quarta-feira, agosto 09, 2017

Ditadura do politicamente correto!



E pronto a Google despediu James Damore. E o que fez James Damore? Simples, manifestou a sua opinião e até apresentou, supostamente, alguns dados científicos para fundamentar a sua opinião! E o que isso tem de mal? É que essa opinião era sobre as “razões que justificavam a existência de menos mulheres nos cargos de chefia” e é exactamente aqui que o caldo se entorna. Pois James Damore teve a audácia, a imprudência e o crime de manifestar a sua opinião contra o politicamente correto. Eu discordo da justificação dele, acho até que é ridícula, mas fui ensinado desde criança que cada um é livre de manifestar as suas opiniões e desde que não prejudiquem a liberdade dos outros devemos ouvir e depois discordar ou concordar, e se quisermos podemos até refutar ou confirmar as ideias, mas independentemente da nossa posição nunca impedir ou maltratar o outro só porque temos opiniões contrárias. Mas infelizmente hoje isso nem sequer é possível, das duas uma ou vamos de acordo com o politicamente correto e dos” likes” do “facebook”, ou vamos contra o politicamente correto e seremos insultados de tudo e mais alguma coisa, com mais ou menos impropérios e como se fossemos os causadores de todos os males no mundo…ainda nem sei como é que não culparam James Damore pelo aquecimento global.

Dentro da mesma linha ainda este Sábado tivemos outro momento em que a “polícia de costumes do politicamente correto atacou”. Durante a transmissão da final da Supertaça Cândido Oliveira, o realizador decidiu fazer um “Zoom Out” partindo do público e em especial do peito de uma adepta do slb. Acredito é possível que tenha existido algum pensamento mais “ordinário”, mas lamento informar que eu sou normalmente espectador de futebol e durante anos e anos vi situações destas e, porventura, esta até não foi claramente das piores. Como ávido consumidor de futebol vi mundiais e competições continentais em que ostensivamente se fazia grandes planos bem mais ordinários e muito menos inocentes e nunca ninguém protestou ou se queixou. Mas azar do realizador, estava a ser vigiado por um agente da PIDE/DGS do politicamente correto e pronto, o homem teve que fazer um pedido de desculpas público e teve que desligar a sua conta das redes sociais tal a quantidade de insultos de que foi vitima. Sobre a vítima, a rapariga que é sem dúvida a única que não tem culpa nenhuma, teve o azar de ver o vulto do seu seio a aparecer em cada revista, post, canal
de tv e rede social deste país, graças ao politicamente correto passou certamente mais vergonha do que se tivessem dado a importância devida, ou seja, nenhuma, e apenas, se violou alguma norma deontológica, ser internamente punido em conformidade.

Para dar ponto de outro ataque desta ditadura, relembro o que fez o metro de Londres em Julho, mudou a histórica mensagem de “senhoras e senhores” para “Olá todos” e justifica esta mudança porque poderia insultar quem não se identifica com nenhum destes géneros, ou seja, uma mensagem muito mais “neutra”. Uma neutralidade que me parece que mesmo as pessoas que não se identificam com nenhum género alguma vez reclamaram. 

Estou farto, estou cansado desta ditadura, estou farto e preocupado que alguém tente controlar o pensamento geral em que ou se pensa conforme a maioria, ou então se opina contra essa mesma maioria não tem o direito de opinar sem ser atacado, vilipendiado, insultado, ou seja, sujeito a uma restrição de pensamento e a uma medida punitiva de consciência, um ato típico e exclusivo de uma DITADURA.

