quinta-feira, dezembro 20, 2012

FELIZ NATAL



A Todos desejamos um Feliz e Santo Natal.

António Cipriano
Paulo Pinheiro
António Guimarães

João Pedro
André Lemos

sexta-feira, dezembro 14, 2012

Volta da BD da Disney


Durante toda a infância e adolescência li muita, mas muita BD da Disney. Tristemente por 6 anos completos  esta esteve ausente das bancas em Portugal.
Mas felizmente, a partir deste mês de Dezembro, pela mão da editora Goody está de volta!!!!

António Cipriano

segunda-feira, dezembro 10, 2012

União Europeia





No momento em que a União Europeia recebe o Prémio Nobel da Paz e simultaneamente vive um dos momentos mais conturbado da sua existência, nada melhor do que voltar a ler o discurso de Sir. Winston Churchill na Universidade de Zurique em 19 de Setembro de 1946.



«Desejo falar–vos, hoje, sobre a tragédia da Europa. Este nobre continente, englobando no seu todo as mais agradáveis e civilizadas regiões da Terra, gozando de um clima temperado e equilibrado, é a terra natal de todas as raças originais do mundo ocidental. É a fonte da fé cristã e da ética cristã. É a origem da maior parte da cultura, das artes, da filosofia e da ciência tanto dos antigos como dos modernos tempos. Se a Europa tivesse alguma vez ficado unida na partilha do seu património comum, não haveria limite à felicidade, à prosperidade e à glória dos seus trezentos ou quatrocentos milhões de habitantes. Mas foi da Europa que jorrou essa série de assustadoras quezílias nacionalistas, originadas pelas nações teutónicas, a que nós assistimos ainda neste século XX e no nosso tempo, arruinando a paz e frustrando as expectativas de toda a humanidade. E a que situação foi a Europa reduzida? Alguns dos mais pequenos Estados fizeram, na realidade, uma boa recuperação, mas, sobre largas áreas, uma vasta e agitada massa de atormentados, famintos, ansiosos e desnorteados seres humanos olham pasmados, das ruínas de suas cidades e de seus lares, esquadrinhando os negros horizontes por algum novo perigo, tirania ou terror. Por entre os vencedores há uma babel de vozes dissonantes; por entre os vencidos o mal humorado silêncio do desespero. É tudo o que Europeus, agrupados em tantos antigos Estados e nações, é tudo o que os Poderes Germânicos obtiveram rasgando–se uns aos outros, espalhando destruição em todo o redor. De facto, mas também por que a grande República de além Atlântico compreendeu, à distância, que a ruína ou escravização da Europa envolveria também a sua própria sorte e estendeu o seu auxílio e orientação, os Tempos Negros recolheram toda a sua crueldade e miséria. Que poderão ainda voltar. Mas, ainda é tempo para um remédio que, se genérica e espontaneamente adoptado, poderá, como por milagre, transformar todo o cenário, podendo em poucos anos fazer toda a Europa, ou grande parte dela, tão livre e feliz como a Suíça o é nos dias de hoje. Qual é este milagre soberano? É a recriação da Família Europeia, ou o mais possível que dela pudermos, provendo–a de uma estrutura sob a qual possa viver em paz, em segurança e em liberdade. Deveremos construir uma espécie de Estados Unidos da Europa. Só neste caminho poderão centenas de milhões de trabalhadores reencontrar as simples alegrias e esperanças que fazem com que valha a pena viver a vida. O processo é simples. Basta a decisão de centenas de milhões de homens e de mulheres de proceder bem em vez de mal, ganhando como recompensa bênçãos em vez de maldições. Muito trabalho neste sentido tem sido feito pelo empenho da União Paneuropeia que muito deve ao Conde Coudenhove–KALERGI e que recrutou os serviços do famoso patriota e homem de Estado francês, Aristide BRIAND. Há também esse enorme corpo de doutrina e de procedimentos que foi criado no meio de grandes esperanças depois da primeira guerra mundial: a Sociedade das Nações. A Sociedade das Nações não falhou pelos seus princípios ou concepções. Ela falhou por estes princípios terem sido abandonados por aqueles Estados que lhe deram vida. Falhou por causa dos governos desses dias recearem enfrentar os factos agindo enquanto havia tempo. Esse desastre não pode repetir–se. Há por isso muito conhecimento e material para utilizar: e também amargas e caras experiências. Fiquei muito satisfeito ao ler nos jornais, há dois dias, que o meu amigo Presidente TRUMAN expressou o seu interesse e acordo a este grande desígnio. Não há razão para que uma organização regional da Europa conflitua de qualquer modo com a organização das Nações Unidas. Pelo contrário. Eu acredito que a maior síntese só sobreviverá se construída sobre grupos naturais coerentes. Já existe um grupo natural no Hemisfério Ocidental. Nós, Britânicos, temos a nossa Comunidade de Nações. Estas não enfraquecem, pelo contrário reforçam, a organização mundial. São, na prática, o seu principal suporte. E por que não haver um agrupamento europeu que possa dar um sentido de alargado patriotismo e de comum cidadania aos povos desatentos deste turbulento e poderoso continente, e por que não