo que a imprensa apregoa vive-se quotidianamente não um surto de H1N1, mas sim um surto de Doença Bipolar.
O Ultimo a ser afectado por esta síndrome patológico foi o engenheiro José Sócrates. De Animal feroz, agressivo, arrogante, passou a homem humilde, manso, incapaz de ferir os sentimentos dos Portugueses.
Como cidadão preocupado com o seu semelhante, penso que o Engenheiro Sócrates necessita urgentemente de uma ferias prolongadas que devem começar em Setembro ou Outubro.
domingo, junho 21, 2009
sábado, junho 20, 2009
sexta-feira, junho 19, 2009
quinta-feira, junho 18, 2009
terça-feira, junho 16, 2009
segunda-feira, junho 15, 2009
domingo, junho 14, 2009
sábado, junho 13, 2009
Legitimidade ou Ética
Não contesto a legitimidade do governo para continuar a tomar decisões nomeadamente face aos denominados grandes projectos. Afinal o governo foi eleito para um período de 4 anos.
Mas uma coisa é a legitimidade, outra coisa é o bom senso e a ética politica.
Obviamente que a poucos meses de eleições, não me parece que projectos que comprometem o futuro do país por tantos anos, possam ou devam, ser tomados de ânimo leve, no período de final do mandado. Ainda mais quando a generalidade dos economistas e especialistas têm enormes duvidas da bondade de tais projectos.
Mas enfim ética, é daquelas coisas que em politica é cada vez mais raro.
António Cipriano
sexta-feira, junho 12, 2009
quarta-feira, junho 10, 2009
terça-feira, junho 09, 2009
Fica pelo menos a consolação de saber que se esta sondagem foi feita com a mesma seriedade das que foram feitas nos últimos seis meses, então Manuela Ferreira Leite tem razões para sorrir.
António Manuel Guimarães
segunda-feira, junho 08, 2009
O PSD ganhou as eleições Europeiasm, disso não há grande dúvida. Foi o partido com maior votação, o partido que elegeu mais deputados. A aposta em Paulo Rangel foi nitidamente acertada.
Do outro lado, a campanha do PS foi fraca e o cabeça de lista acabou por ser uma enorme desilusão.
As pessoas esquecem-se é de olhar para os números com alguma frieza:
- Em 2005 o PSD teve aquela que foi, muito provavelmente, a maior derrota da sua história. Santana Lopes teve 28,77% dos votantes;
- Ontem o PSD teve, aparentemente, uma enorme vitória. No entanto teve 31,7% dos votos (resultados provisórios);
- Não percebo como é que uma enorme vitória significa mais 2,93% do que a maior derrota da história do partido;
- O PS teve um resultado péssimo, mas tenhamos em conta que o resultado do PSD não é propriamente fulgurante;
- Aqueles quase 20 pontos que o PS perdeu, na realidade, foram parar às mãos do BE e da CDU, mais do que propriamente às mãos do PP ou do PSD;
- Admitamos que o PSD ganha as próximas legislativas. Os 3 maiores partidos de esquerda tiveram ontem 47,97%, enquanto que os 2 maiores partidos de direita tiveram 40,07%. Se as eleições de ontem tivessem sido legislativas o PSD coligar-se-ia com quem?
Já agora um outro apontamento. No discurso de vitória do Paulo Rangel (que depois foi ecoado pelo de Manuela Ferreira Leite) ele disse, a certa altura, "Agora há lições políticas que o Governo tem de tirar e, portanto, está inibido de tomar decisões que retirem capacidade de manobra aos governos seguintes".
Como? Um governo de maioria absoluta que foi eleito com 45% dos votos, que foi legitimado para um mandato de 4 anos, não pode tomar decisões estruturantes por ter sido derrotado em eleições ao parlamento europeu por um partido que atingiu os 31,7%?
Se bem me lembro o nosso Presidente da República perdeu as eleições europeias de 1994 dentro de um mandato legislativo com maioria absoluta, e nem por isso deixou de tomar decisões estruturantes (para as quais, aliás, estava perfeitamente legitimado, entenda-se).