António Manuel Guimarães

sábado, julho 01, 2017

1867 - Abolição da Pena de Morte em Portugal




Foi no dia 1 de Julho de 1867, que o Rei D. Luís assinou a abolição da pena de morte e a pena de trabalhos público para crimes civis. Com este ato Portugal passou a ser o primeiro país da Europa a abolir a pena de morte.
Quando a notícia chegou a França Victor Hugo escreveu: ”Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal (...) Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Disfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida!".
A pena de morte é uma aberração seja por que crime for e seja por que motivo for. claro que, por vezes, somos humanamente levados a pensar que determinado crime hediondo apenas teria a execução como forma de punição adequada. No entanto a pena de morte é algo que tem uma série de defeitos, de uma forma simplista, parece-me que logo à cabeça surge a questão de ser uma pena que não permite a correção do erro, pois se o sistema judicial erra a execução torna erro permanente, depois porque a pena de morte não se trata de justiça, mas sim de vingança legalizada, uma espécie de lei de Talião, ou seja, faz-se ao criminoso o mesmo acto que ele cometeu. E por fim o país ou sistema judicial que o aplica não acredita na reabilitação do individuo.  Além de que se virmos a lista de países que aplicam a pena de morte são, na sua grande maioria, países ditatoriais ou estados hipócritas que forçam os outros a seguir os preceitos da “liberdade”, mas que depois dentro de portas são os primeiros a praticar esta negação total dos Direitos Humanos, em especial o direito à vida.
Claro que não seria justo se não fizesse referencia ao facto de em 1867 ter sido abolida a pena de morte para crimes civis, mas não para crimes militares, pois em 1917 temos ainda alguns executados por pelotão de fuzilamento na 1ª guerra mundial. Só em 1976 é que a abolição passou a ser total, ou seja, para crimes civis, políticos e militares. Não deixa de ser curioso relembrar que o ano em que Portugal faz a abolição total é o mesmo ano que nos Estados Unidas da América a pena de morte volta a ser permitida após um período de suspensão de 4 anos.

António Manuel Guimarães

segunda-feira, junho 12, 2017

A Inveja de Temer

Eu percebo muito bem porque é que o Drácu...herr...o Temer não se quis encontrar com Marcelo Rebelo de Sousa! É que para Temer deve ser difícil encarar alguém que ele inveja, isto porque Marcelo é um Presidente da Republica eleito e de quem o povo português gosta, enquanto Temer que nunca foi eleito e tem manifestações todos os dias a pedir para ele sair e convocar eleições!

António Manuel Guimarães

sábado, maio 27, 2017

A Jornada do ADN


O vídeo já tem mais de um ano, mas nunca é tarde para partilhar. Acho que este pequeno vídeo deveria passar nas escolas. Demonstra em todo o seu esplendor a parvoíce que é o racismo ou a xenofobia.
O original está no Canal Momondo

António Manuel Guimarães

quarta-feira, maio 10, 2017

"I'm not a crook"

As demissões feitas por Trump começam a ficar demasiado parecidas com as demissões feitas por Nixon, ou seja ambos fizeram demissões para tentarem não serem descobertos pelas trafulhices que fizeram. Trump relativamente ao apoio Russo à sua campanha e Nixon por causa do caso Watergate. Espero também que o caso de Trump termine da mesma forma como acabou o caso Nixon, que para escapar a uma impugnação de mandato se demitiu!!

António Manuel Guimarães

domingo, maio 07, 2017

Emmanuel Macron



Emmanuel Macron é o novo presidente de França. A Europa respira de alívio, no entanto o aviso está dado! O crescimento da extrema-direita tem algumas causas bem identificadas, senão vejamos: em primeiro lugar um crescente desconhecimento histórico, em que os mais
novos não reconhecem os perigos escondidos em discursos “populistas” pois a economia despreza a História porque acha que ela não serve os interesses económicos. Depois um problema ao nível da qualidade dos políticos e falta de qualidade em diferentes áreas, os políticos hoje agem e governam mais interessados em interesses pessoais e muitas vezes mesquinhos do que em governar para a população e estes “fuinhas” perceberam que se infiltrarem nos principais partidos conseguem ampliar grandemente os “seus projetos”, o que hoje gera desconfiança e fuga de voto para outras alternativas por mais extremistas e perigosas que sejam. E por fim vem a consequência disto, a falta de qualidade das políticas, as austeridades absurdas, o confisco dos ganhos dos cidadãos para salvar bancos e outras entidades, e justificam acusando indecorosamente os cidadãos de “viverem acima das possibilidades”, quando a culpa disso é apenas e só dos políticos que foram os que lucraram com esse “viver acima das possibilidades” quando usavam esse dinheiro para fazer crescer a economia de forma não sustentada. A que se soma também uma total incapacidade de resolver grandes problemas de estado, como por exemplo a crise dos refugiados que foi resolvida como um aluno que faz um trabalho em cima do joelho apenas para constar.
A Europa hoje pode respirar de alívio mas se não quer ter que passar pelo calvário de ter neonazis a governar em primeiro lugar tem que mudar a qualidade dos seus políticos e por inerência a qualidade das suas políticas e só assim se salvará a democracia e consequentemente a paz no Velho Continente.