toma ele o sua posição de pleno direito junto a outros grandes grupos na formação dos destinos dos homens? A fim de que tal possa ser realizado tem que haver um acto de fé no qual milhões de famílias, falando muitas línguas, tomem conscientemente parte. Todos nós sabemos que as duas guerras mundiais por que passámos nasceram da presunçosa paixão de uma nova e unida Alemanha destinada a desempenhar o papel dominante do mundo. Nesta sua última luta, crimes e massacres foram cometidos para os quais não houve paralelo desde as invasões mongóis no século catorze e sem igual em qualquer tempo na história humana. A culpa deve ser punida. A Alemanha deve ser desprovida do poder de rearmar–se e fazer outra guerra agressiva. Mas, quando tudo isto tiver sido feito, como será feito, como tem sido feito, haverá um fim para a desforra. Haverá o que o Senhor GLADSTONE, muitos anos atrás, chamou de "abençoado acto de esquecimento". Todos nós temos que voltar as costas aos horrores do passado. Temos que olhar para o futuro. Não podemos arrastar, ao longo dos anos vindouros, os ódios e as vinganças que brotaram das injúrias do passado. Se a Europa deve ser salva de uma profunda miséria e, na realidade, de um julgamento final, tem que haver um acto de fé na família europeia e um acto de esquecimento para todos os crimes e loucuras do passado. Podem os povos da Europa erguer–se por cima destas decisões da alma e instintos do espírito do homem? Se puderem, os erros e injúrias que foram infligidas terão sido varridas em todas as partes pelas misérias que foram suportadas. Haverá mais alguma necessidade de novas enchurradas de agonia? Será a única lição da história a de que a humanidade não aprende? Haja justiça, perdão e liberdade. Os povos têm apenas que o querer, e todos alcançarão o desejo dos seus corações. Vou, agora, dizer–vos algo que vos admirará. O primeiro passo na recriação da família europeia deve ser uma parceria entre a França e a Alemanha. Só desta maneira pode a França recuperar a liderança moral da Europa. Não pode haver um ressurgimento da Europa sem uma grande França espiritual e sem uma grande Alemanha espiritual. A estrutura dos Estados Unidos da Europa, se bem e verdadeiramente construída, será a necessária à força material de um só Estado menos importante. As pequenas nações contarão tanto como as grandes e honrar–se–ão pela sua contribuição para a causa comum. Os estados e regiões da Alemanha, livremente reunidos por mútua conveniência num sistema federal, poderão tomar, cada um, o seu lugar individual dentro dos Estados Unidos da Europa. Eu não tentarei realizar um programa pormenorizado para centenas de milhões de pessoas que querem ser felizes e livres, prósperas e seguras, que querem gozar as quatro liberdades de que o grande Presidente ROOSEVELT falou, e viver conforme os princípios que dão corpo à Carta Atlântica. Se isto é o seu desejo, têm apenas que o dizer, e certamente que os meios podem ser encontrados, a máquina estruturada, para tal realizar em plena fruição. Mas devo fazer um aviso. O tempo pode ser escasso. Actualmente há um tempo para respirar fundo. Os canhões pararam de disparar. A luta parou; mas os perigos não pararam. Se formarmos os Estados Unidos da Europa, ou com qualquer outro nome ou forma que seja, temos que começar já. Nestes dias de hoje vivemos, estranha e precariamente, sob o escudo e protecção da bomba atómica. A bomba atómica está ainda nas mãos de um Estado e nação que nós sabemos não a usar excepto pela causa do direito e da liberdade. Mas pode acontecer que, dentro de poucos anos, este terrível agente de destruição esteja disperso e a catástrofe sequente ao seu uso, por várias nações rivais, levará não só ao fim de tudo aquilo a que nós chamamos de civilização como, possivelmente, à desintegração do próprio globo. Devo, agora, repetir as propostas que estão perante vós. O nosso constante objectivo deve ser a construção e o fortalecimento da Organização das Nações Unidas. Sob e dentro desse conceito mundial devemos recriar a família europeia numa estrutura regional chamada, por exemplo, de Estados Unidos da Europa. O primeiro passo será a formação de um Conselho da Europa. Se, numa fase inicial, nem todos os Estados da Europa quiserem ou poderem juntar–se à União, devemos, contudo, proceder à junção e combinação daqueles que o querem e daqueles que o podem fazer. A salvação das pessoas comuns, de todas as raças e de todas as terras, da guerra e da servidão deve ser estabelecida em bases sólidas e preservada pela disposição de todos os homens e mulheres de antes morrerem do que submeterem–se à tirania. Neste urgente trabalho a França e a Alemanha devem assumir, conjuntamente, o comando. A Grã–Bretanha, a Comunidade Britânica de Nações, a poderosa América, e, confio eu, a Rússia Soviética — para que, então, de facto, tudo possa estar bem — devem ser os amigos e os patrocinadores da nova Europa e devem defender o seu direito à vida e à luz. Por isso eu vos digo: Deixem a Europa erguer–se!».