João Pedro
domingo, junho 07, 2009
E como se previa Vital Moreira foi uma péssima aposta de José Sócrates, Vital é um teórico, que quando chamado à prática mostrou um vazio de propostas, apostou no insulto, na banalidade e em certa altura, porventura já em desespero, procurou votos em acusações generalistas e absurdas e por isso o Partido Socialista foi penalizado. Para quem tentar relativizar o resultado apenas lembro que não podemos esquecer que em 2004 o PS teve 44,5% dos votos, assim e numa visão optimista para o PS, o partido perde cerca de 20% dos votos, ou seja, mesmo com os discursos de circunstância é uma derrota esclarecedora para o Partido Socialista. Todos sabemos que estas eleições não são as legislativas, mas mostram um sinal claro de que os portugueses não estão satisfeitos com o governo, que querem mudança e que o Show Off Socialista já não funciona.
Mérito deve ser dado a Paulo Rangel que ao contrário de Vital fez campanha sozinho. Sempre se apresentou em todos os confrontos, sem mostrar medo, com ideias positivas e essa foi a grande razão da sua vitória. Sem perder o vigor foi mostrando as suas ideias, sem ligar às sondagens estranhas que andaram por ai. Quanto ao confronto com o PS, enfim, bastou não ligar às atoardas de Vital Moreira que apenas desgastavam o próprio e aproveitar o facto de Sócrates não autorizar que Vital fosse a debates televisivos, certamente para ver se ao menos empatava. Já foi tarde, o PSD vence e por uma diferença muito maior do que inicialmente se suponha na projecção, uma vitória esclarecedora.
De salientar a subida do Bloco de Esquerda, confesso que não tenho a melhor opinião sobre o Bloco, mas tenho sobre as eleições e portanto aceito democraticamente o excelente resultado que obteve ao dobrar o numero de representantes no Parlamento Europeu. Esta subida mostra que alguns antigos socialistas estão a procurar outras opções e também é preciso compreender que a mensagem do Bloco é bem mais apelativa que a mensagem do PCP, embora igualmente utópica.
Quanto ao PCP sobe ligeiramente em relação ao resultado de 2004, os comunistas têm os seus fervorosos militantes que sentem o partido como uma religião, mas teimam em não renovar a sua imagem e embora tenham feito uma campanha positiva, perdem para uma imagem de juventude simbolizada pelo BE. Mas ao subir mostra, tal como o BE, ganhar eleitores, o que significa que também o PCP tira eleitores ao PS.
Alguns mostram-se surpreendidos com o resultado do Partido Popular, eu sinceramente não compreendo porquê. Nuno Melo mostrou ser um grande candidato, com propostas para a Europa e ao contrário de todos os restantes, não acordou para a Europa apenas na segunda semana, foi consistente desde o primeiro minuto de campanha, ele é o responsável pelo bom resultado do PP nestas eleições.
O grande derrotado é José Sócrates, ele até podia escapar mais ou menos despercebido, não tivesse andado a proteger Vital Moreira, a fazer campanha por ele, envolvendo-se fortemente na campanha chegando ponto ridículo de deixar de ir ao Parlamento para explicar o que anda a fazer para resolver a crise. Depois chegou a tirar o seu candidato de cena quando não dava jeito, relembro o debate em que Vital disse que não ia porque apenas serviria para Rangel apanhar boleia com a sua imagem, como se a imagem de um Avô Cantigas que apenas consegue rosnar cantigas de escárnio e maldizer servisse para que alguém que queira ganhar se quisesse associar, embora se tenha visto visivelmente que Vital não foi simplesmente porque Sócrates não o autorizou. O resultado de investimento de Sócrates nestas eleições é muito simples, o Partido Socialista é o único partido que não sobe e repito, Sócrates sai derrotado e por conseguinte, o governo fica fragilizado.
De lamentar a abstenção, a falta de compreensão da importância das europeias é muito grave e torna-se fundamental fazer algum trabalho de Educação Cívica, para que se compreenda que a UE é algo mais, do que um grupo de decisão distante sem importância, porque ao contrário do que se possa pensar, é no Parlamento Europeu que se decidem a maioria das leis para toda a União e por conseguinte para Portugal.