António Manuel Guimarães

sábado, maio 06, 2017

Um Favor a Rui Moreira


Quando Rui Moreira previsivelmente anunciou que seria candidato à Câmara Municipal do Porto nas eleições autárquicas de 2017, tanto o PS como o CDS apresentaram o seu apoio para tentar tirar alguns dividendos da mais do que provável vitória de Moreira. Rui Moreira no entanto nunca deu muita atenção a isso, dando sempre ênfase ao carácter independente da sua candidatura. Aliás deve ter percebido que esta colagem, em especial do PS, poderia ser mais prejudicial do que benéfica, até porque o PSD apresentou um candidato próprio, que mesmo sendo um desconhecido, poderia ganhar votos por parte dos sociais-democratas que não votavam em Moreira devido à presença do PS.
Mas eis que a ignorância e a falta de capacidade estratégica acabou por imperar pois Ana Catarina Mendes decidiu vir palrar que uma vitória de Moreira era uma vitória do PS e já depois de se saber que havia alguns problemas devido ao facto do PS abusivamente querer impor o número dois pondo assim em causa a independência de Moreira. Ora estas declarações foram a desculpa que Moreira precisava para deixar cair o apoio do PS. E assim devido à burrice da secretária geral adjunta do PS, Rui Moreira garante uma série de vantagens, logo à cabeça obriga o PS a apresentar um candidato à pressa a cerca de 5 meses das eleições, Rui Moreira fortalece também a sua imagem de independente e com isso irá também provavelmente “roubar” votos ao candidato do PSD, pois com a saída de cena do PS, muito que achavam que não tinham alternativa e não queriam votar Moreira devido à presença do PS, passam a sentir que já podem votar em Moreira.
Passos ainda hoje de manhã se ria e tem razões para isso considerando a gigante barraca que Ana Catarina Mendes protagonizou. No entanto apenas pode rir da barraca, mas não pode rir pelos resultados, porque o PSD também tem sofrerá danos colaterais devido ao desconhecimento do seu candidato e um provavelmente esvaziamento do seu eleitorado que agora se sente seguro em votar em Rui Moreira.

António Manuel Guimarães

quarta-feira, maio 03, 2017

Tolerância de Ponto


Uma nota prévia:
Sou Católico, ainda que não muito praticante.
Reconheço e defendo a importância do fenómeno religioso.
Dito isto não posso deixar de não concordar com a tolerância de ponto para a função pública do próximo dia 12 de Maio.
Desde logo, não obstante o respeito por o fenómeno religioso, Portugal é uma república laica.
Em segundo lugar parece-me que nas actuais circunstâncias o país preciso é de trabalho.
E por fim, mas não menos importante, a tolerância de ponto para a função pública constitui m uma desigualdade entre trabalhadores. Os do público estão de tolerância de ponto, nos cafés, na praia ou em Fátima. Já dos do privado trabalham ….
Compreendo António Costa, afinal é com os funcionários públicos e suas famílias que se garantem muitos e muitos voto,s e se garantem as maiorias necessárias.
Mas o país não vai para a frente com esta permanente mentalidade eleitoral.
António Cipriano 

segunda-feira, abril 24, 2017

Liberdade




Comemoramos mais um aniversário do 25 de Abril, data história e de grande importância enquanto marco que iniciou o caminho para a democracia e estabilidade democrática definitivamente concretizada com o 25 de Novembro de 1975 e as primeiras eleições em 25 de Abril de 1976.
Porém, a democracia não é um bem que devemos dar por garantido. Perigos, populismos, e derivas autoritárias encontravam-se sempre  presentes nas sociedades.
A forma de garantirmos a democracia é desenvolvermos uma cidadania participante, atenta e proactiva,  não esquecendo de exercer o direito mais importante – o Voto.

