sábado, setembro 24, 2011


Palestina Independente

Em 29 de Novembro de 1947 por via da resolução 181 da ONU foi decido a partilha do território conhecido por Palestina em dois estados um árabe e um judeu. Defendia-se assim por um lado o povo árabe da região e dava-se ao povo judeu a oportunidade de constituírem um seu estado. Por muito criticável que fosse esta resolução sempre seria uma solução equilibrada de respeito pela autodeterminação de dois povos.

Sucede todavia, que os Judeus, que entretanto declararam a sua independência unilateralmente, rapidamente se advogaram como donos e senhores de toda a Palestina ocupando todos os território consagrados ao povo árabe. Sucederam-se varias guerras. Não obstante a solidariedade dos estados árabes os territórios Palestinianos continuam até hoje ocupados por Israel. Desde o inicio Israel adoptou uma politica de colonatos e de opressão do povo palestiniano absolutamente inaceitável. Mas mais, a questão palestiniana passou a configurar como motivação e fundamento para o radicalismo islâmico. Pelo que urge a resolução deste problema, pela defesa de um povo à muito sacrificado, e pela necessidade de acabar de vez com a argumentação de variados grupos terroristas.

Defendo a existência de Israel. Mas também defendo a existência de uma Palestina livre e independente. O pedido de adesão da Palestina a ONU é um marco e um acontecimento que deve ser apoiado pela comunidade internacional. Aliás mais de 100 países membros da ONU deram desde logo a sua concordância. Todavia a real politik e as eleições americanas vão inviabilizar a adesão à ONU pelo veto dos EUA.

Portugal é neste momento membro do Conselho de Segurança da ONU. Espero que o nosso governo, na tradição defesa da autodeterminação dos povos como no caso de Timor, tenha a coragem de votar favoravelmente o pedido de adesão da Palestina à ONU. Se assim não for, será uma derrota dos valores e do universalismo que Portugal sempre representou.

Viva a Palestina Independente!!!!

António Cipriano

terça-feira, setembro 20, 2011

Uma Nova Descoberta da NASA

Foi noticiado hoje que os potentes telescópios da NASA fizeram uma nova descoberta no espaço sideral. Um novo Buraco Negro de dimensões brutais e com uma enorme propensão para se tornar infinito, situado na Galáxia Madeira, que baptizaram como Buraco Negro Alberto João Jardim.

António Cipriano

domingo, setembro 11, 2011


Onze de Setembro de 2001

Para mim o dia 11 de Setembro de 2001 era uma dia igual aos outros. Tinha recentemente terminado a minha Licenciatura em Gestão, não me encontrando ainda a trabalhar. Como habitual, encontrava-me em casa com os meus pais. Por volta das 14h e qualquer coisa encontrava-me a terminar de almoçar, estando a televisão sintonizada no Jornal da Tarde na RTP1.De repente a jornalista de serviço Andreia Neves, comunica que tinha ocorrido um acidente em Nova Iorque – a colisão de um avião com uma das torres gémeas do World Trade Center. Surge de imediato, a imagem de chamas e fumo do edifício. Achei de imediato estranho, tal colisão ser um acidente. Poucos minutos depois, um novo avião embate na segunda torre. De facto não se tratava de um acidente.

Mais tarde, declarações de Bush de que se tratava de um ataque terrorista. Mas os acontecimentos foram surgindo em catadupa. A queda de um avião no Pentágono, a queda de um avião na Pensilvânia. A queda da primeira torre. A queda posterior da segunda torre. De inicio não dava para acreditar. Era o fim do mundo!!! Parecia um filme!!!!

O que mais me impressionou foi ver as pessoas com lenços nas janelas dos edifícios em chamas a pedir ajuda, e nada poder ser feito. A angústia daqueles que preferiram se lançar das janelas a uma morte pelo fogo.

Hoje dez anos passados, as imagens continuam presentes na minha memória.

António Cipriano

sexta-feira, setembro 09, 2011

E quando uma boa ideia é um mau sinal.


