Mais uma machadada no futuro de Portugal!Já está, o governo acabou de publicar em Diário da Republica o despacho que faz com que os professores do segundo ciclo dêem mais de uma disciplina em cada turma. A lógica demagógica que o governo apresenta é que os alunos sentem muito a diferença do primeiro para o segundo ciclo, ou seja, os alunos sentem a diferença de passar a ter sete professores em vez dos cinco no primeiro ciclo. A razão real é mais simples é poupar dinheiro, prejudicando, mais uma vez, a instrução em Portugal. A querer fazer uma aproximação, que não é necessária, então governo deveria procurar aumentar gradualmente nos quatro anos do primeiro ciclo os conteúdos e logo os professores, mas claro que assim seria mais caro. Faz lembrar aqueles otários que por terem poucos direitos sociais dizem que quem tem os deve perder, em vez de lutar para também adquirir os mesmos direitos. Claro que devem existir pessoas que concordam com esta medida, pobres complexados, recordem-se que passaram de um professor na primária para sete na preparatória, sentem-se com problemas por isso?
Desta vez não vou falar de pontos específicos da educação como as competências que explicam como esta medida prejudica a educação em Portugal, apenas vou deixar uma pequena sugestão, porque é que o governo não aplica a medida à sua própria actividade, assim o primeiro-ministro fica com a pasta da agricultura e da educação por exemplo e o ministro das finanças fica ao mesmo tempo com a pasta da economia? E já agora aplica também esta medida à saúde, um oftalmologista bem que pode dar consultas de cardiologia? Ao fim e ao cabo são todos médicos…
Acima de tudo, o que eu lamento é que a prática de desinvestir na educação é uma prática comum de países de terceiro mundo. De países governados por tipos que não entendem que a educação é sem dúvida nenhuma o motor dinamizador da cultura.
António Manuel Guimarães