António Cipriano 

sexta-feira, novembro 30, 2012

Novo Jogo de Tabuleiro



Neste jogo de tabuleiro ganha quem conseguir criar uma teia de influências, vencer as eleições e colocar o máximo de dinheiro possível em paraísos fiscais. Chama-se Vem aí a troika! e é a estreia no mercado da portuguesa Tabletip Games, fundada por quatro amigos com uma paixão comum por jogos. A “acção” passa-se num país chamado Portugalândia e cada jogador representa um “obscuro grupo de interesses que através da manipulação política, social e económica tenta ganhar poder, votos e dinheiro”.

Os quatro sócios investiram dez mil euros na produção do jogo, que conta com as ilustrações de Nuno Saraiva, Vasco Gargalo e Filipe Preto. Para angariar verbas, recorreram ao crowdfunding na plataforma PPL e já conseguiram ultrapassar o objectivo inicial de 1200 euros. À hora a que o PÚBLICO consultou o site tinham sido angariados 2031 euros. “Através do PPL vendemos 150 jogos”, adianta Pedro Santos.

A partir de segunda-feira o "Vem aí a troika!" vai estar à venda no El Corte Inglés que comprou, para já, 150 unidades à Tabletip Games. A intenção é estar noutras cadeias da grande distribuição.

Um óptimo presente para o Natal!!

António Cipriano

quarta-feira, novembro 21, 2012

Como Defender O Estado Social Europeu


O Estado Social é o cimento agregador da Europa Ocidental. Este é a matriz que permitiu a paz e o reforço das solidariedades entre os povos europeus.
Todavia o “Estado Social” encontra-se sob “ataque”.
O Estado social necessita de elevados recursos financeiros. Ora. tais recursos financeiros apenas são possíveis de obter caso exista crescimento económico. De Facto o “crescimento Económico é o “alimento" do Estado Social.
O problema é que de ano para ano, na Europa e em Portugal em particular, as taxas de crescimento são cada vez menores. Isto acontece porque a Europa deixou de ser competitiva no mundo globalizado.
Parece-me que a globalização foi a "caixa de pandora" que libertou todos os males para o crescimento da Europa.
Globalização foi sinonimo de livre comércio, comércio  sem barreiras. Ora, o livre comércio apenas é uma doutrina possível de seguir caso todos os agentes económicos estejam nas mesmas circunstancias. 
Acontece, que tal não ocorre.
Na Europa, os trabalhadores trabalham em média 40h/semana, tem dois dias de folga, tem apoios sociais no desemprego, na doença na velhice. Tudo isto são ganhos civilizacionais, mas também custos, que aumentam os custos de produção de cada produto.
Na Ásia, na América Latina, não existe Estado Social, os trabalhadores sujeitam-se a horários de trabalho “sem fim”, não têm garantias de apoio na doença e na velhice. Assim os custos do trabalho são incomensuravelmente inferiores.
Parece evidente existir no dito “sistema de comércio livre” -  dumping.

Perante este cenário, como pode a Europa voltar a ser competitiva? Como poderemos assegurar as taxas de crescimento necessárias à manutenção do Estado Social?

A solução que antevejo é o Protecionismo. A Europa e a economia europeia tem de restabelecer um “sistema imunitário” capaz de ultrapassar o dumping. Essa resposta passa por defendermos a nossa Economia, com taxas alfandegarias que possibilitem uma real igualdade de oportunidade e um real mercado de livre concorrência.
Precisamos que voltar a construir uma industria Europeia que dê trabalho aos europeus!!!
Reindustrializar é urgente. Mas a industrialização apenas será possível com o protecionismo.
Se nada for feito, se continuarmos refém da ilusão do falso “comércio livre” estamos condenados ao empobrecimento. E assim não será possível manter o Estado Social.

