
História de Portugal
Nas nossas livrarias temos uma nova História de Portugal numa perspectiva contemporanea e actual dos nossos nove seculos de identidade comum.
Blog de pensamentos duvidosos por Paulo Pinheiro, António Cipriano, António Guimarães, João Pedro e André Lemos.
Tetro é o último filme de Francis For Coppola.
O filme centra-se nas relações muitas vezes turbulentas do universo celular que é a família. Em Tetro temos uma família, que convive dramaticamente com uma pirâmide de males entendidos, sob o pano de fundo da rivalidade. È por via da rivalidade que o talento e a genialidade se assume com um veneno que corrói todos os personagens da família. A medida que o filme se desenrola os segredos, as mascaras familiares vão caindo.
E quantas famílias comuns não vivem sob pretensas mascaras de um felicidade inexistente?
António Cipriano
“Quando a deputada, doutora Manuela Ferreira Leite disse que o primeiro-ministro estava a mentir, demonstrou que tinha conhecimento prévio sobre as escutas…”
Estes são os argumentos que o vice-presidente da bancada parlamentar socialista, Ricardo Rodrigues, utilizou para atacar a oposição. Assim, não importa se José Sócrates é um mentiroso, não importa se ele está em tudo o que é sujo neste país, não importa se ele mentiu descaradamente no parlamento quando disse que não sabia nada sobre a compra da TVI, porque para os socialistas é o cartão rosa que dá atestado de honestidade. Aliás, com este argumento a única coisa que Ricardo Rodrigues provou é que reconhece que José Sócrates é mentiroso e que o principal partido da oposição é que age mal porque percebeu, como alguns portugueses minimamente informados, que Sócrates sabia dos negócios entre a PT e a Media Capital.
António Manuel Guimarães
Este Fim de semana tive a oportunidade ver o ultimo filme de Spike Lee, “o Milagre de Santa Anna”
O filme conta a historia de um grupo de soldados americanos que pertenciam a 92 companhia na 2º guerra mundial Divisão também conhecida como "Buffalo Soldiers", composta somente por soldados negros. Estes apesar de darem a vida pelo seu país, consideravam no seu intimo que esta era guerra que lhe não lhes pertencia, visto ser uma guerra de brancos.
Depois de uma batalha, quatro soldados perdem-se numa pequena cidade da Toscânia chamada Sant'Anna di Stazzema, para salvar uma pequena criança italiana
Daqui nasce uma intensa relação de amizade entre os soldados e a população italiana. Em certo momento um dos soldados constata que apesar de estar num país distante, pela primeira vez é respeitado por todos, não tendo a cor da pele qualquer tipo de interesse para as populações italianas.
António Cipriano
Numa altura que se comemora o aniversario da morte do vocalista dos Queen, os marretas fizeram esta divertida homenagem.
António Cipriano
Confesso que o filme “Solista” de Joe Wright me passou por completo despercebido.
Mas em boa hora uma colega me chamou a atenção acerca desta película.
“O Solista” conta a estória de um dos 90.000 sem-abrigo da cidade Los Angeles. Em Los Angeles, assim como em Lisboa, muitos são os indigentes que povoam as nossas ruas. Geralmente a generalidade dos ditos “cidadãos integrados” em que eu me incluo, preferem fingir que estes não existem. Preferem acreditar que as cidades são perfeitas.
A verdade é que as cidades enquanto ecossistemas sociais, são organismos agressivos, impiedosos para com o insucesso. A sociedade expulsa, repele, todas aqueles que não se enquadram nos modelos de “normalidade”. Infelizmente muitos não aguentam, a pressão de uma rotina cada vez mais competitiva, acabando por se transformar em sombras, que povoam os locais mais sombrios das nossas cidades. A sociedade prefere adoptar uma estratégia assistencialista, em vez de uma estratégia de inclusão do cidadão, que procure integrar a pessoa numa nova vida, mais condigna com a condição humana.
Mas do filme fica uma mensagem.
Enquanto existir alguém que se preocupa com o seu semelhante, que nutre amor e amizade pelo ser humano, o mundo terá solução.
E afinal, salvar alguém é salvar o mundo.
Por ter reflectido um pouco, sob estes problemas, já valeu a pena ver o filme.
Fica aqui um palavra especial para a minha colega que chamou a atenção para este filme.
António Cipriano
Asterix é de facto, a banda desenhada da qual guardo maiores recordações da minha infância.
Obrigado Albert Uderzo e René Goscinny.
António Cipriano
"A Bíblia é um manual de maus costumes", esta foi a última atoarda desse indivíduo de reconhecido valor mas de carácter execrável que é José Saramago. Depois de dizer este disparate lança mais umas parvoíces dignas de uma mente cansada, diz o prémio Nobel de um país que só ele conhece, a Ibéria, que os cristãos não lêem a bíblia, pois bem, eu além de cristão católico já li a bíblia e tal como eu, muitos amigos católicos também já a leram, um têm até um blog sobre a bíblia (http://bibliadegnaap.blogspot.com). Eu sei que Saramago é agnóstico ou ateu, pouco me importa, mas duvido que ele alguma vez tenha lido a bíblia, primeiro porque ao contrário do Memorial do Convento não é de leitura obrigatória nas escolas, segundo porque ele não ia perceber o que estava a ler porque os sinais de pontuação são bem utilizados e Saramago ficaria certamente baralhado e depois porque para além do religioso tem uma história fantástica, é a História da Humanidade no crescente fértil, desde o neolítico até aos Romanos. Não estou a dizer que começou com Adão e Eva, mas sim que do ponto de vista histórico podemos tirar muitas e valiosas pistas.
