
Directas no PSD
A defesa da democracia e o futuro de Portugal necessitam de um PSD forte, com ideias, capaz de fazer oposição assente num projecto alternativo para Portugal. Ora nos últimos tempos, o PSD tem andado a brincar às lideranças. De partido credível que muito fez por Portugal foi progressivamente, se tornando em apenas mais um partido do sistema, em que os eleitores olham com desconfiança. È chegado a hora de acabar com a brincadeira!!
Historicamente o PSD, enquanto partido interclassista, tem vivido sobre duas tendências. A mais populista de Sá Carneiro e de Santana Lopes, e a mais reformista e progressista de Cavaco Silva Esta é a escolha que os militantes tem de fazer.
Santana representa o passado, o populismo, o projecto já vencido em 2005 que os portugueses querem esquecer.
Passos Coelho, é um liberal que aposta numa perspectiva de diminuição concreta do peso do estado na sociedade Defende o mercado e o individuo como matriz essencial da economia e da sociedade. Representa de facto, um projecto diferente. Num país em que o espectro eleitoral se encontra maioritariamente à esquerda, não me parece que o eleitorado deseje o liberalismo económico. A mim pessoalmente, que me considero um social democrata na verdadeira acessão da palavra, não comungo desta visão excessivamente liberal da economia. O Mercado é importante, deve ser dinâmico, mas necessita de regras e de um intervenção, ainda que suave do estado. Ao estado compete o combate às falhas de mercado, mas nunca esquecendo a matriz social que deve vincular qualquer sociedade.
Se Passos Coelho é o candidato do aparelho, Manuela Ferreira Leite é a candidata das elites. Todavia, a mim pessoalmente, me parece que aos olhos dos portugueses, é aquela com melhor perfil de candidata a primeira-ministra. É uma personalidade credível, responsável, “que não vai em ondas” ou populismos e que sabe o que deseja para o país. Ainda mais, quando no discurso recente tem acrescentado uma tónica social, que os portugueses tanto desejam.
António Cipriano