António Manuel Guimarães
sexta-feira, junho 05, 2009
Reflexão séria sobre o Futebol em Portugal precisa-se
Tenho andado a evitar pegar neste assunto, de forma a evitar mal entendidos sobre o que quero dizer, mas acho que chegou ao fim essa tentativa de evitar. Presumo que este post vá ficar longo, pois não pretendo deixar passar algo que possa ser ambíguo no que me refiro. Primeiro o que me leva a escrever isso é o caso do futebol sénior do Rio Maior, mas puderia até ser o caso dos primodivisionários E. Amadora, V. Setúbal, a decadência do Boavista ou outra coisa qualquer que seja insustentável no futebol português.
1º Ponto - os clubes têm de honrar os seus compromissos, seja com atletas, seja com fornecedores, seja com o que fôr. Quer se goste ou não, qualquer clube, mesmo que seja de bairro, a partir do momento que assina contratos com os seus atletas deve respeitar o que está estipulado, nomeadamente em relação à remuneração, quer esta seja grande ou pequena. Os clubes assinaram de livre vontade esses contratos, não me lembro de nenhuma estória em que um jogador obrigasse um clube a assinar nenhum contrato, logo não devem assinar a prometer um ordenado que não podem cumprir.
2º Ponto - os jogadores. Se para mim é certo o 1º ponto, não deve ser menos verdade que os jogadores das divisões secundárias (da 2ª divisão B inclusive para baixo)devem ter noção de que nos dias que correm, não se pode ser profissional de futebol em tais clubes. Não quero dizer que não devam receber uma remuneração por isso, o que quero dizer é que a sua vida não pode depender disso exclusivamente. A carreira é curta e o pé de meia para atletas das divisões secundárias é infinitamente mais pequeno do que o de futebolistas de topo.
3º Ponto - Em Portugal, e numa realidade utópica, só 32 equipas é que eventualmente interessam para se ser futebolista profissional. E como se chega a esse número? É a soma das equipas da 1ª Liga com as equipas da 2ª Liga, pois são estas as equipas alegadamente profissionais e que deveriam ter o salário em dia com os seus atletas, pois até têm que apresentar garantias bancárias para proceder à sua inscrição e consequente participação nas provas profissionais. Na prática, não se sabe que garantias são estas pois já citei dois casos de clubes profissionais que não pagaram diversos meses de salários aos seus atletas.
4º Ponto - A partir dessas 32 equipas, podemos fazer um exercício hipotético de quantos lugares em aberto existem para futebolistas profissionais. Se cada um desses planteis tiver 25 jogadores, isso dá um total de 800 lugares para futebolistas profissionais.
5º Ponto - Desses 800 lugares para jogadores profissionais, temos de descontar o número de jogadores estrangeiros, que não sei se rondará a metade, mas para não ser muito pessimista, cifremos o número de estrangeiros em 350, o que daria cerca de 450 lugares nos planteis profissionais para jogadores portugueses. 450 é muito pouco para os milhares de filiados nas diversas associações de futebol do país, ou seja, a esmagadora maioria deve jogador futebol como um passatempo que lhe dará algum dinheiro, mas não deve ser a fonte principal do seu rendimento profissional, pois se nem os clubes profissionais andam a honrar os seus compromisso quanto mais os clubes pequenos e sem meios.
6º Ponto - O clube e as autarquias locais. Este é o grande balão de oxigénio da maioria dos clubes pequenos, no entanto, as premissas estão misturadas em tudo isto. O dinheiro que os clubes recebem, alegadamente, são para as camadas jovens do clube, para os escalões não séniores. Esse dinheiro deveria ser dado consoante o número de atletas que têm e em que divisões esses jovens jogam (nacionais ou distritais). Apesar dessa ser a teoria, como se acha o dinheiro que é dado aos clubes? Dou um exemplo, os valores são fictícios): Clube A - Época 08/09 - equipa sénior joga na 2ª divisão B, juniores, juvenis, iniciados e infantis todos na distrital - câmara paga 20 mil euros por mês; Época 09/10 - equipa sénior joga na 3ª divisão, juniores, juvenis, iniciados e infantis todos nos nacionais - câmara paga 15 mil euros por mês.
Assim, mesmo que as deslocações com as camadas jovens tenham aumentado e os resultados tenham sido francamente positivos, a descida de divisão dos séniores é que ditou a descida do subsídio dado ao clube.