Depois gostaria de saber se um homem que tece um comentário destes sobre o maior best-seller de todos os tempos, terá alguma vez lido, como deveria ser regra para as pessoas da sua tendência política, o “Manifesto do Partido Comunista”, um excelente livro, não indica maus costumes, mas não conheço um país que tenha seguido a sua doutrina cujo resultado não fosse milhares ou milhões de mortos e viver numa utopia de sofrimento…Bem talvez naquele país que só existe na imaginação de Saramago, a Ibéria, até pode funcionar…
Espero que quem tenha a paciência de ler estas linhas perceba que nada tenho contra quem nunca leu a bíblia, ou sequer contra quem não é católico, mas não percebo como alguém só por publicidade tem que dizer alarvidades destas nos jornais, especialmente sem nunca ter lido a Bíblia, eu pelo menos não falo mal dos livros do Saramago gratuitamente, eu digo que não gosto porque li, obrigado mas li.
António Manuel Guimarães
Fomos a Votos
Por questões técnicas às quais eu estive alheio, não pude escrever nenhum post sobre as eleições. Obviamente os meus amigos socialistas devem ter pensado que eu estava tão pesaroso por ver uma vitória de José Sócrates que nem tive coragem de escrever, pois bem, não fosse o meu disco rígido ter pifado e logo no Domingo um post novo teria nascido.
Podemos sempre encarar o resultado das eleições de diversos ângulos, fazer várias teorias, mas os factos são claros, o Partido Socialista ganhou as eleições porque teve mais votos, e todos os restantes perderam, com especial realce para o PSD, um partido de governo que com uma conjuntura favorável não conseguiu fazer passar a mensagem. Mas observando à lupa e bem vistas as coisas a vitória do PS é uma vitória com sabor a derrota, pela primeira vez um governo com maioria absoluta, passa para maioria relativa, ficando a 10 deputados da maioria, o que não deixa de ser uma grande diferença. O PSD perdeu claramente, nem maioria nenhuma e embora tenha ganho deputados face às últimas eleições ficou muito longe do que seria um bom resultado. O CDS ganhou claramente face ao que se propunha, atingiu os seus objectivos e assim desta vez nem cinco táxis chegam para levar todos os deputados do PP para a Assembleia da República. Depois o Bloco de Esquerda, também face aos seus objectivos teve também um bom resultado, reforçou o seu papel no parlamento, considero que também entrou num número perigoso tanto para o partido como para o país. Para o partido, porque um partido com dezasseis deputados torna-se apetecível e o oportunismo muito provavelmente começará a contaminar este partido e um perigo para o país porque nem quero sonhar com um país onde o Bloco dite leis, até porque nem seria um sonho, seria um pesadelo como todas as ditaduras. Por fim vem o PCP, este foi o único partido que embora ganhe deputados, perde estatuto no parlamento, passando para quinta força política, portanto é um derrotado que ganha deputados e por isso fala como se fosse uma vitória, enfim que se poderia esperar de um partido comunista tradicional que não uma vitória utópica. Curiosamente ou talvez não todos os partidos ganharam deputados menos o PS.
Depois deve ser entendido o significado da vitória de José Sócrates, a partir do momento que vence todas as coisas que foram sendo ditas e descobertas ao longo destes quatro anos e meio como o caso do diploma, o caso das casas assinadas, o caso Freeport, o caso das escutas, a situação de desconfiança no funcionalismo publico, as pressões, a policia à porta dos sindicatos, etc… tudo foi perdoado, ou melhor, branqueado, que mais ninguém fale nisso pois o povo português perdoou Sócrates. Eu seguramente não falarei mais nisso, tal como nesta legislatura não farei uma greve que seja ou qualquer outra forma de contestação que não passe apenas pelas palavras escritas. Porque para mim por muito estapafúrdio que me pareça um resultado eleitoral eu acima de tudo aceito a democracia e tiveram a oportunidade de correr com José Sócrates e optaram por o manter no governo.
A perda de maioria é também um sinal claro que os portugueses não querem dar muita trela a Sócrates, querem que governe mas com cuidadinho, é certo que não lhe resta outra opção que não seja substituir os ministros menos populares e assim Mário Lino, Maria de Lurdes Rodrigues, Alberto Costa e Vieira da Silva não vão estar no XVIII Governo Constitucional, ou então o governo não chega sequer aos dois anos, fica provavelmente pelos dois meses. Espero sinceramente que se mantenha Augusto Santos Silva, só para ver o que lhe acontecerá à arrogância com maioria relativa.
Quanto ao PSD, embora não seja de prever mexidas antes das autárquicas, já está marcado um conselho nacional e mesmo que aconteça uma vitória nas autárquicas, a Manuela Ferreira Leite não resta outra opção senão a sua retirada, é a face de uma derrota, só espero que o próximo presidente tenha mais estabilidade e consiga mais consensos, porque com a maioria relativa triplicaram as responsabilidades da Assembleia da Republica, já não bastará dizer que não e o principal partido da oposição precisa de trabalhar.
António Manuel Guimarães