sexta-feira, agosto 27, 2010


Leituras de Verão – A Conspiração de Papel

Conspiração de Papel de David Liss trata-se de um Romance Histórico sobre o primeiro crash da bolsa no mundo, conhecido historicamente como a Bolha do Mar do Sul, ocorrido em 1720.
Benjamim Weaver personagem central do romance é um judeu de origem Portuguesa que suspeita de que seu pai recentemente falecido, teria sido assassinado e não acidentalmente atropelado por um coche, como se fizera crer. Para encontrar as respostas, Weaver tem de enfrentar uma prostituta desesperada, que sabe demais sobre o seu passado, parentes que lhe cobram a sua alienação da fé judaica e uma conspiração de poderosos homens do mundo das finanças britânicas.
É o início de uma trilha perigosa que conduzirá o bizarro herói pelos meandros da alta finança inglesa do século XVIII, aproximando-o da família e das suas raízes a um ponto que ele nunca imaginara possível.

Para quem gostar de romances históricos é um livro a não perder.

António Cipriano

quarta-feira, agosto 18, 2010

Parece-me que o Quaresma faz "algum" sucesso na Turquia

Nota-se que é um jogador das escolas do Sporting, obviamente.



João Pedro

segunda-feira, agosto 16, 2010


Leituras de Verão

No verão todos procuramos relaxar, com livros com escrita simples que nos permita descontrair.
Ora li “fúria divina” de José Rodrigues dos Santos, exactamente com esse objectivo. Digamos que é um livro que se lê bem, com uma escrita simples. Toda a parte sobre o islão esta bem construída, permitindo a um qualquer ocidental ficar com uma noção da mensagem alcorão na perspectiva dos fundamentalistas islâmicos.
Todavia, a trama em si, é um pouco pobre e excessivamente previsível, em que o herói “o historiador Tomás Noronha” não empolga ou entusiasma.
Qualquer das forma “fúria divina” cumpre a sua tarefa, “entreter, nas férias”.

António Cipriano

quinta-feira, agosto 05, 2010

Chumbos

No inicio da primeira legislatura de José Sócrates, este afirmou que os grandes problemas de Portugal passavam pelas elevadas taxas de abandono escolar e das elevadíssimas taxas de retenção. Afirmou então, que era uma prioridade do seu governo, terminar com estes dois problemas promovendo medidas para melhorar o estado da educação em Portugal.

Pois então lá vem a ministra antiga, que de educação sabia tanto como eu sei sobre Engenharia Aeroespacial, aplicar uma série de medidas em que não melhorava em nada o ensino mas dificultava sobremaneira a possibilidade de retenção de um aluno, assim o aluno tinha que ter mas de 2 negativas, o conselho de turma tinha que concordar que o aluno não conseguiria atingir as competências de fim de ciclo, tinha que ser feito um plano de prevenção de retenção, devidamente autorizado pelos encarregados de educação, se o número de alunos que reprovasse fosse 2 ou mais então ainda teria que se elaborar um relatório para explicar porque chumbaram tanto e se o ano fosse num ano terminal de ciclo, o aluno ainda teria uma oportunidade de fazer um exame nas disciplinas em que tinha reprovado para tentar passar, se alguma destas medidas não estivesse conforme as regras e bem explicadas, o aluno transitaria de ano administrativamente.

Depois foram criadas as condições para o fim do abandono escolar, foram criados os currículos alternativos, que não passam de programas especiais como os Profij e Pere terminologia de DRE Açores que corresponde os Pief no Continente e as Novas oportunidades, grosso modo, programas sem manuais em que os alunos basicamente só têm que ir às aulas e progridem, saltando de programa em programa de acordo com a sua idade independentemente do aproveitamento ao longo do ano. No fim deste percurso receberia um diploma que lhe conferia o nono ano de escolaridade também independentemente do aproveitamento do percurso escolar total. Não satisfeito, Sócrates ainda decidiu fazer mais, aumentar a escolaridade obrigatória para o 12ºano, tornando a situação ainda mais insustentável. Ora isto tem as seguintes causas, primeiro os alunos deixam de chumbar por faltas e depois é obrigado a ficar até à idade em que completaria o 12º ano, ou seja, 18 anos. Pode ainda acontecer que os encarregados de educação não darem autorização, por não concordarem ou por não quererem saber, que os seus educandos mudem para um currículo alternativo e assim o seu petiz fica no 6º ano até aos 18 anos.

Ora isto aliado à simplificação dos programas, objectivos e competências obrigatórias a adquirir, o processo de aprendizagem ficou simplificado ao mínimo, o que faz com a fasquia tenha vindo a baixar e de ano para ano é evidente que os alunos vêm pior preparados. Resultado, o ensino não melhorou, os alunos transitam mas com menos conhecimentos. Mas para Sócrates foi muito bom ir para a UE e para a TV dizer que as taxas de retenção tinham diminuído, ou seja tudo pior, menos a estatística do Sócrates.

E agora Sócrates decidiu ser ambicioso, não lhe chega todas as medidas anteriores e hoje a sua nova ministra da educação vem dizer que o governo quer acabar com os chumbos, ou seja, os alunos deixam de chumbar. Poderia ficar escandalizado, mas sinceramente depois de toda a porcaria feita na educação nos últimos anos, de todas as asneiras que Sócrates fez apenas para mostrar estatística, não importa o futuro, o que importa são os números, não importa condicionar o futuro à estupidez e ignorância, importa é dizer que se fez, mesmo que o que se fez tenha sido asneira atrás de asneira e condenar o nosso país a uma degradação que cada vez mais me parece não ter retorno. A única possibilidade de salvar isto é alguém chumbar este governo.


António Manuel Guimarães