7º Ponto - Federação Portuguesa de Futebol. Simplesmente ridícula. Os quadros competitivos não prestam. A 2ª divisão é a grande prova disto tudo. 2ª divisão? Então onde está a 1ª Divisão??? Temos 1ª Liga, 2ª Liga, a seguir deveria vir 3ª Liga ou para distinguir as provas profissionais das não-profissionais, 1ª Divisão. Sabemos que seria uma 1ª Divisão de treta e que equivale a uma 3ª Divisão, mas seria coerente. No entanto, encontrar coerência nesta federação parece um pouco difícil. Temos então 4 zonas dentro da 2ª Divisão com cerca de 14 clubes cada uma, no final só sobem 2 clubes. Qual o interesse em ter uma equipa numa divisão destas? Para 90% dos clubes eu diria que o interesse é zero.
8º Ponto - Que futuro? Pessoalmente, olho para o exemplo da NBA e acho que é o caminho a seguir, não só para o futebol português mas para o futebol europeu em geral, que é a existência de uma liga europeia, com várias divisões. Não aprecio, por exemplo, que o Liverpool tenha ganho à alguns anos a Liga dos Campeões quando não ganha o campeonato inglês desde 1989! Então aquilo é uma liga dos campeões ou liga dos campeões aos 4ºs classificados??? Chamem-lhe Euro-Liga, chamem-lhe o que quiserem, desde que não se chame Liga dos Campeões. Quanto aos nacionais, acabariam por ser mais nivelados em termos de resultados, se considerarmos que com os clubes primodivisionários jogariam o Benfica B, Sporting B e Porto B e restantes primodivionários que não tivessem equipa na Euro-Liga.
9º Ponto - Esta Euro-Liga, não pedira ser aberta a clubes sem expressão, sejam de que país fores e não deverá haver descidas para além das 3 divisões que abrangem. Assim, clubes como o Celtic, Milan, Barcelona, Lyon, Anderlecht, Ajax, etc, nunca poderia perder o seu lugar na Euro-Liga para clubes como o Raith Rovers, Catania, Gijón, Ajaccio, Genk ou Roda, por muito respeito que esses clubes possam merecer. E porquê? Pelas mesmas razões que outros clubes americanos de Basketball não se misturam com os clubes da NBA.
10º Ponto- Este post já vai longo e acho que para já não haverá nada a acrescentar, pelo menos até eu efectuar uma segunda leitura.
PP
quinta-feira, junho 04, 2009
Pensamento do dia
"É muito mais difícil tratar a estupidez codificada do que a estupidez propriamente dita. Esta ainda admite reparos, próteses, coberturas: pela sua natureza, admite tolerâncias. A primeira, não: repete, repete, mantendo as inexoráveis motivações que a fixaram e lhe rigidificam o procedimento" - Jaime Milheiro
PP
quarta-feira, junho 03, 2009
E no primeiro dia em que as sondagens (o barómetro Marktest para a TSF e Diário Económico) dão uma ligeira vantagem para o PSD, Vital Moreira recusa ir a um debate na RTP. Esta recusa parece mais uma decisão de Sócrates, porque Vital está sempre pronto para abandalhar. Esta decisão do primeiro-ministro deve-se ao facto de ele sabe rde antemão que se Vital for a um debate televisivo, José Sócrates não estará lá para ajudar e o mais provável é Vital mostrar, mais uma vez, que não é o homem que o país precisa para liderar o Parlamento Europeu do lado Português. Ou seja, a cúpula do partido socialista mostra ter medo de deixar Vital falar livremente e “sem rede” na RTP, porque o que é mais provável é ele utilizar as suas banalidades e acusações descabidas como os argumentos do debate e acabar por arrumar de vez com uma vitória que era tida como adquirida.
António Manuel Guimarães
terça-feira, junho 02, 2009
Eleições sem os hinos de campanha da Dina não são eleições. A Dina é a compositora e intérprete dos hinos do CDS e da PND. È com desgosto que vejo este património desaparecer.
Ainda mais, quando com muita pena, vejo, que o Partido da Nova de Democracia criado pelo demagogo Manuel Monteiro não se apresenta a estas eleições. Sem o PND os momentos de demagogia cómica serão muito mais limitados.
O que é péssimo para todos os que se gostam de divertir!!!
António Cipriano
EDP