Lendo a Gazeta das Caldas hoje vi uma iniciativa organizada pelo Grupo de Protecção Sicó que irá organizar a 1ª noite dos morcegos das Caldas da Rainha. Esta actividade contará com vários especialistas sobre morcegos que apresentarão algumas palestras sobre morcegos e por fim proceder-se-á à observação de morcegos. Ora e qual o melhor sítio para vermos morcegos nas Caldas da Rainha? Claro que a resposta é simples, nos Pavilhões do Parque. Que sitio melhor para ver morcegos do que a maior vergonha caldense. Os magníficos Pavilhões do Parque construídos nos finais do século XIX, com uma traça de estilo Victoriano, foram feitos com a intenção de servir de albergue aos pacientes do Hospital Termal, mas devido a disputas dentro da direcção do Hospital essa intenção nunca se concretizou. No entanto durante anos albergou várias instituições desde a Biblioteca Calouste Gulbenkian, Quartel, Escolas e quando digo escolas falo de várias, desde o liceu, escola de artes marciais, Magistério Primário, Escola Empresarial do Oeste e etc.... Foi também nestes pavilhões que várias instituições culturais tiveram a sua sede durante anos e anos e chegou a ter um cinema. Ainda me lembro quando na escola primária íamos até aos pavilhões para participar em actividades organizadas pelos estagiários. Mas eu disse atrás que eram a maior vergonha caldense e explico porquê, hoje os pavilhões tem vários sinais colados que indicam perigo de derrocada, ou seja, os pavilhões estão de tal forma degradados que qualquer dia acontece uma tragédia, aliás uma tragédia que sinceramente; devido à inacção dos responsáveis, me parece que querem que aconteça. No outro dia passeando no Parque além de ver buracos onde um dia estiveram janelas que já caíram, vi também uma vedação recente que fizeram, uma cerca a um metro dos pavilhões, uma cerca que não impede nada por ser muito baixa, ao contrário do seu custo que não deve ter sido nada baixo e que daria pelo menos para reparar os telhados para que não chova dentro dos pavihões. Também disse atrás que os pavilhões foram a biblioteca Calouste Gulbenkian e este é outro ponto vergonhoso porque atrás das portas da antiga biblioteca que hoje têm o sinal de derrocada, sabe-se que estão ainda à espera de não se sabe o quê, os livros da biblioteca, que devem estar já num belo estado visto que a biblioteca fechou vai para mais de vinte anos, as ratazanas e ratos devem-se sentir muito cultas pois devem fazer os ninhos com as páginas do anticristo de Nietzsche, ou com O Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdão. Recordo que esta biblioteca tinha uma sala de reservados onde era proibido entrar, que tenho a esperança que alguém se tenha lembrado de ter levado o seu acervo para a biblioteca municipal. Mas tudo isto se soma numa vergonha maior que é a total irresponsabilidade, em primeiro lugar do proprietários dos pavilhões que é o mesmo proprietário da maioria dos prédios devolutos do centro histórico das Caldas que é o Hospital, gerido por uma administração incompetente e mesquinha, pelo menos no que ao património diz respeito, que não faz nada, bem não faz nada até que alguém tente fazer alguma coisa porque ai faz para dizer que fez e depois aparecem obras como aquela aberração que fizeram na antiga casa da cultura (ao lado dos pavilhões), em que fizeram um túnel de vidro para exposições, mas esqueceram-se de arranjar as partes laterais onde até o telhado já caiu, relembro que esta obra foi feita à pressa para não perderem a posse da casa da cultura para a Clínica do Montepio que propôs ao Ministério da Saúde um negócio para a construção de um SPA ao lado do Hospital Termal. Mas menos responsabilidade não pode ser atribuída à Câmara que pouco faz e as tímidas propostas feitas esbarram sempre em algo que vai entre a falta de vontade real de fazer e os interesses mesquinhos do Hospital. Assim nestes pavilhões magníficos que são um exemplo de uma atitude de incompetência que além de local é nacional apenas pode servir para…observação de morcegos.

António Manuel Guimarães

terça-feira, setembro 06, 2011

Angola

Numa altura em que sopram os ventos da primavera dos povos, em Angola assistimos recentemente ao continuar do aprisionamento de um povo. Uma simples e natural manifestação de jovens insatisfeitos com a “alegada democracia angolana” e com o reinado interminável de Eduardo dos Santos, foi brutalmente reprimida. Segundo dados oficiais angolanos 30 indivíduos foram detido. Mas nas bocas sábios do povo, cerca de 50 jovens estão desaparecidos.

Enquanto isto o mundo, e Portugal em especial prefere fechar os olhos, preferindo o dinheiro do regime angolano, a dignidade do povo angolano.

António Cipriano