terça-feira, setembro 25, 2012

Privatizações



 Defendo uma economia de mercado em que a iniciativa económica deve pertencer ao sector privado. È ao sector privado que deve compete em livre concorrência a produção e comercialização de produtos e serviços. O Estado não deve objectivamente intervir no mercado como produtor. Ao Estado compete regular, controlar, disciplinar os agentes económicos, de modo a evitar atropelos à livre concorrência e  garantir os direitos do cidadão enquanto consumidor.
Consequentemente defendo um Estado mínimo enquanto, estado empresário. Defendo a privatização da generalidade das empresas públicas. Não me parece razoável ser o estado dono de estaleiros navais, de siderurgias, de empresas de transportes públicos, de empresas de comunicação social, de  empresas agrícolas, etc. Defendo que todas estas empresas devem ser privatizadas.
Mas todos os princípios devem ter excepções. Existem determinados sectores de actividade que transbordam em muito o mero carácter económico. Que tem uma componente de soberania associada. Distribuição eléctrica, produção de energia eléctrica, hidrocarbonetos são áreas sensíveis e estratégicas à soberania nacional. Aqui ao contrário dos outros sectores defendo que o estado deve ter uma posição relevante nestas empresas. Não digo que tenham que ser 100% publicas. Basta que o estado tenha uma minoria de bloqueio que permita controlar proactivamente o interesse nacional.
Assim fui contra a privatização total da EDP e da GALP. Estou  contra a privatização global da REN.
Igualmente estou contra a privatização da Caixa Geral de Depósitos. O Estado deve ter um banco público, que intervenha no sistema financeiros como garante da confiança e que disponibilize crédito aos bons projectos da economia. Podem me dizer, que a CGD não tem cumprido o seu papel. Estarei de acordo. Mas a solução não é privatizar. A solução é dar as devidas directrizes aos administradores delegados.

António Cipriano

quarta-feira, setembro 19, 2012

Desempregado do Ano


A marca Benetton lançou recentemente o concurso "desempregado do ano"
Infelizmente este é um concurso em que muitos europeus, e em especial portugueses podem participar.

António Cipriano

segunda-feira, setembro 17, 2012

Experimentalismos.



Agora que já passaram alguns dias sob o anúncio do 1º ministro, é altura de com serenidade e de forma desapaixonada (se isso é possível) analisar os impactos económicos e políticos da  polémica medida da “TSU”

Segundo Passos Coelho e Vítor Gaspar uma redução da TSU para os empresários em 5,75% suportada por um aumento de 7% na TSU dos trabalhadores conduz a redução dos custos do factor trabalho, propiciando uma folga na tesouraria nas empresas, indutora de mais emprego, da diminuição dos preços  e consequente crescimento económico.

Não querendo ser desrespeitoso, parece-me este um raciocínio absolutamente errado.
Com o aumento de 7% da TSU, o rendimento disponível do vulgar cidadão irá diminuir consideravelmente, reduzindo-se a sua propensão para o consumo. 
Mas também as classes mais altas, com a consequente diminuição dos índices de confiança, irão optar por não consumir, como mecanismo de protecção.
Com menos consumo, as empresas (98% trabalham para o mercado interno), vêem diminuídas os seus proveitos, tendo muitas invariavelmente que caminhar para os braços da insolvência, aumentando o desemprego, e  agravando-se a depressão económica.

A verdade é que esta medida irá por um lado, contribuir para a recessão económica e para o desemprego, e por outro lado contribuir negativamente para o fim da estabilidade social existente no país.

Ora, não é este o caminho que Portugal tem de trilhar.
Precisamos de políticos com bom senso, com inteligência e não cientistas sociais que querem adoptar experimentalismos.

António Cipriano

quarta-feira, setembro 12, 2012

Tão irado que ele está!

O Vice-presidente do PSD diz que a avaliação da troika foi positiva, mas que o fim ainda está longe e ainda é preciso mais trabalho. Trabalho para estes senhores é roubar ao povo português, certamente que só pode ser isso. Também achei engraçado ver aquele senhor muito irado do PS a criticar as novas medidas de austeridade, ele tem razão, é razão para estar irado, porém só é pena ele não ter ficado irado quando o seu partido nos desgovernou durante 6 anos. PSD e PS é uma corja igual, uma cambada de incompetentes e hipócritas.

António Manuel Guimarães

sexta-feira, setembro 07, 2012

Mais Impostos????


 Não quero ser um cidadão diferente dos outros. Sei que vivemos tempos muito difíceis que exigem o sacrifício e a contribuição de todos. Aceitei desde o inicio, ter de contribuir pessoalmente para a salvaguarda do país. 
Como qualquer cidadão “não gosto de pagar impostos”, mas sei que estes são o preço a pagar pelo “estado social” e para a coesão economia e social, enquanto instrumento de correcção das desigualdades sociais. Assim sendo, compreendi e aceitei aumentar a minha comparticipação via impostos, para ajudar o país, como aconteceu em 2011 com o pagamento de uma sobretaxa de 3,5% de IRS e com o aumento das taxas de IVA..
Mas o cidadão que cumpre as suas obrigações fiscais, exige que o estado também cumpra a sua parte, no esforço nacional. A verdade é que em Portugal a carga fiscal passou de  23,9% do PIB em 1980, 34,5% do PIB em 2000, para  36,3% do PIB em 2010. Exige-se do estado, a diminuição da despesa pública, o combate ao desperdício, a revisão das parcerias público privadas, a reorganização administrativa do Estado, a fusão e eliminação de institutos e fundações publicas, a reorganização e reestruturação das empresas publicas deficitárias, o fim dos privilégios injustificáveis, a fusão das empresas de transportes públicos, etc.

Ora, infelizmente, verifico que todas as medidas de fundo nas matérias supra identificadas encontram muito aquém daquilo que será expectável e razoável?
Como exigir o pagamento de mais impostos, quando o estado esquece a reestruturação das parcerias público privadas?

Basta da receita de sempre!!!

A justiça social e a economia real não aceitam nem aguentam mais impostos!!!
Mais impostos, apenas depois de  efectuarem-se  as tão necessárias reformas supra identificada.

E por isso que assino a petição do diário económico  “Não a mais impostos" disponível em:
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N28649

António Cipriano 

Hipócrita do pior

Depois de ler a noticia no link em cima só me apraz dizer:
Cada vez me convenço mais que este tipo sofre de perturbações mentais, então o problema é o rácio aluno professor ou teres aumentado todas as turmas a nível nacional para 30 alunos, dando cabo do que restava da qualidade do ensino? E esse aumento serve apenas e só para pagar menos possível com a educação, tal como aquela modificações das horas lectivas para minutos lectivos. Esse tipo de práticas não é comparável aos "países ricos", se queres fazer comparações entre investimento do estado português na educação as única comparações possíveis são com a Libéria, Zimbábue ou Sudão.

António Manuel Guimarães