Na hora de comemoramos a liberdade, não devemos esquecer aqueles que no globo ainda vivem sob o jugo de tiranos que sacrificam os povos e as liberdades. Neste momento face ao número de portugueses residentes, uma palavra de solidariedade para com o povo da Venezuela.
A Venezuela, e os venezuelanos deixaram-se enredar numa esquerda populista, anti -democrática e totalitária, primeiro de um Chavez e depois de um Maduro. Hoje, na Venezuela, existem presos políticos, milícias armadas pelo governo de Maduro, órgãos de comunicação que são encerrados, forças militares e policiais que reprimem  de forma violentos protestos populares, órgãos legitimamente eleitos esvaziados de competência. Venezuela e Maduro, passaram, a ser sinónimos de tirania e ditadura.
Estranho é 43 anos depois do 25 de Abril é ainda existirem por Portugal forças políticas da libertária “geringonça” como o PCP que defendem o regime Venezuelano demonstrando que bem lá no fundo os tiques soviéticos ainda existem.
Viva a Liberdade!!
Viva a Democracia!!!
Bom 25 de Abril para todos!!!
António Cipriano

terça-feira, abril 18, 2017

Mudança de Morada Fiscal



Nos termos do artigo 19º nº5 da Lei Geral Tributária o contribuinte têm o dever e obrigação de num prazo de 60 dias comunicar a alteração da sua morada de residência.
Dever que se compreende. Era expectável que simples mudança de residência fiscal fosse uma operação burocrática simples, do género ir ao site das finanças e alterar a morada
Pois desenganem-se.
Não fosse Portugal um país de burocracia, mudar a residência fiscal não é um processo simples.
Antes de mais a mudança de residência fiscal não é feita na repartição de finanças.
Hoje o cidadão tem de ir a uma loja do cidadão ou à Conservatória do Registo Civil.
E mais interessante. Mudar a residência fiscal implica pelos menos a ida  de duas vezes à loja do cidadão ou à Conservatória do Registo Civil. Na primeira visita ao serviço publico, o cidadão começa por pagar 3€ e indica a sua nova  morada. Depois, é enviada para a nova morada uma carta atestando o pedido. Com essa carta, o contribuinte tem de fazer uma segunda visita ao serviço público, a fim de confirmar a nova morada. Em ambas as deslocações é essencial levar o PIN de autenticação do cartão de cidadão e o PIN de morada. Estes códigos são entregues depois de fazer o cartão, juntamente com a carta que recebeste avisando da disponibilidade para o levantar. Se os perderes, terás de pedir a emissão de um novo cartão, com o custo de 15 euros.
Fantastico!!!!
António Cipriano





Futuro Incerto


Há épocas em que a humanidade vive sob o sopro da confiança, esperança liberdade, da vontade de descobrir o mundo. Porém há épocas em que o sopro do medo, resvala em sociedades que se querem fechar, esconder do diferente, esquecendo o próximo.
Parece-me que tragicamente estamos a enveredar pela segunda hipótese.
O Brexit, o reforço dos nacionalismos, o pré-fascimo da Turquia, o fenómeno Trump.
Porém, o medo o fechar ao mundo nunca trouxeram nada de bom à humanidade.
O futuro, a confiança, o desenvolvimento das sociedades sempre vieram da abertura de espírito, da consagração da liberdade e da valorização do ser humano.
Este fim de semana que decorrem a primeira volta das eleições presidenciais francesas, oxalá os eleitores tenham a serenidades e bom senso de não voltarem as costas aos valores do humanismo, sob pena dos ventos sombrios do medo soprarem fortemente na Europa.
António Cipriano