António Cipriano

domingo, novembro 11, 2012

Ich Bin Ein Berliner


António Cipriano

Visita de Angela Merkel



Uma nota prévia: Sou um daqueles que considera que as politicas de Angela Merkel são erradas no que diz respeito à defesa da União Europeia.

Todavia, feita esta nota prévia, devo dizer que ao contrário de muitos, considero que Angela Merkel deve ser bem recebida em Portugal.
Angela Merkel é a chefe de estado de um país que tal como Portugal pertence a União Europeia. Assim, a Alemanha é nossa parceira, sendo até um dos nossos principais mercados para as nossas exportações. Simultaneamente e não menos importante, considero que devemos respeitar e acolher todos aqueles que nos visitam.
Paralelamente, devo disser que não considero a”diabolização” de Angela Merkel como a solução dos nosso problemas. Antes de mais, não devemos esquecer que quem criou a enorme divida publica não foi a senhora Angela Merkel, mas sim os governos socialistas dos últimos quinze anos.
Mas diga-se até, a visita de Angela Merkel  deve ser  vista como algo positivo. Este seria o momento certo para o nosso Primeiro-ministro e o Presidente Cavaco, mostrarem ao país e à Europa, que não são subservientes a ninguém. Este é o momento oportuno para argumentar junto da senhora Angela Merkel que a “austeridade sem crescimento” não é o caminho. Este é o momento para políticos responsáveis e competentes defenderem junto de Angela Merkel a melhoria do memorando de entendimento.
E claro, após a visita de Angela Merkel é oportuno o governo português convidar para visitar Portugal, o Primeiro-ministro italiano, o Primeiro-ministro espanhol, o Primeiro-ministro irlandês, o Presidente Francês. Enfim, concertar posições no sentido de  ser possível apresentar em Bruxelas um caminho alternativo, mais amigo do crescimento económico para a Europa.

António Cipriano

quarta-feira, outubro 31, 2012

Custos com as PPP



Estes são os custos com as parcerias publico privadas  até 2038.
Reparem que de 2014 a 2020, os custos aumentam exponencialmente.
 Mais de 1.000 milhões de euros ano!!!

António Cipriano

domingo, outubro 21, 2012

Orçamento de Estado – Quadro Macroeconómico




Não pretendo discutir a bondade da proposta de orçamento de estado. Pretendo apenas analisar os riscos relativamente a sua execução.
A proposta de orçamento prevê ao nível do enquadramento macroeconómico uma recessão para o ano de 2013 de apenas  1%.
 Não querendo maçar com particularidade económicas, apenas tenho de referir que para a ciência económica o PIB de um determinado país num determinado período temporal resulta da seguinte equação:
PIB = CP (consumo Privado) + Cp(consumo publico) + I (investimento) + NX (saldo da balança de transacções correntes, ou seja exportações - importações).
Para 2012  prevê-se  que o PIB  caia  3%,  resultando esta queda dos seguintes elementos: Consumo Privado decréscimo de  5,9%,  Consumo Publico decréscimo de  3,3%, decréscimo do Investimento em  14,1%, decréscimo de 6,6% das importações e aumento das exportações de 4,3%.
Ora, para 2013 a proposta de Orçamento de Estado prevê uma queda de 1% do PIB, %, assente na  uma queda do Consumo Privado em 2,2%; na queda do  Consumo Publico em 3,5%, na  queda do  Investimento em 4,2%, una queda das importações de 1,4% e no aumento das exportações em 3,6%

Será consensual que a actual proposta de orçamento ao prever “um grande aumento de impostos” tenderá a ter um efeito recessivo na economia. De facto, o aumento dos impostos consubstancia uma diminuição do rendimento disponível das famílias, o que necessariamente conduzirá a uma retracção da procura interna. Direi, salvo respeito por opinião contrária, que a diminuição do rendimento disponível das famílias, associado ao aumento do desemprego e uma tendencial diminuição da confiança dos agentes económicos conduzirá um decrescimento acentuado do consumo privado.

Ora no ano de 2012 o decréscimo do consumo privado foi de 5,9%.
Fará sentido perante o actual cenário que o decréscimo do consumo privado seja apenas de 2,2% como é previsto na proposta de orçamento? 
Parece-me muito optimista e pouco provável esta cenário!!!!
Ora, basta que o Consumo Privado caia um pouco mais do que os 2,2% previsto para que as receitas fiscais de IVA, IRC, IRS diminuam significativamente, não sendo assim possível atingir o deficit previsto para 2013 de 4,5% do PIB.
Espero que esteja errado, mas a probabilidade do não se atingir o deficit de 4,5% do PIB em 2013 com base nas previsões da proposta de orçamento de estado é muito elevado.

António Cipriano.